Acelera, da Alright, encerra campanha de doações após lançamento do livro “Jornalismo 4.0” de Pyr Marcondes

Entre 2 de outubro e 31 de novembro, o livro digital “Desafios e Saídas para o Jornalismo 4.0”, de Pyr Marcondes, registrou 116 downloads e arrecadou R$675,00 em doações. Após a dedução das taxas, o valor final destinado ao Instituto Vladimir Herzog foi de R$640,64.

A campanha teve objetivo de aliar conhecimento e impacto social, uma iniciativa por meio da plataforma Acelera, da Alright, oferecendo alternativas acessíveis de contribuição, com cupons de desconto que incentivaram doações para apoiar a liberdade de imprensa e a promoção do jornalismo de qualidade.

Uma aula gratuita com lançamento do livro

No dia 10 de outubro, Pyr Marcondes conduziu uma aula gratuita sobre Jornalismo 4.0, apresentando estratégias e insights sobre os desafios da mídia contemporânea. O evento também marcou o lançamento do livro, que aborda temas como:

  • O impacto das redes sociais no consumo de notícias;
  • A crise do jornalismo local e seu papel na democracia;
  • Estratégias inovadoras para enfrentar as transformações no mercado de notícias.

Com mais de 40 anos de experiência em grandes veículos como Valor Econômico, Exame e Meio & Mensagem, Pyr utilizou sua expertise para oferecer uma visão estratégica sobre as mudanças que moldam o futuro da comunicação.

Impacto social e acesso democrático

O livro ficou disponível por R$100, mas os cupons de desconto na campanha permitiram que leitores contribuíssem com valores reduzidos, como R$5, R$10, R$20 ou R$50. Todo o valor arrecadado está sendo revertido ao Instituto Vladimir Herzog, uma entidade que defende a democracia e a liberdade de imprensa no Brasil.
Para adquirir o livro e participar da iniciativa, acesse: Acelera Alright.

Sobre Pyr Marcondes

Jornalista, especialista em marketing e autor de seis livros, Pyr Marcondes é um dos nomes mais respeitados no setor de comunicação. Atualmente, atua como Senior Partner da Pipeline Capital e sócio fundador da Macuco Tech Ventures, além de investir em startups e empresas que impulsionam inovação na comunicação.

A ação reafirma o compromisso de Pyr Marcondes e da Alright em promover iniciativas que conectam conhecimento, impacto social e o fortalecimento do jornalismo como pilar essencial da democracia.

Fique de olho: tendências com integração de IA e novos formatos de conteúdo

Impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas do público, o jornalismo segue em constante transformação.

Neste artigo, apresentamos uma curadoria de indicações de sites especializados que analisam as tendências para o setor de jornalismo em 2025. A seleção foi feita com o intuito de reunir as informações mais relevantes e atualizadas, permitindo uma compreensão ampla sobre os rumos do setor para o novo ano.

Tendências na produção de conteúdo

As tendências destacadas englobam desde a evolução tecnológica e a crescente presença de inteligência artificial até a ascensão de novos formatos de conteúdo, como podcasts e vídeos. A ideia é fornecer uma visão consolidada sobre as mudanças que moldarão o futuro do jornalismo.

A integridade da informação, a personalização do conteúdo e a valorização do jornalismo local se destacam como temas centrais, refletindo as necessidades de um mercado cada vez mais digital e dinâmico.

Veja os destaques com as indicações das fontes para aprofundamento nos dados:

  1. Integração de Inteligência Artificial (IA)
    A IA está sendo cada vez mais incorporada nas redações para automatizar tarefas repetitivas, como a produção de relatórios financeiros e esportivos, permitindo que os jornalistas se concentrem em investigações mais profundas. Além disso, a IA pode auxiliar na personalização de conteúdo, adaptando as notícias às preferências individuais dos leitores.
    Fonte: Jornal da USP
  2. Valorização do jornalismo local e comunitário
    Há um movimento crescente em direção ao jornalismo que atende às necessidades específicas de comunidades locais, oferecendo cobertura mais relevante e personalizada. Veículos independentes e iniciativas comunitárias estão ganhando destaque ao fornecer notícias que refletem as realidades locais.
    Fonte: Rede JP Comunicação
  3. Integridade da informação
    A confiança do público nas fontes de notícias está sendo severamente testada pela desinformação. Assim, a integridade da informação se torna um fator central para os jornalistas e veículos de comunicação. Investimentos em processos de verificação rigorosa, como checagem de fatos e auditorias de fontes, serão vitais para garantir que o jornalismo continue sendo um pilar da democracia. Além disso, a transparência na produção e na correção de erros será crucial para manter a credibilidade.
    Fonte: *desinformante
  4. Podcasts em expansão
    Os podcasts continuam a se expandir como um formato de mídia popular, especialmente entre as gerações mais jovens. Em 2025, espera-se que os podcasts se tornem ainda mais interativos, permitindo que os ouvintes façam perguntas ao vivo ou participem de discussões em tempo real. Além disso, a convergência de podcasts com outros formatos, como vídeo e transcrição interativa, também crescerá, ampliando o alcance e a acessibilidade das informações.
    Fonte: Cast News
  5. Vídeos como forma de conteúdo principal
    Os vídeos estão se consolidando como o formato mais eficaz para engajar o público e serão uma parte crucial do jornalismo digital em 2025 e também da mídia publicitária. Veículos de comunicação que já investem em conteúdo de vídeo, como transmissões ao vivo e minidocumentários, vão intensificar sua presença em plataformas como YouTube, TikTok e Instagram. O formato vertical, com vídeos curtos e dinâmicos, deve se tornar a principal maneira de distribuir notícias, proporcionando experiências mais imersivas.
    Fonte: Meio & Mensagem

Essas tendências apontam para a importância crescente da veracidade da informação, a ascensão de formatos agregadores e multimídia como ferramentas de engajamento, e o domínio do vídeo como formato de consumo de notícias nos próximos anos. 

Blockchain: a tecnologia da libertação para jornalismo, anunciantes e audiência

O final de ano é aquele momento em que passado e futuro se sobrepõem em uma dinâmica de avaliação da vida pessoal e profissional, da vida em sociedade, dos negócios. Para um mercado em constante transformação como o de mídia, comunicação e jornalismo, impactado pela desinformação e constante busca de credibilidade, as ações estratégicas são pressupostas para prospectar um novo ciclo mais próspero.

Encerramos 2024 com mais de 5 mil downloads do livro “Jornalismo Local no Brasil: Caminhos Possíveis”, um guia estratégico, apontando aos veículos de jornalismo locais e regionais formas de fazer a travessia. O livro, do qual fui uma das autoras, moldou a atuação de muitos veículos, como também abriu espaço para debates necessários. Para alguns veículos, as diretrizes do guia são metas cumpridas, para outros, novas promessas de realização.

Ainda não leu? Baixe aqui

2025 está batendo à porta e o fato é que novas tendências já se impuseram. A emergência climática e a mediação da imprensa são uma pauta urgente e devemos endereçá-la, bem como a integridade da informação, inclusive ambiental, temáticas estruturantes do futuro. Por isso, escolhi o blockchain como tendência chave, pois entrelaça as duas pautas. Precisamos perseguir o domínio dessa tecnologia primeiro, para depois a incluirmos na estratégia.

O que é o blockchain e por que prestar atenção?

Blockchain tem o poder de transformar radicalmente o jornalismo, colocando o poder nas mãos dos leitores e restaurando a confiança na mídia, oferecendo soluções inovadoras para desafios como a transparência, a segurança e a monetização de conteúdo.

Ao permitir a criação de registros inalteráveis e a verificação da autenticidade de informações, o blockchain pode fortalecer a confiança do público nas notícias e combater a desinformação.

Embora ainda existam desafios a serem superados, a adoção do blockchain por grandes

empresas e a crescente conscientização sobre seus benefícios indicam que essa tecnologia desempenhará um papel cada vez mais importante no futuro do jornalismo. Mesmo gigantes da tecnologia como a Google reconhecem o potencial disruptivo do blockchain e estão investindo em soluções baseadas nessa tecnologia.

Houve anúncio de programas para parceiros desenvolveram aplicativos de web 3 (internet descentralizada) baseados em blockchain e, mais do que isso, fechou parcerias com redes como Hedera, Polygon, Solana Labs e Flare para serviços de validação de documentos e dados e fomento à inovação. Eu arrisco afirmar que é uma tecnologia paradigmática, talvez a mais importante desde o protocolo www.

Listei abaixo alguns motivos para dedicar tempo e experimentação para essa tecnologia em 2025:

1. Transparência e credibilidade: O blockchain permite o registro imutável de informações, ou seja, a integridade noticiosa. Isso significa que a origem e a evolução de uma matéria jornalística podem ser verificadas por qualquer pessoa. Em um contexto de desinformação exponencial, essa tecnologia introduz um selo de confiabilidade atribuído pela audiência.

2. Monetização e propriedade digital: Os NFTs (tokens não fungíveis) permitem que jornalistas vendam suas reportagens como obras de arte únicas, com um certificado digital que comprova a autoria e a exclusividade. Essa é uma forma de recuperar a ideia de valor do jornalismo, oferecendo à audiência a possibilidade de apoiar diretamente a produção de qualidade.

3. Pagamentos diretos e micropagamentos: O blockchain facilita o uso de criptomoedas ou sistemas de micropagamentos em moeda corrente. Isso significa que o leitor pode pagar diretamente por uma matéria, sem intermediação de grandes plataformas, reduzindo custos e fortalecendo a relação entre produtores e consumidores de conteúdo.

4. Segurança de dados e privacidade: Em um momento em que o uso de dados pessoais está sob crescente escrutínio, o blockchain oferece soluções para armazenar informações com segurança, protegendo tanto as fontes quanto os leitores.

Por que a tecnologia blockchain assusta?

Apesar de promissor, o blockchain ainda enfrenta muitos desafios, como a escalabilidade e a acessibilidade. A implementação da tecnologia em larga escala requer investimentos significativos e uma curva de aprendizado que pode afastar pequenos e médios veículos, num primeiro momento. Porém, tem aquela máxima que gosto de repetir: sozinhos vamos mais rápido, juntos vamos mais longe.

A colaboração segue sendo tendência para 2025, inclusive para enfrentar novos desafios.  Muitos profissionais ainda veem o blockchain como algo distante, ou atrelado exclusivamente a criptomoedas.

Essa percepção pode dificultar a adesão e retardar a utilização no setor. Outro ponto desafiador para a tecnologia blockchain é o consumo de energia. Dependendo da arquitetura, pode consumir altos níveis de energia, gerando impactos ambientais significativos. Isso é especialmente preocupante diante do aumento de eventos climáticos extremos como enchentes, secas e furacões, que têm exigido um olhar mais atento da imprensa para pautas climáticas.

Uma alternativa é adotar soluções blockchain que utilizem mecanismos de validação e consenso mais sustentáveis, como um sistema de validação de transações que priorize quem possui mais moedas. É o caso do proof-of-stake (PoS), método que exige menor força de mineração computacional complexa.

O sistema PoS pode ser usado para armazenar e proteger arquivos de notícias de forma descentralizada.

Embora os validadores não armazenem os arquivos diretamente, eles garantem a integridade dos registros associados a esses arquivos, como autorias, datas de publicação e revisões, contribuindo para a redução da pegada ambiental enquanto oferecem credibilidade e segurança aos seus leitores.

Há ainda a questão das regulações em torno do blockchain, que precisam entrar no debate público. Questões legais, como a proteção de dados e a tributação de transações, podem criar barreiras para sua implementação em larga escala no jornalismo, num primeiro momento.

Um novo modelo de negócio na comunicação: o público é o rei

O público consumidor é rei neste novo modelo porque o blockchain descentraliza a circulação de notícias e publicidade, eliminando intermediários (hoje plataformas e algoritmos) e devolve ao público o controle sobre o que consome e apoia. O consumidor pode pagar diretamente por conteúdo, decidir quais projetos financiar e verificar a autenticidade das informações.

Além disso, a publicidade torna-se mais transparente e menos invasiva, respeitando a privacidade e reforçando o engajamento com as marcas e veículos que melhor atendem às suas demandas. Essa combinação de escolha, transparência e controle coloca o poder nas mãos da audiência como nunca antes.

Todas essas mudanças têm algo em comum: colocam o poder de decisão e consumo cada vez mais nas mãos do consumidor.  A proposta é vermos a migração de uma lógica de circulação centrada em algoritmos para uma lógica centrada na tomada de decisão por bloco.

O blockchain, embora ainda em fase inicial de adoção no jornalismo, conduz essa transição. Ele carrega o potencial de redefinir o que entendemos por transparência, viabilidade financeira e relação com o público. Para jornalistas e veículos, o desafio é se preparar para um mundo onde a transformação não é apenas desejável, mas vital.

Em 2025, mais do que nunca, o jornalismo será chamado a inovar não apenas em suas narrativas, mas também em seus modelos de existência. O blockchain é uma dessas ferramentas, e cabe a nós explorá-la de forma ética, criativa e transformadora. Esteja pronto para 2025, um ano de menos investimentos em mídias sociais, já ficando velhas, e mais em novas mídias.

Editor, se você quer faturar, esqueça seu site

Editor, hora de uma DR com uma antiga paixão: seu site

Os sites de notícias, que já foram os protagonistas da transformação digital, estão perdendo espaço no orçamento e na atenção de audiências e anunciantes. As mudanças nos padrões de tráfego e investimento publicitário deixam claro que é hora de as empresas de mídia revisarem suas prioridades.

Sites e os desafios do modelo tradicional

A crescente presença de ferramentas de inteligência artificial, como o Google AI Overviews, já afetou até 40% do tráfego de busca de alguns editores nos últimos meses. Com a expansão desse recurso para mais de 100 países, espera-se um impacto ainda maior em 2025.

Ao mesmo tempo, plataformas sociais como Facebook e Instagram continuam construindo barreiras para evitar que os usuários deixem seus ecossistemas, enquanto os orçamentos publicitários se concentram em grandes players, deixando os pequenos e médios editores em desvantagem.

Além disso, o consumidor está sendo mais seletivo com assinaturas pagas, priorizando apenas as que considera essenciais. Nesse cenário, depender exclusivamente de um site como fonte de tráfego e receita tornou-se um risco cada vez maior.

O que vem pela frente para os sites?

As empresas de mídia precisarão diversificar suas estratégias em 2025, apostando em formatos que ampliem a monetização sem comprometer a qualidade editorial. Dois caminhos se destacam: vídeo e parcerias com criadores de conteúdo.

O retorno do vídeo

Embora o vídeo não seja novidade, o contexto atual apresenta vantagens inéditas:

         •       Plataformas como YouTube, TikTok e Instagram tornaram o formato onipresente e acessível;

         •       Produzir vídeos de alta qualidade nunca foi tão barato;

         •       Anunciantes reconhecem o valor do vídeo para campanhas de marca e transacionais, dispostos a pagar prêmios por esse tipo de conteúdo.

Além disso, o vídeo é versátil: pode ser reaproveitado para diferentes plataformas, transcrito em texto ou transformado em podcasts, criando um ciclo contínuo de engajamento. Empresas como HubSpot, por exemplo, têm colhido resultados impressionantes ao investir em vídeos: crescimento de 47% nas visualizações de conteúdo longo e 78% no retorno sobre investimento em geração de leads em 2024.

Criadores de conteúdo: aliados estratégicos

No passado, jornalistas e influenciadores eram vistos como categorias distintas. Hoje, a influência de criadores de conteúdo independentes é inegável.

Empresas de mídia têm muito a ganhar ao colaborar com especialistas e influenciadores em suas áreas. Essas parcerias não apenas ampliam o alcance de forma imediata, mas também geram credibilidade em públicos que os veículos tradicionais podem ter dificuldade em alcançar.

Na HubSpot, parcerias com mais de 100 criadores em plataformas como YouTube e newsletters têm trazido resultados consistentes, com custos de aquisição de leads até 60% mais baixos do que métodos tradicionais.

O papel dos sites em 2025

Os sites não desaparecerão, mas perderão o protagonismo. Eles continuarão sendo essenciais para o jornalismo de qualidade e como base editorial e comercial das empresas. No entanto, é hora de “amar menos” esses espaços e priorizar estratégias que realmente capturam o comportamento das audiências e o potencial econômico do momento.

O futuro da mídia está em diversificar formatos e parcerias, garantindo relevância e sustentabilidade em um ambiente digital cada vez mais competitivo.

Aner: Jornalismo, capacitação e combate à desinformação

2024 foi um ano muito produtivo para a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner). Se alguém me falasse que em um mesmo ano, estaríamos entre as associações parabenizadas, em plenário, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso e seríamos parceiras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma campanha contra desinformação, eu juro: não teria acreditado.

A Aner viveu 2024 em um contexto de mercado renovado, modernizado, mas ainda muito desafiador. Chegamos aqui com um cenário nem um pouco animador:  implosão das empresas distribuidoras de revistas impressas, fechamento de bancas, queda nas receitas de anúncios por conta do crescimento do digital e o caos da pandemia. Um ambiente cercado de incertezas e inseguranças. Um mercado com pouca vivência de trocas, inovação e intercâmbio de experiências.

Parcerias e crescimento

No meio desse tsunami, encontramos caminhos para fechar parcerias. Investimos na capacitação dos publishers e, aos poucos, as oportunidades foram aparecendo. Criamos o Café com Aner, que abriu portas e cabeças para a necessidade de trocar ideias, experiências e até mesmo inseguranças. Mais que dobramos o número de associados, reforçando o quadro com outras organizações importantes, como a Alright e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Participamos da criação da Confraria das Mulheres Dirigentes de Associações.

Trouxemos colaboradoras importantes para o nosso site, como a correspondente da Europa, Lulu Skantze e a especialista em ferramentas digitais Ana Selvatici, da Diagonal Minds, com colunas e consultoria exclusivas para a Aner. Criamos canais de comunicação, como a Newsletter Aner e reformulamos o site www.aner.org.br. Vieram as parcerias para oficinas e programas da Meta e Google, com auxílio de especialistas de mercado digital como a Monks.

Oferecemos duas edições de Labs de Negócios da Aner, sobre Brand Publishing, com a Barões Digital Publishing; e sobre Inteligência Artificial, para jornalistas, com Fábio Farias. E, agora, nos preparamos para iniciar mais um Programa com a Blue Engine, a partir de janeiro.

Estamos, ainda, em meio à disseminação da inteligência artificial no segmento jornalístico, com a chegada do ChatGPT e de outras ferramentas. Um terreno tão incerto quanto novo. E a Aner segue debatendo, consultando especialistas, ouvindo o mercado, analisando as oportunidades para colaborar com as decisões estratégicas de negócios dos associados.

Não há receita de bolo para o mercado de revistas no Brasil e nem em qualquer lugar do mundo. O jornalismo precisa mais do que apenas o ouvir, apurar e relatar. Ele agora precisa conhecer e lidar com os diversos meios que a informação utiliza para se disseminar. E com as ameaças que enfraquecem a confiança da população na imprensa.

É preciso falar cada vez mais a linguagem da proximidade com o público, conhecer o que os usuários dos canais de comunicação querem e precisam. Engajar é o verbo. E trazer para um trabalho conjunto instituições públicas, como os Tribunais e as associações e instituições de comunicação, colabora com isso. Usar a linguagem regional para alertar sobre a necessidade de combater a desinformação, de checar antes de repassar, é ação que está no escopo do trabalho jornalístico, pela sobrevivência da imprensa e das instituições que levam jornalismo a sério.

Caminhos da Aner para 2025

Em 2025 e até pelo menos o fim de 2026 seguiremos, eu e Rafael Soriano, à frente da Aner. A ideia é manter a estratégia de renovação, capacitação e intercâmbio de ideias entre os publishers. Para isso, seguimos fechando parcerias. Queremos realizar um encontro internacional de publishers em São Paulo, em meados do ano que vem. Em Brasília, vamos seguir atentos aos movimentos do Congresso Nacional, aos projetos de lei e às propostas que impactam o mercado publishing.

Há ainda projetos em andamento para distribuição de revistas nas agências dos Correios, inserção de revistas na estratégia de iniciação à leitura nas escolas, uma segunda edição do encontro de publishers no Google e participação ativa da Aner em instituições parcerias, como Cenp, Conar, Fiesp, IVC, Instituto Palavra Aberta e nas representações públicas, como Conselho de Comunicação do Senado.

Apesar das expectativas de crescimento de investimentos em publicidade para o ano que vem, não há certezas para o que nos aguarda. Mas sabemos que o que quer que seja poderá ser enfrentado com firmeza se o mercado publishing permanecer unido e compartilhando ideias, propostas e informações. 2025 que nos aguarde!

Quer um site mais rápido? Invista em otimização técnica para sites WordPress

Se você deseja que seu site WordPress se destaque nos motores de busca, como o Google, a velocidade e a performance técnica são aspectos indispensáveis. Além de proporcionar uma navegação fluida e segura para os visitantes, um site bem otimizado ajuda a melhorar seu posicionamento nas buscas, aumentar sua audiência e, consequentemente, impulsionar seus resultados.

Pensando nisso, a Alright, por meio da plataforma Acelera, oferece um serviço exclusivo de consultoria em SEO técnico, voltado para otimização completa de sites WordPress. Este serviço não só corrige problemas técnicos, mas também assegura que sua plataforma esteja alinhada com as melhores práticas de desempenho e experiência do usuário.

Por que investir em otimização técnica nos sites em WordPress?

Um site lento ou com erros técnicos pode afastar visitantes e reduzir sua relevância nos rankings do Google. Problemas como carregamento demorado, mudanças inesperadas de layout ou falta de segurança são algumas das principais barreiras enfrentadas por publishers que buscam engajamento e crescimento de público.

Nosso serviço resolve esses desafios por meio de uma análise detalhada e correções que impactam diretamente a experiência do usuário e os critérios exigidos pelos algoritmos de busca.

O que está incluso no serviço?

A consultoria técnica da Alright cobre uma ampla gama de otimizações essenciais para sites WordPress:

  1. Core Web Vitals: correção de indicadores como velocidade, estabilidade e interatividade, garantindo uma navegação rápida.
  2. Correções de JavaScript e CSS: ajuste de códigos que interferem no tempo de carregamento e renderização da página.
  3. Otimização de imagens: redução do tamanho de arquivos e aplicação de técnicas como Lazy Load para economizar banda e acelerar o site.
  4. Soluções de problemas CLS, LCP e FCP: estabilidade visual, carregamento de elementos principais e melhora na percepção de velocidade.
  5. Ajustes de fontes e arquivos de terceiros: otimização no carregamento para evitar atrasos desnecessários.
  6. Análise de servidor e Cloudflare: verificação de infraestrutura para garantir desempenho e segurança.
  7. Implementação do WP Rocket: uso de um dos melhores plugins de cache para sites WordPress.
  8. Limpeza de plugins e temas: remoção de elementos que impactam negativamente a performance.
  9. Otimização de banco de dados e ajustes de página/postagens: refinamento completo para melhorar a eficiência e o SEO.

As reuniões e atendimentos são realizados de forma remota, garantindo flexibilidade e facilidade no acompanhamento.

Ideal para publishers e proprietários de canais de comunicação que utilizam o WordPress e buscam uma solução técnica eficiente para melhorar a performance de seus sites. Esse serviço é especialmente relevante para aqueles que enfrentam problemas de desempenho ou querem garantir um site rápido, funcional e alinhado às melhores práticas do mercado.

Acesse: https://acelera.alright.com.br/courses/servico-de-otimizacao-tecnica-para-site-wordpress 

IA e jornalismo: entre o otimismo e o medo

IA e Jornalismo- Se você está ligado à indústria do conteúdo editorial, estar vivendo hoje entre o otimismo e o medo diante da Inteligência Artificial é o novo normal.

Se você não está otimista: pois fique.

Se não está com medo: tem alguma coisa muito errada com você.

Entre os extremos da substituição e da complementaridade, a profissão enfrenta uma encruzilhada decisiva, na qual escolhas estratégicas definirão o futuro da relação entre jornalismo e conteúdos editoriais e tecnologia.

A força substitutiva da IA já é uma realidade em muitas redações. Ferramentas automatizadas, como as usadas pela Press Association no Reino Unido, conseguem produzir centenas de milhares de matérias locais em um curto espaço de tempo. 

Desde 2018, uma equipe de apenas cinco jornalistas, apoiada pela tecnologia RADAR, conseguiu publicar mais de 400.000 notícias locais. 

Com o avanço contínuo da IA generativa, vemos iniciativas como podcasts totalmente automatizados e até ferramentas para redações pequenas gerarem conteúdos antes limitados por falta de recursos humanos. 

Para muitas empresas, essas inovações representam ganhos significativos em eficiência e redução de custos. Contudo, a pergunta que devemos nos fazer é: a eficiência tecnológica pode substituir a essência humana do jornalismo?

No outro extremo, a força complementar da IA apresenta uma visão mais colaborativa. 

Nesse cenário, a tecnologia não substitui os jornalistas, mas amplifica suas capacidades. 

Ferramentas de análise de dados, verificação de fatos e geração de gráficos, como as testadas pela BBC, ajudam a aliviar tarefas repetitivas e permitem que os jornalistas se concentrem em trabalhos mais estratégicos e investigativos.

Um exemplo claro desse uso complementar é a Associated Press, que desenvolveu uma ferramenta para varrer sites de governos locais em busca de pautas relevantes. 

