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3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.

Neste artigo, abordamos as mudanças radicais no jornalismo em 2024, enfatizando o impacto revolucionário da inteligência artificial e a evolução nas estratégias de distribuição de conteúdo. Discute-se a necessidade de adaptação e inovação contínua para os profissionais da área, sugerindo um olhar atento às tendências futuras.

3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.

3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.
Neste artigo, abordamos as mudanças radicais no jornalismo em 2024, enfatizando o impacto revolucionário da inteligência artificial e a evolução nas estratégias de distribuição de conteúdo. Discute-se a necessidade de adaptação e inovação contínua para os profissionais da área, sugerindo um olhar atento às tendências futuras.
3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.


Você – A Mídia vai acabar?

Aurora News – Se você faz essa pergunta porque tem dúvida da resposta, cuidado. Você não deveria ter essa dúvida, embora o cenário não esteja para peixe. Talvez só para tubarões.

Não, a mídia não vai acabar. Mas ela já mudou muito e vai continuar mudando. Sua única chance nesse cenário é mudar junto. Algumas dicas:

Entenda as plataformas tech como frenemies, uma expressão em inglês muito legal, que junta “friends” (amigos), com “enemies” (inimigos). Assim, frenemies são as duas coisas. Sem as plataformas tech, seu negócio ficará sempre no rame rame de um alcance pequeno, que não vai ser sustentável para o seu negócio.

Algo que tem a ver com essa primeira dica: crie sua própria comunidade com base em dados proprietários seus. As plataformas tech pegam dados de sua audiência, usam seu conteúdo e monetizam tudo isso. Para depender menos dessa relação, você tem que fazer o mesmo: pegar seus próprios dados e monetiza-los, vendendo-os na forma de performance para seus anunciantes (explico melhor isso adiante).

A mídia não vai acabar porque mesmo com as mais avançadas transformações, mídia é aquilo que fica entre o anunciante e o público consumidor.

Nesse meio está você, tudo que é conteúdo (mesmo aquele produzido pelos próprios anunciantes), estão as plataformas de tecnologia, as redes sociais, enfim, todos os conteúdos, mensagens, canais e meios para se comunicar com os públicos e audiências em geral.

A mídia não vai acabar, mas se você não se adaptar, você vai.

Você – Como aumento minha receita?

Aurora News – Deixando de se entender como uma empresa exclusivamente de mídia e se entendendo como uma máquina geradora de oportunidades, negócios e conversão para seus parceiros comerciais (com ênfase neste último item).

“Parceiros comerciais” significa dizer que você deixa de olhar quem investe no seu negócio exclusivamente como “anunciante”.

Os anunciantes só fazem anúncios nas suas propriedades de comunicação, porque você só oferece mídia para eles. E se você oferecer um público que compra os produtos dele e ajudar na conversão de vendas?

Aí, eles deixam de ser anunciantes e você deixa de ser “veículo”, para se tornar um sócio dessas empresas.

Tem outras formas de aumentar a receita:

  • Fazer eventos;
  • Promover e vender cursos;
  • Unir-se a outros iguais a você e fazer pacotes comerciais comuns.


Você – Como uso Inteligência Artificial?

Aurora News – Existem inúmeras formas de você usar Inteligência Artificial hoje no seu negócio.

Na redação – existem vários programas editoriais a disposição.
Em imagens – idem.
Na área comercial – dados, como falamos acima… a IA ajuda a que eles sejam mais acessíveis e mais precisos.
Na gestão do negócio – hoje você pode usar IA para fazer planilha, para fazer relatórios internos de reunião, para controlar atividades cotidianas na agenda, enfim, ferramentas de gestão.

Nunca tanta informação esteve ao alcance de tanta gente de graça como hoje na internet. Busque as respostas para essas perguntas e aproveite para criar outras perguntas mais você mesmo, sem nunca ficar satisfeito se não tiver resposta para todas elas.

Não durma no ponto. Não se acomode. Se mexa. Pare de reclamar, pesquise. Leia. Aprenda. Entenda. E aja. Já.


“Está todo mundo pirando”: grandes publishers malucos (como você) com a Inteligência Artificial.

3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.

A boa notícia é que você não está sozinho. Os maiores grupos de comunicação editorial do mundo estão bem doidinhos também em como usar as novas ferramentas de Generative AI.

