O Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, ligado à Universidade de Oxford, publicou um relatório anual sobre tendências para o jornalismo.
Abaixo, um resumo dos principais achados do estudo, para o jornalista.
- O poder disruptivo da inteligência artificial (IA) varrerá o espaço da informação este ano, em um momento de intensa volatilidade política e econômica em todo o mundo. As implicações para a confiabilidade da informação e a sustentabilidade da mídia mainstream provavelmente serão profundas em um ano que verá eleições críticas em mais de 40 democracias, com guerras continuando na Europa e no Oriente Médio. Diante desse cenário – e com uma previsão sugerindo que a grande maioria de todo o conteúdo da internet será produzido sinteticamente até 2026 – jornalistas e organizações de notícias precisarão repensar seu papel e propósito com alguma urgência.
- Mas não é apenas o conteúdo que será turbinado, a distribuição também passará por uma grande reviravolta. Este será o ano em que as Experiências Generativas de Busca (EGB) começarão a ser implementadas na internet, juntamente com uma série de chatbots impulsionados por IA que oferecerão uma maneira mais rápida e intuitiva de acessar informações.
- Após acentuadas quedas no tráfego de referência do Facebook e do X (anteriormente Twitter), essas mudanças provavelmente, ao longo do tempo, reduzirão ainda mais os fluxos de audiência para sites de notícias estabelecidos e aumentarão ainda mais a pressão sobre o resultado final.
- Em seus momentos otimistas, os editores antecipam uma era em que podem quebrar sua dependência de algumas plataformas de tecnologia gigantes e construir relacionamentos diretos mais próximos com clientes fiéis. Para isso, podemos esperar que os proprietários de mídia criem mais barreiras para o conteúdo este ano, além de envolver advogados caros para proteger sua propriedade intelectual (PI).
- Ao mesmo tempo, eles estão cientes de que essas estratégias correm o risco de deixar suas marcas expostas, tornando ainda mais desafiador alcançar audiências mais jovens – muitas das quais já se sentem confortáveis com notícias geradas algoritmicamente e têm laços mais fracos com a mídia e o jornalismo tradicional.
- Abraçar a IA, enquanto se gerencia todos esses desafios e riscos, será a tônica do ano que se inicia.
- Além disso, as organizações consultadas afirmaram que apostarão cada vez mais na construção de canais diretos com os consumidores por meio de sites, aplicativos de mensagem, newsletters e podcasts – nos quais podem ter mais controle sobre sua própria audiência e dados.
O que é blockchain e para que serve?
Blockchain Para Leigos: Uma Explicação Simples
Uma blockchain é basicamente uma cadeia de blocos. Os blocos contêm informações digitais – imagine-os como pacotes de dados todos amarrados, como um presente de Natal.
No caso da blockchain do Bitcoin:
- Dentro de cada bloco, há uma série de transações de Bitcoin que ocorreram dentro de um determinado período.
- Todos os blocos juntos constituem a blockchain do Bitcoin e testemunham todas as transações que ocorreram desde a sua criação.
Qual foi a Primeira Plataforma que Utilizou uma Blockchain?
O Bitcoin, o primeiro exemplo funcional da tecnologia blockchain, foi inventado como resposta às ineficiências das instituições bancárias centralizadas.
Seu lançamento em 2009 imediatamente após o colapso financeiro de 2007/2008 não é uma coincidência.
O(s) criador(es) do Bitcoin foram inspirados pelo idealismo democrático que incentiva a autonomia individual dentro do sistema monetário.
Onde está localizada uma blockchain?
Por essência, uma blockchain é uma rede de computadores que pode estar espalhada pelo mundo todo.
Os computadores que contribuem para uma determinada blockchain possuem os dados ou transações que já foram registrados nela.
Essa característica específica é o que torna as blockchains descentralizadas e incrivelmente robustas, pois são capazes de sobreviver a quedas de energia e tumultos políticos.
Quanto mais computadores, mais forte é a blockchain. É assim que as blockchains funcionam de maneira descentralizada.
Existem mais de Um Tipo de Blockchain?
Provavelmente existem mais de 10.000 blockchains em existência hoje. A maioria das blockchains é pública ou privada.
Blockchains Públicas.
Neste exemplo, um software de código aberto é usado por todos que participam da rede. Qualquer pessoa pode participar e a rede tem uma base global. Por exemplo, muitas criptomoedas são construídas em blockchains existentes, sendo os tokens ERC20 o exemplo mais conhecido construído no Ethereum.
Blockchains Privadas.
Elas usam os mesmos princípios das públicas, exceto que o software é proprietário e hospedado em servidores privados. Empresas como a Walmart estão desenvolvendo suas próprias blockchains para rastrear a logística da cadeia de suprimentos.
Benefícios Técnicos da Blockchain: Uma Visão Geral
A tecnologia blockchain é uma das tecnologias mais promissoras para o futuro de qualquer transação no âmbito dos negócios.