Essa tecnologia libera tempo e energia dos jornalistas, permitindo que eles se dediquem a aprofundar as histórias encontradas. 

Além disso, o surgimento de jornalistas especializados em dados e computação reflete como a tecnologia pode enriquecer o ecossistema jornalístico ao criar novas funções e habilidades.

Apesar das diferenças, a escolha entre os caminhos de substituição ou complementaridade não é binária. 

A experiência dos últimos 20 anos, com a chegada da internet e das redes sociais, nos ensinou que as promessas de salvar ou destruir o jornalismo geralmente se encontram em um ponto intermediário. 

A realidade flutua entre os extremos, e com a IA não será diferente.

O que está em jogo, porém, é o modelo de negócios que prevalecerá. 

O caminho da substituição, com sua promessa de eficiência e redução de custos, parece mais atraente para empresas de mídia focadas no lucro e na escala. 

Já o caminho da complementaridade exige uma visão mais centrada no interesse público, na preservação de empregos humanos e no fortalecimento da qualidade e da diversidade do conteúdo jornalístico.

À medida que nos aproximamos de 2025, o jornalismo enfrenta pressões políticas, econômicas e sociais intensas. Este será o ano em que decisões cruciais deverão ser tomadas. 

As redações que escolherem o caminho da complementaridade precisarão investir em capacitação, cultura organizacional e ferramentas que ampliem o papel humano no processo jornalístico. 

Por outro lado, quem optar pela substituição terá que enfrentar questões éticas e a possível perda de credibilidade junto ao público.

O futuro do jornalismo não depende apenas da tecnologia, mas da maneira como decidimos utilizá-la. 

A IA pode ser uma ferramenta poderosa para potencializar o trabalho dos jornalistas e enriquecer a experiência informativa. Ou pode ser uma solução aparentemente eficiente que, ao eliminar o fator humano, compromete a essência da profissão. 

A escolha, como sempre, estará em nossas mãos.

A transformação da internet e a quarta onda: Inteligência Artificial Generativa e o futuro da pesquisa

Desde o final do século XX, a Internet tem passado por grandes transformações que moldaram não apenas como acessamos informações, mas como interagimos com o mundo. A atual discussão trazida pelo artigo do Wall Street Journal – “Googling Is for Old People. That’s a Problem for Google” – reflete o início de mais uma fase dessa evolução: a transição para a quarta onda da web, marcada pelo protagonismo da inteligência artificial generativa e dos assistentes pessoais. Para entender essa mudança, é importante revisitar as fases anteriores da internet e como o conteúdo e o comportamento dos usuários evoluíram.

A primeira onda na internet: portais de entrada para a informação

No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, a web comercial começou a se consolidar com os portais. Empresas como AOL, Yahoo! e UOL no Brasil dominavam o cenário como os primeiros grandes hubs de acesso à internet. Esses portais reuniam notícias, entretenimento, links e serviços de e-mail, tornando-se verdadeiras “praças virtuais” que organizavam o mundo digital para os usuários.

Nessa fase, o conteúdo era estático, dominado por textos e imagens de baixa resolução. A velocidade das conexões, ainda limitada pelo dial-up, restringia o consumo de formatos mais ricos. A internet era um lugar de descoberta lenta, mas revolucionária, onde o foco estava na curadoria de informações e na construção de comunidades emergentes.

A segunda onda na internet: a ascensão da busca

Com a expansão da internet e o aumento exponencial do volume de informações, surgiu a necessidade de uma ferramenta eficiente para navegar por esse vasto mar de dados. Foi aí que o Google despontou como o grande mediador do conhecimento digital.

A busca transformou o comportamento dos usuários, trazendo a promessa de encontrar qualquer coisa em poucos segundos. Essa nova dinâmica permitiu que as pessoas deixassem de depender de portais e assumissem um papel mais ativo na navegação. A web tornou-se mais descentralizada, e a indexação das páginas criou uma economia digital baseada em palavras-chave e publicidade direcionada.

A busca também influenciou profundamente a produção de conteúdo, com o SEO (Search Engine Optimization) determinando o formato e o foco do que era publicado. O objetivo era claro: ser encontrado.

A terceira onda: a era dos feeds e das redes sociais

O surgimento do Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais trouxe uma mudança fundamental na forma como consumimos informações. Na terceira onda da web, os feeds se tornaram a principal porta de entrada para a internet.

Em vez de buscar ativamente, os usuários começaram a ser bombardeados por conteúdos personalizados, entregues diretamente em suas telas. Essa lógica, baseada em algoritmos e no engajamento emocional, inaugurou a era da atenção fragmentada.

No Brasil, plataformas como Orkut e, posteriormente, Facebook e Instagram, moldaram o comportamento de milhões de pessoas. O foco passou a ser não apenas consumir, mas também produzir conteúdo – especialmente em formatos visuais e vídeos curtos. Essa fase foi marcada pelo surgimento de influenciadores digitais, pelos debates polarizados e pela dependência de métricas como curtidas e compartilhamentos.

A quarta onda: Inteligência Artificial Generativa e o futuro personalizado

Agora estamos na transição para a quarta onda, onde a inteligência artificial generativa e os assistentes pessoais estão mudando mais uma vez como interagimos com a internet.

Ferramentas como ChatGPT, Bard e outros sistemas de IA estão substituindo a busca tradicional por interações mais contextuais e personalizadas.

Essa nova fase se baseia no poder computacional em nuvem, na conectividade 5G e nos dispositivos avançados, que permitem experiências altamente imersivas e instantâneas. A IA generativa não apenas responde a perguntas, mas cria conteúdos, sugere ações e ajuda na tomada de decisões – tornando-se uma extensão direta da mente humana.

Os assistentes pessoais prometem eliminar o ruído dos feeds, oferecendo interações mais focadas e baseadas em intenções específicas. Isso representa um desafio direto ao modelo do Google, que depende da navegação por cliques. Em vez disso, a IA pode entregar a resposta ou solução diretamente, reduzindo a relevância da página de resultados.

O novo paradigma do conteúdo na internet

A evolução da internet também transformou o conteúdo que consumimos. Nos primórdios, textos e imagens eram os pilares. Hoje, graças às conexões ultrarrápidas e ao poder computacional, vivemos na era dos streamings de vídeo, conteúdos ao vivo e podcasts.

Plataformas como YouTube, Twitch e TikTok competem ferozmente por cada segundo de atenção.

A competição não é mais apenas por cliques, mas por engajamento emocional. Os algoritmos agora priorizam aquilo que mantém os usuários imersos, seja em vídeos curtos, seja em transmissões de longo formato. Isso significa que o futuro do conteúdo está cada vez mais vinculado à personalização e à relevância para o momento.

Brasil: reflexo e inovação na quarta onda

No Brasil, esse movimento é especialmente marcante. Somos um dos países mais conectados e com maior engajamento em redes sociais do mundo. A adaptação às novas tecnologias, como inteligência artificial generativa, já está em curso, com empresas e criadores de conteúdo explorando seu potencial.

Para o Google, o desafio no Brasil é ainda mais complexo. Com a juventude migrando para TikTok, Instagram e outras plataformas, a empresa precisa repensar como se posicionar em um ambiente digital onde a busca tradicional está perdendo relevância.

O que nos espera

Cada onda da internet trouxe mudanças profundas, mas também desafios. A quarta onda, movida pela inteligência artificial generativa, representa uma ruptura na maneira como interagimos com o conhecimento. Se antes buscávamos, hoje queremos ser assistidos.

Essa transformação é uma oportunidade para criadores, empresas e plataformas se adaptarem e inovarem. Contudo, é também um chamado à reflexão: como garantir que essa nova era seja inclusiva, ética e capaz de preservar a diversidade de vozes que define a internet? O futuro está sendo escrito, e cabe a nós moldá-lo com responsabilidade.

Preconceito etário e a falsa ideia de que “googling é coisa de velho”

O título do artigo do Wall Street Journal – “Googling Is for Old People” – reflete um problema que vai além da transformação tecnológica: o preconceito etário ou etarismo. Ao sugerir que o hábito de buscar informações no Google é algo “de velho”, o título carrega uma visão limitante e estereotipada sobre o comportamento humano na internet, ignorando a complexidade do que realmente define nossas escolhas e práticas digitais.

Na verdade, a internet sempre foi um espaço de pluralidade, onde as pessoas assumem papéis e hábitos independentes de sua faixa etária. O que determina os comportamentos online não é a idade biológica, mas o perfil, os interesses, as vivências e a atitude diante das inovações.

Essa visão mais ampla nos ajuda a entender que a digitalização – o processo de adotar ferramentas e práticas tecnológicas – é muito mais um marco de desenvolvimento humano do que algo limitado por gerações. A abertura para experimentar novas tecnologias, como a inteligência artificial generativa, ou para permanecer em métodos que continuam funcionais, como a busca, depende de uma mentalidade de curiosidade e adaptação.

Esse argumento desafia a narrativa preconceituosa de que certas práticas digitais são “ultrapassadas” ou exclusivas de um grupo etário. A verdade é que comportamentos digitais são moldados pela experiência e pela afinidade com as ferramentas, não por rótulos de idade. Assim como jovens podem preferir redes sociais como TikTok, muitas pessoas de todas as idades exploram plataformas como o Google, não por falta de inovação, mas por reconhecerem seu valor prático e confiabilidade.

A transição para a quarta onda da internet, com a ascensão de assistentes pessoais e inteligência artificial generativa, reforça a importância de abandonar visões limitadas. O protagonismo nessa nova fase não será dado a quem for mais jovem, mas a quem for mais adaptável e curioso. Essa condição é atemporal e universal, demonstrando que o futuro digital é, e sempre será, para todos – sem restrições de idade, mas com ênfase em mentalidade aberta e colaborativa.

SEO

Aprenda SEO com um especialista e transforme seus conteúdos

Com o SEO se tornando indispensável para o sucesso digital, profissionais, jornalistas e empreendedores têm agora a chance de aprimorar suas estratégias para aumentar a audiência e a relevância de seus conteúdos.

No dia 10 de dezembro de 2024, às 10h (horário de Brasília), a Alright, por meio da plataforma Acelera, realizará a aula online “Como Aumentar sua Audiência Orgânica Otimizando seus Conteúdos”, com Fabiano Souza, especialista renomado em SEO e estratégias de conteúdo digital.

Por que participar e aprender SEO?

A aula é uma oportunidade única para compreender como o SEO pode alavancar a audiência de sites e portais de notícias, tornando-os mais relevantes e engajados.

O que será abordado sobre SEO?

Durante o evento, serão explorados tópicos essenciais, como:

  • Conteúdos de valor e impacto na audiência: como atender às necessidades do público para garantir relevância e autoridade.
  • SEO para aumentar audiência: estratégias para destacar seus conteúdos nos mecanismos de busca.
  • A importância das palavras-chave: como escolher as melhores para atrair seu público-alvo.
  • O poder das imagens otimizadas: como enriquecer a experiência do usuário e melhorar o desempenho no Google.
  • Impacto da Inteligência Artificial: o papel da IA na criação de conteúdos personalizados e otimizados.
  • Estratégias evergreen: por que investir em conteúdos duradouros é essencial para o crescimento orgânico.

Sobre o especialista

Fabiano Souza é reconhecido como um dos maiores nomes em SEO de conteúdo no Brasil. Com vasta experiência em estratégias digitais, ele orienta empresas a construir uma presença online sólida, sempre focando em relevância, engajamento e resultados.

Garanta sua participação agora!

A aula é gratuita e contará com uma sessão de perguntas ao vivo, permitindo interação direta com Fabiano Souza.

📌 Inscrições exclusivas para membros da Rede Alright.
📧 Ainda não é membro da Rede Alright e quer participar? Entre em contato: [email protected]
🔗 Após a inscrição, você receberá o link para acompanhar a live.

Não perca essa oportunidade!
Acesse agora a página de inscrições e reserve sua vaga:
INSCRIÇÃO

Página de inscrição: https://acelera.alright.com.br/courses/como-aumentar-sua-audiencia

Google divulga novidades para 2025 sobre iniciativas de jornalismo e abre inscrições

Novas ações do Google para fortalecer o jornalismo no Brasil, destacando projetos que promovem a sustentabilidade e a qualidade da informação, estão com inscrições abertas. Esses anúncios incluem o lançamento de programas de capacitação voltados para o desenvolvimento de produtos digitais e estratégias de monetização para veículos de comunicação.

O objetivo é ajudar redações de todos os portes a aprimorar suas práticas, gerando impacto positivo em seus negócios e na sociedade.

Google em 2024

No balanço das iniciativas realizadas ao longo do ano, o Google avaliou os resultados expressivos. Em evento no dia 28 de novembro, foram destaque a Rede FALA! Que capacitou mais de 10 mil jornalistas em ferramentas digitais, enquanto o programa Startups Lab acelerou 15 startups focadas em jornalismo local e cívico.

Além disso, muitos veículos passaram a utilizar um selo de transparência, baseado nos indicadores desenvolvidos pelo Projor, para fortalecer a confiança junto aos leitores.

Projetos inovadores como o Busca Fatos, da Aos Fatos, e o LupaScan, da Agência Lupa, também ganharam destaque. Ambas as ferramentas, que utilizam inteligência artificial para verificar informações, tiveram papel crucial no combate à desinformação durante períodos eleitorais, consolidando-se como recursos essenciais no cenário informativo brasileiro.

Novos programas de capacitação do Google

Entre as novidades, o Google News Initiative lançou dois programas de capacitação com inscrições abertas:

Jornada de Desenvolvimento de Produto Digital

Voltado para organizações de mídia de todos os portes, o programa auxilia redações a criarem produtos digitais alinhados aos seus objetivos editoriais e de negócio. Com inscrições abertas até 10 de dezembro de 2024, o programa terá duas fases:

  • Fase 1 (janeiro a março de 2025): webinars ao vivo sobre criação e gestão de produtos digitais.
  • Fase 2 (março a abril de 2025): sessões de coaching e mentoria para equipes selecionadas.
    A inscrição é individual e pode ser concluída em cinco minutos.

Inscreva-se: clique aqui 

Laboratório de dados e monetização

Em parceria com a Monks, o laboratório busca ajudar veículos de notícias a otimizarem ferramentas como o Google Analytics 4 e o Google Ad Manager. Os participantes terão suas contas auditadas para diagnóstico e implementação de melhorias, além de receberem suporte especializado em sessões de atendimento individualizado (Office Hours).

Confira detalhes nessa apresentação – aqui.

O número de vagas é limitado, e os candidatos passarão por um processo de seleção com base nas informações fornecidas no formulário de inscrição.

Inscreva-se: clique aqui

Como participar?

  • Jornada GNI de Desenvolvimento de Produto Digital:
    Preencha o formulário de inscrição até 10 de dezembro. A seleção é aberta a startups e grandes redações de todo o Brasil.
  • Laboratório de Dados e Monetização:
    Demonstre interesse preenchendo o formulário do programa. Embora o preenchimento do formulário não garanta a participação, candidatos selecionados terão acesso a diagnósticos detalhados e melhorias implementadas por especialistas.

Um futuro promissor para o jornalismo brasileiro

Com essas ações, o Google afirma ter compromisso com o fortalecimento do jornalismo no Brasil, incentivando inovação, transparência e sustentabilidade no setor. Iniciativas como essas fomentam o setor diante dos desafios impostos pelos desertos de notícias e pela desinformação, além de garantir que veículos de comunicação, grandes e pequenos, tenham ferramentas para crescer e engajar suas comunidades de forma significativa.

As inscrições já estão abertas, e os interessados devem estar atentos às datas em dezembro para garantir sua participação em um dos programas que prometem transformar o futuro da informação no país.

Lançado “Manual para Cobertura Jornalística de Desastres Climáticos”

No dia 19 de novembro, foi lançado no canal do YouTube d’O Eco o Manual para a Cobertura Jornalística dos Desastres Climáticos, um guia criado para aprimorar a abordagem de um dos maiores desafios contemporâneos: a crise climática. Organizado pelas professoras e pesquisadoras Márcia Franz Amaral (UFSM), Eloisa Beling Loose e Ilza Maria Tourinho Girardi (UFRGS), o manual busca fornecer ferramentas práticas e reflexivas para jornalistas e comunicadores enfrentarem a complexidade dos desastres climáticos.

A publicação parte do pressuposto de que desastres não são eventos puramente naturais, mas resultados da interação entre vulnerabilidades sociais e impactos ambientais exacerbados pela ação humana. Segundo as pesquisadoras, a cobertura jornalística desses eventos ainda é superficial, limitada aos momentos de emergência e focada em tragédias isoladas, sem explorar as causas estruturais ou as consequências duradouras.

Esse cenário se agrava em um contexto global onde eventos climáticos extremos, como secas, inundações e furacões, têm se tornado mais frequentes e devastadores. No Brasil, o desastre de 2024 no Rio Grande do Sul, que impactou mais de dois milhões de pessoas e causou 183 mortes, exemplifica essa realidade. O manual propõe uma abordagem contínua e contextualizada para ampliar o entendimento público sobre a crise climática e suas implicações sociais.

Capítulos do manual

A estrutura do manual cobre tópicos relevantes:

  1. “Para Entender um Desastre”: explora como desastres resultam de interações entre fatores humanos e socioeconômicos, desafiando a narrativa de que são eventos naturais isolados.
  2. “Dez Tópicos sobre o Sistema de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil”: detalha a estrutura do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), abordando monitoramento, alertas, evacuações, voluntariado e liberação de recursos emergenciais.
  3. “Ciclo de Atenção Jornalística aos Riscos e Desastres”: analisa as etapas da cobertura jornalística, desde a reação imediata até o acompanhamento de longo prazo.
  4. “Dez Pontos Sensíveis da Cobertura de Desastres Climáticos”: destaca os desafios de selecionar fontes confiáveis, evitar desinformação e integrar interseccionalidades na narrativa.
  5. “Dez Ideias de Pautas sobre os Desastres”: sugere temas inovadores, como as relações entre desastres e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), saúde pública e a memória coletiva em contextos de tragédia.

O manual ainda apresenta um guia de fontes confiáveis e siglas recorrentes, assegurando precisão nas reportagens sobre mudanças climáticas.

Manual aborda o papel transformador do jornalismo na crise climática

No evento de lançamento, as jornalistas Kelly Matos (Rádio Gaúcha) e Cláudia Gaigher (especialista em socioambiental) reforçaram a necessidade de transversalizar o tema ambiental no jornalismo. Kelly destacou que a cobertura climática deveria estar integrada a outras editorias, como economia e política, dada sua relevância cotidiana. Cláudia enfatizou a importância de fontes confiáveis para informar o público sobre o desequilíbrio climático.

O manual, disponível gratuitamente, não apenas orienta a cobertura jornalística, mas também convida à reflexão sobre o papel do jornalismo na sensibilização da sociedade e na promoção de soluções. Não é apenas um recurso técnico, mas um chamado à ação. Ele desafia jornalistas a repensarem suas práticas e a incorporarem a crise climática como uma pauta central e contínua, conectada às questões sociais e políticas.

Ao incentivar uma cobertura mais qualificada, o manual contribui para o fortalecimento do jornalismo ambiental, essencial para enfrentar os desafios do século XXI e construir um futuro mais informado e sustentável.

A publicação pode ser baixada gratuitamente aqui.

Com informações do Site O Eco

folha do mate

Folha do Mate lança plugin “Quem Disse?” com apoio do Codesinfo, programa do Projor

A Folha do Mate, jornal sediado em Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, ganhou destaque no cenário jornalístico nacional em 2024 com a criação do plugin “Quem Disse?”, uma ferramenta inovadora voltada para o combate à desinformação. Desenvolvido com o apoio do programa Codesinfo – Fundo de Inovação Contra a Desinformação, promovido pelo Instituto Para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) em parceria com a Google News Initiative, o plugin visa promover maior transparência e credibilidade nas informações publicadas online.

Folha do Mate e a inovação com apoio do Projor

O plugin “Quem Disse?”, desenvolvido para o CMS WordPress, oferece aos leitores um acesso facilitado às informações sobre os autores das matérias publicadas. Ao clicar no nome do autor, o usuário é direcionado a uma página dedicada que exibe um minicurrículo, um vídeo de apresentação, uma lista de conteúdos previamente publicados e formas de contato.

Além disso, o sistema inclui um banco de dados de fontes recorrentes, como autoridades e especialistas, ampliando o contexto das informações compartilhadas.

Essa abordagem inovadora é fruto do financiamento recebido pelo Codesinfo que, em 2024, distribuiu investimentos de até R$ 100 mil para cinco organizações jornalísticas brasileiras. Esses recursos têm sido aplicados em projetos tecnológicos que incluem desde chatbots para verificação de fatos até sistemas para monitorar anúncios enganosos.

Transparência e credibilidade

Paula Carvalho, diretora de marketing e projetos da Folha do Mate, explica que o plugin oferece um sistema que facilita o acesso dos usuários à autoria dos conteúdos publicados. Isso não apenas valoriza o trabalho dos jornalistas, mas também permite que os leitores avaliem a credibilidade das informações.

A integração do plugin no fluxo de trabalho da redação da Folha do Mate foi projetada para ser simples. Após o cadastro do autor, o sistema automaticamente vincula os dados às matérias assinadas por ele. Além de valorizar os profissionais, a ferramenta promove maior engajamento dos jornalistas com o conteúdo produzido, refletindo na qualidade das publicações.

O Codesinfo no cenário nacional

O programa Codesinfo, ao lado de iniciativas como o Atlas da Notícia, tem sido um alicerce na valorização do jornalismo local no Brasil. Além do apoio financeiro, os participantes recebem mentorias voltadas ao aprimoramento profissional e à implementação de soluções tecnológicas inovadoras.

Essa abordagem fortalece a atuação de veículos em um momento em que o combate à desinformação é um tópico sensível para a preservação da democracia e da confiança pública.

“Queremos incentivar o compartilhamento de resultados com a comunidade de jornalistas, pesquisadores da comunicação e organizações de notícias de modo a promover um ambiente de maior colaboração e diversidade de modelos de combate à desinformação no país”, afirma Sérgio Lüdtke, Presidente do Projor. 

Jornalismo local, futuro e inovação 

Com o lançamento do “Quem Disse?”, a Folha do Mate se posiciona como um exemplo de inovação no jornalismo local. A iniciativa demonstra como soluções tecnológicas podem ser poderosas aliadas no combate à desinformação, promovendo um jornalismo mais transparente, ético e alinhado às demandas da sociedade contemporânea.

Nesse sentido, Paula Carvalho lembra que, embora o jornalismo local tenha ganhado relevância nos últimos anos, os desafios permanecem. 

“Ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca por soluções sustentáveis, tanto para as iniciativas digitais quanto para a manutenção dos veículos impressos. Programas como o Codesinfo desempenham um papel importante ao incentivar e valorizar o trabalho jornalístico de veículos locais, oferecendo não apenas apoio financeiro, mas também acesso a mentorias essenciais para o aprimoramento profissional”.

A experiência da Folha do Mate com o Codesinfo serve como inspiração para outros veículos de comunicação, reforçando a importância da colaboração e da adoção de tecnologias acessíveis para transformar o jornalismo e fortalecer a confiança do público nas notícias.

SEO

Domine o SEO: como aumentar sua audiência com conteúdos otimizados

Com o SEO se tornando cada vez mais indispensável para o sucesso digital, é fundamental que profissionais, jornalistas e empreendedores desenvolvam estratégias eficazes que aumentem a audiência e a relevância de seus conteúdos.

Pensando nisso, no dia 10 de dezembro de 2024, às 10h (horário de Brasília), a Alritght, por meio da plataforma Acelera, vai realizar a aula online “Como aumentar a sua audiência orgânica otimizando seus conteúdos”, conduzida por Fabiano Souza, especialista em SEO e estratégias de conteúdo digital.

A aula é uma oportunidade imperdível para profissionais e empreendedores que desejam entender como o SEO pode alavancar a audiência de seus sites e portais de notícias, tornando-os mais relevantes e engajados.

Objetivo e tópicos da aula de SEO

O principal objetivo do evento é explorar como a otimização de conteúdos pode impactar diretamente o alcance e a relevância de um site. Durante a aula, serão abordados os seguintes tópicos:

  1. O que são conteúdos de valor e seu impacto na audiência:
    A importância de criar conteúdos que atendam às necessidades do público, garantindo relevância e autoridade.
  2. SEO como ferramenta para aumentar audiência:
    Entenda como os mecanismos de busca classificam conteúdos e o que você pode fazer para se destacar entre os concorrentes.
  3. A relevância das palavras-chave:
    Descubra como selecionar as melhores palavras-chave para atrair seu público-alvo e melhorar o posicionamento nos resultados de busca.
  4. O poder das imagens:
    Como imagens bem otimizadas não só enriquecem a experiência do usuário, mas também impactam o desempenho de um conteúdo nos motores de busca.
  5. Impacto da Inteligência Artificial na produção de conteúdo:
    O papel das ferramentas de IA na criação e personalização de materiais otimizados.
  6. Verticais e conteúdos evergreen:
    Por que criar conteúdos duradouros (evergreen) é essencial para o crescimento orgânico de portais de notícias

Fabiano Souza é um dos maiores especialistas em SEO de conteúdo no Brasil. Com ampla experiência no desenvolvimento de estratégias digitais, ele já ajudou diversas empresas a aumentar sua visibilidade online e construir uma presença digital sólida. Fabiano é conhecido por sua habilidade em criar conteúdos segmentados e otimizados, sempre com foco em relevância e engajamento.