Em excelente matéria sobre o tema, com o título The New York Times Has Had a Summer of AI Anxiety: “They’re Freaking Out”, a Vanity Fair faz uma matéria sobre o New York Times, mas fala de outros também.

Vou traduzir o início do texto, para facilitar sua vida, mas vale ler a matéria inteira.

“A organização de notícias mais influente do país passou o verão angustiada com relação à inteligência artificial. “Não coloque nenhuma informação proprietária, incluindo artigos do Times publicados ou não publicados, em ferramentas de IA generativa, como ChatGPT, Bing Chat, Bard ou outras”, escreveram em um e-mail aos funcionários da redação e de opinião o editor-gerente adjunto do New York Times, Sam Dolnick, o editor-gerente adjunto Steve Duenes e a diretora de fotografia Meaghan Looram, em 27 de junho. Isso inclui “notas de suas reportagens… dados financeiros ou de audiência internos, ou código de nossos produtos ou histórias”, disse a equipe de gestão. “Não use ferramentas de IA generativa em nenhum aspecto de nosso jornalismo sem obter aprovação, até explorarmos mais as oportunidades e os riscos que elas trazem”, continuou o memorando, que observou que “os termos de uso público para quase todas essas ferramentas também trazem riscos legais significativos para proteger nossa propriedade intelectual e outros direitos.” Mesmo antes de o e-mail ser enviado, fui informado, a administração começou a reprimir internamente, alertando alguns chefes de departamento diretamente sobre colocar quaisquer artigos ou reportagens em modelos de IA. “Eles estão pirando”, disse um funcionário do Times.”

Para entender onde isso pode dar, leia a Matéria inteira aqui.


O Futuro da Publicidade Programática: 5 Previsões para 2024

(Este artigo é a reunião de artigos internacionais sobre o tema).

Tecnologia de IA, Publicidade sem Cookies e Contextual, e mais desenvolvimentos empolgantes delineiam o futuro da publicidade programática em 2024.

Previsões sugerem que a publicidade programática comandará 87% dos investimentos globais com anúncios digitais até 2026, impulsionada por tecnologias em evolução e regulamentações em mudança, como o fim dos cookies de terceiros, o que elevou a importância dos dados de primeira parte (first party date).

Enquanto isso, a IA e o aprendizado de máquina estão revolucionando o direcionamento de anúncios e a eficiência. À medida que a publicidade programática continua a evoluir rapidamente, ficar atualizado é crucial para os profissionais de marketing que desejam se manter à frente.

1.Tecnologia de IA Continua a Aprimorar a Publicidade Programática

Em 2024, podemos esperar que a IA e o aprendizado de máquina aprimorem ainda mais as habilidades da publicidade programática. A promessa da IA reside em sua capacidade de transformar o direcionamento em algo próximo a uma forma de arte, criando modelos sofisticados que aproveitam um amplo espectro de pontos de dados. Os anunciantes utilizarão a IA para filtrar pistas contextuais, padrões de comportamento e dados de primeira parte inestimáveis para alcançar seu público com uma precisão sem precedentes.

A personalização em escala se tornará cada vez mais fácil de alcançar à medida que a IA amplia a personalização dos anúncios de acordo com as preferências e interesses individuais, tornando os anúncios genéricos coisa do passado.

Ao mesmo tempo, a capacidade da IA de otimizar a entrega de anúncios será aprimorada, garantindo que o momento da entrega do anúncio se alinhe perfeitamente com o envolvimento do usuário, o que limitará o desperdício de anúncios e aprimorará a eficácia da campanha.

Além disso, a IA trará um novo nível de clareza para a análise de campanhas. O desenvolvimento de ferramentas de medição transparentes e precisas, alimentadas por IA, oferecerá aos anunciantes insights cristalinos sobre o desempenho da campanha. Essa visibilidade capacitará os anunciantes a tomar decisões bem fundamentadas, otimizando os gastos com anúncios para obter o máximo impacto e eficiência.

2.O Surgimento de Mais Soluções de Identidade sem Cookies

A indústria da publicidade programática está se reorientando rapidamente para soluções de identidade centradas na privacidade e sem cookies. Com a mudança da indústria para longe dos cookies de terceiros, os anunciantes estão adotando métodos alternativos que prometem um equilíbrio entre a privacidade do usuário e a eficiência direcionada.

Essas inovações marcam um salto significativo em direção a um ecossistema publicitário mais sustentável e consciente da privacidade, prometendo um renascimento na forma como entendemos e alcançamos públicos.

