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Vença o “sozinhismo” se unindo a iguais

Entenda como a internet e a rede de editores e empresas editoriais no Brasil ajudam a superar o isolamento percebido por profissionais em diferentes regiões.

Vença o “sozinhismo” se unindo a iguais

Entenda como a internet e a rede de editores e empresas editoriais no Brasil ajudam a superar o isolamento percebido por profissionais em diferentes regiões.

A ideia de que você, empreendedor, empresário, jornalista ou colaborador de empresas editoriais locais, estão sozinhos em sua cidade ou região não precisa ser necessariamente verdadeira.

Em parte, depende um pouco de você.

Imagine que há inúmeras empresas como a sua Brasil afora. Centenas. O problema é que essas empresas estão geograficamente espalhadas pelos inúmeros rincões de um País continental como o nosso e isso dá essa sensação de “sozinhismo”.

Mas garanto: por mais distantes que estejam e por mais diferentes que sejam as culturas e economias locais e regionais dessas empresas todas, uma parte significativa das questões que ocupam suas preocupações ou ambições são mais comuns entre todas do que você pode imaginar.

E depois, a internet tornou o mundo mais próximo e sem fronteiras.

Por formar uma rede exatamente com centenas de editores e empresas editoriais de todo o território brasileiro, a Alright, com quem tenho estreita relação, me ensinou que há muita identificação entre todos. E há também um potencial imenso de troca de experiências a ser potencialmente feito.

Sobre “sozinhismo” e sobre a ideia de negócios e profissões como a sua, cacei um texto de uma organização internacional chamada Democracy Fund, um fundo pela democracia.

Veja como eles definem seu ecossistema e como semelhanças se aproximam umas das outras. E porque, às vezes, o todo é maior que a soma das partes.

“O Democracy Fund define um ecossistema de notícias como a rede de instituições, colaborações e pessoas nas quais as comunidades locais dependem para notíciasinformações e engajamento.

Os ecossistemas de notícias saudáveis são diversos, interconectados, sustentáveis e profundamente envolvidos com suas comunidades.

Esta abordagem reconhece que onde antes havia uma indústria de notícias próspera, dominada por grandes jornais e estações de TV na maioria das localidades, agora existem ecossistemas de notícias lutando, compostos por pequenas peças unidas de forma solta.

A saúde de um ecossistema de notícias costumava estar enraizada na estabilidade de alguns grandes escritórios de notícias, mas hoje os ecossistemas de notícias saudáveis são mais diversos e dinâmicos.

Isso reflete não apenas como a mídia mudou, mas também como as comunidades obtêm suas informações de diferentes plataformas e veículos.

Um ecossistema de notícias, assim como um ecossistema natural, é composto por redes de partes interdependentes. 

Um ecossistema de notícias consiste em instituições âncoras (redações de notícias, universidades, bibliotecas, agências governamentais), infraestrutura (propriedade, acesso à banda larga, treinamento de mídia) e redes (redes de informação informais, plataformas, pessoas).

Os limites dos ecossistemas de notícias não são uniformes e devem ser compreendidos através da perspectiva das pessoas que os habitam.

Um ecossistema não é apenas a coleção dessas partes, mas também as conexões e relacionamentos entre elas.

Quando um ecossistema está saudável, o todo é maior do que a soma de suas partes”.


Compromissos editoriais em meio aos desertos de notícias

“No jornalismo local, os compromissos editoriais com as comunidades precisam ser vistos como parte do modelo de negócios”, afirma Sérgio Lüdtke, presidente do Projor

Nas áreas onde não há cobertura jornalística consistente e são ainda maiores os riscos perante o direito à informação, os desertos de notícias deixam comunidades isoladas do fluxo informacional confiável e regular.

Nesta entrevista com Sérgio Lüdtke, jornalista, pesquisador, editor do Projeto Comprova e presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), foram abordados aspectos desse fenômeno para entender o que leva à sua formação e estratégias para superá-lo.

Os desafios enfrentados pelos veículos jornalísticos locais, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade financeira, são críticos para a sobrevivência desses veículos. Outro ponto é sobre a falta de diversidade nas fontes de financiamento que pode tornar essas organizações dependentes de recursos públicos ou sujeitas à influência política, comprometendo sua independência editorial.