Participe da aula gratuita de SEO

A aula é uma oportunidade para compreender como o SEO pode transformar a audiência orgânica de um site, indo além de apenas gerar tráfego, mas também garantindo a criação de conteúdos que entreguem valor ao público. Além disso, o evento conta com uma sessão de perguntas ao vivo, onde os participantes poderão tirar dúvidas diretamente com Fabiano Souza e explorar cases reais.

As inscrições são voltadas para membros da Rede Alright. Para demais interessados, o contato é: [email protected]

A participação é gratuita, e o link para assistir à live será fornecido após a inscrição. Garanta sua vaga e aproveite essa oportunidade de aprender com um dos maiores especialistas em SEO do país.

Acesse agora a página de inscrições: https://alright.com.br/acelera/

E mais:

Com a crescente competitividade no universo digital, dominar o SEO se tornou um fator essencial para alcançar visibilidade, engajamento e relevância na internet. Hoje, empresas, portais de notícias e profissionais independentes enfrentam o desafio constante de atrair e reter a atenção do público em meio a um oceano de informações.

Nesse cenário, compreender as estratégias certas para otimizar conteúdos pode fazer toda a diferença. A aula “Como aumentar a sua audiência orgânica otimizando seus conteúdos” surge como uma oportunidade única para quem deseja se destacar. Mais do que ensinar os fundamentos do SEO, a aula explora táticas práticas e aplicáveis que ajudam a transformar sites e portais de notícias em referências dentro de seus nichos, conquistando públicos maiores de forma sustentável e consistente.

Além disso, a aula oferece um panorama completo sobre como o SEO pode ampliar o alcance dos conteúdos, fortalecer a autoridade de uma marca ou veículo e consolidar sua presença em um mercado cada vez mais disputado. Ao aplicar estratégias bem planejadas, profissionais e empreendedores podem não apenas atrair mais visitantes, mas também fidelizá-los, criando uma base sólida de audiência qualificada. Combinando teoria e prática, “Como aumentar a sua audiência orgânica otimizando seus conteúdos” é mais do que um aprendizado técnico: é um passo estratégico para quem deseja prosperar no cenário digital, onde estar presente já não é suficiente – é preciso ser encontrado e reconhecido como relevante.

Abraji

Abraji reabre inscrições para Programa de Proteção Legal para jornalistas

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em parceria com o Instituto Tornavoz, reabriu inscrições para o Programa de Proteção Legal para Jornalistas. A iniciativa visa oferecer suporte jurídico gratuito a comunicadores que enfrentam ameaças ou processos judiciais abusivos devido ao exercício da profissão.

Criado para defender o direito à liberdade de expressão e a atuação do jornalismo em contextos adversos, o programa busca apoiar profissionais que divulgam informações de interesse público, mas encontram dificuldades financeiras para custear a própria defesa.

Quem pode participar do programa da Abraji

O programa é direcionado a jornalistas independentes, veículos pequenos ou regionais e profissionais que atuam fora dos grandes centros urbanos. Esses grupos estão entre os mais vulneráveis a intimidações e represálias, muitas vezes decorrentes de reportagens que incomodam interesses poderosos.

Critérios de seleção incluem a comprovação de insuficiência financeira e o alinhamento com princípios de diversidade racial e de gênero. Assim, o programa visa não apenas proteger os comunicadores, mas também promover uma representação mais plural no jornalismo brasileiro.

Além disso, veículos de comunicação independentes que enfrentem problemas jurídicos relacionados à publicação de conteúdo de interesse público também podem ser contemplados pela iniciativa.

Como se inscrever junto à Abraji

Os interessados devem enviar seus casos por meio do formulário disponível no site oficial da Abraji ou pelo e-mail: [email protected]. No formulário, os candidatos precisam detalhar a situação enfrentada, incluindo informações sobre os processos judiciais ou ameaças, além de apresentar documentação que comprove a insuficiência de recursos financeiros.

O prazo para inscrições permanece aberto enquanto houver disponibilidade de recursos, e os casos são analisados por ordem de chegada. Para mais informações sobre os critérios de seleção e o escopo do programa, recomenda-se acessar o site oficial da Abraji.

Por que o programa da Abraji é importante?

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado expressivos ataques contra jornalistas, especialmente aqueles que investigam temas como corrupção, violações de direitos humanos e impactos ambientais. Esses profissionais são frequentemente alvos de ameaças, assédio judicial e tentativas de silenciamento, o que não apenas afeta suas vidas, mas também enfraquece o papel da imprensa como um pilar da democracia.

O Programa de Proteção Legal para Jornalistas conta com o apoio da Media Defence, uma organização internacional dedicada à defesa jurídica de profissionais de imprensa em todo o mundo. Essa parceria reforça o compromisso da Abraji e do Instituto Tornavoz em oferecer um suporte abrangente e alinhado com padrões internacionais de direitos humanos.

Se você é jornalista ou conhece alguém que se enquadre nos critérios do programa, não deixe de divulgar essa oportunidade. A assistência jurídica pode ser a diferença entre continuar publicando informações relevantes ou ser silenciado por interesses que buscam esconder a verdade.

Para mais informações, dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected].

Defesa coletiva do jornalismo

Ao oferecer suporte jurídico gratuito, o Programa de Proteção Legal para Jornalistas reafirma o papel essencial do jornalismo na construção de uma sociedade mais justa e informada.

A iniciativa não apenas defende os direitos individuais dos comunicadores, mas também fortalece a liberdade de expressão e o direito da população de acessar informações de interesse público. Em tempos de crescente desinformação e ataques à imprensa, projetos como este se tornam fundamentais para garantir que jornalistas possam exercer sua função sem medo de represálias.

A Abraji e o Instituto Tornavoz reforçam a importância de proteger quem trabalha pela verdade e pela transparência. A defesa da liberdade de imprensa é uma responsabilidade coletiva. 

A reabertura do Programa de Proteção Legal para Jornalistas pela Abraji, em parceria com o Instituto Tornavoz, é uma iniciativa drelevante para o fortalecimento da liberdade de imprensa no Brasil. Em um contexto de crescentes ameaças ao jornalismo, esse programa se apresenta como um mecanismo indispensável para garantir que comunicadores possam exercer seu papel essencial de informar a sociedade, mesmo diante de intimidações e processos abusivos. Ao oferecer suporte jurídico gratuito, a iniciativa não apenas protege os direitos dos jornalistas, mas também reafirma o compromisso com a transparência e o acesso público à informação, pilares fundamentais de qualquer democracia.

jornalismo local

Por que grandes grupos tech apoiam o jornalismo local

“Quando a esmola é demais, o santo desconfia”, dizia minha avó, com sábia razão popular. Grandes plataformas tecnológicas como Meta, TikTok, Apple e Google estão desenvolvendo soluções e serviços para apoiar o jornalismo local.

Mas por quê?

Há motivos reputacionais e de marketing, de imagem, good brand awareness. Política de boa vizinhança, diria meu avô, conhecedor de práticas internacionais de negócios.

Há também motivos mercadológicos e jurídicos. Há razões sociais. Agora tudo somado a motivos tecnológicos.

Explico e exemplifico melhor cada um deles abaixo.

Não acho que seja esmola. Mas acho que devemos entender objetivamente o assunto.

1. Pressão reguladora e reputacional no jornalismo local

Governos em várias partes do mundo estão exigindo que as grandes empresas de tecnologia contribuam financeiramente para a sustentabilidade do jornalismo, especialmente em nível local. Isso é evidente em países como Austrália, Canadá e União Europeia, onde legislações foram introduzidas para que essas plataformas compartilhem receitas com produtores de conteúdo jornalístico. Essas iniciativas buscam evitar que o ecossistema informativo local se deteriore ainda mais.

2. Fortalecimento do ecossistema de informação

O jornalismo local desempenha um papel vital na democracia, fornecendo informações relevantes para as comunidades, como notícias sobre saúde, educação, política e eventos locais. Ao apoiar o jornalismo local, essas plataformas ajudam a fortalecer a confiança na informação e a combater a desinformação, que frequentemente prospera na ausência de fontes confiáveis.

3. Relacionamento do jornalismo local com produtores de conteúdo

Apoiar o jornalismo local permite que as plataformas mantenham uma boa relação com os produtores de conteúdo, que são fundamentais para alimentar seus serviços com notícias e engajar os usuários. Por meio de parcerias, programas de financiamento e treinamento, elas fortalecem esses laços.

4. Diversificação de conteúdo e retenção de usuários

As plataformas se beneficiam diretamente ao oferecer conteúdo relevante e hiperlocal para seus usuários. Esse tipo de conteúdo aumenta o engajamento e mantém as pessoas mais tempo nas plataformas, já que atende às necessidades informativas específicas de suas comunidades.

5. Inovação e testes de novas soluções

Os programas para jornalismo local também servem como campo de teste para tecnologias e formatos inovadores (campo de treino para AI), como automação na produção de notícias, ferramentas de verificação de fatos, e distribuição otimizada de conteúdo.

6. Responsabilidade Social Corporativa (RSC) no jornalismo local

Apoiar o jornalismo local também faz parte de um esforço de responsabilidade social corporativa. As empresas buscam melhorar sua imagem pública, especialmente diante das críticas de que contribuíram para a crise no setor de notícias ao absorver grande parte das receitas publicitárias que antes eram destinadas aos veículos jornalísticos.

Exemplos de iniciativas para o jornalismo local:

Google destaques

● Programa que remunera produtores de conteúdo jornalístico pela curadoria e licenciamento de notícias4.

●   Presente em mais de 24 países, com mais de 2.500 empresas jornalísticas participantes no mundo4.

●   No Brasil, já conta com mais de 170 organizações parceiras em todas as regiões do país4.

GNI Startups Lab

●    Programa de aceleração de startups de jornalismo4.

●    Em 2023, selecionou 15 projetos para participar no Brasil4.

●   Oferece workshops, mentorias remotas e uma semana de design sprint presencial6.

GNI Local Lab

●  Apoiou cerca de 100 organizações de pequeno e médio porte que produzem conteúdo noticioso local4.

●  Ofereceu consultoria, capacitação e implementação técnica por 9 meses4.

Laboratório de Sustentabilidade da GNI

●  Programa inédito no mundo para apoiar veículos e criadores dedicados à cobertura ambiental e divulgação científica4.

● 40 veículos e criadores selecionados participaram de treinamentos e workshops4.

Outras iniciativas do Google

●  Patrocínio de eventos como o Festival Piauí de Jornalismo e o Festival 3i4.

●  Financiamento de pesquisas como o Atlas da Notícia5.

●  Oferta de ferramentas como o Pinpoint para análise de grandes volumes de dados5.

Apple News Partner Program

●  Lançado em 2021 para ampliar a colaboração e o apoio da Apple ao jornalismo3.

● Oferece taxa de comissão reduzida (15%) por assinaturas qualificadas adquiridas dentro do app3.

●  Disponível para noticiários por assinatura que divulgam conteúdo em Apple News Format3.

Facebook (Meta)

●  Investiu US$ 300 milhões para fomentar o jornalismo local1.

●  Oferece recursos através de organizações filantrópicas, como mencionado na pesquisa da

TikTok

●  Parcerias com jornalistas para estimular a produção de conteúdos locais e educativos na plataforma.

métricas

Além das métricas de vaidade

Se você trabalha com mídia, é provável que já tenha defendido KPIs como se fossem verdades absolutas. É natural, dado o quanto as métricas como custo por clique, alcance e impressões ganharam relevância nas decisões de investimento publicitário. Mas será que, no meio dessa obsessão por eficiência técnica, não estamos deixando algo muito importante de lado?

Reavaliando as métricas

Nos últimos anos, o mercado publicitário foi transformado pela ascensão da mídia programática e das redes sociais. A promessa de segmentação precisa, escalabilidade e custos reduzidos seduziu anunciantes de todos os portes. No entanto, esse modelo tem uma fragilidade que não podemos ignorar: a qualidade do ambiente onde os anúncios são exibidos.

Um estudo recente publicado pela Adweek trouxe um dado que merece atenção. Quase 40% dos sites rotulados como “Made for Advertising” (MFA) — criados apenas para captar investimentos de publicidade digital — são domínios mortos. Ou seja, são sites sem audiência real, sem conteúdo relevante e sem credibilidade. Estima-se que existam 55 milhões de URLs assim, captando verbas publicitárias ao redor do mundo. É um sinal claro de que, no esforço por entregar números impressionantes, parte dos investimentos está sendo desperdiçada.

Por outro lado, há uma oportunidade que tem sido negligenciada: os veículos de notícia locais e regionais. Esses portais, que conhecem de perto as comunidades que atendem, oferecem algo que muitas vezes falta no universo da mídia programática: um ambiente confiável, transparente e alinhado com os valores do público.

Métricas e oportunidades

Ao investir nesses portais, as marcas garantem que seus anúncios aparecem ao lado de conteúdos que geram engajamento genuíno, em um espaço onde a audiência realmente está presente e conectada. Além disso, portais locais são fundamentais para fortalecer a economia e o ecossistema informativo das regiões onde atuam, criando um ciclo virtuoso de valor para as comunidades.

Enquanto isso, continuar priorizando métricas quantitativas sem avaliar o contexto pode ser um tiro no pé. Imagine um consumidor vendo o anúncio da sua marca em um site irrelevante ou até suspeito. A percepção de valor vai por água abaixo. Por outro lado, estar em um veículo que ele respeita e consome ativamente cria um elo de confiança difícil de ser replicado em outro ambiente.

Portais locais e veículos jornalísticos confiáveis não são apenas espaços seguros para veicular anúncios. Eles são parceiros na construção de uma narrativa de marca consistente, com um alcance que vai além dos números imediatos.

Métricas com eficiência e qualidade

O mercado precisa equilibrar eficiência e qualidade. Revisitar os planos de mídia com um olhar para a credibilidade e o impacto de longo prazo não é apenas uma questão de responsabilidade — é uma decisão estratégica que protege a imagem da marca e entrega resultados reais.

Então, da próxima vez que for avaliar um plano de mídia, pergunte: estamos apenas otimizando números ou realmente construindo algo sólido? A resposta pode transformar a forma como investimos e o impacto que queremos gerar.

feriado consciência negra

Feriado nacional e uma conquista que o jornalismo deve destacar

Em 2024, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é reconhecido como feriado nacional no Brasil. A data, que homenageia Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da luta contra a escravidão, sempre foi de grande relevância para os movimentos negros, mas agora ganha uma legitimidade ainda maior no calendário oficial do país.

Esse marco histórico representa um avanço na valorização da história e cultura afro-brasileira, além de reforçar a necessidade de reflexão sobre as desigualdades raciais que ainda persistem.

Para o jornalismo, essa novidade não é apenas uma pauta relevante; é uma oportunidade de amplificar vozes, conscientizar a sociedade e fortalecer iniciativas que promovam a igualdade racial. O reconhecimento como feriado nacional confere ao Dia da Consciência Negra um peso institucional e simbólico que antes era limitado a estados e municípios.

No entanto, o reconhecimento oficial também exige que as discussões não se limitem ao feriado em si. O Brasil, que ainda sofre com as feridas abertas pelo racismo e as desigualdades raciais, precisa utilizar essa conquista como ponto de partida para enfrentar questões como o racismo estrutural, a violência contra pessoas negras, a sub-representação nos espaços de poder e as disparidades socioeconômicas.

O papel do jornalismo no feriado nacional do Dia da Consciência Negra

A responsabilidade do jornalismo passa por várias frentes:

  1. Educar e conscientizar: o jornalismo pode informar a população sobre a origem da data, a luta de Zumbi dos Palmares e a trajetória do movimento negro no Brasil. Produzir matérias históricas, reportagens especiais e entrevistas com historiadores e ativistas para fortalecer o conhecimento coletivo sobre o tema.
  2. Dar visibilidade a vozes negras: veículos de comunicação podem abrir espaço para lideranças e personalidades negras compartilharem suas experiências e perspectivas, ajudando a combater estereótipos e promovendo narrativas diversas.
  3. Cobrir desigualdades com profundidade: a data é uma oportunidade para abordar questões como racismo no mercado de trabalho, desigualdade salarial, encarceramento em massa, acesso à educação e saúde. Reportagens investigativas e séries especiais podem expor problemas estruturais que afetam a população negra.
  4. Promover a cultura afro-brasileira: o jornalismo pode destacar eventos culturais, produções artísticas e manifestações que celebram a riqueza da cultura negra no Brasil. Essa valorização contribui para fortalecer o orgulho e a identidade afro-brasileira.
  5. Cobrar ações efetivas: além de refletir sobre as desigualdades, a imprensa pode cobrar governos, empresas e instituições sobre políticas públicas e iniciativas que promovam a equidade racial.

Para além do feriado nacional da Consciência Negra

Os veículos de comunicação podem desempenhar um papel ativo na valorização do Dia da Consciência Negra, criando e apoiando iniciativas que impactem a sociedade de forma duradoura.

Algumas ideias incluem:

  • Realização de campanhas educativas: produzir séries de vídeos, podcasts e conteúdos interativos que expliquem a importância do 20 de novembro e o legado da população negra no Brasil.
  • Parcerias com organizações negras: trabalhar junto a ONGs, coletivos e instituições que promovem a igualdade racial para dar visibilidade às suas ações e fortalecer seus projetos.
  • Criação de eventos temáticos: promover debates, seminários e exposições em parceria com universidades, escolas e centros culturais.
  • Ampliação da diversidade nas redações: as redações precisam refletir a diversidade do Brasil. Investir em processos seletivos inclusivos e oferecer oportunidades de formação para jovens negros é essencial para que o jornalismo represente todas as vozes.
  • Cobertura contínua: evitar que o tema seja abordado apenas em novembro. Racismo e desigualdade são questões presentes, infelizmente, o ano inteiro, e a cobertura jornalística deve acompanhá-las de forma consistente.

Após o feriado nacional da Consciência Negra: o impacto de um jornalismo comprometido

Quando o jornalismo assume seu papel transformador, ele contribui para a formação de uma sociedade mais consciente e engajada. A imprensa pode e deve ajudar a combater o racismo.

O reconhecimento oficial do 20 de novembro é uma vitória, mas também um chamado à responsabilidade coletiva. O jornalismo, ao assumir um papel ativo, atua em um passo decisivo rumo a um Brasil mais igualitário.

Vejamos o que, de fato, vai mudar no jornalismo a partir desse 20 de novembro de 2024.

jornalismo

Jornalismo de proximidade: a mídia local tem futuro?

Não tem jeito. Ou nos próximos anos, eu diria até – nos próximos meses -, o jornalismo local brasileiro se reinventa ou vira uma página ultrapassada da nossa história. A nova geração de veículos de mídia terá que incorporar a tecnologia, resgatar o valor da identidade local e redesenhar sua estrutura de produção e disseminação de conteúdo.

Esse movimento não será apenas uma “opção estratégica” – será a linha entre existir ou desaparecer. E, em meio aos desertos de notícia, os veículos que aceitarem o desafio de inovação e proximidade terão a chance de transformar-se em verdadeiros oásis informativos.

Jornalismo e a virada tecnológica como base da mudança

Inteligência artificial (IA), ferramentas de edição e análise de dados vão ser tão importantes para o jornalista local quanto a caneta já foi para o repórter clássico. Ferramentas que transcrevem entrevistas, otimizam a edição de vídeos e até organizam dados complexos podem dar agilidade e qualidade a redações com equipes reduzidas.

A ideia é que a tecnologia libere o jornalista do operacional para que ele retome o que faz de melhor: investigar e contar histórias com alma, aquele olhar que só quem vive a realidade da região consegue expressar. Mas atenção: a máquina apoia, não substitui. A essência humana – o faro jornalístico, a percepção das entrelinhas – continua essencial para dar vida ao conteúdo.

Identidade local e construção de comunidade com o jornalismo

Se algo pode salvar o jornalismo local, é a proximidade. A verdade é que a comunidade já não está interessada em conteúdo engessado ou pasteurizado. O que prende a atenção e a confiança é aquele conteúdo que ressoa diretamente com a realidade do bairro, do distrito, da cidade.

O veículo local precisa fazer mais do que informar; ele precisa participar da vida de sua audiência, espelhando o que ela vê, sente e vive. Isso exige uma abordagem mais próxima, menos “corporativa” e mais próxima das vozes reais.

É por isso que os jornalistas locais podem e devem se tornar o elo de confiança para filtrar informações, separar ruído e verdade, e ser o radar de temas realmente relevantes para aquela população.

Inovação nos formatos e na linguagem: a nova era de contar histórias no jornalismo

Mais do que nunca, o conteúdo precisa ser vibrante e dinâmico, com formatos que falem a língua das novas gerações. Os canais mudaram e a própria noção de “notícia” se reinventou. Podcasts, lives interativas, vídeos curtos e colunas visuais com micro-histórias são alguns dos formatos que os veículos locais precisarão dominar.

Mas não se trata só de adaptar o conteúdo, mas de criar uma comunicação que inspire pertencimento. Em vez de uma matéria seca, os veículos podem contar histórias que vão ao cerne das questões regionais, explorando narrativas que se aproximem de forma humana, original e genuína do leitor, do ouvinte, do espectador.

Para isso, a linguagem precisa ser menos engessada, com um tom mais direto e participativo, que traga frescor ao jornalismo de proximidade. Aquelas notícias padronizadas, longas e previsíveis? Vão cair em desuso. O futuro está em conteúdos humanizados, que carreguem um toque de afetividade e contemplem as várias realidades e subculturas de uma cidade ou região.

A reinvenção não é cosmética: é estrutural. E quem entender isso terá uma conexão real com a comunidade, que quer informação prática e relevante, mas que também reflita sua própria identidade.

A força do coletivo no jornalismo: o associativismo como estratégia de sobrevivência

A sobrevivência da mídia local está, sim, no poder da coletividade. De forma pragmática, a cooperação entre pequenos veículos permitirá a partilha de custos e até a criação de redes para atrair anunciantes que dialoguem diretamente com públicos específicos.

O movimento não é “só” comercial; é cultural. O associativismo cria um ecossistema onde veículos compartilham não apenas despesas, mas estratégias, dados e público. É a chance de, juntos, multiplicarem sua capacidade de influência.

Diversidade e inclusão no jornalismo: novas vozes, novos olhares

Para capturar a riqueza de um país tão diverso como o Brasil, a mídia local precisará abrir espaço para diferentes vozes. Ter pessoas que vivem e entendem os contextos de periferias, quilombos, aldeias, bairros distantes dos centros, é fundamental para que o jornalismo local reflita a pluralidade brasileira.

É a chance de dar luz a histórias e perspectivas que normalmente não encontram espaço nos grandes veículos. Afinal, a audiência quer se ver representada, e isso só é possível quando quem conta a história está enraizado naquela cultura, naquela realidade.

A linha de frente do jornalismo contra a desinformação

Fake news e desinformação são os grandes inimigos do jornalismo contemporâneo, especialmente em cenários de crise. Aqui, o jornalismo local tem um papel crucial: ser a primeira linha de defesa, com apuração rigorosa e um compromisso absoluto com a verdade.

As parcerias entre veículos para criar redes de checagem de fatos e a criação de comunidades de leitores que se engajem no combate à desinformação podem transformar a mídia regional em um radar de credibilidade. E a proximidade com o público é o diferencial. Quanto mais próximo o veículo estiver de sua audiência, maior será a confiança, e menos espaço haverá para o avanço da desinformação.

Um novo paradigma de mídia

O que veremos a seguir é um jornalismo local que resgata sua essência ao mesmo tempo que avança com a inovação. Veículos de mídia e empreendedores do setor que entenderem isso estarão não só sobrevivendo, mas liderando uma revolução cultural e informativa no Brasil. Esses veículos vão funcionar como redes vivas de conexão, um reflexo dinâmico das múltiplas realidades locais, usando tecnologia, parceria e um conteúdo que conversa com as pessoas.

editores

Editores locais devem liderar debates sobre os benefícios públicos da inteligência artificial na sua região

Atenção editores: os avanços da Inteligência Artificial (IA) estão transformando a forma como setores públicos e privados abordam desafios sociais e de infraestrutura em todo o mundo. No Brasil, os Publishers regionais têm uma oportunidade única de liderar o debate e mobilizar sua comunidade para explorar como a IA pode trazer benefícios reais em suas regiões.

Enquanto grandes centros urbanos concentram discussões tecnológicas, as cidades do interior e áreas periféricas muitas vezes ficam à margem dessa transformação. No entanto, é justamente nesses espaços que a IA pode ser mais impactante, ajudando a resolver problemas locais de maneira eficiente, inovadora e sustentável.

Este é o momento para que os Publishers regionais assumam o protagonismo como mediadores de conversas entre governos locais, empresas privadas, universidades e a sociedade civil. Ao promoverem a inclusão desse tema em suas pautas, eles não apenas fortalecem sua relevância local, mas também ajudam a construir um futuro melhor para suas comunidades.

O papel dos editores no debate sobre IA em cada região

         1.     Conscientização: trazer a Inteligência Artificial para o centro das discussões públicas, explicando seus conceitos de forma acessível e como ela pode impactar positivamente a região.

         2.     Facilitação de diálogos: ser a ponte entre a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil, promovendo um debate aberto e colaborativo.