Por exemplo, os anunciantes estão recorrendo cada vez mais a dados de primeira parte (first party data), coletados diretamente e com consentimento, para informar suas campanhas. Isso não apenas está alinhado com regulamentações de privacidade mais rigorosas, mas também garante relevância e precisão dos dados.

Além disso, a mudança amplifica o papel do direcionamento contextual, permitindo que os anúncios se alinhem ao conteúdo em vez do histórico do usuário, preservando assim a privacidade do usuário – uma grande preocupação no cenário publicitário atual.

Ao mesmo tempo, estão surgindo modelos sofisticados orientados por IA, possibilitando a previsão dos interesses do usuário por meio da análise de pontos de dados não intrusivos, como comportamento de pesquisa e histórico de navegação, sem comprometer identidades individuais. Essa abordagem sutil promete manter a eficácia da publicidade direcionada em um mundo pós-cookie.

A eficiência na entrega de anúncios também tem potencial para se beneficiar, já que soluções sem cookies significam menos dados sendo transferidos entre as partes, otimizando todo o processo. 

3.O Renascimento do Contextual

Embora intimamente ligado ao surgimento de novas soluções sem cookies, o direcionamento contextual merece sua própria menção. O crepúsculo iminente dos cookies de terceiros está anunciando um ressurgimento da mídia contextual, que está se configurando como uma tendência predominante dentro da publicidade programática.

Neste cenário emergente, o foco passa dos dados individuais do usuário para a relevância do conteúdo onde os anúncios são colocados.

À medida que os anunciantes navegam em um ambiente mais centrado na privacidade, alinhar os anúncios com o conteúdo das páginas da web ou vídeos apresenta uma estratégia não intrusiva, mas eficaz para alcançar o público-alvo.

4.Mais Ofertas Programáticas

O cenário da publicidade programática está testemunhando uma expansão significativa à medida que mais empresas se aventuram no espaço da adtech, fortalecendo suas fontes de receita ao oferecer seus dados e inventário de anúncios para parcerias programáticas.

Essa mudança indica um reconhecimento crescente do valor que a publicidade programática traz à mesa em termos de direcionamento preciso e maximização da receita publicitária.

Considere o gigante da entrega de supermercado Instacart, que colaborou com The Trade Desk uma oportunidade única para marcas de Produtos de Consumo Embalados (CPG) alavancarem as forças de ambas as empresas em dados e tecnologia publicitária e oferecer soluções publicitárias mais personalizadas e eficazes.

No mundo do streaming, a Disney Plus está pavimentando o caminho com sua camada com suporte de anúncios, que, segundo o Marketing Dive, não apenas amplia a escolha do espectador, mas também abre novas oportunidades para publicidade direcionada e recursos de medição abrangentes, trazendo uma vantagem sofisticada para as ofertas programáticas dentro da indústria de streaming.

Além disso, editoras tradicionais como The New York Times estão reentrando na arena programática, com seu aplicativo reintroduzindo anúncios programáticos. É um jogo estratégico para otimizar a receita publicitária, enquanto ainda mantém controle sobre a experiência do usuário e a qualidade dos anúncios veiculados.

5.A Expansão de Canais Existentes

Alavancar oportunidades multicanais para criar campanhas coesas será uma estratégia vencedora para anunciantes em 2024.

A publicidade em vídeo programático está transcendendo seus limites originais, movendo-se dos reinos de TV Conectada (CTV) e plataformas Over-The-Top (OTT) para a televisão linear. Um exemplo dessa expansão é a incursão da AMC Networks na compra de anúncios programáticos para TV linear, uma iniciativa pioneira facilitada por parcerias com The Trade Desk e FreeWheel.

No entanto, prevê-se que a CTV continue sua busca pela dominação mundial, e os anunciantes continuarão encontrando maneiras inovadoras de aproveitar seu alcance e capacidades de personalização incomparáveis.

Os gastos com anúncios em CTV atingiram a marca recorde de US$ 1 bilhão em 2023, uma tendência que continuará à medida que avançamos para 2024. Até 2028, espera-se que os anúncios em CTV gerem US$ 42,5 bilhões para os anunciantes.