Sérgio destaca o que aponta como voluntarismo entre jornalistas, e como a ausência de políticas públicas de incentivo à criação e à estruturação de veículos locais agrava a situação. Além disso, discorre sobre o uso de tecnologias emergentes, especialmente a Inteligência Artificial, como ferramentas para fortalecer os veículos jornalísticos locais.

Se a informação de qualidade é uma vacina contra a desinformação, como garantir que os cidadãos em regiões desprovidas de cobertura jornalística recebam conteúdo confiável? E como a sociedade civil, o mercado e os próprios produtores de veículos jornalísticos locais podem colaborar para fortalecer essas comunidades e reverter essa situação?

Confira as respostas sobre essas e outras questões relacionadas ao tema.

O conceito de desertos de notícias surge para classificar territórios que não são atendidos por veículos jornalísticos locais, portanto, ficam isolados em seu direito à informação. Quais são os critérios utilizados para essa classificação?

Desertos de notícias para o Atlas da Notícia são os municípios cujos moradores não têm a sua disposição nenhum veículo jornalístico sediado no município e que faça cobertura regular de fatos e eventos de interesse das comunidades do território. O Atlas desconsidera organizações ou arranjos informais que tenham vínculo com o Estado e com igrejas.

Quais são os principais problemas que afetam os veículos locais e trazem dificuldade para existência nesses territórios?

O principal desafio à sobrevivência e ao crescimento dessas organizações é a sustentabilidade financeira. Uma grande parte depende exclusivamente da publicidade e corre o risco de se tornar refém do poder público municipal – sempre um potencial anunciante – a quem deveria fiscalizar. 

Mas existem outros que se somam à falta de diversidade das fontes de financiamento. Os mais significativos são a capacitação para explorar novas linguagens e a ausência de pessoas dedicadas à gestão.

Do ponto de vista político, quais as estratégias que devem ser tomadas para enfrentar essa problemática dos desertos de notícias? Já existem políticas públicas nesse sentido?

Os desertos têm sido reduzidos por conta do voluntarismo de jornalistas que criam iniciativas individuais, coletivas ou empresariais para cobrir esses territórios áridos de informação. Falo em voluntarismo mais do que em empreendedorismo porque a ausência de barreiras de ingresso neste setor faz com que muitos se contentem com miragens quando deveriam estar construindo uma visão de futuro. Eles estão solitários nessa luta.

Não há, de parte do poder público, políticas de incentivo à estruturação do setor ou de incentivo à criação de novas iniciativas. Entendo que é urgente a criação de políticas públicas que incentivem o surgimento de novos arranjos jornalísticos locais e apoiem o crescimento dos já existentes. Informação de qualidade precisa ser uma questão de política pública e à sociedade é preciso mostrar que o jornalismo local é fundamental para a democracia, sobretudo neste século marcado pela desinformação.

Os veículos que já nasceram como negócios digitais ou aqueles que fazem bom uso disso parecem se destacar no jornalismo local. Por outro lado, muitos veículos locais têm problemas financeiros para manter os negócios e isso gera, em muitos casos, dependência de verba pública. Como enfrentar essas barreiras?

A transformação digital exige uma mudança bastante profunda no funcionamento das empresas e no modo de pensar de suas lideranças. E isso nem sempre é uma empreitada fácil. Muitas vezes essa transformação também exige que se abra mão de rentabilidade e há a insegurança causada por novos modelos de negócio sobre os quais não se tem experiência e muito menos controle.

E essa é a armadilha que leva muitos a se tornarem dependentes de políticos e partidos que ocupam as prefeituras, o que os distancia das comunidades a quem deveriam servir. No jornalismo local, os compromissos editoriais com as comunidades precisam ser vistos como parte do modelo de negócios. Quem trai esses compromissos compromete seu futuro.

A tecnologia, especialmente a IA, é uma aliada nesse processo? De que forma?

Sim, vários recursos providos por Inteligência Artificial podem melhorar a produtividade e até mesmo qualificar a produção do conteúdo. Ela pode, por exemplo, ser usada para estruturar apresentações a potenciais financiadores, estruturar projetos e pautas editoriais e até mesmo criar conteúdos que possam ser gerados a partir de bases de dados estruturadas. Desde que haja transparência para o leitor do uso que foi feito desses mecanismos, entendo que a IA possa ser vista como aliada.

Acesso à informação implica em democracia mais forte. Nessa dimensão, também falamos de combate à desinformação. O que os números de desertos de notícias revelam sobre a relação entre esses aspectos?