         3.     Foco nos desafios locais: direcionar a conversa para os problemas específicos da região, como saúde, educação, transporte, segurança e saneamento básico.

         4.     Exposição de boas práticas: mostrar exemplos de sucesso em outras cidades ou países que utilizaram IA para resolver problemas semelhantes.

         5.     Mobilização de recursos: incentivar o investimento em projetos que utilizem IA para melhorar a infraestrutura e o bem-estar da população.

Editores devem entender os benefícios para a região

Ao liderarem esse movimento, os publishers regionais ajudam a:

         •       Atrair atenção e investimentos para a região.

         •       Promover soluções tecnológicas que tornam os serviços públicos mais eficientes.

         •       Incentivar o surgimento de startups e inovação local.

         •       Engajar a comunidade em discussões sobre o uso ético e responsável da IA.

         •       Consolidar seu papel como agentes de transformação social.

5 ideias práticas para editores engajarem a comunidade no debate sobre IA por região

         1.     Série de reportagens especiais: produza matérias destacando como a IA pode impactar áreas-chave da região, como saúde pública, educação e segurança. Inclua histórias inspiradoras de casos reais.

         2.     Entrevistas com especialistas: conduza entrevistas com cientistas, empresários, gestores públicos e professores locais para abordar o impacto da IA e como ela pode ser aplicada na região.

         3.     Podcasts locais: crie uma série de podcasts debatendo temas como os benefícios e desafios da IA, com convidados locais e regionais.

         4.     Eventos e debates públicos: organize seminários, workshops ou painéis com representantes da iniciativa privada, poder público e sociedade civil para discutir como implementar IA em projetos locais.

         5.     Projetos colaborativos: promova desafios ou hackathons envolvendo escolas, universidades e startups para criar soluções práticas utilizando IA para resolver problemas específicos da região.Os publishers regionais têm a oportunidade de serem mais do que meros veículos de informação: podem se tornar catalisadores de mudanças significativas. O debate sobre a Inteligência Artificial em contextos regionais é um caminho para trazer inovação, fomentar o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida da população. Agora é a hora de assumir esse protagonismo e colocar suas regiões no mapa da transformação tecnológica.

E mais: editores regionais têm nas mãos uma oportunidade rara de transformar o futuro de suas comunidades ao impulsionarem o debate sobre Inteligência Artificial (IA). Ao incluir a IA em suas pautas, esses veículos se posicionam como agentes indispensáveis de mudança, conectando os desafios locais às possibilidades globais que a tecnologia oferece. Essa abordagem não apenas fortalece a credibilidade e a relevância dos publishers, mas também engaja a população em discussões que impactam diretamente sua qualidade de vida.

Além disso, ao liderar essa conversa, os editores regionais podem inspirar soluções inovadoras para problemas específicos de suas áreas de atuação. Seja promovendo o uso da IA para otimizar o transporte público, modernizar a gestão de resíduos ou ampliar o acesso à saúde e à educação, o jornalismo local tem o poder de unir diferentes setores em prol de um futuro mais eficiente e sustentável. Dessa forma, os publishers não apenas informam, mas também ajudam a transformar suas comunidades em verdadeiros polos de inovação.

conteúdo

Conteúdo otimizado: quer expandir sua audiência digital?

Alcançar uma audiência maior e mais engajada é um desafio constante. O Workshop de Otimização de Conteúdo foi pensado para capacitar jornalistas, produtores de conteúdo e veículos de comunicação, proporcionando ferramentas práticas e estratégias que realmente funcionam.

Com a orientação de especialistas, os participantes aprendem a adaptar seu conteúdo para atender às exigências da web, construir autoridade online e atrair um público fiel e engajado.

Otimização de conteúdo no workshop

As sessões do workshop são um serviço oferecido na plataforma Acelera, voltada para o crescimento de veículos jornalísticos desenvolvida pela Alright, e foram planejadas para abordar todos os elementos de um conteúdo otimizado, garantindo resultados mensuráveis. 

Confira os principais tópicos que serão abordados:

  • Análise estrutural: vamos avaliar e propor melhorias na estrutura dos seus textos para garantir legibilidade e maior engajamento do leitor.
  • Palavras-chave: identificaremos e aplicaremos palavras-chave estratégicas nos seus conteúdos, aumentando sua visibilidade nos mecanismos de busca.
  • Densidade de palavras-chave: você aprenderá a balancear a densidade de palavras-chave para maximizar a eficiência do SEO sem comprometer a qualidade do texto.
  • Meta descrição e títulos: ajustaremos o uso de palavras-chave em descrições, títulos e subtítulos para atrair mais cliques e melhorar sua indexação.
  • Otimização de imagens: técnicas para ajustar textos alternativos (alt text), títulos e tamanhos de imagem para SEO, garantindo páginas rápidas e atrativas.
  • Links internos e xxternos: estratégias para criar uma rede de links que melhore a navegação do usuário e aumente a autoridade do seu domínio.
  • Tags de conteúdo: revisaremos e adequaremos as tags dos seus artigos para alinhá-las às melhores práticas de SEO.
  • Perfis dos editores: desenvolveremos perfis editoriais que transmitam expertise e credibilidade, fortalecendo sua marca e a confiança da audiência.

O serviço inicia com uma reunião de alinhamento para compreender expectativas e planejar o workshop intensivo. Em seguida, é realizado um encontro virtual de duas horas, onde você aprenderá os fundamentos da otimização de conteúdo e aplicará as técnicas com a orientação de especialistas.

Para garantir um progresso consistente, faremos três avaliações detalhadas de desempenho, permitindo que você monitore a evolução da sua equipe. Por fim, consolidaremos os dados em um relatório de resultados, com insights estratégicos e metas práticas para maximizar sua audiência.

Quem deve participar deste workshop?

Este workshop é ideal para jornalistas, produtores de conteúdo e veículos de comunicação que buscam:

  • Ampliar a audiência de forma consistente.
  • Aumentar o tempo médio de leitura dos seus conteúdos.
  • Melhorar o engajamento e a interação com os leitores.

Se você deseja conquistar mais visibilidade, gerar mais impacto e obter resultados reais com suas publicações, este é o momento certo.

As informações detalhadas para iniciar agora mesmo esta jornada estão na plataforma Acelera (acesse aqui). Inscreva-se e comece a construir o sucesso que sua equipe e seu veículo de comunicação merecem.

GettyImages

Lições da GettyImages em 2024: quando a IA funciona (ou não) para jornalistas?

Um recente relatório da VisualGPS, Building Trust in the Age of AI, desenvolvido pela GettyImages, explora as nuances do impacto da IA na narrativa visual e destaca um ponto crucial: embora a IA possa melhorar a produtividade e a criatividade, a autenticidade da fotografia tradicional continua sendo fundamental, especialmente no jornalismo e nas histórias locais.

GettyImages: a dupla face da IA na criação de conteúdo visual

A entrada da IA na criação de conteúdo visual trouxe um misto de empolgação e apreensão. Por um lado, ela permite que os criadores gerem imagens e vídeos sob demanda, transcendendo limitações físicas. Para marcas e no marketing, isso pode ser uma bênção, oferecendo possibilidades criativas ilimitadas. No entanto, o relatório ressalta uma questão essencial: a confiança. Com 98% dos consumidores indicando que imagens “autênticas” são fundamentais para gerar confiança, a questão da autenticidade não é apenas um detalhe técnico; é um componente essencial da relação entre mídia e seu público.

É crucial entender que, enquanto as imagens geradas por IA podem ser adequadas para algumas aplicações comerciais, o jornalismo local depende de imagens reais e contextualmente relevantes. A IA não possui a vivência, a relevância “em tempo real” e as considerações éticas que fotógrafos profissionais trazem ao trabalho.

GettyImages, IA e o fator confiança na mídia

A erosão da confiança no conteúdo digital — exacerbada pela proliferação de imagens manipuladas nas redes sociais — significa que os consumidores estão mais céticos do que nunca. O relatório VisualGPS mostra que 82% dos entrevistados em todo o mundo desconfiam das redes sociais como fonte de conteúdo “real”. Esse ceticismo impacta diretamente jornalistas e criadores de conteúdo que dependem de transmitir autenticidade e verdade. A falta de transparência sobre o uso de imagens geradas por IA, pode confundir a linha entre realidade e ficção, levando o público a duvidar da credibilidade das imagens que veem, especialmente no jornalismo.

Para produtores de notícias locais, manter a confiança é essencial. Os visuais na mídia local devem capturar a essência da comunidade, apresentando-a através do olhar humano e não de construções sintéticas. O conteúdo gerado por IA, por mais sofisticado que seja, carece das sutilezas da observação humana, comprometendo a autenticidade que o jornalismo local tanto necessita.

GettyImages e IA generativa: quando e onde utilizá-la

O relatório VisualGPS incentiva uma abordagem seletiva ao uso de imagens geradas por IA, recomendando uma avaliação cuidadosa de sua adequação para diferentes projetos. Nos casos em que imagens geradas por IA são usadas na narrativa, a transparência é inegociável. Assim como os leitores confiam nas palavras escritas, eles devem ser capazes de confiar nos visuais. Para jornalistas, isso significa que a IA pode complementar a fotografia tradicional, mas nunca substituí-la. A fotografia original por profissionais deve permanecer como base, especialmente na cobertura de eventos comunitários, momentos culturais e reportagens em tempo real.

Imagens geradas por IA podem ser mais aceitáveis em cenários em que a imagem serve a um propósito conceitual, e não documental. Mesmo nesses casos, jornalistas e criadores devem ponderar os riscos de enganar seu público. O relatório VisualGPS deixa claro que a expertise e a criatividade humanas permanecem indispensáveis, afirmando que “IA é uma ferramenta, não um substituto para a criatividade humana”. No jornalismo local, isso é especialmente verdadeiro; fotos tiradas por aqueles que têm um vínculo com a comunidade ressoam mais do que as geradas por um algoritmo.

Atitudes dos consumidores: autenticidade e ceticismo

Apesar das diferenças geracionais na recepção da IA, com as audiências mais jovens sendo geralmente mais abertas, o relatório encontra uma preferência universal pela autenticidade. As pessoas querem ver visuais não adulterados, verdadeiros, um sentimento que está em sintonia com os valores de integridade jornalística. Os dados do relatório revelam um desejo significativo por transparência, com quase 90% dos consumidores querendo saber se uma imagem foi gerada por IA.

Isso é especialmente relevante para produtores de conteúdo local. Ao contrário das campanhas comerciais, onde visuais idealizados podem ser aceitáveis, o jornalismo local prospera com imagens que ressoam com a comunidade, que representam as vidas e histórias ordinárias que compõem um lugar. Imagens geradas por IA, por mais úteis que possam ser em cenários controlados, lutam para capturar essa profundidade. Como o relatório VisualGPS observa, a autenticidade de uma imagem capturada por um fotógrafo com uma conexão genuína com o tema carrega, inerentemente, mais confiança.

GettyImages e a importância contínua da fotografia original

Embora o apelo das imagens geradas por IA seja inegável, o valor duradouro da fotografia original não deve ser subestimado. Fotografias tiradas por profissionais ocupam um lugar insubstituível na mídia local, onde capturar momentos reais e não roteirizados do cotidiano promove uma conexão e confiança com o público. Ao contrário da IA generativa, que se baseia em conjuntos de dados pré-existentes e não pode responder em tempo real, os fotógrafos humanos interpretam e interagem com seus temas. Essa dinâmica relacional é central para o jornalismo.

As organizações de notícias locais têm a oportunidade de dar o exemplo, priorizando o real sobre o gerado. Como o relatório sugere com sabedoria, as imagens que parecem naturais e espontâneas ainda ressoam profundamente com o público. Em regiões como a América Latina, onde conexões pessoais e comunitárias são fortes, essa preferência pelo “real” enfatiza uma valorização cultural mais ampla pela verdade e honestidade na representação da mídia.

Uma abordagem equilibrada para a IA no jornalismo

O relatório VisualGPS serve como um lembrete de que, embora a IA seja uma ferramenta empolgante, seu papel no jornalismo deve ser gerenciado com cuidado. Para jornalistas e criadores de conteúdo, o apelo da IA está em sua capacidade de ampliar — mas não substituir — a arte e a responsabilidade ética humanas. O coração das notícias locais está em seu povo, e a IA, por mais sofisticada que seja, não pode replicar a conexão entre uma comunidade e um fotógrafo que entende sua essência.

Para os profissionais do setor, abraçar a IA de maneira responsável não se trata apenas de inovação; é uma questão de manter os princípios que definem o jornalismo. A ênfase do relatório na “confiança” reforça que, embora a IA tenha seu lugar no ecossistema da narrativa visual, o papel dos fotógrafos profissionais permanece indispensável.

Conclusão: navegando o futuro com integridade

A integração da IA na mídia é inevitável, mas, como destaca o relatório VisualGPS, o caminho à frente requer uma abordagem equilibrada. Como jornalistas e criadores de conteúdo, temos a responsabilidade de usar a IA com cautela, sempre priorizando a autenticidade. A fotografia original continuará a ser uma força poderosa, particularmente na mídia local, onde a confiança é construída sobre histórias reais e rostos familiares.

Em uma era de manipulação digital crescente, o valor de visuais genuínos e inalterados não pode ser subestimado. Especialmente para o jornalismo local, a autenticidade de uma fotografia capturada por alguém que entende a comunidade sempre ocupará um espaço único e insubstituível. À medida que avançamos, vamos abraçar a IA como um complemento, e não um substituto, para a arte insubstituível da fotografia original.

IA

IA: 5 coisas básicas que você precisa fazer (já) com inteligência artificial

Não, não é um bicho de sete cabeças.

Embora a Inteligência Artificial possa parecer distante ou cara, algumas estratégias simples e práticas podem ajudar a manter os negócios relevantes e sustentáveis.

Aqui estão cinco passos básicos que editores com recursos limitados podem adotar para se manterem atualizados e se beneficiarem:

1. Automatizar tarefas simples de edição com ferramentas gratuitas

Ferramentas podem ajudar a simplificar atividades diárias, como revisar e otimizar o conteúdo. Plataformas gratuitas como Grammarly (em inglês) ou ferramentas locais de correção de português permitem verificar gramática, estilo e até sugerir melhorias. Também existem ferramentas de IA para redimensionar imagens ou melhorar a qualidade de fotos, como o Canva, que oferece um plano básico gratuito. Com isso, o processo de edição fica mais rápido, e a equipe pode se dedicar a atividades de maior impacto, como pensar em novos conteúdos.

2. Usar IA para análise de audiência e melhor compreensão dos leitores

Entender o público é essencial, e a IA pode ajudar nesse ponto, mesmo com recursos limitados. Usando ferramentas como o Google Analytics, é possível ver quais temas interessam mais ao público, quanto tempo passam em cada artigo e quais textos têm mais engajamento. Com essas informações, é possível adaptar o conteúdo para atender melhor os interesses dos leitores e aumentar a relevância. Plataformas de redes sociais, como Facebook e Instagram, também oferecem relatórios gratuitos sobre a performance dos posts, o que pode ajudar a entender o comportamento do público.

3. Adotar chatbots básicos para atendimento ao cliente

A implementação de chatbots gratuitos, como o ManyChat, pode ajudar a otimizar o atendimento aos leitores. Por meio dessas plataformas, é possível configurar respostas automáticas para perguntas comuns (como sobre assinaturas ou horário de funcionamento), melhorando a experiência do usuário e liberando a equipe para focar em outras áreas. Mesmo com uma configuração simples, essa ferramenta pode dar uma aparência mais moderna e acessível ao negócio.

4. Aproveitar ferramentas de geração de conteúdo para postagens nas redes sociais

A criação de conteúdo para redes sociais pode consumir tempo e esforço. Ferramentas como o ChatGPT, disponível em versões gratuitas e pagas, podem ajudar a gerar ideias para postagens ou até mesmo escrever rascunhos de conteúdos. Essa prática não só economiza tempo, como também permite que o conteúdo seja postado com mais frequência, ajudando a manter o público engajado. É importante sempre revisar o conteúdo para garantir que ele está alinhado com o tom da publicação.

5. Explorar a IA para análise de concorrência

Ferramentas como BuzzSumo ou Google Trends, mesmo em suas versões gratuitas, permitem ver quais assuntos estão em alta e como os concorrentes estão abordando esses temas. Com esses insights, o editor pode ajustar suas pautas para se manter atualizado e oferecer conteúdos de interesse.

Ou sim, ou sim

A Inteligência Artificial não precisa ser um bicho de sete cabeças, nem exigir grandes investimentos. Adotar essas cinco estratégias simples já pode trazer uma grande diferença para os editores do interior do Brasil, permitindo que eles se adaptem à era digital, ganhem eficiência e se conectem melhor com o público. Com paciência e pequenos passos, é possível acompanhar as mudanças sem comprometer o orçamento, garantindo que a IA seja uma aliada no crescimento e na modernização do negócio.

E mais:

Ao integrar essas ferramentas de Inteligência Artificial de maneira gradual, os editores conseguem transformar o cotidiano sem precisar de investimentos expressivos. Cada uma das estratégias propostas atua como um passo em direção à modernização e à eficiência, com foco em processos-chave do negócio. Ferramentas de automação como chatbots e análise de audiência tornam o atendimento ao público mais ágil, enquanto a geração de conteúdo e análise de concorrência com IA ajuda a planejar o futuro editorial e a criar pautas mais conectadas ao interesse dos leitores. Além de melhorar a produtividade, a IA pode proporcionar uma interação mais personalizada e direta, reforçando o papel do veículo de comunicação como uma fonte acessível e próxima de sua audiência.

Por isso, essa adoção não precisa ser complicada nem amedrontadora. Com opções gratuitas e práticas, editores de veículos menores podem começar a aplicar essas tecnologias hoje mesmo, melhorando o alcance e a qualidade de suas produções. Mais do que um luxo, a IA se torna uma ferramenta de democratização da informação, possibilitando que publicações regionais ganhem mais visibilidade e relevância em um cenário competitivo.

live commerce

Live commerce local: o poder das vendas ao vivo no varejo regional

Vamos tratar de uma tendência que está ganhando o Brasil e que pode ser a virada para veículos locais: o Live Commerce. Essa estratégia é um prato cheio para quem quer impulsionar vendas em tempo real e com engajamento direto. Imagine o seguinte: ao invés de apenas anunciar um feirão de carros, uma exposição ou uma feira de comércio, você organiza uma transmissão ao vivo diretamente do evento, onde as pessoas podem interagir, fazer perguntas e até fechar compras ali mesmo, no ato.

Live Commerce é mais do que uma simples live. É a combinação de entretenimento com venda ao vivo, onde o público não só assiste, mas também compra, interage e se sente parte daquela experiência. Pequenos veículos locais podem explorar isso de maneira estratégica, especialmente em eventos populares, como feirões de automóveis, exposições de moda, blitz em lojas ou lançamentos de produtos em mercados regionais.

Imagine uma transmissão ao vivo direto do “feirão de móveis da cidade”, com ofertas exclusivas apresentadas ao vivo para o público. Um jornalista ou apresentador do veículo local, que já é conhecido e tem credibilidade na região, entrevista o lojista, mostra detalhes dos produtos, tira dúvidas em tempo real e ainda lança promoções-relâmpago que duram apenas durante a live. Isso gera uma conexão direta com o público e dá ao anunciante o que ele quer: visibilidade e vendas imediatas.

Como fazer do live commerce um sucesso nos veículos locais

  1. Escolha o evento certo: Feirões, exposições, inaugurações, e até “blitz” de promoções são ideais para o formato de Live Commerce. São ocasiões que já atraem a curiosidade do público e, com a cobertura ao vivo, se tornam uma experiência imperdível.
  2. Ofertas e promoções exclusivas: Uma live precisa de chamariz. Crie cupons de desconto exclusivos para os espectadores, lance promoções por tempo limitado ou ofereça brindes para quem assistir até o final e efetuar a compra. A urgência é o que impulsiona a conversão.
  3. Interatividade ao máximo: O segredo do Live Commerce está na interação. Responda perguntas do público, convide pessoas a comentarem ou enviarem perguntas sobre os produtos e apresente essas respostas ao vivo. Quanto mais próximo o apresentador estiver da audiência, maior o engajamento e, consequentemente, a chance de fechar vendas.
  4. Integre o e-commerce local: O ideal é que a compra esteja a poucos cliques de distância, para que o cliente não tenha que sair da experiência para finalizar a compra. Se o lojista possui uma plataforma de e-commerce, integre o link direto de compra na live; caso contrário, o veículo local pode ajudar o anunciante a criar um canal de WhatsApp ou Messenger para agilizar as vendas durante a transmissão.
  5. Promova o live commerce com antecedência: Atraia a audiência antes mesmo do evento. Use todos os canais do veículo – redes sociais, newsletter, portal de notícias – para aquecer o público e deixar claro que aquele evento terá ofertas imperdíveis e interatividade exclusiva.
  6. Parcerias com influenciadores locais: Colaborar com influenciadores regionais pode ser um diferencial para gerar audiência na live e garantir um engajamento mais autêntico. Essas personalidades locais já possuem uma conexão forte com a audiência e sabem como falar a língua dela, gerando mais credibilidade e interesse.

Com o Live Commerce, o veículo de mídia local não está apenas vendendo espaço publicitário; ele está criando um palco de vendas em tempo real, onde o público pode conhecer os produtos, interagir e decidir a compra ao vivo. Essa estratégia aproxima o veículo dos anunciantes de varejo de forma única, oferecendo resultados práticos e imediatos. Para os anunciantes, é a chance de unir o engajamento da live com o poder de conversão do varejo direto.

A nova realidade do varejo ao vivo

Os veículos que abraçarem essa abordagem vão perceber que Live Commerce não é apenas uma ação de vendas – é uma experiência interativa que conecta o público, promove a marca e, claro, gera faturamento. O Live Commerce é a próxima fronteira para os veículos de mídia local, transformando campanhas publicitárias em eventos reais que atraem, engajam e convertem.

Black Friday

Black Friday: o jornalismo local transforma audiência em vendas

Mês de Black Friday e, vamos ser sinceros: se você é dono de veículo de mídia local, editor-chefe ou responsável por vender anúncios, já deve ter percebido que o jogo mudou. Hoje, marcas – mesmo as regionais e locais – não querem saber de métricas vazias como “impressões” e “alcance”. Elas querem resultado, venda, lead qualificado e performance. E se você ainda está oferecendo pacotes baseados no volume, sinto dizer, mas está perdendo o bonde.

A boa notícia é que existem inúmeras oportunidades para transformar o veículo local em uma máquina de geração de leads e vendas para anunciantes. E o melhor: muitas dessas estratégias ainda são um terreno pouco explorado no Brasil. Hora de pensar fora da caixa e parar de depender só dos pacotes tradicionais de mídia.

O fim da contagem de impressões e o início da era da performance

Já foi o tempo em que os anunciantes eram “enganados” com números de impressões. Eles compravam espaços que prometiam milhares de visualizações, mas a verdade é que isso não significava engajamento e muito menos venda. O cenário atual é outro. Marcas de todos os tamanhos, com a ajuda de plataformas como Google e Facebook, aprenderam a valorizar cada centavo investido em publicidade. Elas agora investem em campanhas onde cada impacto é mensurável, e a conversão em vendas ou leads é a métrica-chave.

E é aí que os veículos locais entram. Imagine o potencial: você conhece o seu público, sabe onde ele está, o que ele quer, quais são suas dores. Então, por que não explorar estratégias mais inteligentes de geração de leads para os anunciantes?

1. Landing pages exclusivas: transformando campanhas como a Black Friday em resultados

Quando foi a última vez que você ofereceu uma landing page exclusiva para um cliente? Ao invés de apenas um banner, por que não um conteúdo patrocinado com uma página personalizada que guie o usuário a uma ação específica? O usuário não quer só ver um anúncio; ele quer entender o valor do que está sendo oferecido.

Você pode, por exemplo, criar conteúdos para a marca em formatos de artigos, vídeos ou guias que conectem diretamente com o público local. E cada vez que o usuário acessa essa landing page, está mais perto de virar um lead qualificado. Você está ajudando a marca a educar, engajar e converter – e isso vale muito mais do que 1.000 impressões frias em um banner.

2. Explorar nichos e segmentação por interesse na Black Friday: é personalização ou morte

Você já mapeou os interesses e perfis do seu público? Porque quem entende de verdade a audiência são vocês. Está na hora de pensar em clusters de conteúdo para nichos específicos e transformar esses insights em ofertas customizadas para anunciantes. Não faz sentido oferecer um pacote genérico para um negócio de bairro. Por que não vender um espaço dentro de uma editoria de turismo para uma pousada? Ou um publieditorial sobre moda para uma loja de roupas local?

A segmentação é um terreno ainda tímido no Brasil, mas tem potencial gigante para conectar marcas com seus públicos de forma relevante. Isso é valor agregado: você não só vende um espaço, mas vende conexão.

3. Parcerias de co-criação na Black Friday: o produto editorial como ferramenta de venda

Sim, é hora de explorar novos formatos, e um dos mais poderosos é a co-criação de conteúdo. Se você tem uma equipe editorial talentosa, por que não colocá-la para criar junto com o anunciante?

