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O poder local da colaboração em rede

Por meio de uma rede de colaboração e suporte em resposta ao desastre no Rio Grande do Sul, temos mostrado o potencial do jornalismo local e a importância da interconexão em combater a desinformação.

O poder local da colaboração em rede

Por meio de uma rede de colaboração e suporte em resposta ao desastre no Rio Grande do Sul, temos mostrado o potencial do jornalismo local e a importância da interconexão em combater a desinformação.

O exemplo mais próximo e, infelizmente, num momento dramático, vem de dentro de casa, da própria Alright.

Como apoio ao desastre cataclísmico que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, a empresa montou uma rede de colaboração e suporte com dezenas de empresas e veículos de mídia de todo o PaísVeja no link aqui.

A iniciativa, chamada #AJUDARS – Mantenha-se informado com o Jornalismo Local, é um exemplo mais que vivo, embora dramático, de como o jornalismo local pode ser sempre a veia pulsante do País.

Para além disso, a colaboração entre os diversos componentes dessa malha imensa de empresas e até de jornalistas independentes, surge como algo ainda a ser devida e valiosamente aproveitado.

Espera-se que nunca mais, se possível, seja necessário. Mas nestes momentos de tragédia e muito no dia a dia, segue o exemplo de uma rede interconectada recorrente e permanente.

Essa rede é uma das formas de combate aos desertos de notícia, na medida em que cada vez que cada um desses elos da cadeia se fortalece e se expande, menos teremos ilhas de desinformação no País.

Mas além disso, há uma série grande de vantagens que podem ser extraídas pelos participantes, que eu poderia resumir bem resumido mesmo, nos 5 itens abaixo:

  • Troca de experiências empresariais
  • Troca de estratégias comerciais
  • Divisão de custos de implantação tecnológica
  • Trocas editoriais
  • Fomento conjunto da união e representatividade junto a entidades e órgãos oficiais

A maior rede de comunicação e colaboração da história humana já está em nossas vidas faz algumas décadas. A internet tornou a interação entre empresas e pessoas de qualquer lugar do mundo algo absolutamente cotidiano.

Os membros da rede de jornalismo local ainda não atentaram para todo esse poder disponível. Não sabe ainda explorá-lo. Não parece entender onde essa aliança em cadeia, ligando comunidades, pode ir, de tão longe.

O empurrão de uma iniciativa como #AJUDARS, quem sabe, ajuda nessa tomada de consciência.


Entrevista: pauta climática e a necessidade de um jornalismo propositivo

Nas últimas semanas, o jornalismo tem lidado com questões urgentes em relação à crise climática. Para apresentar reflexões sobre o assunto, defendendo que esse movimento deve ser pauta de interesse recorrente e não apenas em momentos de crise, conversamos com a pesquisadora e consultora na área de comunicação e meio ambiente, com ênfase em mudanças climáticas, Eloisa Beling Loose.

Autora da obra “Jornalismo e Riscos Climáticos” (Editora UFPR/2020) e de dezenas de artigos científicos e capítulos de livro, Eloisa trabalha atualmente na divulgação científica do Projeto Multirrisco (UFRN/UFABC/Cemaden).

Ela acredita na importância de um jornalismo com olhar amplo e diverso sobre o mundo que permita um melhor enfrentamento das consequências dessa emergência.

Eloisa é jornalista e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná – UFPR (2016) e doutora em Comunicação pela UFRGS (2021). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo Científico e Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: divulgação científica, comunicação de riscos e desastres, e comunicação climática.

Dentre suas pesquisas, que pontos a senhora considera essenciais e de urgente adoção por parte das redações no exercício das atividades jornalísticas?

É importante que o jornalismo amplie as perspectivas ou visões de mundo para reportar sobre as mudanças climáticas, permitindo que possamos ter mais diversidade de alternativas para pensar o presente e o futuro. A reiteração de soluções paliativas, dentro da mesma lógica econômica que nos trouxe até aqui, não contribuirá com o enfrentamento da emergência climática.

Já se fala sobre mudanças climáticas e eventos extremos há alguns anos, mas é notável o crescente agravamento dos casos. Com isso, como a senhora avalia o comportamento dos veículos e as mudanças nas posturas de coberturas nestes eventos climáticos? Temos desenvolvido melhores práticas? Temos feito as perguntas necessárias?

