Bom, essa é bem fácil: você não deve depender de verbas públicas para nada. Ponto final. Acabou o artigo aqui.
Agora vou explicar para você o que você já sabe. Portanto, se quiser mudar para outra leitura, talvez não perca de fato nada de importante ou nenhuma novidade.
Mas se chegou até esta frase aqui, quem sabe esteja curioso com o que tenho a te dizer. E tenho sim, coisas importantes a te dizer.
Nenhuma iniciativa privada, em nenhuma economia do mundo, seja no setor que for, deveria depender de verbas públicas para nada. Veja que me referi claramente a …. iniciativas privadas.
Não estou isentando o Poder Público, nem o Estado, nem Governo algum, de suas funções de suporte, indução e informação social da economia. Muito ao contrário. Em boa parte das vezes, notadamente em países como o nosso, essas instituições são ineficientes, ausentes, corruptas, mal geridas e, muitas vezes, de má fé.
O assunto aqui é outro: é você e sua dependência das verbas públicas de publicidade na comunicação.
Governo não é mãe. Nem pai. Não deveria nem ser da família, para você e sua empresa de comunicação.
E por falar em empresas de comunicação, algo importante sobre elas: algumas dependem de outorga pública para existirem e operarem. É o caso no Brasil para as redes de rádio e TV. Pois nem aí, empresa de comunicação alguma deveria ter dependência nem financeira, nem comercial, muito menos política de poder público algum.
Empresas de comunicação tem uma característica muito especial que as diferencia das demais empresas da iniciativa privada: elas cumprem o compromisso de informar e analisar fatos e acontecimentos das sociedades. A Coca-Cola não faz isso. Os supermercados não fazem isso. Uma clínica médica não faz isso. O posto de gasolina aí da esquina da sua casa não faz isso. Você e sua empresa fazem isso. Quem mandou.
Não está na Constituição (pelo menos não diretamente), mas sua empresa é, sim, uma empresa de prestação de serviços de interesse público. E o bem mais relevante de sua companhia não é a sua conta no banco, mas sua independência editorial e sua capacidade de, melhor ou pior, ser idônea e competente na prática editorial de conteúdos jornalísticos, informativos e de serviços a sua audiência.
Tudo que fugir disso está, ética e empresarialmente, equivocado, fora do trilho.
Não estou dizendo que você não deva ter verbas públicas de publicidade em seu budget, nem não ter anunciantes ligados a essas instituições governamentais. Você pode tê-las, sem dúvida. Aliás, as verbas públicas de publicidade, comunicação e marketing são um excelente cliente potencial. E se, do lado de lá, elas estão sendo administradas com qualidade técnica, isenção e probidade, elas estão também prestando um serviço público indispensável a todos nós, cidadãos. Governos devem e precisam anunciar. E se quiserem e acharem que seu veículo é pertinente, que anunciem. Muito obrigado.
O que insisto aqui é que sua empresa não pode, não deve, não tem que depender desse dinheiro para tocar a vida e sobreviver. E ser bem-sucedida. E dar lucro.
Nem você, nem seu veículo, são apêndices das estruturas de poder que nos regem.
Se você é dependente das verbas públicas de publicidade para sobreviver, mude. Dê um jeito e mude. Essa dependência é muito mais nociva ao seu negócio do que você imagina. As empresas de comunicação mais bem sucedidas do mundo, basta olhar a sua volta, não são as que dependem de governo algum para sobreviver. São exatamente aquelas que não fazem isso.
Pense no assunto. Aliás, não perca seu tempo. Nem pense, porque não tem o que pensar: aja!
Porque a publicidade programática é importante
Todo editor regional ou local pode perfeitamente hoje ter a sua disposição as mesmas ferramentas dos grandes veículos de comunicação, quando o assunto é publicidade programática. Em certa medida, as plataformas de mídia programática podem ter até maior uso para as empresas de comunicação regionais e locais, porque essas empresas não têm o porte, nem o poder de vendas dos grandes grupos. Programática tem, entre outras, essa função: torná-las mais eficientes e se tornarem parte efetiva da cadeia digital de publicidade, que hoje, você sabe, não tem necessariamente mais fronteiras geográficas. A não ser que você queira.
A publicidade programática, na real, é uma grande virada de jogo para as empresas de comunicação menores e localizadas em regiões fora dos grandes centros. Ela coloca os principais anunciantes locais e nacionais ao alcance do editor local e é mais fácil de gerenciar do que pegar o telefone ou enviar um e-mail para vender seu inventário.
A publicidade programática combina e coloca à disposição dos players locais e regionais a análise de dados (tão necessária hoje para qualquer anunciante) e a automação imediata da mídia e do marketing. Para anunciantes nacionais, ela permite fazer duas coisas ao mesmo tempo: ser local e atingir grandes massas no Brasil inteiro. Com alta precisão e eficácia.
Ela reduz para eles também grande parte do atrito de compra/venda da publicidade local, adicionando transparência, capacidade de descoberta e transacionalidade. Em suma, as trocas comerciais programáticas agregam valor aos compradores e vendedores de publicidade à medida que o inventário se torna mais líquido e o processo se torna mais inteligente e automatizado.
Se você ainda tem ou tinha dúvidas sobre a importância da programática, passou da hora de ter.
4 dicas básicas de como estruturar uma notícia
Quando eu fiz a faculdade de jornalismo odiava essas regras formais de como estruturar notícias. Continuo odiando.
Porém, inegavelmente, elas contêm algo bem importante ao bom jornalismo: não deixam que você se esqueça do básico nessa atividade, que é a ordem lógica na difusão da informação, além da clareza e da objetividade, para que, no final, sua audiência termine o consumo daquele conteúdo informativo de fato informada sobre o que ocorreu. E não o contrário.
Então, lá vão 4 regretas básicas para estruturar uma notícia. Seja ela do que for.
1. Pirâmide Invertida: Comece com os aspectos mais importantes da notícia, o ou os fatos principais, resultado de um jogo, por exemplo. Em seguida, adicione mais detalhes relevantes e informações complementares nos parágrafos (ou imagens) subsequentes, sempre em ordem decrescente de importância.
2. Clareza e Objetividade: Mantenha a notícia concisa e objetiva. Use linguagem simples e direta para transmitir informações relevantes. Evite jargões excessivos, a menos que sejam amplamente compreendidos pelo público-alvo.
3. Contextualização e Análise: Além de relatar os fatos, ofereça contexto e análise para a notícia. Seu público/audiência/leitor não tem obrigação de ser uma enciclopédia ambulante, nem de lembrar ou ter tido acesso ao contexto que envolve aquele fato/notícia. Esse é o seu trabalho: contextualizá-lo permanentemente. Isso pode incluir estatísticas relevantes, antecedentes sobre os fatos em questão, etc.
4. Se você quiser desobedecer a essas regras, desobedeça. Desde que não deixe de trazer ao seu consumidor de informação tudo que está descrito aí acima.
3 É DEMAIS
Três dicas ou informações que você precisa ler.
- O idiota mais rico e importante do mundo, Elon Musk, falou mais uma bobagem sobre anunciantes do seu X, antes Twitter. Leia aqui, nesta reportagem do Meio & Mensagem.
- Conheça as marcas eleitas este ano como as melhores do mundo aqui nesta notícia do AdNews.
- Veja nesta matéria do Propmark como nosso mercado segue sendo preconceituoso e socialmente injusto, com anunciantes pagando menos a influenciadores das favelas.
- Leia também – Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?