Funciona assim: você une o conhecimento do seu time sobre o público local com o objetivo de marketing do anunciante e cria algo único. Pode ser um vídeo, um artigo de fundo, uma live interativa ou um e-book. Essa co-criação oferece muito mais valor ao público e gera um nível de engajamento que um anúncio comum jamais conseguiria. Aqui, o veículo de notícias se torna uma espécie de “hub” de conteúdo especializado que a marca sozinha não poderia criar.

4. Eventos e experiências locais: oportunidade de venda fora da tela na Black Friday

Já pensou em monetizar eventos ou experiências locais que promovam o anunciante de forma prática? Se o seu veículo já possui engajamento com a comunidade, essa é uma oportunidade de ouro para levar a publicidade para o offline de forma inteligente. Anunciantes de turismo, educação, saúde e comércio local estão mais que interessados em ver a marca deles inserida em eventos que unam entretenimento e informação – isso reforça a confiança e gera leads quentes.

Imagine um evento de saúde patrocinado por clínicas e farmácias da região, onde o veículo local fica responsável pela organização e pela comunicação. Ou uma feira de empreendedorismo local patrocinada por bancos, onde o veículo media workshops. Esses eventos geram networking, vendas e ainda solidificam a marca do veículo como ponto de encontro do que importa na região.

5. Programas de afiliados e e-commerce local na Black Friday: dinheiro direto no caixa

E se o veículo local pudesse ganhar comissionamento por vendas realizadas por meio das campanhas que promove? Criar programas de afiliados é uma ideia pouco explorada, mas que pode ser um verdadeiro achado para veículos locais. Com isso, você amarra a publicidade a um resultado de venda, e o anunciante não paga só pelo espaço, mas pelo resultado.

Imagine se o seu site oferece um guia com os “Melhores Restaurantes da Cidade” e, a cada reserva feita por meio do link, o restaurante paga uma comissão ao veículo. É a monetização direta do conteúdo e o sonho de qualquer anunciante que busca retorno real. Você não vende impressões – vende vendas. É um modelo de parceria que coloca o veículo local no topo da lista de investimento de qualquer anunciante que pense em performance.

6. Automação de lead scoring: a tecnologia como aliada da mídia local e a Black Friday

Ok, pode ser que “área de tecnologia” soe como piada para alguns veículos locais, mas é preciso investir nesse front. Se você ainda não começou, está na hora de construir sua base de dados, organizar seu CRM e usar tecnologia para marcar cada interação com o usuário. Um bom sistema de lead scoring permite entregar leads quentes para o anunciante – e isso vale ouro.

Sistemas de automação são mais acessíveis do que nunca, e uma equipe de vendas com inteligência de dados é capaz de transformar campanhas editoriais em um fluxo constante de leads. Imagine poder dizer para o anunciante que o seu veículo sabe o perfil exato de cada lead, quando ele interage e quais os temas que mais o interessam. Você deixa de ser um veículo de mídia e se torna um parceiro estratégico de vendas.

Hora de agir

Os veículos locais no Brasil têm uma oportunidade rara em mãos: usar seu conhecimento profundo da comunidade para gerar resultados reais para os anunciantes. É uma questão de mudança de mentalidade, de parar de vender “volume” e começar a vender “performance”. Quem entende o público e investe em inovação vai crescer e se destacar em um mercado que, sim, está mudando rápido – e para melhor.

Então, para os donos de veículos, editores, líderes comerciais e de tecnologia: o caminho para a relevância passa por abraçar a performance, explorar novos formatos e sair do modelo velho de volume por volume. O futuro é claro e as oportunidades estão na sua frente.

Uma dica extra de ouro: o poder da live commerce local.

Ad exchange

Ad Exchange: aprenda como monetizar e fazer configurações

A plataforma Acelera, da Alright, oferece uma oportunidade única para aqueles que desejam otimizar sua receita com anúncios. Por meio de um curso gratuito e de um serviço de configuração especializado, o Acelera ensina passo a passo como configurar o Google Ad Manager para a demanda da Ad Exchange, permitindo que você aumente sua monetização com publicidade programática de alta qualidade.

No curso “Como Configurar o Ad Manager para a Demanda da Ad Exchange”, você aprenderá desde o básico, como aceitar convites e gerenciar o inventário, até detalhes técnicos de configuração de pedidos de anúncios. Este tutorial está estruturado em vídeo aulas e materiais de apoio em PDF para facilitar o aprendizado, com instruções claras sobre como ativar e gerenciar a Ad Exchange.

Com esse curso gratuito, é possível dar os primeiros passos rumo a uma gestão de inventário eficiente e rentável.

O que você vai aprender neste curso sobre Ad Exchange

O curso cobre diversas etapas importantes para quem deseja configurar a Ad Exchange. Entre os tópicos abordados estão:

  • Aceitação de convites de redes: Entenda como aceitar convites para gerenciar redes no Google Ad Manager.
  • Delegação de gerenciamento de conta: Saiba quais informações são necessárias para delegar o gerenciamento de contas de forma segura.
  • Habilitação da Ad Exchange: Aprenda a desativar o AdSense e a habilitar a Ad Exchange, iniciando a veiculação de anúncios programáticos.
  • Configuração de pedidos e itens de linha: Configure pedidos de anúncios e itens de linha otimizados para maximizar a monetização.
  • Criação de blocos de anúncios (Ad Units): Estruture blocos de anúncios adequados para diferentes tipos de conteúdos e dispositivos.

O curso também se destaca por fornecer tarefas práticas e questionários para testar o conhecimento adquirido. Ao final, os alunos recebem um certificado de conclusão, comprovando sua competência na gestão de anúncios com o Google Ad Manager.

Principais benefícios do curso sobre Ad Exchange

Os alunos que completarem o curso terão habilidades fundamentais para maximizar a monetização de seus inventários de anúncios. Entre os principais benefícios, estão:

  • Monetização eficiente: Comece a gerar receita com anúncios programáticos de qualidade e aumente seu rendimento.
  • Otimização de receita: Configure seus blocos de anúncios e pedidos para aproveitar ao máximo cada espaço publicitário.
  • Conformidade com políticas do Google: Assegure que seus sites e anúncios estejam em total conformidade, evitando penalidades.
  • Gerenciamento centralizado: Controle todas as contas de inventário e parceiros diretamente pelo Google Ad Manager.

Para quem busca uma solução prática e sem complicações, o Acelera também oferece o serviço de configuração da Ad Exchange. Esse serviço é ideal para proprietários de sites e veículos de mídia locais que desejam iniciar a monetização com anúncios programáticos, mas preferem contar com suporte especializado para garantir uma configuração eficiente e conforme as diretrizes do Google.

O serviço de configuração da Ad Exchange inclui:

  • Conexão rápida com a Ad Exchange: Integração eficiente da Ad Exchange ao Google Ad Manager, pronta para iniciar a exibição de anúncios.
  • Ativação da Ad Exchange: O time de especialistas garante que a Ad Exchange esteja habilitada corretamente, pronta para operar.
  • Suporte técnico: Assistência completa durante o processo de configuração, incluindo suporte pós-implementação para ajustes, garantindo que a monetização ocorra de forma contínua e eficiente.

O processo de configuração é pensado para ser ágil e descomplicado, com um prazo de entrega de até três dias úteis após o contato inicial. Todo o suporte é feito de maneira remota, com reuniões de alinhamento e suporte técnico via Meet, e-mail e WhatsApp.

Ambas as soluções – o curso e o serviço de configuração – são voltadas para profissionais que buscam aprimorar a gestão de inventários publicitários online. Entre o público-alvo estão:

  • Profissionais de marketing digital que desejam entender e otimizar a monetização de anúncios.
  • Gestores de contas de publicidade online que lidam com múltiplos parceiros e redes de anúncios.
  • Anunciantes e publishers que já utilizam o Google AdSense e querem expandir para a Ad Exchange.

Com essas ferramentas, profissionais de mídia e marketing têm o suporte necessário para transformar seus inventários publicitários em fontes de receita programática robustas e otimizadas.

jornalismo colaborativo

7 estratégias de gestão de projetos no Jornalismo Colaborativo

Jornalismo Colaborativo como tendência. Com temas globais como mudanças climáticas, corrupção e violações de direitos humanos dominando as manchetes, a colaboração entre jornalistas de diferentes países se torna essencial para investigações profundas e impactantes. Este cenário complexo é exatamente o que Coco Gubbels, especialista em gestão de projetos de jornalismo investigativo, aborda em seu guia “Gestão de Projetos: Jornalismo Colaborativo”, publicado pela Global Investigative Journalism Network (GIJN).

Gubbels, que possui uma vasta experiência tanto como jornalista quanto como gerente de projetos, traz uma perspectiva prática e essencial para a execução de investigações colaborativas eficazes. Com base na introdução do guia de Gubbels, elencamos as principais estratégias apresentadas pela especialista. 

A evolução do Jornalismo Colaborativo

A colaboração no jornalismo não é nova. Desde a fundação da Associated Press, no século XIX, o trabalho conjunto entre veículos já mostrava vantagens ao compartilhar conteúdo e recursos.

Hoje, porém, essa colaboração vai muito além, alimentada pela internet e pela facilidade de comunicação global, e se reflete em investigações colaborativas que envolvem múltiplas equipes e cruzam fronteiras para cobrir questões de interesse mundial. Mas, para que esses projetos sejam bem-sucedidos, é fundamental uma gestão eficiente que garanta o cumprimento de prazos, a alocação de recursos e a harmonização de diferentes perfis profissionais.

Em investigações colaborativas, se sobressai o papel do gerente de projetos. Segundo Gubbels, ele não é um líder no sentido tradicional, que dita uma direção, mas sim um facilitador que orienta a equipe.

Sua função é garantir que o trabalho seja organizado, as metas sejam cumpridas e que a comunicação entre os membros ocorra de forma fluida, mesmo em equipes multiculturais. Esse papel envolve também o controle do orçamento e de riscos, duas áreas que podem determinar o sucesso ou o fracasso de uma investigação.

Habilidades necessárias no Jornalismo Colaborativo

O gerente de projetos deve ser prático, organizado e tecnologicamente competente. No ambiente dinâmico do jornalismo, ele precisa administrar tarefas simultâneas, ser diplomático para resolver conflitos e garantir que todos os envolvidos estejam alinhados. Além disso, deve ser um construtor de consenso, que assegura que os acordos da equipe sejam mantidos e que mudanças sejam discutidas com transparência.

No entanto, uma questão recorrente no jornalismo é se o gerente de projetos deve também atuar como jornalista. Gubbels argumenta que essa dupla função pode gerar conflitos de interesse, já que a visão do projeto pode diferir das perspectivas individuais de cada repórter.

Em alguns casos, um membro da equipe pode assumir a função de gerente de projetos de forma parcial, mas essa decisão precisa ser discutida e consensuada.

Tópicos centrais para a gestão no Jornalismo Colaborativo

O guia de Gubbels é dividido em seis áreas principais que oferecem uma estrutura prática para projetos colaborativos:

  • Gestão de projetos: Jornalismo Colaborativo
  • Dinâmica de Equipe e Colaboração
  • Gerenciamento de Projetos: Planejamento e Cronogramas
  • Orçamento e Gestão de Recursos
  • Tecnologia e Ferramentas
  • Gestão de Riscos e Segurança
  • Avaliação e Análise Pós-projeto

Cada membro da equipe pode ter uma experiência cultural e jornalística diferente, o que enriquece a investigação, mas também requer um gerenciamento sensível e atento. Isso é comum em equipes com profissionais de diferentes comunidades, regiões e identidades.

A equipe deve não apenas compartilhar a mesma visão, mas também respeitar os prazos e as diretrizes estabelecidas. Um projeto bem gerido promove um ambiente de confiança, onde a equipe trabalha em sinergia, potencializando a força de cada membro.

O futuro do gerenciamento de projetos no Jornalismo Colaborativo

No ambiente corporativo, o gerenciamento de projetos é uma função consolidada. No jornalismo, no entanto, o conceito de “projeto” ainda é relativamente novo e, por muito tempo, foi visto com ceticismo. Termos como “gerente de projetos” ou “coordenador editorial” ainda estão ganhando espaço. Mas à medida que o jornalismo colaborativo cresce, o papel do gerente de projetos torna-se cada vez mais reconhecido e valorizado.

A abordagem de Gubbels oferece um modelo que pode ser adotado por organizações que buscam uma gestão eficiente e colaborativa. Na prática, o sucesso do jornalismo colaborativo exige não só o talento individual dos jornalistas, mas uma estrutura de apoio que garanta a coesão e a eficiência do projeto.

Coco Gubbels defende que o jornalismo colaborativo não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para enfrentar as questões mais urgentes de nosso tempo. O guia de gestão de projetos da GIJN é um recurso valioso para jornalistas e gerentes de projeto que buscam aprimorar suas habilidades e enfrentar os desafios de grandes investigações colaborativas.

No fim das contas, o jornalismo colaborativo bem estruturado não é apenas sobre a história, mas sobre como construir uma equipe e um processo que permitam que a verdade seja contada em escala global.

chatgpt

Nova funcionalidade de busca no ChatGPT: OpenAI desafia Google e Microsoft

No final de outubro, a OpenAI introduziu oficialmente uma nova funcionalidade de busca em seu popular chatbot ChatGPT, consolidando sua posição como um competidor direto de gigantes como Google e Microsoft no setor de pesquisas online. Após um período de testes beta iniciado em julho, sob o nome de SearchGPT, a ferramenta agora oferece resultados em tempo real, abrangendo desde atualizações esportivas e cotações de ações até notícias, condições climáticas e outras informações, graças a parcerias com provedores de dados e buscas na web.

Nova funcionalidade no ChatGPT

O momento é estratégico para a OpenAI, que recentemente concluiu uma rodada de financiamento avaliada em US$ 157 bilhões e garantiu uma linha de crédito rotativa de US$ 4 bilhões. No entanto, a empresa enfrenta desafios, incluindo controvérsias sobre sua busca por lucratividade e a saída de executivos importantes.

Com a inclusão da nova funcionalidade de busca, o ChatGPT passa a representar uma potencial ameaça ao domínio do Google no segmento de pesquisas, especialmente considerando o crescente interesse do público por soluções baseadas em inteligência artificial. A iniciativa reforça a concorrência direta com a própria Microsoft, que já investiu US$ 14 bilhões na OpenAI, mas vê suas ferramentas de IA, como o Copilot e o Bing, disputando espaço com os produtos da parceira.

Segundo a OpenAI, a nova funcionalidade permite que os usuários façam perguntas em um formato de conversa contínua, tornando a busca mais natural e intuitiva. O sistema é uma versão aprimorada do GPT-4o, a tecnologia de IA mais avançada da empresa, e opera com o suporte de conteúdo de parceiros e fontes de notícias de terceiros.

No entanto, essa transição para um modelo de negócios mais rentável não ocorre sem tensões. Empresas de mídia como o New York Times e o Wall Street Journal já moveram ações judiciais contra a OpenAI e sua parceira Microsoft, alegando uso indevido de conteúdo protegido por direitos autorais. Essa questão destaca um dos principais desafios que a expansão das ferramentas de IA com busca direta impõe: a diminuição do tráfego em sites de notícias e, consequentemente, da receita publicitária, uma das bases financeiras do setor.

Para enfrentar essa realidade, veículos de comunicação precisarão buscar novas estratégias, como parcerias com plataformas de IA e modelos de assinaturas, além de exigir compensações justas pelo uso de seu conteúdo. O equilíbrio entre a oferta de respostas rápidas e a remuneração dos criadores de conteúdo se torna essencial para garantir a sustentabilidade e a qualidade do jornalismo em um cenário digital em transformação.

Mais alguns desafios na precisão de informações com ChatGPT

Outro desafio para a OpenAI está na transparência e na precisão das informações oferecidas pelo ChatGPT com busca. Embora o modelo seja capaz de fornecer respostas em tempo real e de consolidar informações de diversas fontes, a natureza dos modelos de linguagem ainda suscita preocupações sobre a veracidade e a confiabilidade das respostas. Mesmo com parcerias de fontes verificadas, há um risco de que o sistema forneça informações imprecisas ou mal interpretadas, especialmente em tópicos complexos ou sensíveis. A OpenAI precisará investir em mecanismos de controle e validação dos dados, além de explorar maneiras de sinalizar a origem de cada informação para reforçar a credibilidade do serviço.

Além disso, a integração de uma funcionalidade de busca robusta no ChatGPT levanta questões sobre a privacidade e o uso de dados dos usuários. Empresas de tecnologia que operam em larga escala já enfrentam críticas sobre o uso indevido de informações pessoais, e espera-se que a OpenAI adote políticas rigorosas para garantir que a experiência de busca no ChatGPT não comprometa a segurança dos dados dos usuários.

Por fim, a chegada do ChatGPT como um mecanismo de busca também deve acelerar o desenvolvimento de novas regulamentações para o setor de IA. Legisladores em várias partes do mundo estão atentos ao impacto da IA generativa e de busca na economia digital e na sociedade, com discussões que vão desde a proteção dos direitos autorais até o combate à disseminação de desinformação.

Esse cenário exige que a OpenAI e outras empresas do setor mantenham diálogo constante com reguladores e adaptem suas operações para se alinhar a futuras regulamentações. Se bem-sucedida, a OpenAI poderá consolidar o ChatGPT como uma ferramenta de busca poderosa, inovadora e responsável, moldando o futuro das pesquisas online e expandindo ainda mais as fronteiras da IA.

Jornalismo regional

O papel do jornalismo regional no fortalecimento da democracia e da identidade local

Em um cenário de constante evolução digital e centralização de veículos de comunicação em grandes centros urbanos, o jornalismo regional surge como um pilar essencial para a preservação da identidade local e o fortalecimento da democracia. Mais do que noticiar acontecimentos de interesse imediato, o jornalismo regional cria uma conexão entre as comunidades, contribui para a conscientização pública e oferece um espaço para as vozes locais serem ouvidas.

A Importância do Jornalismo Regional

O jornalismo regional tem a capacidade de abordar temas que afetam diretamente a vida dos cidadãos e que muitas vezes passam despercebidos pela mídia nacional. Questões como políticas públicas locais, qualidade dos serviços essenciais (saúde, transporte e educação), e desafios enfrentados por pequenas empresas e iniciativas culturais regionais têm um impacto profundo e específico nas comunidades. O foco nos acontecimentos locais fortalece o senso de pertencimento e permite que os cidadãos se sintam parte ativa do ambiente onde vivem.

Além disso, o jornalismo regional desempenha um papel fundamental na responsabilização de autoridades e empresas. Em regiões onde o acesso à informação é limitado, é comum que casos de corrupção e má administração ocorram sem a devida exposição. A presença de um jornalismo local robusto e comprometido com a transparência se torna um mecanismo essencial de controle social.

Desafios do Jornalismo Regional

Com a crescente dificuldade financeira enfrentada pela indústria jornalística, os veículos de comunicação regional frequentemente enfrentam dificuldades de recursos. A queda de receitas publicitárias e a centralização dos investimentos midiáticos em plataformas nacionais ou internacionais limitam o crescimento e a sobrevivência das pequenas redações locais. Em muitos casos, isso leva à redução de equipes, a uma cobertura mais superficial e, eventualmente, ao fechamento de veículos, o que deixa as comunidades sem fontes de informação independentes e confiáveis.

Outro desafio importante é a digitalização. Muitas publicações regionais ainda enfrentam dificuldades para migrar para plataformas digitais, tanto por questões financeiras quanto por falta de conhecimento sobre como integrar essas novas tecnologias aos processos editoriais. Nesse sentido, o jornalismo regional perde alcance e competitividade em um mundo cada vez mais digital.

Oportunidades de Inovação e Sustentabilidade no Jornalismo Regional

Mesmo diante dos desafios, o jornalismo regional encontra novas oportunidades para se reinventar e prosperar. Com o advento das redes sociais e das plataformas de comunicação digital, os jornais locais podem alcançar uma audiência muito maior do que no passado. Ferramentas de comunicação digital, como newsletters, podcasts e redes sociais, permitem uma proximidade maior com o público e facilitam a disseminação de informações relevantes.

Para além das ferramentas digitais, parcerias com outras organizações e veículos regionais podem fortalecer a rede de informações locais. Iniciativas colaborativas entre publicações de diferentes regiões permitem uma troca de experiências e práticas que beneficiam todos os envolvidos e ampliam o alcance das notícias.

Outro ponto importante é a diversificação de modelos de receita. Além das tradicionais fontes publicitárias, o jornalismo regional pode explorar modelos de assinaturas e doações, além de buscar apoio através de programas de financiamento e subsídios específicos para veículos locais.

O Futuro do Jornalismo Regional

O futuro do jornalismo regional depende de sua capacidade de se adaptar às transformações digitais e de encontrar modelos de sustentabilidade que garantam sua independência editorial. Mesmo em um mundo altamente globalizado, a necessidade de notícias locais é constante e relevante. É essencial que o jornalismo regional continue desempenhando seu papel de vigilante das realidades locais e de defensor das vozes das comunidades.

Em um cenário ideal, o jornalismo regional se fortalecerá com a convergência entre o digital e o local, usando a tecnologia para expandir seu alcance e fidelizar seu público. A preservação e valorização do jornalismo regional são fundamentais para a construção de sociedades mais informadas, conscientes e democráticas. Afinal, a identidade de um povo é moldada também pela forma como ele se vê e se reconhece em suas próprias histórias.

O papel da iniciativa privada, do Jornalismo Regional e dos Governos

Governos e empresas privadas têm um papel crucial na construção de uma democracia forte e transparente. O investimento no jornalismo local, especialmente em um país como o Brasil, onde as desigualdades regionais são profundas, é essencial para garantir que a população tenha acesso a informações confiáveis e de qualidade. Esse apoio financeiro ao jornalismo não deve ser visto apenas como uma ação de marketing ou de comunicação institucional, mas como um compromisso com a sustentabilidade da informação e a promoção da cidadania.

A mídia local é fundamental para fortalecer o tecido social, pois cobre pautas comunitárias e denuncia problemas que muitas vezes não chegam à atenção nacional. Quando governos e a iniciativa privada decidem alocar parte de seus recursos publicitários em veículos regionais, eles promovem a pluralidade de vozes e asseguram que as populações fora dos grandes centros urbanos sejam igualmente atendidas e informadas.

Ao financiar o jornalismo local de maneira equilibrada e ética, esses atores não só apoiam um setor em dificuldades financeiras, mas contribuem para a construção de uma sociedade mais informada, capaz de exercer plenamente sua cidadania. Em última análise, isso ajuda a criar um ambiente onde a informação circula livremente e de forma acessível a todos, o que é vital para o fortalecimento de uma democracia robusta.

conteúdo

Desenvolva 4 habilidades essenciais para criação de conteúdos com Inteligência Artificial

Pensando no cenário digital atual, o curso “Domine a Criação de Conteúdos com Inteligência Artificial”, está voltado para quem quer aprimorar habilidades e impulsionar sua produção com o apoio de ferramentas inovadoras. Este curso prático e acessível vai guiá-lo na utilização de IA para criar conteúdos envolventes, adaptar a linguagem para diferentes públicos e até gerar imagens que complementam seus textos.

O curso é uma excelente oportunidade para quem deseja se destacar no mercado digital e está disponível na plataforma da Alright de aceleração de negócios, o Acelera.

Desenvolvendo habilidades de conteúdo com IA

Interessado em ampliar suas habilidades e transformar o conteúdo que produz?

Se você já faz parte do Acelera, basta acessar a área de membros para iniciar o curso. Se ainda não é membro, o cadastro é fácil para explorar os benefícios exclusivos para criadores de conteúdo, publishers e jornalistas.

Conteúdo do curso e habilidades com IA

Este curso foi estruturado para que você aprenda desde o básico até técnicas avançadas, tudo com o suporte de ferramentas poderosas como ChatGPT, Microsoft Copilot e Google Gemini. Veja o que você aprenderá:

  1. Criação de Conteúdos Personalizados
    No curso, você aprenderá a elaborar prompts eficazes para que a IA produza textos ajustados às suas necessidades e ao seu público-alvo. Saber como pedir o que você quer que a IA faça é fundamental para obter os melhores resultados.
  2. Adaptação de Linguagem
    Nem todos os públicos falam da mesma maneira ou têm as mesmas preferências. O curso ensina a ajustar o tom e a formalidade dos textos de acordo com a faixa etária e estilo do seu público, seja ele jovem, profissional ou mais maduro.
  3. Geração de Imagens Personalizadas
    Além dos textos, o curso também aborda a criação de imagens personalizadas usando IA, permitindo enriquecer seus artigos e postagens com visuais que captam a atenção e adicionam valor ao conteúdo.
  4. Transcrição de Áudio para Texto
    Aproveite o conteúdo de áudio que você já tem e transforme-o em texto facilmente com ferramentas como Google Speech-to-Text e Descript. Esta funcionalidade é ideal para jornalistas e criadores que trabalham com entrevistas, podcasts ou gravações.

Principais Benefícios na Criação de Conteúdo

A Alright montou este curso para garantir que você saia com habilidades práticas e aplicáveis. Aqui estão alguns dos benefícios mais notáveis:

  • Domínio das Principais Ferramentas de IA
    Com este curso, você dominará as ferramentas mais atuais do mercado, incluindo ChatGPT, Microsoft Copilot e Google Gemini. Aprenderá a usar essas plataformas para criar textos rápidos e de alta qualidade, permitindo que seu conteúdo se destaque.
  • Adaptação para Diferentes Públicos
    A arte de adaptar o estilo para cada audiência é um diferencial importante. O curso orienta sobre como aplicar diferentes linguagens de forma prática, sejam elas voltadas para uma audiência jovem ou madura.
  • Transcrição Eficiente de Áudio para Texto
    Transforme suas gravações em textos organizados, prontos para serem usados, economizando tempo e aumentando sua produtividade.
  • Criação de Imagens Únicas com IA
    A geração de imagens pode dar vida ao seu conteúdo, tornando-o mais visualmente atraente e relevante para o público.