Os estudos que realizamos no âmbito do Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental (UFRGS/CNPq) têm demonstrado que a pauta climática, de forma geral, tem recebido mais atenção da imprensa brasileira. A própria intensificação de eventos climáticos extremos exige que os jornalistas busquem por mais informações a respeito do tema. O que observamos é que os desastres, decorrentes desse cenário, são gatilhos para se discutir medidas de prevenção, mitigação e adaptação.

Porém, a cobertura acerca das mudanças climáticas deve ser transversal e permanente, pois, cada vez mais, é crucial informar a respeito dos riscos – e não apenas quando eles se concretizam em tragédias. Dar visibilidade às soluções locais e questionar mais sobre as razões que acarretaram a crise climática são aspectos que poderiam ser mais evidenciados pelo jornalismo.

Como os jornalistas podem superar a desinformação e a polarização ao abordar as mudanças climáticas?

desinformação precisa ser combatida com boa apuração e foco no interesse público. Além disso, distinguir o que é notícia do que não é e explicar para as pessoas como o jornalismo é feito (seus procedimentos e critérios) pode ajudar no processo de educação midiática, de modo a colaborar com o processo de tomada de decisão dos públicos. Eu entendo que a polarização pode ser uma maneira de desinformação, afinal o colapso do clima diz respeito a todos nós enquanto humanidade.

Há interesses contrários ao enfrentamento das mudanças climáticas, pois reconhecer o problema é assumir que mudanças profundas no nosso modo de vida serão necessárias, o que implica sair da zona de conforto e, em alguns casos, deixar de lucrar com negócios que exploram a natureza de forma desmedida. São esses interesses que promovem informações fora do contexto ou distorcidas para sustentar a ideia de que as mudanças climáticas são um fenômeno exclusivamente natural, não é uma questão urgente e grave, não exige uma ruptura com o modelo de desenvolvimento vigente, dentre outros discursos.

Como a colaboração entre jornalistas, cientistas e outras partes interessadas pode melhorar a qualidade das coberturas jornalísticas?

O papel das fontes de informação é fundamental em qualquer cobertura jornalística. Os jornalistas dependem que aqueles que conhecem e/ou vivenciem o assunto a ser reportado, seja pelo viés da ciência, seja pelo dos saberes tradicionais, colaborem com a contextualização e explicação dos fatos. Todos perdemos quando sempre as mesmas fontes são entrevistadas.

Para onde a senhora percebe que apontam as práticas jornalísticas em relação ao futuro na cobertura dos eventos climáticos nos próximos anos?

Acredito que o jornalismo terá que atuar mais na antecipação dos acontecimentos extremos para contribuir com uma cultura de prevenção, incorporando o princípio da precaução ao longo da cobertura climática. Ademais, uma perspectiva propositiva, com exposição de medidas estruturais e não estruturais de redução de risco de desastres, deverá aparecer com mais frequência, inclusive para pautar o debate na sociedade e pressionar por políticas públicas efetivas nessa área.


Artigos: responsabilidades do Jornalismo na cobertura de eventos ambientais extremos

A cobertura jornalística de eventos climáticos extremos é um desafio complexo que exige uma abordagem multifacetada. Destacamos dois artigos de veículos especializados que abordam diferentes aspectos desse desafio e a responsabilidade ética do jornalismo.

Essas orientações editoriais reforçam a ideia de que o jornalismo tem um papel fundamental na conscientização do público e na promoção de mudanças de comportamento em relação ao clima. Eles sugerem que uma cobertura responsável e informada pode ser a chave para mobilizar a sociedade em direção a uma compreensão mais profunda das consequências das mudanças climáticas.

Seja através de reportagens sensíveis sobre situações naturais emergenciais ou da análise do papel do jornalismo na promoção de mudanças de pensamento, é importante observar os desafios enfrentados pelos jornalistas e a necessidade de uma cobertura qualificada, ética e socialmente responsável.

Desafios ao Jornalismo

Em artigo de Juliana Afonso e Lucas Bois, a Rede de Jornalistas Internacionais publicou orientações à cobertura jornalística de eventos climáticos onde se destacam os seguintes pontos: imprevisibilidade do clima e necessidade de preparação, segurança dos jornalistas e equipamentos, desafios psicológicos e saúde mental, combate ao racismo ambiental e ética.

Os jornalistas enfatizam a importância de uma cobertura climática que seja informativa, segura, sensível e que leve em consideração o contexto social e humano das tragédias, bem como a necessidade de incluir uma abordagem mais ampla para a justiça social. “Outra responsabilidade do jornalismo é levar essa informação ao público com sensibilidade para que a cobertura da tragédia não se torne uma exploração indevida das populações marginalizadas”, explica o artigo.