3 É DEMAIS


Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Em destaque do Meio & Mensagem, acordo do Google com SBT, Bandeirantes, CNN e Record. Leia aqui.
  2. Investimentos globais em transmissões esportivas serão de US$ 6 Bi. Veja em matéria do Propmark.
  3. IstoÉ lança formato diferenciado de vídeo contando a história de líderes. Veja aqui.

Leia também – Porque se conectar em rede pode transformar o seu negócio



Além das telas: o impacto dos computadores espaciais na produção e consumo de mídia.

Nos últimos anos, a indústria da tecnologia tem testemunhado uma revolução silenciosa, mas profunda e significativa, com o surgimento dos chamados “computadores espaciais”, exemplificados pelo inovador Apple Vision. Este avanço não é apenas uma evolução no hardware ou software que usamos todos os dias; é uma redefinição completa da maneira como interagimos com o mundo digital.

À medida que entramos nesta nova era, é essencial entender como esses dispositivos vão alterar o consumo de conteúdo, transformando radicalmente a paisagem para usuários, jornalistas e produtores de conteúdo.


O conceito de computadores espaciais transcende a noção tradicional de dispositivos confinados a telas físicas. Em vez disso, eles integram a computação no ambiente ao nosso redor, permitindo interações que parecem retiradas de um filme de ficção científica. O

Apple Vision, por exemplo, é um pioneiro nesta frente, oferecendo uma experiência imersiva que projeta informações, entretenimento e ferramentas de trabalho no espaço real do usuário. Essa tecnologia não só promete tornar as interfaces mais intuitivas e naturais, mas também prevê uma era onde as barreiras entre o digital e o material são tênues.


A principal mudança trazida pelos computadores espaciais está na forma como consumimos conteúdo. Tradicionalmente, a experiência digital é limitada pela necessidade de focar em telas pequenas ou monitores. Com a computação espacial, o conteúdo pode ser exibido em qualquer superfície ou espaço ao redor do usuário. Imagine assistir a um tutorial de culinária projetado na sua bancada de cozinha ou participar de uma conferência virtual onde os palestrantes parecem estar na mesma sala que você. Esta tecnologia está redefinindo o que significa “navegar na internet” ou “assistir a um vídeo”, tornando o consumo de conteúdo uma experiência mais envolvente e interativa.


Para jornalistas e produtores de conteúdo, esta nova era representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. A capacidade de apresentar informações e entretenimento de maneiras radicalmente novas exige uma reimaginação da criação de conteúdo. Não se trata mais apenas de escrever textos ou produzir vídeos para serem visualizados numa tela plana. Agora, é possível criar experiências tridimensionais que envolvem o usuário de maneira completa. Seja por meio de tours virtuais imersivos, demonstrações interativas de produtos ou narrativas que utilizam o espaço ao redor do consumidor para contar uma história.

Dicas práticas para jornalistas e produtores de conteúdo na era dos computadores espaciais incluem:

Pense em 3D: Ao criar conteúdo, considere como os elementos podem ser distribuídos e interagir no espaço tridimensional. Isso pode significar repensar como as histórias são contadas ou como as informações são apresentadas, para aproveitar ao máximo o ambiente espacial.

Interatividade é chave: Explore maneiras de tornar o conteúdo não apenas visualmente imersivo, mas também interativo. Permita que os usuários interajam com elementos do conteúdo de maneira intuitiva, aumentando o engajamento e a retenção de informações.


Personalização e contextualização: Use a tecnologia para oferecer experiências personalizadas e contextualizadas. Os computadores espaciais têm o potencial de ajustar o conteúdo com base na localização do usuário, no horário do dia e até mesmo em preferências pessoais, criando uma experiência altamente relevante e envolvente.


Capacitação técnica: Para os criadores de conteúdo, é fundamental estar à frente no entendimento e na implementação das novas ferramentas e plataformas de desenvolvimento que surgem com os computadores espaciais. Investir em formação técnica e parcerias pode ser um diferencial.


A nova era dos computadores espaciais, simbolizada pelo Apple Vision, está remodelando o panorama digital de maneiras que apenas começamos a entender. À medida que essa tecnologia avança, ela promete não apenas mudar como interagimos com o mundo digital, mas também como vivenciamos e compreendemos o próprio conceito de realidade. Para jornalistas e produtores de conteúdo, adaptar-se e inovar nesse ambiente emergente.

Pyr Marcondes

Pyr Marcondes

Senior Partner @ Pipeline Capital, Founder CEO da Macuco Tech Ventures, investidor, advisor, autor e palestrante.

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