Formato e conteúdo do curso 

Este curso é ministrado em formato de videoaulas, com exemplos práticos e sem pré-requisitos, ou seja, é acessível para qualquer nível de conhecimento. Ao final do curso, você receberá um certificado de conclusão, que pode enriquecer seu portfólio e demonstrar sua especialização no uso de IA para criação de conteúdo.

A capacitação foi desenhada para profissionais de diversas áreas da comunicação:

  • Publishers e Criadores de Conteúdo
    Pessoas que desejam diversificar suas habilidades e se tornarem mais competitivas no mercado digital.
  • Jornalistas
    Para jornalistas, a IA oferece uma nova maneira de otimizar o fluxo de trabalho e melhorar a produtividade, desde a transcrição até a geração de imagens para ilustrar reportagens.
  • Qualquer Pessoa Interessada em IA para Conteúdos
    Se você tem curiosidade sobre como a IA pode melhorar a qualidade dos textos e imagens que produz, este curso é para você.

O conteúdo foi cuidadosamente estruturado para oferecer uma experiência de aprendizado dinâmica:

  1. Introdução às Ferramentas de IA
    Saiba como funcionam e como aplicá-las na criação de conteúdo.
  2. Elaboração de Prompts Eficazes
    Técnicas para obter os melhores resultados de ferramentas como ChatGPT.
  3. Adaptação para Públicos Diversos
    Estratégias para ajustar o conteúdo a diferentes perfis de audiência.
  4. Criação de Imagens com IA
    Recursos para dar suporte visual ao seu conteúdo.
  5. Uso de Ferramentas de Transcrição
    Como converter áudio em texto, um passo essencial para a otimização.

O curso é ministrado por um grupo de especialistas da Alright. Ao longo do curso, você contará com a experiência de uma equipe que entende a importância de transformar a criação de conteúdos na era digital e de potencializar o impacto da comunicação por meio de IA.

Prepare-se para dar um salto na sua carreira e dominar a criação de conteúdos com inteligência artificial! Inscrições (clique aqui).

saúde mental

Participe da pesquisa nacional 2024 sobre saúde mental de jornalistas 

A saúde mental de jornalistas brasileiros está no centro de uma importante pesquisa nacional conduzida pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) em parceria com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Essa pesquisa, coordenada pelo professor Marcelo Kimati Dias, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná, visa identificar as variáveis associadas ao sofrimento mental na profissão para implementar políticas que promovam ambientes mais seguros e saudáveis para esses profissionais.

Contexto desafiador para a saúde mental e o jornalismo no Brasil

O jornalismo é reconhecidamente uma profissão que exige alta capacidade de adaptação e resiliência, especialmente no Brasil, onde desafios como a pressão por resultados, o ritmo acelerado, e o contato constante com temas delicados, como violência e política, geram altos níveis de estresse. Esses fatores são agravados pelo aumento da violência contra jornalistas, especialmente em coberturas investigativas e políticas, o que torna ainda mais crítico o cuidado com a saúde mental desses profissionais.

Jornalistas no mundo todo enfrentam taxas de esgotamento mental preocupantes, e a situação no Brasil acompanha essa tendência. Diante disso, iniciativas como a pesquisa FENAJ-Fundacentro não só alertam sobre a necessidade de apoio psicológico, mas abrem caminho para mudanças estruturais no ambiente de trabalho jornalístico.

A pesquisa nacional e a saúde mental de jornalistas

A pesquisa, de metodologia quantitativa, será realizada por meio de um questionário padronizado e escalas autoaplicáveis de saúde mental, garantindo o sigilo das respostas. Este estudo busca ir além das experiências individuais e mapear fatores que afetam coletivamente a saúde mental no setor. O objetivo é traçar um panorama que ofereça dados concretos sobre os principais fatores de sofrimento mental entre jornalistas, como jornadas longas, exposição a situações traumáticas, assédio e insegurança no emprego.

Ao identificar esses elementos, a FENAJ e a Fundacentro pretendem impulsionar políticas que amparem e fortaleçam os jornalistas, promovendo um ambiente de trabalho mais sustentável. A criação de programas de apoio psicológico e campanhas de conscientização interna são algumas das possibilidades que podem surgir a partir dos resultados da pesquisa.

A importância de cuidar da saúde mental dos jornalistas

Cuidar da saúde mental dos jornalistas é fundamental, tanto para o bem-estar individual desses profissionais quanto para a sociedade em geral. Jornalistas desempenham atividade central na defesa da democracia, mantendo o público informado e investigando questões que impactam diretamente a vida das pessoas. O sofrimento mental não tratado pode comprometer a qualidade do trabalho jornalístico e, eventualmente, afetar a confiança do público na imprensa.

Além disso, o impacto psicológico no jornalismo é muitas vezes subestimado. A pressão para produzir conteúdo constantemente, lidar com prazos apertados e gerenciar dados pode levar ao burnout, um esgotamento emocional e físico que prejudica a vida profissional e pessoal. Sem apoio adequado, jornalistas acabam enfrentando casos e episódios de transtornos como ansiedade e depressão, e muitos relatam dificuldades em equilibrar a vida pessoal e profissional.

Políticas para proteger a saúde dos jornalistas

A criação de políticas específicas de saúde mental para jornalistas pode ser um divisor de águas no setor. Caminhos podem apontar para o desenvolvimento de políticas que incluam suporte psicológico contínuo, conscientização sobre a importância do autocuidado e ambientes de trabalho que respeitem a carga de trabalho. Empresas e organizações jornalísticas que adotam uma postura proativa em relação ao bem-estar mental dos funcionários geralmente observam uma melhora significativa no engajamento, produtividade e retenção de talentos.

Colabore com a pesquisa sobre saúde mental dos jornalistas

Para jornalistas que desejam contribuir com a pesquisa, o processo é simples. Basta preencher um formulário inicial que autoriza o envio do questionário. Essa participação visa construir uma base de dados que represente a realidade dos profissionais no Brasil. Os dados coletados servirão como um recurso para a criação de iniciativas que protejam e promovam a saúde mental no jornalismo.

A Pesquisa Nacional Saúde Mental dos Jornalistas é uma oportunidade para que a profissão dê um passo à frente na promoção do bem-estar dos profissionais que, dia após dia, informam e impactam a sociedade. Ao participar, os jornalistas contribuem para uma causa que não só melhora suas condições de trabalho, mas fortalece o jornalismo como um todo. Com políticas adequadas, será possível criar um ambiente onde o trabalho informativo seja realizado de forma sustentável, assegurando uma profissão mais protegida e respeitada. A pesquisa FENAJ-Fundacentro, portanto, é não apenas um levantamento, mas uma iniciativa de valorização e reconhecimento do trabalho dos jornalistas.

Para mais informações sobre como participar, os jornalistas interessados podem acessar o formulário e contribuir com essa causa que promete impactar profundamente o futuro do jornalismo no Brasil.

Disponível em: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeMwdOQ9MEMET_jsqENp4tNT1HKi1au3z_vn0LYkiQMqXexzg/viewform 

IA

IA agora pode controlar seu desktop — com sua permissão; funcionalidades do Claude 3.5 Sonnet

Desde que a OpenAI lançou o ChatGPT ao público em novembro de 2022, os chatbots de inteligência artificial baseados em prompts rapidamente se tornaram populares, conquistando a atenção e o engajamento dos usuários. Não demorou para que gigantes da tecnologia, como Google, Meta e outros, entrassem na disputa, apresentando suas próprias plataformas de IA capazes de responder perguntas, redigir artigos e até mesmo gerar imagens e vídeos.

Agora, essas ferramentas estão prestes a dar um salto evolutivo, passando de simples assistentes virtuais para operadores capazes de manipular programas e sistemas de computador com a mesma destreza de seus criadores humanos.

Recentemente, Anthropic, uma empresa de pesquisa em inteligência artificial, lançou uma atualização significativa para o seu modelo Claude 3.5 Sonnet. O novo lançamento promete mudar à forma como interagimos com os computadores, coisa que o Bill Gates já esta falando desde 2023

Com a introdução de uma API beta chamada “Computer Use”, o Claude 3.5 Sonnet ganhou a capacidade de executar ações físicas em um desktop, imitando teclas, cliques e gestos do mouse. Em outras palavras, o modelo agora pode “sentar” ao lado de um usuário e ajudar nas tarefas de maneira ativa, transformando o conceito de agentes de IA em algo mais próximo de uma realidade cotidiana.

Neste artigo, vou explorar essa nova tecnologia e seu potencial impacto em nossas vidas, especialmente no que diz respeito à capacidade ativa dos computadores de nos ajudar no dia a dia. É uma mudança que pode facilitar enormemente nosso trabalho, reduzindo a necessidade de intervenção manual em diversas tarefas. Vamos entender melhor como o Claude 3.5 Sonnet funciona, suas limitações, e como isso se encaixa na evolução dos agentes de IA.

IA e a nova era dos computadores ativos

Quando falamos de agentes de IA, o que vem à mente geralmente são assistentes de voz ou chatbots que respondem a perguntas e realizam tarefas limitadas com base em comandos de texto. Contudo, a atualização do Claude 3.5 Sonnet nos apresenta funcionalidades que vão além do convencional. A camada de execução de ação, a principal novidade do modelo, permite que ele interaja fisicamente com o sistema operacional de um computador. Isso significa que agora o modelo pode imitar comandos do teclado, cliques do mouse e até gestos. Com essa capacidade, Claude 3.5 Sonnet pode navegar em sites, interagir com aplicativos e até executar tarefas mais complexas, como configurações de sistema.

A mudança marca o início de uma era em que os computadores deixam de ser apenas ferramentas passivas para se tornarem participantes ativos do processo de trabalho. Isso implica muito na forma como lidamos com tarefas repetitivas e processos multi-etapas. Permite que a tecnologia controle ações mundanas, enquanto humanos focam em atividades de maior valor.

IA: vantagens e limitações do novo modelo

A Anthropic afirma que, embora o Claude 3.5 Sonnet tenha sido desenvolvido para executar tarefas ao nível de desktop, ainda apresenta dificuldades em ações básicas, como rolagem e zoom. Isso se deve, em parte, à forma como o modelo faz capturas de tela e as utiliza para juntar informações do ambiente virtual. Além disso, o modelo pode falhar em detectar notificações temporárias, o que limita sua eficácia em alguns cenários.

Apesar dessas limitações, o Claude 3.5 Sonnet pode superar outros modelos de IA, como o GPT-4 da OpenAI, em certas tarefas de codificação e desenvolvimento de software. Isso é interessante, dado que o Claude 3.5 não foi explicitamente treinado para programação. A habilidade do modelo de corrigir e refazer tarefas também adiciona um nível de resiliência, permitindo que ele persista em objetivos que requerem múltiplas etapas, aumentando sua aplicabilidade em situações do mundo real.

Riscos e medidas de segurança com IA

Naturalmente, a expansão das capacidades dos modelos de IA traz à tona preocupações sobre segurança e possíveis usos indevidos. A Anthropic reconhece que o Claude 3.5 Sonnet pode ser utilizado para fins prejudiciais se não forem tomadas medidas de precaução. Por exemplo, permitir que uma IA tenha o controle de ações no desktop de um usuário pode representar riscos significativos se mal utilizada. 

Para aliviar esses contratempos, a Anthropic implementou medidas significativas, tais como garantir que o protótipo não seja instruído com capturas de tela ou solicitações de usuários. 

Além disso, classificadores específicos foram implementados para guiar o modelo longe de 

ações consideradas de alto risco, como postar em mídias sociais, criar contas ou interagir com sites governamentais.

Essa abordagem proativa é essencial para garantir que a tecnologia seja usada de forma ética e segura. Embora existam preocupações legítimas, acredito que os benefícios dessa tecnologia superam os riscos, especialmente quando se considera o potencial de facilitar significativamente o trabalho humano.

O papel dos agentes de IA na transformação do trabalho

O grande trunfo dos modelos como o Claude 3.5 Sonnet é a capacidade de transformar computadores passivos em assistentes ativos. Historicamente, as máquinas de computação exigiram que os usuários assumissem a responsabilidade de instruí-las e direcioná-las em cada passo do caminho. Com a introdução dos agentes de IA, essa dinâmica muda, pois os computadores podem começar a antecipar nossas necessidades e executar tarefas de forma proativa.

Imagine, por exemplo, uma rotina de trabalho em que você precisa acessar dezenas de aplicativos para concluir um projeto. Em vez de passar horas clicando, digitando e organizando janelas, um agente de IA poderia fazer tudo isso por você, executando ações sequenciais para concluir a tarefa. Além de liberar tempo, essa automação pode reduzir erros, já que o modelo executa as ações de forma precisa e repetitiva. Para freelancers e profissionais que lidam com múltiplos projetos, essa tecnologia é um divisor de águas.

O Claude 3.5 Haiku e o futuro dos modelos multimodais

Além do lançamento do Claude 3.5 Sonnet, a Anthropic também está atualizando o modelo Haiku, uma versão mais acessível e eficiente da série Claude. A nova versão, Claude 3.5 Haiku, promete desempenho semelhante ao Claude 3 Opus, mas com o mesmo custo do Haiku anterior. Inicialmente, o Haiku estará disponível apenas para tarefas de texto, mas a Anthropic planeja lançá-lo como parte de um pacote multimodal, capaz de analisar tanto texto quanto imagens. Essa atualização indica uma direção clara para o futuro dos modelos de IA: a integração de múltiplos formatos de dados em uma única solução.

Com o progresso da IA e a implementação de recursos como a camada de ação do Claude 3.5 Sonnet, estamos testemunhando os primeiros passos para uma drástica mudança na nossa interação com a tecnologia. O potencial de computadores que podem agir ativamente em nosso nome traz implicações enormes para produtividade, automação e eficiência no trabalho.

Embora ainda existam desafios a serem superados, especialmente em termos de segurança e limitações técnicas, a realidade se apresenta com a Anthropic nos mostrando um futuro onde a barreira entre os humanos e as máquinas se torna cada vez menor. Em vez de enxergar os computadores apenas como ferramentas que precisamos “comandar”, podemos começar a vê-los como parceiros ativos que nos ajudam a realizar tarefas e alcançar objetivos com mais facilidade.

Para quem trabalha com tecnologia, marketing, desenvolvimento ou qualquer outra área que exige interação constante com computadores, os agentes de IA representam um enorme passo adiante. Acredito que estamos apenas começando a ver o potencial dessas ferramentas, é o que o Claude 3.5 Sonnet está trazendo é apenas a ponta do iceberg.

Se essa é a direção que a tecnologia está tomando, então o futuro do trabalho será muito mais dinâmico, e os agentes de IA não serão apenas coadjuvantes, mas protagonistas na nossa busca por um mundo mais eficiente e automatizado.

Recomendação de conteúdo:

clube comunidade

8 ideias: crie um clube e monetize seus sócios

Você tem uma comunidade com a qual se relaciona todos os dias. Existem outras empresas e grupos na sua região que, como você, atuam como produtores e provedores de conteúdos editoriais. Eles também têm suas comunidades.

Juntos, vocês reúnem uma audiência consistente e recorrente.

Pois criem um Clube. E monetizem essa audiência.

 Algumas ideias e sugestões de como você pode fazer isso: 

  1. Pacotes de assinaturas conjuntas
  2. Formas de pagamento diversificadas para cada perfil da audiência com facilidades especiais
  3. Acesso aos membros do Clube a conteúdos e ativações (shows, congressos, bares, restaurantes, etc) associados exclusivos
  4. Newsletters comuns patrocinadas por prefeituras ou varejo local
  5. Criação de Comunidades exclusivas e fechadas em plataformas como Slack, WhatsApp e Telegram
  6. Eventos proprietários só para sócios
  7. Programa de Afiliação – venda exclusiva de produtos e serviços de empresas associadas (cursos, academias de ginástica, institutos de beleza, etc)
  8. Conteúdos Patrocinados e Nativos vendidos em pacotes para empresas da região e oferecidos com exclusividade para os sócios do Clube. 

Os Clubes de Assinantes são uma alternativa poderosa de geração de receitas. Sua eficácia está no conceito de que juntas, as empresas editoriais e de conteúdos detém algo de enorme valia: suas próprias comunidades. Monetizá-las é uma questão de decisão e de botar a mão na massa.

Clubes e senso de comunidade

Ações como valorização da cultural local e formação de comunidades são tendências para o mercado. É o que aponta um dos capítulos do Guia Alright 2024 – Como Transformar Tendências em Ações.

As notícias viraram commodities. Para nós, jornalistas, não é fácil admitir, mas o monopólio da produção de notícias foi quebrado com a abundância informativa da internet. Hoje, o público é bombardeado por informações cada vez mais fragmentadas e descontextualizadas.

O consumidor de conteúdo dá pouca ou nenhuma atenção à origem das informações, que chegam de fontes diversas, criando um desafio: como atrair e fidelizar a audiência? A resposta pode estar no fortalecimento dos laços locais e regionais — uma estratégia para construir relacionamentos de confiança e, mais do que nunca, criar um senso de comunidade.

Em meio à disputa por atenção, os veículos de comunicação locais têm como maior ativo o jornalismo produzido desde uma marca forte, próxima e identificável.

Esse trabalho exige mais do que notícias: requer histórias originais, que falem de pessoas para pessoas. É essa proximidade que torna o conteúdo relevante, não apenas pela localização geográfica, mas pelo sentimento de pertencimento que cria. O jornalismo local deve, então, atuar como agente da valorização dos saberes culturais e da identidade própria de uma cidade ou região.

Abaixo, outras sugestões para o fortalecimento de comunidades que foram elencadas no Guia Alright:

  1. Criar e Explorar Editorias Regionais

Aposte em editorias que tenham uma conexão direta com a cultura local, como comportamento, moda e gastronomia. Conte histórias que explorem a identidade única de cada região, ajudando a audiência a se reconhecer e se engajar com o conteúdo.

  1. Parcerias com Influenciadores Locais

Envolver influenciadores que vivam e compreendam a cultura local ajuda a tornar a abordagem mais autêntica e próxima da realidade da audiência.

  1. Diversidade de Colaboradores

Ter colaboradores de várias partes do Brasil enriquece a pluralidade de perspectivas. Jornalistas locais têm a capacidade de captar as nuances culturais e os saberes da comunidade, produzindo conteúdo que realmente ressoe com os leitores.

  1. Canais de Interação com a Audiência

Espaços como grupos no WhatsApp ou Telegram podem ser uma ótima estratégia para criar canais de comunicação. Realizar enquetes e promover a participação ativa do público em temas de interesse ajuda a guiar a produção de conteúdo e fortalece o laço entre o veículo e a audiência.

Com essas ações, o jornalismo local se torna mais do que um repassador de informações: ele se transforma em um espaço de identificação e pertencimento, onde a cultura e os saberes locais ganham o valor que merecem. É o senso de clube, de comunidade, sendo fortalecido.

Por fim, deixamos como dica a leitura do Guia Alright 2024 completo para conferir outras tendências. 

Domine o Google Trends: estratégias poderosas para otimizar suas campanhas de marketing

No cenário digital em constante evolução, dominar ferramentas que ofereçam insights em tempo real pode ser o grande diferencial para alcançar o sucesso nas campanhas de marketing. Se você já imaginou como transformar dados de busca em insights estratégicos capazes de alavancar suas campanhas, o curso “Domine o Google Trends e Transforme suas Campanhas de Marketing com Dados Poderosos” foi feito para você. Exclusivo para membros da iniciativa Acelera, da Alright, esse curso oferece um mergulho profundo nas funcionalidades do Google Trends, capacitando profissionais de marketing, criadores de conteúdo, jornalistas e pequenos empreendedores a estarem sempre à frente das tendências digitais.

O que esperar do curso sobre Google Trends

O principal objetivo do curso é ensinar os participantes a utilizarem o Google Trends como uma ferramenta essencial para identificar as tendências de busca mais relevantes e, em seguida, transformá-las em estratégias eficazes de marketing. Seja para melhorar a visibilidade online, ajustar campanhas de publicidade ou entender as preferências do público-alvo, o Google Trends oferece dados valiosos que podem fazer toda a diferença.

Com a orientação de especialistas da Alright, os alunos aprenderão a explorar as funcionalidades dessa plataforma de forma prática e objetiva. O Google Trends é uma ferramenta que permite acompanhar as buscas em tempo real, possibilitando a criação de campanhas mais alinhadas aos interesses e necessidades do público. Esse conhecimento garante que as ações de marketing sejam sempre baseadas em dados concretos, resultando em maior impacto e engajamento.

Principais benefícios com o Google Trends

O curso oferece uma série de benefícios aos participantes, ajudando-os a otimizar suas campanhas de marketing digital com base em dados estratégicos.

1. Pesquisa de tendências em tempo real:

Com o Google Trends, os profissionais terão acesso imediato ao que as pessoas estão buscando no momento. Isso permite criar conteúdos que ressoem diretamente com o público-alvo, aumentando o engajamento e a relevância da marca. Imagine identificar uma tendência crescente e ser o primeiro a produzir conteúdo sobre ela? Isso pode colocar você na frente da concorrência.

2. Otimização de conteúdo:

Aprender a escolher palavras-chave em alta é essencial para maximizar a visibilidade online. O curso ensina como identificar essas palavras-chave de forma eficaz, aumentando suas chances de aparecer nas primeiras posições nos resultados de busca. Isso significa mais tráfego, mais conversões e mais oportunidades de negócio.

3. Planejamento estratégico baseado em dados:


O planejamento estratégico das campanhas de marketing pode ser otimizado com os insights fornecidos pelo Google Trends. Saber o que o público está procurando, e quando, permite alinhar suas ações de marketing com as demandas do mercado, garantindo maior eficácia nas campanhas.

4. Inteligência regional:


Um dos aspectos mais interessantes do Google Trends é a possibilidade de analisar como as buscas variam por localização geográfica. Isso significa que você pode adaptar suas campanhas de acordo com as preferências regionais, criando estratégias direcionadas e mais assertivas para mercados locais específicos. Entender as necessidades de cada público regional é essencial para se destacar em um mercado tão competitivo.

O que você vai aprender sobre o Google Trends

O conteúdo do curso é vasto e voltado para o uso prático da ferramenta. Os principais tópicos abordados incluem:

  • Entender o comportamento do público: Aprenda a identificar padrões de comportamento e interesses do público-alvo por meio das tendências de busca.
  • Identificação de palavras-chave relevantes: Descubra quais palavras estão em alta e geram mais tráfego, melhorando o SEO e a visibilidade online.
  • Planejamento de campanhas de conteúdo e anúncios: Baseado nos dados de busca, você poderá planejar campanhas mais eficientes e direcionadas.
  • Monitoramento da concorrência: Utilize o Google Trends para observar como seus concorrentes estão performando e ajuste suas estratégias para se manter competitivo.

Além de oferecer conteúdo atualizado, com exemplos práticos e estudos de caso, o curso garante um certificado de conclusão que pode ser um grande diferencial no mercado de trabalho. O curso é 100% online, proporcionando flexibilidade para que os participantes o concluam no seu próprio ritmo. Isso permite que você aplique imediatamente o conhecimento adquirido em suas campanhas.

Para quem é esse curso?

Este curso foi desenhado para atender uma variedade de perfis, incluindo:

  • Profissionais de marketing digital: Que desejam aprimorar suas estratégias com base em dados concretos;
  • Criadores de conteúdo: Que buscam criar materiais mais relevantes e alinhados às tendências;
  • Pequenos empreendedores: Que desejam aumentar a visibilidade do seu negócio online;
  • Jornalistas e pesquisadores: Interessados em dados de busca em tempo real e em como isso pode impactar a produção de notícias e conteúdos.

Inscreva-se agora

Se você está pronto para dominar o Google Trends e transformar seus dados em insights valiosos para campanhas mais eficazes, inscreva-se agora e comece a explorar o poder dos dados de busca. Essa é uma oportunidade única para desvendar os segredos do marketing digital e se destacar no mercado com estratégias baseadas em dados.

Acesse: https://acelera.alright.com.br/courses/google-trends.

Meta AI

Meta AI chega ao Brasil: novo assistente tem quase 500 milhões de usuários mensais

A Meta anunciou a chegada do seu assistente de inteligência artificial, o Meta AI, ao Brasil. Com anúncio feito neste mês de outubro, os brasileiros começarão a ter acesso gradual à ferramenta Meta AI nos aplicativos da empresa – incluindo WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger, e o próprio site da Meta. A empresa espera que o assistente Meta AI seja o mais utilizado globalmente até o final deste ano, já contando com quase 500 milhões de usuários ativos mensais.

Como o Meta AI funciona?

O Meta AI foi criado para oferecer uma ampla gama de funcionalidades, proporcionando aos usuários uma experiência integrada e eficiente dentro dos aplicativos que eles já conhecem e utilizam diariamente. O assistente pode ser usado para realizar tarefas, criar conteúdo, fazer pesquisas e fornecer informações em tempo real, tudo sem a necessidade de sair do app.