Leia na íntegra: Cobertura jornalística durante o período de chuvas no Brasil

Enfrentando a realidade com rigor científico

((o))eco, veículo associado à Associação de Jornalismo Digital (AJOR) e especializado nos temas de conservação da natureza, biodiversidade e política ambiental no Brasil, também publicou sobre as responsabilidades jornalísticas e os impactos sociais diante das calamidades envolvendo eventos climáticos.

Em março deste ano, a coluna “O papel do jornalismo na construção de uma nova mentalidade diante da Emergência Climática”, foi assinada por Clara Aguiar e Débora Gallas Steidleder, comunicadoras e pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tratando sobre o impacto da atividade humana no sistema climático do planeta.

Destaca-se que o jornalismo tem um papel crucial na conscientização da sociedade, servindo como uma ponte entre informações científicas e a compreensão pública. Ele deve fornecer cobertura regular e qualificada para ajudar os cidadãos a entenderem as mudanças climáticas e incentivar ações de enfrentamento e mitigação.

“Quando as mudanças climáticas estão em pauta, é função primordial dos jornalistas promover uma contextualização que explique termos científicos, exponha os causadores do problema e aponte soluções possíveis”, defendem.

O artigo está disponível para leitura. 


Design e Sustentabilidade: uma abordagem necessária para o futuro dos negócios

No momento em que você lê este texto, o meu estado querido, o Rio Grande do Sul, está passando pela maior crise climática da sua história. Este foi um dos gatilhos que me fez escolher este tópico fundamental, mas banalizado por nós: sustentabilidade.

Design é sustentabilidade.

Chegamos em 2024, e nunca foi tão necessário repensar como consumimos, produzimos e projetamos nossos produtos e serviços. O design, entendido em sua amplitude, desempenha um papel crucial neste processo, indo muito além da estética para incorporar princípios de sustentabilidade e eficiência que respondem diretamente aos desafios ambientais atuais.

A relevância do design sustentável reside não apenas na capacidade de minimizar impactos ambientais negativos, mas também em seu potencial de inovação e otimização em todos os aspectos da cadeia produtiva. Esta abordagem abrangente deve ser aplicada desde a concepção do produto ou serviço até sua execução. Inclusive, até o eventual descarte, cada etapa precisa ser planejada para minimizar desperdícios, maximizar recursos renováveis e prolongar a vida útil do produto.

Neste cenário, o design ultrapassa sua conotação visual tradicional, envolvendo processos de construção, logística e até o modelo de negócios das empresas. A incorporação do design em todas essas frentes é não apenas uma necessidade, mas uma urgência. Negócios que ignoram essa realidade podem se encontrar rapidamente obsoletos, tanto aos olhos do mercado quanto em sua capacidade de adaptação às novas regulamentações ambientais.

Empresas que adotam o design circular contribuem para a redução do consumo de materiais. Além disso, fortalecem sua marca e aumentam a fidelidade dos clientes, conscientes das questões ambientais. Este modelo, que considera o ciclo de vida completo dos produtos, é um exemplo claro de como o design pode ser aplicado estrategicamente para benefício ambiental e econômico.

design para sustentabilidade promove a inovação ao buscar soluções que atendam aos critérios de funcionalidade, estética e responsabilidade ambiental. Essas soluções geram produtos e serviços inéditos que podem inaugurar mercados inovadores e impulsionar o crescimento empresarial sob uma perspectiva renovada.

No entanto, implementar uma mentalidade de design sustentável requer mais do que simplesmente ajustar alguns processos; exige uma mudança cultural dentro das organizações. As empresas precisam educar e capacitar suas equipes para pensar em sustentabilidade como um componente essencial do design, não como um adicional ou um luxo.

Para começar a integrar o design sustentável em seu negócio, considere algumas ações práticas:

  • Educação e Treinamento: Invista na capacitação de sua equipe para que entendam os princípios de sustentabilidade e como podem ser integrados através do design.
  • Análise de Ciclo de Vida: Adote ferramentas que permitam analisar o impacto ambiental dos seus produtos durante todo o seu ciclo de vida. Isso pode auxiliar na identificação de áreas sensíveis onde intervenções de design podem gerar um impacto significativo.
  • Colaboração: Trabalhe em conjunto com fornecedores, clientes e outros parceiros para desenvolver soluções sustentáveis. A colaboração pode abrir portas para inovações que seriam difíceis de alcançar isoladamente.
  • Pensamento Circular: Integre o conceito de economia circular no design de seus produtos, procurando maneiras de maximizar a reutilização e reciclagem.

