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Inovar é sobreviver: veículos de notícias precisam abraçar a cultura da experimentação

Em empresas impactadas pela transformação digital, como veículos de comunicação tradicionais, há medo e resistência à inovação, mas adotar novas plataformas e práticas é vital para sua sobrevivência e relevância no mercado.

Inovar é sobreviver: veículos de notícias precisam abraçar a cultura da experimentação

Em empresas impactadas pela transformação digital, como veículos de comunicação tradicionais, há medo e resistência à inovação, mas adotar novas plataformas e práticas é vital para sua sobrevivência e relevância no mercado.

Em empresas que sofreram impacto profundo da transformação digital nas últimas décadas, como quase todos os veículos de comunicação tradicionais, uma das reações mais comuns é enxergar toda inovação como ameaça. Afinal, foram  as redes sociais, o streaming, as plataformas de publicação na Internet que transformaram nossa forma de consumir conteúdo e minaram, em especial nos últimos 20 anos, o modelo até então vigente.

Aqui na Alright, convivemos diariamente com publishers, muitos deles empresas de jornalismo e conteúdo local, cujos negócios foram por décadas calcados no impresso e em rádios. O que percebo em boa parte dos players é ainda um medo e um bloqueio em relação a novas iniciativas. Não me refiro nem a inovações disruptivas, mas a mudanças em processos e aproveitamento de ferramentas já disponíveis. 

A situação não é só local, muito menos restrita a pequenos negócios. O cenário é o mesmo nos Estados Unidos, nos conta Hamish Mckenzie, co-fundador do Substack, ferramenta de newsletter e publicações para jornalistas, criadores, colunistas e escritores independentes (hoje, mais de 1 milhão de assinantes pagam a plataforma para receber conteúdo desses autores).

Em texto publicado no final de junho, ele relata resistências a inovações entre veículos norte-americanos. Este trecho do artigo traduz uma visão da qual compartilho.

“O negócio da mídia tradicional está em apuros, mas isso não significa que está condenado. As pessoas ainda querem ótimas reportagens, e há mais gente do que nunca que pode produzi-las. O que está quebrado é o modelo de negócios. Agora é hora de experimentar.Agora é hora de pensar de forma criativa. Agora é hora de inverter algumas pirâmides”, Hamish Mckenzie. 

Estar aberto a inovar é uma condição vital, da qual depende a própria sobrevivência dos negócios de mídia. Para isso, é preciso, em primeiro lugar, abraçar uma cultura que aceite o erro como parte do processo de aprendizado e evolução.

Definitivamente, entre publishers que por longo período de tempo foram hegemônicos em seu mercado ou região, essa não é a regra. As plataformas digitais que trouxeram uma disputa por atenção e recursos com a mídia tradicional podem não apenas coexistir, mas também servir aos portais locais de conteúdo e notícias. Os casos narrados pelo co-fundador do Substack são provas de que, ao abraçar a plataforma, alguns veículos passaram a se beneficiar, atraindo novos criadores e tráfego a partir das newsletters. 

Aqui no Brasil, vejo hoje muitos publishers perdendo relevância por não adotar essa postura. São rádios que não exploram o Spotify, portais que impedem seus jornalistas de ter espaços e opinião nas redes sociais, veículos que não utilizam YouTube ou outra plataforma para disseminar conteúdo. Esses bloqueios podem vir do desconhecimento ou puro conservadorismo. Unir-se às novas plataformas, às novas linguagens e até mesmo a novos comunicadores pode aumentar ainda mais o alcance da audiência, o engajamento com seu público e ainda levar seu veículo a lugares antes distantes. 

Isso é apenas uma ponta do iceberg desse tema tão vasto. O certo é: quem busca o novo o tempo todo tem alguma chance de prosperar no ambiente da alta tecnologia. Inovar não é um luxo; inovar é sobreviver.

Por isso, a Alright tem se proposto a uma verdadeira cruzada, para levar práticas inovadoras de gestão e produção aos portais locais (foi o que fizemos no “Guia Alright 2024: Como Transformar Tendências em Ações”, por exemplo). Se você já acompanha a empresa e meu trabalho deve ter ouvido falar (caso contrário, o conteúdo está disponível gratuitamente).

Se você se interessa pelo tema inovação no mercado de mídia, na quinta-feira, dia 18 de julho, às 10h, realizaremos a live “Transformando veículos de notícias em negócios digitais”. O bate-papo será transmitido pelo canal do YouTube da Alright. E a participação é gratuita. Faça agora sua inscrição aqui:  

Vamos conversar mais sobre a transformação dos veículos de notícias em negócios digitais? 

Domingos Secco

Domingos Secco

Empreendedor, cientista de dados e expert em mídia. Faz pesquisa e inovação em projetos de transformação digital no mercado de publicidade e jornalismo. Acredita que a colaboração é a chave para a prosperidade.

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