Imagine que você está planejando uma noite com amigos e precisa de recomendações de restaurantes com opções veganas. Basta pedir à Meta AI uma lista com sugestões. Se você estiver planejando uma viagem de fim de semana, o assistente pode oferecer ideias de lugares para visitar ao longo do caminho. E para quem está se preparando para uma prova, o Meta AI pode até criar testes de múltipla escolha personalizados.

Meta AI com pesquisa integrada e interatividade no feed

Uma das funcionalidades mais destacadas é a capacidade de realizar pesquisas diretamente nos aplicativos da Meta. Ao invés de alternar entre apps, você pode acessar informações de toda a web, sem sair do Facebook, Instagram ou Messenger.

Outra inovação é o uso da Meta AI para aprofundar-se em tópicos de interesse no feed do Facebook. Se algo chama sua atenção em uma postagem, como uma receita ou um destino turístico, você pode pedir mais detalhes diretamente à assistente, sem precisar abrir uma nova aba ou buscar por fontes externas.

Criatividade com o recurso “Imagine” da Meta AI

Além das pesquisas e assistências cotidianas, a Meta AI também tem um foco criativo. Com o recurso “Imagine”, os usuários podem gerar imagens a partir de comandos de texto. Isso abre um leque de possibilidades: desde criar convites personalizados para festas até brincar com amigos, criando imagens divertidas. O recurso também permite que você ajuste as imagens ou as anime, proporcionando uma experiência interativa e inovadora.

O assistente está disponível em diferentes pontos dos aplicativos Meta, como o ícone do círculo azul ou a função ‘@Meta AI’ em conversas de grupo. Com a promessa de se tornar o assistente de IA mais utilizado no mundo, o Meta AI visa transformar a forma como os usuários realizam tarefas e interagem online, tudo dentro de um só ecossistema.

Empresas e empreendedores poderão usar o Meta AI para melhorar suas operações, seja na gestão de clientes, na criação de conteúdo personalizado ou na pesquisa de mercado. A IA pode ser um diferencial competitivo, ajudando empresas brasileiras a inovar em suas estratégias de comunicação e atendimento ao cliente.

Meta AI no Brasil

Com essa novidade, a Meta dá mais um passo para integrar a inteligência artificial ao cotidiano dos brasileiros, e promete tornar mais acessível o uso dessa tecnologia em diferentes contextos, seja para organizar compromissos, explorar novos interesses ou simplesmente se divertir.

Essa integração ampla e gradativa da Meta AI nos aplicativos e o acesso por meio do navegador reforçam a simplificação das interações digitais, transformando a maneira como as pessoas usam a internet no Brasil e no mundo.

A Meta assumiu compromissos de garantir a privacidade e segurança dos dados de seus usuários por meio da Autoridade de Proteção de Dados (ANPD) antes de ser liberada no Brasil. Preocupações com a transparência na coleta de dados fazem com que medidas como a notificação dos usuários sobre o uso de informações para o treinamento da IA sejam exigidas. 

Novos recursos estão sendo adicionados e a Meta AI continua em constante evolução e adaptabilidade para integrar novas funcionalidades no futuro como personalização, melhorias na geração de conteúdos e novas formas de interação nas redes sociais. 

Em outros países o assistente já está em uso e chega ao Brasil após alguns adiamentos devido a questões legais.

Algoritmo

Como o New York Times incorpora recomendações editoriais em seu algoritmo

Algoritmo e Jornalismo?

O New York Times é uma escola de jornalismo de excelência. Eles usam algoritmos no editorial faz tempo. Lembro de ter assistido à palestra deles no SXSW sobre isso há pelo menos 10 anos. Obviamente, eram outros tempos. Agora, eles usam as novas versões de GenAI, a Inteligência Artificial Generativa que tanto sucesso está fazendo com o ChatGPT-4 e outros concorrentes.

Eles abriram transparentemente tudo que fazem para recomendar conteúdos editoriais com base em um complexo composto de premissas que, por sua vez, orientam seus algoritmos.

Fiz abaixo um resumo do que eles mesmos contam, em primeira voz, como fazem. Mas tem muito mais no link lááá embaixo, que leva a um artigão detalhado sobre o processo completo. 

Como o NYT orienta seu algoritmo: resumo técnico

“A programação algorítmica compreende três etapas: (1) Pooling: Criar um conjunto de histórias elegíveis para um módulo específico; (2) Ranking: Classificar as histórias por meio de um mecanismo de ranqueamento; e (3) Finalização: Aplicar diretrizes editoriais e regras de negócios para garantir que o resultado final das histórias atenda aos nossos padrões. O julgamento editorial é incorporado em todas essas etapas, de diferentes maneiras.

Para fazer uma recomendação algorítmica, primeiro precisamos de um conjunto de artigos elegíveis para aparecer em um determinado módulo da página inicial. Esse conjunto pode ser manualmente selecionado pelos editores ou gerado automaticamente por meio de uma consulta com base em regras definidas pela redação.

O conjunto geralmente inclui mais histórias do que o número de espaços disponíveis no módulo, então precisamos de um mecanismo para classificá-las e determinar quais exibir primeiro e em que ordem. Embora existam várias maneiras de classificar as histórias, o algoritmo que frequentemente usamos na página inicial é o “contextual bandit”, um método de aprendizado por reforço (consulte nosso blog anterior para mais informações).

Em sua forma mais simples, um bandit recomenda o mesmo conjunto de artigos envolventes para todos os usuários; a versão ‘contextual’ usa informações adicionais dos leitores (por exemplo, histórico de leitura ou localização geográfica) para ajustar as recomendações e tornar a experiência mais relevante para cada leitor. Para um exemplo de bandit geopersonalizado, veja aqui.

Para priorizar histórias relevantes e com impacto, usamos várias abordagens para quantificar a importância editorial. Uma abordagem é fazer com que os editores atribuam uma classificação a cada história no conjunto, com histórias mais recentes e de maior relevância geralmente sendo consideradas mais importantes.

Outro método infere a importância de uma história com base em sua promoção anterior na página inicial, onde histórias que permanecem em posições de destaque por mais tempo são classificadas como mais importantes. Independentemente da abordagem, a importância editorial pode ser combinada com o bandit para garantir que o julgamento editorial seja incorporado ao processo de ranqueamento, priorizando assim as histórias consideradas importantes pela redação.

Depois de termos uma lista classificada de histórias, fazemos ajustes finais com base em regras predefinidas desenvolvidas em parceria com a redação antes que as histórias sejam exibidas aos leitores.

Uma dessas intervenções é a função de ‘fixação’, que permite que os editores substituam o algoritmo e fixem histórias importantes no topo. Outros exemplos importantes são os filtros ‘já lidos’ e ‘já vistos’, que despriorizam histórias que o usuário já leu ou viu um certo número de vezes.

Esta etapa final de acabamento garante que o julgamento editorial molde o resultado final e que mantenhamos uma experiência dinâmica e renovada para o usuário.”

Fonte: https://www.niemanlab.org/2024/10/how-the-new-york-times-incorporates-editorial-judgment-in-algorithms-to-curate-its-home-page/

O New York Times demonstra uma abordagem híbrida ao combinar julgamento editorial e algoritmos avançados, como o aprendizado por reforço, para entregar recomendações personalizadas aos seus leitores. Esse modelo de curadoria segue um fluxo em três etapas — seleção, ranqueamento e finalização —, onde as preferências da redação e a importância editorial são integradas ao processo automatizado. O uso de GenAI e técnicas como o “contextual bandit” permite que as recomendações sejam ajustadas com base nos dados dos usuários, mantendo a relevância e garantindo uma experiência personalizada.

Além disso, o jornal preserva sua identidade editorial ao permitir que os editores intervenham diretamente no algoritmo, priorizando manualmente histórias relevantes quando necessário. Essa integração entre tecnologia e julgamento humano assegura uma curadoria dinâmica e atualizada, oferecendo uma página inicial equilibrada entre as preferências dos leitores e a missão jornalística do veículo. Assim, o NYT exemplifica como a inteligência artificial pode ser utilizada de maneira transparente e ética para aprimorar o jornalismo, sem perder de vista o valor da tomada de decisão editorial.

IA

Utilização de IA na produção de conteúdo e 4 benefícios de ferramentas de criação

IA na produção de conteúdo.

Se você está interessado em explorar o fascinante mundo da inteligência artificial (IA) e quer aprender como essa tecnologia está transformando a criação de conteúdo, a Oficina de AI é para você!

Disponível agora na plataforma Acelera, essa oficina prática oferece uma introdução essencial aos princípios da IA aplicados ao design gráfico e produção multimídia.

O que você aprenderá na oficina de IA?

Nesta oficina, você descobrirá como a IA pode ser usada para criar imagens, vídeos e textos de forma prática e eficiente. Aprenda a dominar ferramentas populares de IA, como MidJourney, Runway e Eleven Labs, e veja como essas tecnologias podem agilizar seus processos criativos, sem comprometer a qualidade.

Os principais benefícios da utilização da IA com essas ferramentas incluem:

  • Domínio de ferramentas inovadoras para otimizar sua produção visual e multimídia.
  • Otimização de processos criativos, acelerando a criação de vídeos, imagens e textos.
  • Capacitação em pós-produção com IA, aprimorando vídeos e imagens com técnicas avançadas.
  • Criação de avatares e apresentadores digitais, abrindo novas possibilidades para comunicação em suas produções.

Currículo da Oficina de IA

A oficina abrange uma variedade de tópicos essenciais, incluindo uma introdução à IA, direitos autorais, princípios básicos de design e técnicas avançadas com ferramentas populares, como o MidJourney, Heygen e Immersity. Também inclui automações práticas para otimizar ainda mais seu fluxo de trabalho, como o uso de Opus Clip e transcrição de podcasts.

Com quem você vai aprender na oficina de IA?

O curso é ministrado por Leo Becker, um líder criativo com mais de 20 anos de experiência na indústria do design. Becker combina sua paixão por IA e tecnologias emergentes para revolucionar o processo criativo de designers e criadores de conteúdo. Ele também é diretor criativo na Alright Mídia e apresentador do podcast “Fala Colega”.

Esse curso é uma oportunidade única de aprendizado para produtores de conteúdo.Com videoaulas, tarefas práticas e certificado de conclusão, o curso é perfeito para produtores de conteúdo, designers gráficos, criadores multimídia, influenciadores e profissionais de marketing digital que desejam explorar as possibilidades da IA.

Unesco Inteligência Artificial

Relatório da UNESCO: 8 destaques do texto sobre IA para proteger o jornalismo e a sociedade

Além de ressaltar a importância da regulamentação, o relatório da UNESCO alerta que a ausência de controles adequados pode ampliar as desigualdades informativas e concentrar poder nas mãos de poucas empresas tecnológicas. A falta de regras claras sobre o uso de IA no jornalismo pode levar à exploração indevida de dados e à desinformação, prejudicando não apenas o ecossistema midiático, mas também a confiança pública nas instituições e na mídia tradicional. A organização também destaca que a democratização do acesso às tecnologias emergentes é essencial para garantir uma cobertura jornalística plural e diversa.

O documento enfatiza ainda que, para um futuro sustentável, é crucial que governos, empresas e veículos de comunicação trabalhem em conjunto. Parcerias estratégicas podem promover inovações responsáveis, ao mesmo tempo em que respeitam os direitos dos criadores de conteúdo e as legislações locais. A UNESCO sugere que empresas de IA invistam em soluções de código aberto e em treinamentos para jornalistas e editores, ajudando-os a entender e aplicar essas tecnologias de forma segura. Assim, o uso consciente e regulado de IA pode fortalecer o jornalismo e garantir que ele continue cumprindo seu papel essencial de informar e promover a democracia.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou um relatório pedindo a regulamentação urgente da Inteligência Artificial (IA) para garantir a proteção do jornalismo e o uso responsável dessa tecnologia. O documento, intitulado “IA e o Futuro do Jornalismo: Um Memorando para Stakeholders,” propõe medidas para assegurar que as ferramentas de IA sejam utilizadas de forma ética e transparente, sem prejudicar a produção jornalística e os direitos humanos.

O relatório foi elaborado pela pesquisadora Anya Schilffer, da Columbia University, nos Estados Unidos, e apresenta recomendações voltadas para empresas de tecnologia, governos e veículos de comunicação. O foco é que a regulamentação contemple questões centrais, como direitos autorais e transparência no uso de IA.

A mensagem central do documento da Unesco apresenta 8 destaques que são:

  •  Organizações jornalísticas estão adotando a IA Generativa como parte das práticas de redação, mas estão cautelosas quanto ao impacto econômico de grandes empresas que lucram com seu conteúdo sem a devida permissão e compensação.
  • Veículos de mídia ao redor do mundo têm emitido códigos de conduta que destacam o respeito aos dados do público, a autenticidade do conteúdo, a divulgação do uso de IA, a transparência, a diversidade e a integridade da informação, além do direito à remuneração pelas empresas de IA.
  • Sem acordos sobre direitos autorais e propriedade intelectual, o modelo de negócios atual da criação jornalística será prejudicado, representando uma ameaça à diversidade cultural. Os próprios modelos de IA se tornarão pouco confiáveis se não forem treinados com informações de qualidade.
  • Além de serem impactados pelo crescimento da IA Generativa, organizações de notícias e jornalistas estão cobrindo o tema e educando o público sobre os riscos e benefícios potenciais.
  • A concentração no setor de IA terá profundas implicações para o mundo todo, e as autoridades de concorrência estão avaliando se são necessárias novas regulamentações.
  • Criadores, editores e jornalistas têm defendido a atualização das regulamentações de direitos autorais ou, pelo menos, a rigorosa aplicação das normas existentes, garantindo que levem em conta as novas tecnologias.
  • Algumas organizações jornalísticas estão assinando acordos de licenciamento com grandes empresas de IA Generativa. Ao fazer isso, essas empresas estão estabelecendo a necessidade de compensação e criando um mercado para licenciamento de conteúdo.
  • Áreas importantes a considerar incluem: preservação da autenticidade, diversidade de idiomas e culturas, e transparência da informação. Manter mercados competitivos pode ajudar a evitar a degradação adicional do ecossistema cultural e noticioso. 

Para as empresas de IA, a Unesco sugere a criação de uma governança orientada pelos princípios dos direitos humanos. Isso inclui garantir que os criadores de conteúdo sejam devidamente reconhecidos e compensados pelo uso de suas produções. Já para os veículos jornalísticos, a organização defende que as redações implementem políticas claras para o uso de IA, com supervisão humana em todas as etapas de criação, além de informar ao público quando a tecnologia for utilizada.

O documento também alerta os governos sobre a necessidade de desenvolver regulamentações voltadas para o mercado de IA, com o objetivo de proteger o papel do jornalismo na sociedade. A Unesco destaca que o jornalismo desempenha uma função vital na democracia e na promoção de uma sociedade informada.

Fonte: MediaTalks

Web Scraping

Web scraping: uma técnica essencial para o jornalismo 4.0

A evolução da tecnologia trouxe consigo inúmeras possibilidades para o jornalismo, ampliando os horizontes da investigação e da pesquisa de dados. Expandindo os horizontes da investigação e da pesquisa de informações.

Dentro do contexto tecnológico do jornalismo, a raspagem de estatísticas é muito essa ferramenta se destaca pela capacidade de extrair detalhes de sites de forma automatizada e em grande escala. Neste artigo, vamos explorar o que é raspagem de informações, as principais ferramentas. Além disso, discutiremos os desafios éticos envolvidos, já que a coleta de dados da web muitas vezes esbarra em questões legais e de direitos autorais.


O que é web scraping?

Web scraping, ou raspagem de dados, é uma técnica que envolve a extração de grandes volumes de detalhes disponíveis nas páginas da web. Imagine precisar buscar informações sobre uma centena de empresas para compilar uma reportagem de análise. Fazer isso manualmente seria um processo exaustivo e muito lento. Com a raspagem de dados, é possível automatizar essa busca, coletando todas as informações necessárias de maneira rápida e precisa.

A coleta de informações se torna muito útil quando necessitamos de detalhes que estão dispersos por diversas páginas, porém não estão disponíveis em um formato prontamente acessível, como planilhas ou registros de informação. Essa técnica permite reunir, organizar e manipular esses dados de forma prática, oferecendo insights valiosos para a construção de reportagens mais fundamentadas.


A importância da raspagem de dados no jornalismo

No contexto atual, com abundância de informação, é necessário que os jornalistas estejam aptos a utilizar ferramentas tecnológicas para tornar seu trabalho mais eficiente e diferenciado. Não se trata apenas de dominar as técnicas tradicionais de investigação, mas também de saber usar tecnologias emergentes que podem ajudar a acessar e analisar dados de maneira mais abrangente.

Web scraping é uma dessas tecnologias e se destaca como uma habilidade essencial para o jornalista moderno. Ser capaz de extrair informações de sites com precisão pode ser a chave para construir reportagens exclusivas, revelar padrões e entender fenômenos complexos a partir de dados disponíveis publicamente.

Durante uma investigação, um jornalista pode usar web scraping para verificar preços de produtos em várias plataformas de e-commerce. Ele também pode analisar tendências de opinião pública em redes sociais ou coletar informações de sites governamentais disponíveis de forma fragmentada. Este tipo de pesquisa pode trazer dados que dificilmente seriam compilados manualmente, viabilizando um jornalismo de dados muito mais aprofundado e inovador.


Principais ferramentas para Web Scraping

Para começar a trabalhar com web scraping, não é necessário ser um programador experiente, mas é importante conhecer as principais ferramentas e como utilizá-las.

Abaixo, apresentamos cinco ferramentas muito utilizadas por jornalistas e profissionais de tecnologia para a raspagem de dados.


Beautiful Soup

Uma das bibliotecas mais populares para web scraping, o Beautiful Soup funciona junto com o Python e permite navegar por documentos HTML e XML para coletar informações. O Beautiful Soup é bastante intuitivo e tem uma comunidade ativa, tornando-o uma ótima opção para quem está começando a explorar a raspagem de dados. Ele é especialmente eficaz para coletar dados estruturados de sites que têm padrões consistentes.


Scrapy

Outra ferramenta poderosa para web scraping é o Scrapy. Também desenvolvido em Python, ele é uma estrutura de código aberto mais robusta, ideal para projetos que precisam de maior escala e complexidade. O Scrapy permite a coleta de grandes volumes de dados rapidamente e pode ser utilizado para projetos contínuos, onde há necessidade de atualizar os dados com frequência. Para quem tem algum conhecimento de programação, o Scrapy é uma excelente escolha devido à sua flexibilidade.


Apify

Para jornalistas que não querem ou não podem lidar diretamente com código, o Apify é uma opção atraente. Essa ferramenta oferece uma interface amigável para criar web scrapers com facilidade, além de automatizar diversas tarefas que envolvem coleta de dados. O Apify permite agendar raspagens e oferece suporte para transformar os dados coletados em diferentes formatos, o que é muito útil para quem precisa entregar relatórios ou visualizações prontas. A vantagem do Apify é a sua versatilidade, além de não exigir conhecimentos avançados de programação.


Octoparse

Outro exemplo de ferramenta de raspagem sem necessidade de programação é Octoparse, conhecido por sua interface intuitiva e por permitir que qualquer pessoa construa workflows para coletar dados de sites.Ele conta com um assistente visual que ajuda a selecionar os dados desejados e permite configurar regras para a extração. Para jornalistas que desejam começar a fazer web scraping de forma rápida e prática, o Octoparse é uma das melhores alternativas.


Selenium

Por fim, o Selenium é uma ferramenta que permite automatizar interações com navegadores web e pode ser usada tanto para testes automatizados de aplicações quanto para web scraping. O Selenium se destaca por sua capacidade de lidar com sites dinâmicos que utilizam JavaScript, possibilitando ao jornalista acessar dados que não estão disponíveis diretamente no código-fonte da página. Embora seja mais complexo, o Selenium é um recurso indispensável para quem lida com sites que têm muitos elementos interativos.


A ética e os limites da raspagem de dados

Apesar de ser uma técnica poderosa, a raspagem de dados levanta questões éticas e legais que não podem ser ignoradas. Muitas vezes, a coleta de dados de sites esbarra em questões de direitos autorais e privacidade, especialmente quando envolve informações pessoais. É fundamental que o jornalista saiba reconhecer onde está a linha que separa o uso aceitável e ético do web scraping do uso que pode infringir direitos e resultar em problemas legais.

Para evitar problemas, é recomendado que os jornalistas sigam algumas diretrizes ao utilizar web scraping:

  • Verificar os Termos de Uso do site: Muitos sites têm termos de uso que especificam se a coleta automatizada de dados é permitida. Sempre que possível, cheque essa informação antes de iniciar qualquer raspagem.
  • Coletar apenas dados públicos: Dados que não estão disponíveis publicamente, ou seja, que estão protegidos por senhas ou outras formas de restrição, geralmente são considerados privados. Coletar essas informações sem permissão pode caracterizar invasão de privacidade.
  • Evitar sobrecarga dos servidores: A raspagem de dados, se feita de maneira agressiva, pode causar sobrecarga no servidor do site, afetando seu desempenho e até mesmo derrubando a página. É essencial ajustar a frequência de requisições para não prejudicar o site alvo.
  • Respeitar a autoria: Dados coletados via web scraping não perdem sua autoria. Sempre que utilizar informações extraídas de um site, atribua a fonte de maneira apropriada, da mesma forma que faria com qualquer outra pesquisa.
  • Buscar permissões quando necessário: Caso a extração envolva informações que não são claramente públicas, buscar a permissão dos responsáveis pelo site é uma atitude prudente e ética.


Web scraping como habilidade para jornalistas 4.0

O web scraping oferece aos jornalistas uma maneira de explorar e investigar dados que, de outra forma, poderiam passar despercebidos ou estariam indisponíveis em um formato prático. Aprender a usar essas ferramentas amplia o leque de possibilidades na prática jornalística, oferecendo mais subsídios para a construção de matérias com impacto real e relevância.

No entanto, tão importante quanto aprender a técnica em si, é entender os limites éticos e legais do uso dessa ferramenta. Assim como qualquer outro recurso, o web scraping precisa ser utilizado com responsabilidade, garantindo que o trabalho do jornalista seja sempre guiado por princípios de integridade e respeito à privacidade.

Portanto, jornalistas que buscam se diferenciar devem considerar o aprendizado de raspagem de dados como uma peça essencial do seu conjunto de habilidades. Mais do que nunca, dominar essas técnicas permite acessar, entender e analisar o enorme volume de informações disponíveis na web, transformando dados brutos em conhecimento, investigações e histórias que fazem a diferença.

Jornalismo 4.0

Ou haverá Jornalismo 4.0 ou não haverá jornalismo nenhum

O jornalismo como o conhecemos está em vias de desaparecer.

Quando digo que está em vias de desaparecer, quero dizer:

         1.     Ele vai desaparecer
         2.     Isso já está acontecendo

Empresas publishers em todo o mundo enfrentam hoje um grave desafio de viabilidade comercial e financeira, basicamente por terem resistido, renitente e miopemente, às transformações digitais que já estão em curso há duas décadas, e às quais parte delas ainda não se integrou até hoje. Vão morrer.

Essa lápide que laboriosamente insistiram em esculpir para ornamentar seu próprio panteão ganha agora contornos 4.0, com a chegada da Inteligência Artificial, mais especificamente, da GenAI.

Esses avanços tecnológicos transformaram toda a infraestrutura dos meios de produção da informação e do conteúdo editorial; remodelaram as tradicionais formas e formatos de mídia; impuseram novos caminhos de distribuição; alteraram hábitos e canais nos quais a audiência passou a consumir conteúdo e informação; entronizou, para o bem e (muito) para o mal as plataformas sociais.

Todo esse conjunto da nova era está sendo e será demais (em demasia) para toda a indústria de comunicação e de imprensa em todo o mundo. 

A única saída para esse túmulo certo é o Jornalismo 4.0. 

O livro “Desafios e Soluções para o Jornalismo 4.0 – Do humano ao algoritmo, os novos paradigmas da mídia editorial” nem de longe pretende esgotar o assunto, nem ser qualquer espécie de guia definitivo.

Ele pode ser baixado ou adquirido através de doações espontâneas, que serão integralmente revertidas ao Instituto Vladimir Herzog.

Foi produzido como fruto de mais de uma centena de artigos que escrevi ao longo de pouco mais de um ano para a Aurora News, newsletter da Alright Media, para pequenos e médios grupos de mídia editorial do país. Nosso objetivo é o combate aos desertos de notícia no Brasil.

Os novos fundamentos para o Jornalismo 4.0

Robótica, inteligência artificial, machine learning, big data, blockchain, realidade virtual e aumentada, dados e algoritmos dinâmicos estão transformando a mídia em todos os seus pilares e desencadeando a quarta revolução na indústria editorial e do jornalismo.

Essa transformação exigirá novas habilidades, novos produtos, novas linguagens e novos modelos de negócios. Em particular, afetará a relação entre o público e o jornalismo, seu financiamento, seus canais de geração de receita e seus processos de produção de notícias.

As novas práticas e o Jornalismo 4.0

Algumas novas práticas inevitáveis para as empresas jornalísticas 4.0:

         1.     Automação de Conteúdo (Jornalismo Automatizado)

IA para redação automática: Natural Language Generation (NLG) para redação de artigos, relatórios e resumos de dados, como esportes, previsões do tempo, finanças e análises de mercado, com base em entradas automatizadas.