Não temos pesquisas específicas sobre a desinformação nos territórios que são desertos de notícias, mas se entendermos que a informação apurada com rigor jornalístico e que serve aos interesses de uma comunidade pode ser uma vacina contra a desinformação, os cidadãos que vivem nos desertos não estão na fila do imunizante. 

Mas eles seguem recebendo e compartilhando conteúdos cuja origem nem sempre é conhecida pelas redes sociais e por aplicativos de mensagens. Quem não tem um veículo jornalístico ao qual possa recorrer está em área de risco.

Que conselhos podemos apontar para produtores de veículos jornalísticos locais, para o mercado e a sociedade civil em busca de colaboração para fortalecer as comunidades e tentar acabar com os desertos de notícias?

Para quem quer criar um veículo, sugiro tomar algumas precauções antes de se aventurar e gastar seus poucos recursos no empreendimento, ainda que o seu “capital social” nas plataformas seja consistente. Fazer uma boa análise dos cenários possíveis, rascunhar um plano de negócios e se associar a alguém com experiência e foco em gestão é muito importante.

Aos que já estão neste mercado, eu sugiro gastar um tempo para conhecer melhor sua audiência e pensar em como ser absolutamente relevante para essas comunidades de leitores. Dessa relevância percebida pela audiência e do conhecimento que se tem do público podem surgir novas ideias para testar diferentes fontes de financiamento. A publicidade provavelmente vá se manter sendo a principal fonte, mas até ela gera mais valor quando essa relevância é reconhecida. 


Design em sintonia com o tempo: redescobrindo a identidade visual da sua marca

No frenético mundo dos negócios, as tendências mudam rapidamente e a concorrência é acirrada. Saber quando repaginar o design de um produto ou marca é crucial para manter relevância e conquistar consumidores. Mas como identificar esse instante decisivo, quando a atualização se torna uma necessidade e não apenas uma mera mudança estética?

Sinais que clamam por uma mudança

Um primeiro indicativo de que o design precisa ser reformulado é a desconexão com o público-alvo. Se sua marca ou produto parece antiquada, desalinhada com as preferências e valores atuais, ou se não consegue se comunicar de forma eficiente com os consumidores, é momento de reconsiderar sua identidade visual.

Outro indício importante é a estagnação nas vendas. Se o seu produto não está vendendo como antes, ou se a marca não atrai novos clientes, o design pode estar contribuindo para esse problema. Um visual desatualizado ou pouco atraente tem o potencial de afastar potenciais compradores, enquanto um design moderno e cativante é capaz de despertar o interesse e impulsionar as vendas.

Pesquisa da Adobe revela as tendências de design em 2024

Para auxiliar na tomada de decisão sobre a hora certa de repaginar o design, a Adobe, empresa líder em software de design, realizou um estudo aprofundado sobre as tendências que moldarão o mercado em 2024. O estudo, intitulado “Design Trends 2024”, revela que as principais tendências para o ano são:

  • Design autêntico e humano: Os consumidores buscam por marcas e produtos que transmitam autenticidade e conexão humana, valorizando a empatia e a responsabilidade social.
  • Design inclusivo e acessível: O design precisa ser acessível a todos, independentemente de suas habilidades ou necessidades. Isso significa criar interfaces intuitivas, usar cores e contrastes adequados e considerar a diversidade de usuários.
  • Design sustentável: A sustentabilidade se torna importante para os consumidores, que buscam por produtos e marcas que causem o mínimo impacto ambiental possível. O design pode contribuir para essa causa utilizando materiais reciclados, otimizando a eficiência energética e promovendo práticas sustentáveis.
  • Design imersivo e interativo: As experiências imersivas e interativas ganham espaço, proporcionando aos consumidores uma imersão total no produto ou marca. Isso pode ser feito através de realidade virtual, realidade aumentada e outras tecnologias inovadoras.
  • Design minimalista e funcional: O minimalismo continua em alta, com foco na simplicidade, funcionalidade e clareza. O design minimalista deve ser elegante e prático, sem elementos desnecessários que possam distrair o usuário.

A importância do design como estratégia

É importante lembrar que o design vai além da estética. Uma boa reformulação deve estar alinhada com os objetivos estratégicos da marca, reforçando seus valores, missão e posicionamento no mercado. O novo design deve ser funcional, memorável e transmitir a mensagem desejada de forma clara e concisa.

