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Abaixo a necessidade do diploma de jornalista! Viva o jornalismo!

A exigência de diploma para jornalistas é desnecessária, pois a prática e o talento são mais importantes que a formação acadêmica. Abrir as portas do jornalismo para mentes brilhantes, independentemente de diplomas, enriquece a profissão e atende melhor às necessidades de uma sociedade complexa e diversa.

Abaixo a necessidade do diploma de jornalista! Viva o jornalismo!

A exigência de diploma para jornalistas é desnecessária, pois a prática e o talento são mais importantes que a formação acadêmica. Abrir as portas do jornalismo para mentes brilhantes, independentemente de diplomas, enriquece a profissão e atende melhor às necessidades de uma sociedade complexa e diversa.

Tenho diploma de jornalista. Tive carteirinha do Sindicato décadas. Nos anos 80, saí em passeata pelas ruas de São Paulo em defesa da categoria e da exclusividade de só jornalistas poderem exercer a profissão nas redações. Tomei porrada da polícia, fui detido e quase morri asfixiado por gás lacrimogêneo.

Curioso que parte dos companheiros que foram em cana comigo não tinha diploma de jornalismo, porque nunca cursaram escola superior nenhuma.

Alguns dos jornalistas que mais admiro hoje – você que me lê também – não tem diploma de jornalismo. E você nem sabe. Basicamente, porque não faz a menor diferença.

Nunca mostrei meu diploma para trabalhar em redação nenhuma. Basicamente, porque nunca fez a menor diferença.

Sou totalmente a favor dos cursos de jornalismo, porque lá, em tese, se aprendem técnicas básicas para o bom exercício da profissão, do ofício.

Há um ofício jornalístico que é único. E vital nas sociedades democráticas.

Cursos especializados podem ajudar. Mas fico triste em dizer que as faculdades desse ofício tão belo e generoso que ainda hoje me faz respirar (serei jornalista até morrer), temo muito por elas. Mediocrizaram-se tanto, que hoje prestam mais desserviço do que ajudam.

Se só estudantes formados por elas puderem exercer a profissão, ficaremos pior do que já estamos, num País em que temos, sim, empresas, profissionais e redações de altíssimo mérito, mas que na média, convive com profissionais formados de nível bastante ruim.

Abrir as portas do jornalismo para mentes brilhantes sem diploma será enriquecer a atividade. E seus efeitos cada dia mais indispensáveis na sociedade complexa, aberta e diversa em que vivemos.

Fui fazer, décadas atrás, a cobertura do pós-revolução sandinista na Nicarágua. Tive que me esconder de tiros das milícias somozista. Nenhum manual da faculdade me ensinou isso.

Mas não precisamos ir tão longe. Poucos manuais ensinam de fato a prática da profissão seja aonde for ou para o que for.

A.G.Sulzberger, editor do New York Times, é formado em Ciência Política na Brow University, que não tem curso de jornalismo. Dean Baquet, seu antecessor, nem curso superior concluiu e ganhou o prêmio Pulitzer, o maior prêmio mundial do jornalismo, por reportagens onde o jornalismo é mais raiz, que é no jornalismo político investigativo e de denúncias.

Aliás, nos EUA não se exige diploma de jornalismo para trabalhar como jornalista. Nem na Europa.

excelência abrangente e contemporânea do jornalismo só se dará plena e brilhantemente como o mundo hoje precisa com a extinção da exigência do diploma de jornalista.

Pyr Marcondes

Pyr Marcondes

Senior Partner @ Pipeline Capital, Founder CEO da Macuco Tech Ventures, investidor, advisor, autor e palestrante.

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