Adotar uma abordagem de design orientada para a sustentabilidade é mais do que uma tendência; é uma estratégia essencial para garantir a relevância e a viabilidade de longo prazo no mercado atual. Ao fazê-lo, as empresas não apenas contribuem para um mundo mais sustentável, mas também se posicionam como líderes inovadores em um cenário econômico que valoriza o respeito ao meio ambiente.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Agência Lupa reúne checagens e trata sobre os perigos dos conteúdos desinformativos durante crise no RS.
  2. ONU Brasil destaca 5 fatos sobre as mudanças climáticas e os impactos nas esferas da vida humana, como saúde, agricultura, moradia, segurança e emprego. Confira neste vídeo.
  3. Documento de organizações da sociedade civil apresentam “Princípios e Diretrizes para o Enfrentamento do Racismo Ambiental no Brasil”Acesse.

#AjudaRS Live no dia 10 de maio apresenta a força da cobertura jornalística local

Na próxima sexta-feira, 10 de maio, às 11h, pelo YouTube da Alright, jornalistas locais de cidades do Rio Grande do Sul (RS) estarão em uma live para compartilhar os desafios e o papel essencial da cobertura dos acontecimentos decorrentes dos eventos climáticos extremos que devastaram a população do estado nos últimos dias.

Live em solidariedade ao Rio Grande do Sul – “A Cobertura Jornalística em Desastres Ambientais: a força do jornalismo local na emergência climática do RS”.

Fique ligado em nosso canal e em nossas redes para ficar por dentro dessa e outras lives.


Rede Alright de Jornalismo Local mobiliza Manifesto de Solidariedade e Ajuda ao Rio Grande do Sul

Em resposta à crise climática das últimas semanas no Rio Grande do Sul, uma rede de veículos jornalísticos locais lançou o “Manifesto de Solidariedade e Ajuda ao Rio Grande do Sul”, um chamado à ação para todas as pessoas, empresas e organizações. O objetivo tem sido promover a união de veículos de Jornalismo Local para divulgação de campanhas de doação, para enfrentar o silenciamento da questão e garantir a veiculação de conteúdo verificado e seguro, com iniciativas informacionais para a população nesse momento.

A curadoria de informação ancorada nos veículos locais está disponível: #AjudaRs – Página Oficial: https://alright.com.br/ajudars/ 

Leia o manifesto na íntegra:

Manifesto de Solidariedade e Ajuda ao Rio Grande do Sul

Neste momento crítico, o Rio Grande do Sul enfrenta um dos mais graves desastres climáticos de sua história. Chuvas intensas e incessantes devastam o estado, causando a elevação alarmante dos rios, deslizamentos de terra e bloqueios em estradas vitais, trazendo desolação e dificuldades para milhares de famílias gaúchas.

A situação exige uma resposta imediata e solidária de todos nós. Por isso, convocamos a comunidade — empresas, entidades e cada cidadão — a participar desta corrente de apoio. Cada contribuição, pequena ou grande, faz uma diferença significativa.

Entendemos também a importância do cuidado com a quantidade de informações em circulação e a necessidade de segurança, checagem e qualidade no que chega até a população do país. Para isso, orientamos o acompanhamento da cobertura realizada por veículos de notícias locais no esforço de informar sobre as consequências da tragédia, com o devido respeito e rigorosa apuração, bem como para fortalecer a rede de solidariedade em prol dos cidadãos afetados no Rio Grande do Sul.

Juntos, vamos apoiar, reerguer e fortalecer todas as comunidades atingidas.

Veículos jornalísticos locais engajados na ação:


Está disponível a gravação da live “Seja um Poderoso Oásis de Notícias”

Realizado pelo time da Alright no dia 30 de abril pelo canal no YouTube, o evento apresentou exemplos e propostas de potencialização dos Oásis de Notícias pelo Brasil no enfrentamento aos desertos de informação.

Assista e confira detalhes da proposta de valor, as ações de geração e aumento de receita com mídia e publicidade, as propostas do time Alright para os veículos especializados e de notícias locais e regionais, monetização e produção de conteúdo, a importância da identidade e fortalecimento das marcas e demais tópicos abordados durante a transmissão.

Assista à gravação.

Para conhecer a proposta de valor da Alright para os Oásis de Notícias, confira esta página.

Pyr Marcondes

Pyr Marcondes

Senior Partner @ Pipeline Capital, Founder CEO da Macuco Tech Ventures, investidor, advisor, autor e palestrante.

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