Um dos momentos mais gratificantes para um empresário é quando uma iniciativa da empresa toma dimensões muito além do universo da companhia ou de seus interesses puramente monetários. Ou seja, quando o negócio tem também o potencial de transformar um ecossistema amplo, impactando na melhoria de estruturas econômicas e sociais.
É mais ou menos o que tenho sentido nas últimas semanas, ao ajudar a pensar o Alright Summit, evento que, neste ano, traz o tema “Oásis de Informação – A Mídia Regional no Combate aos Desertos de Notícias”.
Assista à transmissão em: https://www.youtube.com/live/_HuhlReCFPQ?si=joy3zVo6x3FZ3JxJ ou clicando na imagem abaixo:
Com uma programação robusta, repleta de grandes pensadores do jornalismo, de empreendedores e líderes da comunicação, bem como representantes do poder público, o encontro se transformou em uma espécie de movimento da categoria.
Sem nenhuma falsa modéstia (é claro que me orgulho de ter minha empresa nesta concertação), será uma oportunidade única de se discutir a sustentabilidade do jornalismo local, bem como políticas públicas que valorizem o conteúdo de qualidade. Será ainda um momento de estreitar relações entre publishers, agências, anunciantes, governo.
As estrelas do evento, que acontece dia 21 de agosto, serão mesmo os publishers – sejam os cerca de 50 que estarão em Brasília presencialmente ou as centenas que estarão online, acompanhando a transmissão ao vivo.
É para eles que foi pensada a programação que terá abertura da Ministra do STF Cármen Lúcia, presidente do TSE e umas das vozes da República na luta contra a desinformação, e contará com representantes de diversas associações e entidades que pensam o setor.
É também voltada a estes empreendedores e editores a programação da manhã, envolvendo encontro dos publishers com a equipe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
Uma oportunidade não apenas de discutir políticas públicas, mas também de debater formas de os veículos locais que praticam jornalismo sério terem mais acesso a verbas do governo, bem como aos grandes anunciantes, que estarão no nosso Summit representados por agências de comunicação.
Pode parecer estranho ou contraditório, uma startup que vive de oferecer opções mais rentáveis de monetização do conteúdo local estimular que veículos dialoguem diretamente com agências e com a Secom – ou seja, que exibam anúncios não necessariamente comercializados pela rede viabilizada pela Alright.
Mas jamais tivemos a pretensão de ser a tábua de salvação das empresas de comunicação; sempre acreditamos que somos peça importante da engrenagem para a sobrevivência do jornalismo local, mas que são necessárias diversas fontes de recursos para viabilizar um jornalismo forte no interior e, com isso, combater a desinformação.
Já faz parte de nossa cultura aliar ao nosso negócio uma missão maior.
Somos firmemente comprometidos com o propósito de “impulsionar comunidades em torno de veículos de comunicação locais e especializados, atuando como agente de transformação e aceleração de negócios digitais”. Porém, neste mês de agosto, a sensação de fazer a diferença para um ambiente democrático saudável chegou a níveis que antes eu não tinha experimentado.
Primeiro, no início do mês, vimos o TSE e a Associação Nacional de Editores de Revistas lançarem uma campanha de combate à mentira nas eleições, com o mote: “o Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”. É uma campanha que tivemos muito orgulho de ajudar, de forma voluntária, sem custos ao poder público, no planejamento e execução.
E, agora, nesta semana, vamos fazer a diferença de novo, com a organização de um summit que promete ser um marco na discussão sobre sustentabilidade dos veículos de comunicação locais e políticas públicas de combate à desinformação.
Se a Alright ainda tem alguns passos a dar para chegar onde nosso plano de negócios prevê, já fomos muito além do inicialmente imaginado como agentes de transformação de um mundo ameaçado pela desinformação.