Ela fornece um método de registrar e transferir dados de maneira transparente, confiável e comprovável.
Permite que indivíduos e empresas participem de um sistema de transferência totalmente transparente, democrático e seguro.
Mais importante ainda a eliminação de intermediários, otimizando a produtividade de qualquer cadeia de transações.
3 É DEMAIS
Três dicas ou informações que você precisa ler.
Esta seção fixa da Aurora News traz sempre 3 notícias e informações que foram publicadas na semana anterior e que você não deveria ter perdido.
Leia também – Você de fato sabe o que a sua audiência quere editorialmente de você?
Um bom design é bom para os negócios
O design é um fator-chave para o sucesso empresarial e é “a única forma de as empresas se poderem destacar na multidão”, alardeou a McKinsey & Company em um relatório de 2018.
Se há 6 anos isso já era uma verdade, imaginem no mundo frenético e hiper conectado que estamos vivendo em 2024.
Para nós designers, as conclusões apontadas no estudo não é nenhuma novidade, mas agora temos base cientifica e de longo prazo para nos inspirar.
O famoso relatório mostra diversos dados interessantes, mas o que mais nos chama a atenção é o fato que empresas que investem em design de uma forma ativa cresceram 2x mais em comparação as que não investem. Ou seja, design é bom para os negócios.
Quero que você entenda que, quando falo de design, não é apenas do visual. Estamos falando muito além disso, pois design pode e deve estar em tudo o que o negócio faz. Do modelo de negócio aos fluxos de atendimento.
É sobre o pensamento de design.
Se você nunca refletiu por este angulo, deixa eu te listar alguns pontos para ficar mais claro:
- Design é metodologia, ou seja, uma maneira organizada de executar um projeto. Você pode usar vários tipos de metodologias, e servem tanto para construir um foguete ou criar uma lista de compras para o mercado, os princípios são os mesmos.
- Fatiar grandes problemas em pequenos pontos, para que você tenha mais controle e consiga enxergar mais facilmente soluções.
- Fazer pesquisas regularmente, e solucionar problemas que sua audiência tenha. Designers são grandes solucionadores de problemas, e antes de acatar algum, precisamos entender quais são eles.
- Pesquise, analise, crie protótipos, teste e repita. Esse é o círculo mágico do design. E como você já entendeu, podem ser suas peças gráficas ou até mesmo o fluxo de um e-mail marketing. Design está em tudo.
Trouxe essa reflexão para podermos expandir o nosso repertório de conteúdos e trazer mais informações úteis para o seu negócio relacionadas a design, e quando você ler esta palavra, vai conseguir sacar a dimensão que queremos dar.
Para fechar nosso tempo juntos hoje, quero te indicar um TED incrível com a Margaret Gould Stewart sobre o poder da decisão de design em grandes portais. Vale muito.
Até semana que vem.
NOTAS DO FUNDADOR
As mudanças no Facebook Ads e Instagram Ads, e o que você tem a ver com isso
Durante os últimos 10 anos, a Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – possibilitou para seus clientes anunciantes a ferramenta mais precisa e completa para gestão de campanhas de mídia digital. Milhões de pequenas empresas e profissionais liberais puderam atrair tráfego e converter em oportunidades e vendas suas iniciativas de marketing.
E como sabemos, isso foi possível por dois fatores principais: alcance e uso de dados. Uma coisa está diretamente ligada à outra. Ao passo que você tem milhões e milhões de pessoas usando, o tempo todo, sua ferramenta e ela tem capacidades quase ilimitadas de coleta e processamento de dados, você tem OURO nas mãos.
Mas tudo isso está mudando graças às iniciativas de garantir às pessoas maior privacidade e controle sobre seus dados pessoais.
A farra dos dados acabou.
A Apple e os principais navegadores (Safari, Mozilla e Brave) restringem a coleta de dados e, como você deve estar sabendo, o Google – último a tomar essa providência – vai eliminar os cookies em meados deste ano.
Bem, já deu para entender que as coisas estão mudando, né? Neste janeiro de 2024, a Meta encerra o uso de segmentações por interesse, cargos e outras técnicas amplamente utilizadas em sua plataforma de anúncios.
Isso fará com o que os anúncios de redes sociais se pareçam muito mais com as opções disponíveis em sites de notícias locais.
A localização e o contexto a partir de conteúdos editoriais específicos, aliada à forte credibilidade são os grandes diferenciais dos portais para anunciantes locais e regionais.
A mudança no maior parceiro (Meta) dos pequenos negócios valoriza seu portal, caro leitor.
No entanto, a necessidade de criar forte engajamento e mecanismos para conhecer cada vez mais suas audiências é absolutamente urgente.
Aproveite essa lacuna e construa modelos inovadores para buscar novos caminhos de monetização.
O relógio não parou, mas essa janela que se abriu pode ser uma rara oportunidade de crescimento no curtíssimo prazo.