Um processo colaborativo e multidisciplinar

Repensar o design de um produto ou marca não é tarefa para um único indivíduo ou departamento. É um processo colaborativo que deve envolver diferentes áreas da empresa como marketing, vendas, design e pesquisa. A visão holística e as diversas perspectivas garantem um resultado mais rico e abrangente.

Profissionais experientes: a chave para o sucesso

Contar com a ajuda de profissionais experientes em design e branding é fundamental para garantir um processo tranquilo e um resultado de alta qualidade. Eles possuem o conhecimento e as ferramentas necessárias para traduzir os objetivos da marca em um design estratégico e eficaz.

Saber a hora certa de repaginar o design de um produto ou marca é uma decisão estratégica que requer pesquisa, análise, planejamento e a expertise de profissionais qualificados. Ao investir em uma estética moderna, funcional e alinhada com os valores da grife, as empresas aumentam suas chances de atrair novos clientes, reter os antigos e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Afinal, o design é a voz visual da sua marca, e sua voz precisa ser clara, autêntica e ressoar com seu público.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. A tendência de veículos de comunicação fundados e gerenciados pelos próprios jornalistas. Entenda aqui.
  2. Meta anuncia IA integrada ao Instagram e WhatsApp. Clique aqui para mais detalhes.
  3. As redes sociais estão cada vez mais lotadas de conteúdo gerado por IA e isso tem reforçado a teoria conspiratória da “internet morta”. Entenda aqui.


Rodrigo Bravo, do Google, em conteúdo exclusivo para Alright e Coletiva.net

Destacando o lançamento do guia “Como transformar tendências em ações” e uma série de lives, a Alright contou com a presença de Rodrigo Bravo, gerente de Parceria Estratégica no Google, discutindo a transição para um mundo digital com mais privacidade após a desativação dos cookies de terceiros, um mecanismo utilizado para personalizar anúncios. 

Nesta semana, o Coletiva.net veiculou conteúdo exclusivo dessa parceria onde Bravo destacou  as diferenças entre os cookies primários e os de terceiros, bem como seu impacto na receita publicitária dos veículos e as tendências legislativas relacionadas ao consentimento do usuário.

O texto também aborda o envolvimento do Google com o ecossistema de notícias por meio do Google News Initiative (GNI), que apoia o Jornalismo Local e profissional com recursos, produtos, conhecimento digital e soluções colaborativas para tornar o setor mais sustentável. O objetivo é que todos os usuários, em qualquer lugar, tenham acesso a informações confiáveis. Não deixe de conferir!

Conteúdo exclusivo neste link


Anunciadas políticas inéditas na live sobre Jornalismo local e Combate à Desinformação

Alright, em parceria com a Agência Lupa, realizou no dia 18 de abril uma live que apresentou diferentes perspectivas sobre o debate crucial do combate à desinformação.

Os convidados falaram sobre os desafios enfrentados pelo jornalismo no combate à disseminação de fake news, especialmente em um contexto eleitoral, estratégias e soluções para promoção da educação midiática, importância do jornalismo local como ferramenta de serviço para as comunidades, além de particularidades do trabalho de verificação e checagem de fatos.

O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo Federal, adiantou ações que estão sendo preparadas para formação na área de Educação Midiática, além de diretrizes e editais para incentivo a outras iniciativas educacionais.

A reprise pode ser acessada no YouTube da Alright. Um bate-papo com riqueza de informações com os convidados: Natália Leal, jornalista e diretora executiva da Lupa; Marta Alencar, jornalista, professora e fundadora da COAR; Marco Aurélio Jacob, publicitário, jornalista e cofundador da Gazeta do Cerrado; e Marlise Brenol, jornalista, pesquisadora e mediadora do evento.


Descubra como potencializar o seu Oásis de Notícias

Prepare-se para um evento transformador! 

A Alright irá revelar sua nova proposta de valor, prometendo revolucionar os veículos de notícia local, transformando-os em poderosos Oásis de Notícias

Este evento online e gratuito é uma oportunidade imperdível para todos que desejam elevar seus meios de comunicação a um novo patamar de impacto e inovação. 

Junte-se a nós no dia 30/04, às 10h.

Inscrições neste link.

Pyr Marcondes

Pyr Marcondes

Senior Partner @ Pipeline Capital, Founder CEO da Macuco Tech Ventures, investidor, advisor, autor e palestrante.

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