         2.     Personalização de Conteúdo com IA

Algoritmos de recomendação: Utilizam aprendizado de máquina para personalizar o feed de notícias com base nas preferências dos leitores, oferecendo conteúdo relevante para o usuário individual.

         3.     Análise de Dados e Big Data

Data-driven journalism (Jornalismo orientado por dados): Utilização de grandes conjuntos de dados (Big Data) para identificar tendências, padrões e histórias relevantes.

         4.     Verificação de Fatos com IA

Fact-checking automatizado: Algoritmos de IA que rastreiam a veracidade de informações e notícias em tempo real, ajudando a combater a desinformação e fake news.

         5.     Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR)

Conteúdo imersivo: O uso de AR e VR para criar narrativas imersivas que transportam os leitores para dentro da notícia, como tours virtuais em cenários de eventos importantes ou simulações imersivas de dados.

         6.     Análise Semântica e Processamento de Linguagem Natural (NLP)

Análise de sentimentos: Utilização de IA para captar e analisar os sentimentos das audiências em relação a notícias e tópicos através de comentários e menções em redes sociais.

         7.     Interatividade e Chatbots de IA

Assistentes virtuais e chatbots: Utilizados para interagir com o público de maneira mais direta, oferecendo respostas rápidas a perguntas, além de sugerir artigos relacionados ou auxiliar na navegação pelo site.

         8.     Modelos de Monetização com IA

Publicidade programática: Algoritmos de IA que otimizam os anúncios com base no perfil dos leitores, tornando as campanhas de publicidade mais eficazes e personalizadas.

Paywalls dinâmicas: IA ajusta a experiência do usuário e pode decidir quando e como exibir paywalls para maximizar assinaturas e engajamento. 

Somos todos analfabetos de IA na era do Jornalismo 4.0

Precisamos todos, empresários e jornalistas, assumir nosso analfabetismo de IA. Nosso analfabetismo 4.0. E ir em busca de novas e indispensáveis habilidades da nova era.

Falo de:

         •       Codificação e compreensão básica de HTML
         •       Familiaridade com sistemas de gerenciamento de conteúdo (CMS)
         •       Técnicas de otimização para motores de busca (SEO)
         •       Jornalismo de Dados com proficiência em uso de softwares
         •       Técnicas inovadoras de narrativas jornalísticas e storytelling de fatos, incorporando IA
         •       Gestão de comunidades virtuais e plataformas sociais
         •       Adaptabilidade e aprendizagem tecnológica contínua. É um Everest diante de nós. Escalada difícil, mas inevitável para a sobrevivência da indústria jornalística. De resto, base de sobrevivência da Democracia.

Produção de Conteúdo

Notícias da semana 41 do ano: o que você precisa saber sobre AI e produção de conteúdo

Meta Movie Gen: Nova plataforma de criação de vídeo com AI

Meta acaba de lançar o Movie Gen, um novo modelo de inteligência artificial voltado para a criação de vídeos e áudio a partir de prompts de texto. A ideia é concorrer com o Sora, da OpenAI, oferecendo uma ferramenta que transforma descrições em vídeos, gerando também o áudio correspondente.

Adobe apresenta Content Authenticity para proteger a autoria digital


A Adobe anunciou o “Content Authenticity“, um aplicativo para web que visa proteger e atribuir autoria de conteúdo digital, com lançamento beta em 2025. A ferramenta utiliza “Content Credentials” – metadados seguros que registram informações sobre os criadores e o contexto de criação, ajudando a combater deepfakes e mídias sintéticas. Criadores podem controlar as informações incluídas, como nome e redes sociais, e escolher se seu conteúdo será usado para treinar IA generativa.

OpenAI lança o “ChatGPT Canvas”

O OpenAI lançou recentemente o “ChatGPT Canvas“, uma nova interface para aprimorar as capacidades do ChatGPT, focada em produtividade, especialmente para codificação e escrita. O Canvas oferece um espaço de trabalho interativo onde os usuários podem modificar texto ou código diretamente, sem necessidade de reformular prompts. Entre os recursos estão feedback em linha, controle de versão e ferramentas colaborativas, tornando o desenvolvimento de projetos mais eficiente.

Inteligência Artificial

Multinacionais assinam pacto europeu de IA mais segura com 2 gigantes de fora

Mais de 100 empresas internacionais, como Microsoft, Cisco, Amazon, Cegid, Accenture, Google e Logitech, assinaram o Pacto da União Europeia (UE) para a Inteligência Artificial (IA), conforme anunciou a Comissão Europeia do tema. Em vigor desde 1º de agosto, agora passa para uma nova fase.

Veja a lista completa dos signatários.

Pacto por uma IA mais segura

Esse pacto é um compromisso para aplicar os princípios do Regulamento de IA da UE, visando promover uma IA mais segura e ética. O acordo envolve empresas de setores como TI, telecomunicações, saúde, banca, automotivo e aeronáutica, incluindo pequenas e médias empresas (PMEs) europeias.

Entretanto, nomes importantes como Meta, Apple, TikTok e a empresa francesa Mistral optaram por não aderir ao pacto. As razões para essa ausência podem ser variadas, incluindo a dificuldade de cumprir as exigências do acordo, que requerem transparência nos algoritmos e garantia de direitos fundamentais.

Motivos para ficar de fora do pacto pela IA

Outra possível preocupação é que a rigidez das regras do pacto possa limitar a inovação na área de IA, o que pode ter afastado algumas empresas, temendo que essas regulamentações desacelerem o progresso tecnológico.

O impacto da ausência de gigantes como Meta e Apple é significativo. Essas empresas são líderes no desenvolvimento de IA, e controlam plataformas e serviços que afetam bilhões de usuários globalmente. A ausência também destaca o desafio de equilibrar inovação com regulamentação em um setor em rápida evolução, como a IA.

E você, leitor(a), como analisa esse movimento sobre a IA?

Para o público brasileiro, o Pacto da União Europeia para a IA pode ser visto como uma tentativa de alinhar o desenvolvimento da tecnologia a padrões éticos e regulatórios, algo que muitos veem como necessário diante do impacto crescente da inteligência artificial no cotidiano. O Brasil, que está em fase de amadurecimento na discussão sobre regulação tecnológica, pode acompanhar de perto o desenrolar dessa iniciativa como um exemplo de como países e blocos econômicos buscam proteger direitos fundamentais e garantir a transparência na adoção de novas tecnologias.

Com informações de: Link to Leaders e Desinformante

Saiba Mais: A adesão de grandes empresas ao Pacto da União Europeia para a IA demonstra o compromisso em alinhar o desenvolvimento tecnológico aos princípios éticos e regulatórios. O pacto busca garantir a transparência no uso de algoritmos, a proteção dos direitos fundamentais e a segurança no avanço da inteligência artificial. Empresas de diversos setores, como TI, saúde e automotivo, estão colaborando para criar um ambiente mais controlado e responsável, enquanto mantêm o foco na inovação.

Por outro lado, a ausência de nomes de peso como Meta, Apple e TikTok levanta preocupações sobre as possíveis limitações que o pacto pode impor à inovação tecnológica. Essas empresas têm papel central no desenvolvimento de IA e a falta de adesão pode indicar receios em relação à rigidez das regulamentações, que poderiam desacelerar o progresso e a competitividade no setor. A questão central permanece: como equilibrar o avanço tecnológico com a proteção de direitos e a transparência?

Mídia Programática

Aprenda as regras da mídia programática para impulsionar seus negócios digitais

A mídia programática se tornou uma ferramenta essencial para quem deseja maximizar o impacto de suas campanhas publicitárias no ambiente digital. O curso “Domine as Regras e Ferramentas da Mídia Programática” foi criado para ensinar anunciantes e gerentes de mídia a navegar por esse universo, garantindo que seus anúncios sejam exibidos de maneira eficiente, segura e em conformidade com as políticas do Google. 

Como funciona a Mídia Programática?

Além de fornecer as ferramentas de controle necessárias, o curso também detalha as melhores práticas para otimizar campanhas.

Voltado exclusivamente para membros da plataforma Acelera, o curso oferece videoaulas e exercícios práticos que demonstram como usar o Google Ad Manager, evitar o banimento de contas e proteger os dados dos usuários.

Com um currículo que abrange desde as regras da mídia programática até a implementação de blocos de anúncios em WordPress, os participantes terão acesso a conhecimentos fundamentais para gerenciar campanhas com total transparência e controle.

Benefícios da Mídia Programática

Entre os principais benefícios oferecidos, estão o controle total sobre a exibição dos anúncios, a conformidade com as diretrizes do Google e a segurança das campanhas. Além disso, o curso explora as oportunidades de monetização que ferramentas como AdSense e AdX oferecem, permitindo que os participantes maximizem seus ganhos enquanto mantêm a integridade e a proteção de suas campanhas publicitárias.

O curso (acesse: https://acelera.alright.com.br/courses/monetizacao) promete transformar o entendimento e a prática dos profissionais que trabalham com mídia digital. Seja você um iniciante ou um anunciante experiente, essa é uma oportunidade de aprender com especialistas e dominar as técnicas mais recentes do setor.

Saiba mais: Além de ser uma excelente ferramenta para anunciantes, a mídia programática oferece oportunidades de monetização para editores de conteúdo. Ao integrar ferramentas como Google AdSense ou Google AdX em seus sites, os editores podem gerar receita ao exibir anúncios relevantes para seus visitantes.

Quanto mais bem segmentados forem os anúncios, maiores são as chances de conversão e, consequentemente, de aumento de receita.

Dominar as regras e ferramentas da mídia programática não é apenas uma necessidade para quem deseja ter sucesso no ambiente digital, mas também uma oportunidade de obter um controle mais completo sobre suas campanhas, otimizar seus investimentos e proteger a imagem da marca.

Ao seguir as melhores práticas e garantir a conformidade com as diretrizes do Google, os anunciantes podem alcançar resultados significativos, elevando suas campanhas a um novo patamar de eficácia.

Seja você um iniciante no mundo da mídia digital ou um profissional experiente, aprender a usar essas ferramentas pode transformar sua abordagem e garantir que suas campanhas alcancem o público certo, no momento certo, com o impacto certo.

Plano de investimento de gringo para salvar jornal local nos EUA. Ele oferece US$ 5 milhões

Meu trabalho aqui será mínimo. 

Peguei um link que nosso dileto editor Domingos Secco compartilhou no nosso grupo de WhatsApp. Pedi para o chatGPT traduzir para o Português e coloco aí abaixo para você ler na íntegra.

Traz, num nível raro de detalhamento financeiro, o plano de um empresário norte americano de compra, investimento e gestão de um pequeno jornal local para torná-lo saudável e lucrativo.

Antes de ler a íntegra (e você precisa ler a íntegra para se inspirar e, quem sabe, adotar práticas que ele vai adotar lá), te passo mastigado abaixo um resumo (também feito pelo chatGPT) do texto todo.

Salvando um Jornal Local nos EUA

O autor oferece US$ 5 milhões para comprar o The Charlotte Observer, com a proposta de transformá-lo de um ativo em declínio para um negócio sustentável e lucrativo. Ele reconhece que o atual foco do jornal em maximizar o retorno financeiro, cortando custos e aumentando taxas, não é sustentável a longo prazo. Sua proposta envolve diversificar os produtos, incluindo um site com paywall, newsletters, podcasts, eventos, e presença ativa nas redes sociais, gerando receita tanto de assinaturas quanto de publicidade.

Ele estima que pode atrair 50.000 assinantes pagantes, o que geraria US$ 7,5 milhões anuais, além de US$ 6 milhões em receita publicitária, totalizando US$ 13,5 milhões. As despesas seriam de cerca de US$ 12 milhões, o que deixaria um lucro de US$ 1 milhão, ou uma margem de 11%, semelhante ao New York Times. O autor também considera avaliar a manutenção de uma edição impressa dominical e está aberto à possibilidade de transformar o jornal em uma organização sem fins lucrativos, se necessário.

O texto destaca a experiência do autor na gestão do The Charlotte Observer e sua trajetória de sucesso na criação e venda de empresas de mídia locais. Ele argumenta que a atual estratégia focada no impresso se tornará inviável nos próximos dois anos e que o momento para a transformação é agora.

Texto Original sobre o caso deste Jornal Local nos EUA

Estou oferecendo US$ 5 milhões para comprar o The Charlotte Observer. Estou falando sério.

Minha tese é simples — você não precisa administrá-lo estritamente como um ativo problemático, ele pode ser transformado.

Você está seguindo a cartilha correta dos jornais, até certo ponto. Não é divertido, mas é a realidade que você enfrenta para fornecer retornos financeiros.

Aumentar as tarifas para pessoas ricas (elas reclamam, mas raramente cancelam e demoram a deixar de pagar).

Reduzir a folha de pagamento à medida que a receita diminui.

Focar em manter o máximo possível dos negócios de encartes impressos (muito lucrativo).

Não fazer investimentos digitais além do necessário para manter a moral da equipe.

Vender imóveis e outros ativos.

Trabalhei na equipe de gestão do The Charlotte Observer de 2013 a 2015. Eu entendo. Há mais dinheiro restante nesses jornais do que as pessoas pensam.

Mas, como acontece com qualquer ativo problemático, eventualmente a economia para de funcionar. E depois? Eu argumentaria que um ótimo desfecho seria obter um último cheque e devolvê-lo à propriedade local.

Planos para o The Charlotte Observer

Vamos falar de produto, receita e despesas.

Eu concentraria a equipe nos seguintes produtos:

Site com paywall medido e boa experiência de usuário (ex., The New York Times).

Boletim informativo principal gratuito, de manhã e à noite (ex., Axios).

Conjunto gratuito de 10 boletins temáticos liderados por jornalistas de destaque (ex., Puck News).

Podcast principal gratuito (ex., The Daily).

• Contas em redes sociais (ex., Axios Charlotte).

Eventos de grande porte (ex., Texas Tribune).

Essa mistura de produtos gratuitos e pagos nos permitirá focar tanto em receita de assinaturas quanto de publicidade.

Assinatura: Acredito que podemos converter 5% da população local em assinantes pagantes. Isso são 50.000 pessoas. Eu cobraria delas US$ 10/mês. Isso equivale a US$ 6 milhões/ano. Também criaremos um nível premium para apoiadores do jornalismo voltado à cidadania. 1.000 pessoas a US$ 1.500/ano. Isso são mais US$ 1,5 milhão, totalizando US$ 7,5 milhões em receita de assinaturas.

Atualmente, há cerca de 23.000 assinantes digitais (obrigado, Tony, pela estatística e pela história), então teremos trabalho a fazer. Mas, em uma cidade um quinto do nosso tamanho, o Salt Lake City Tribune agora tem mais de 30.000 assinantes digitais. É possível.

Publicidade: Os produtos acima nos dão espaço suficiente para gerar US$ 6 milhões em receita publicitária. Como comparação, a Charlotte Agenda rapidamente alcançou bem mais de US$ 2 milhões em publicidade digital com muito menos produtos.

Isso dá um total geral de US$ 13,5 milhões em receita (como outra comparação, a WFAE gera cerca de US$ 7 milhões em receita total).

Minhas estimativas acima parecem razoáveis, não apenas otimistas.

2 Advertências: Itens que eu avaliaria.

• Dependendo da atual economia do impresso, eu avaliaria a manutenção de uma edição impressa dominical 1x/semana (ex., Business Journals) e, se for o caso, também lançaria uma revista de luxo (ex., Our State).

• Se tornar-se uma organização sem fins lucrativos nos permitir alcançar nossas metas de receita mais rapidamente, estou muito aberto a isso.

Agora, vamos falar de despesas.

Folha de pagamento: O principal fator de qualquer empresa de mídia moderna.

Equipe de gestão – 5 pessoas, com uma média de US$ 300 mil/ano, totalizando US$ 1,5 milhão.

Vendas e execução – 10 pessoas, com uma média de US$ 150 mil/ano, totalizando US$ 1,5 milhão.

Operações – 10 pessoas, com uma média de US$ 100 mil/ano, totalizando US$ 1 milhão.

Redação – 50 pessoas, com uma média de US$ 125 mil/ano, totalizando US$ 6,25 milhões.

75 pessoas e US$ 10,25 milhões em folha de pagamento. Vamos adicionar mais US$ 1,75 milhão para espaço, produção de eventos, tecnologia, etc.

Isso dá um total geral de US$ 12 milhões em despesas.

Lucro: Ficamos com US$ 1 milhão de lucro sobre US$ 13,5 milhões em receita (margem de 11%, semelhante ao New York Times). Não é um negócio incrível, mas sustentável, recompensador e um bom ativo para a comunidade.

Por que agora: Eu entendo por que vocês ainda não fizeram isso. É mais lucrativo espremer todo o dinheiro do impresso. Mas a economia do impresso começa a não fazer mais sentido em determinado ponto, e acredito que esse ponto virá nos próximos 24 meses (a circulação impressa agora caiu para cerca de 10.000).

Eu sei como fazer isso — trabalhei na equipe de gestão do The Charlotte Observer, comecei uma empresa de mídia local, vendi-a por milhões, depois ajudei a expandir o conceito para 30 cidades antes de vender novamente por meio bilhão.

Chatham Asset Management, me avisem! Meu e-mail é ted(arroba)tinymoney.com.

Essa é a tradução completa do texto.

Jornal

3 perguntas e o desafio de manter um jornal local vivo e relevante

Inspirados no caso traduzido por Pyr Marcondes nesta edição (texto acima), o time de edição da Aurora News convidou Ricardo Silberschlag para trazer uma perspectiva local brasileira sobre o assunto da sustentabilidade do negócio em um jornal impresso. Diante dos desafios para o jornalismo local, Ricardo compartilha sua visão sobre como manter um veículo de mídia regional relevante e financeiramente sustentável.

Ricardo Silberschlag é Diretor do jornal Folha do Mate de Venâncio Aires (RS) e presidente da ADI Multimídia no Rio Grande do Sul. Tem uma visão privilegiada sobre a transição digital no jornalismo local com uma trajetória que inclui a criação do veículo digital da Folha do Mate. Silberschlag testemunhou de perto as transformações no consumo de notícias e as adaptações necessárias para manter a relevância e sustentabilidade do jornal.

Ele respondeu algumas questões sobre o impacto dos novos formatos de conteúdo digital e a busca por soluções que garantam a viabilidade de um negócio jornalístico regional em meio às rápidas mudanças tecnológicas e comportamentais.

  • Como vocês fazem hoje a gestão do jornal, relacionando com o veículo digital? O que mudou ao longo dos anos nas decisões sobre o veículo diante dos impactos da digitalização do consumo de notícias?

Nós temos nosso veículo digital desde o final de 2001, quando contratamos nosso primeiro site, e desde então, mantemos alguma atualização.

No início, era algo mais tranquilo, com uma ou duas atualizações por dia, no máximo. Isso foi evoluindo para um volume muito maior de notícias. O relacionamento que construímos no início era direto: o que saía no jornal também saía no digital. Com o tempo, isso mudou. Hoje, as notícias factuais, que impactam rapidamente, e os serviços, colocamos de forma mais rápida no site.

  • Como você enxerga o impacto de produtos complementares como podcasts, boletins informativos e eventos na relevância e na sustentabilidade de negócio em um jornal?

São consumos mais urgentes e superficiais, quase como commodities. Embora isso não gere muita receita, ainda é importante. Falamos sobre a escola local, a rua local, e a comunidade, mas, com um público pequeno de 500, 1.000 ou 2.000 visualizações, a conta não fecha. Seja pela venda de mídia via Ads, que praticamente não paga nada, ou pela venda direta, é muito difícil monetizar esse tipo de conteúdo.

Atualmente, vemos o site como uma extensão da audiência para todo o negócio que fazemos, com a relevância que ele traz para a comunidade através de debates, painéis e eventos.

Quanto ao jornal impresso, estamos em mutação. Percebemos isso nos grandes veículos, e também no nosso. Reduzimos o número de páginas, especialmente durante a semana, onde o produto é mais factual, mas no fim de semana conseguimos oferecer conteúdos mais variados e aprofundados, com histórias da comunidade, entrevistas e análises sobre saúde e educação. 

As pessoas estão mais desinformadas, mesmo com o excesso de informações disponíveis. Hoje, o jornal impresso ainda tem um papel importante, e percebemos que o perfil do público acima de 40 anos, que havia parado de ler, está voltando.

  • Você acredita que transformar um jornal local em um negócio mais digital, como proposto em muitos casos, pode garantir sua sustentabilidade a longo prazo? Como fazer isso na prática?

O impresso oferece um aprofundamento maior, sem interrupções de notificações, como acontece na leitura pelo celular. Para contar histórias e oferecer análises profundas, acredito que o jornal impresso ainda tem uma longa vida. Não vejo seu fim iminente nos próximos cinco anos.

A grande questão agora é gerar mais receita com o jornal. Temos que mostrar nossa audiência e fazer um cross-media com nossos outros canais, como rádio e redes sociais, criando produtos que façam sentido para o cliente e ajudem a desenvolver a comunidade, seja na educação, nos negócios ou na infraestrutura. Hoje, vendemos projetos completos que geram impacto no município, muito mais do que apenas anúncios individuais, que estão em declínio.

Jornalismo 4.0

Lançamento de “Desafios e Soluções para o Jornalismo 4.0”: Livro Digital de Pyr Marcondes

No próximo dia 10 de outubro, às 10h, Pyr Marcondes, uma referência no campo da comunicação e marketing, estará à frente de uma aula gratuita sobre Jornalismo 4.0. Na oportunidade, ele lançará o livro “Desafios e Saídas para o Jornalismo 4.0: do humano ao algoritmo, os novos paradigmas da mídia editorial”, que terá os recursos das vendas revertidos em doações para o Instituto Vladimir Herzog (IVH) que luta pela qualidade do jornalismo, a democracia e a liberdade de imprensa.

Esta é uma oportunidade imperdível para jornalistas, comunicadores e profissionais do setor que desejam se manter atualizados e preparados para as rápidas transformações do mercado.

Por que você não pode perder este lançamento de Jornalismo 4.0?

Pyr Marcondes, com mais de 40 anos de experiência em grandes grupos editoriais, vai compartilhar estratégias e percepções valiosas. Seu conhecimento aprofundado pode ser um diferencial para quem busca se destacar no cenário atual do jornalismo.

Ele é jornalista, especialista em marketing, consultor, investidor e autor de livros. Atualmente é Sócio Sênior na Pipeline Capital e investidor em sete empresas e startups. Como jornalista, atuou de 1980 a 2020, ocupando cargos importantes em publicações como o Grupo M&M, revista IstoÉ, Valor Econômico, Jornal da Tarde e Revista Exame. Ele também é autor de seis livros. Como empresário e investidor, foi sócio em várias empresas de publicidade, marketing e comunicação digital. Atualmente é empresário e investidor, Senior Partner da Pipeline Capital e Socio Fundador da Macuco Tech Ventures.

Jornalismo 4.0 trará discussões sobre tópicos urgentes, como:

– O impacto das redes sociais no consumo de notícias

– A crise do jornalismo local e seu papel na preservação da democracia

– Estratégias inovadoras para superar os desafios do mercado de notícias 

Durante a aula será lançado o livro digital que aprofunda os temas discutidos e oferece soluções práticas para os desafios do Jornalismo 4.0.

Com a aquisição do livro, o público irá contribuir para o Instituto Vladimir Herzog (IVH), que atua em prol da qualidade jornalística, democracia e liberdade de imprensa. A doação será voluntária.

O livro reúne alguns dos artigos publicados por Pyr Marcondes em sua seção semanal na Aurora News. 

Não perca esta chance de ampliar seus conhecimentos e se preparar para o futuro do jornalismo.

Clique aqui para se inscrever.

Como adquirir o livro?

O livro “Desafios e Saídas para o Jornalismo 4.0: do humano ao algoritmo, os novos paradigmas da mídia editorial”será vendido pelo valor de R$100,00.

Esta iniciativa faz parte do Acelera, uma plataforma que oferece conteúdos exclusivos, desenvolvidos por especialistas do mercado. Dessa forma, a plataforma vai oferecer descontos para incentivar as doações.

No site para compras, utilize os seguintes cupons:

Doe5 – paga 5 reais (95 reais de desconto)

Doe10 – paga 10 reais (90 reais de desconto)

Doe20 – paga 20 reais (80 reais de desconto)

Doe50 – paga 50 reais (50 reais de desconto)

Todos os recursos serão destinados para o Instituto Vladimir Herzog (IVH). Acesse o site para adquirir o livro: https://acelera.alright.com.br/courses/lancamento-desafios-solucoes-para-jornalismo

Nota complementar: A aquisição do livro “Desafios e Saídas para o Jornalismo 4.0” também é uma forma de contribuir para o fortalecimento do jornalismo e da democracia. Os recursos serão destinados ao Instituto Vladimir Herzog, e a iniciativa oferece cupons de desconto para incentivar ainda mais a participação de profissionais e interessados na causa. Ao adquirir o livro, os leitores não apenas aprofundam seus conhecimentos sobre o futuro do jornalismo, mas também apoiam uma instituição comprometida com a liberdade de imprensa e a qualidade da informação.

Com um conteúdo relevante e alinhado às principais discussões do setor, este lançamento faz parte da plataforma Acelera, que busca oferecer materiais de alto nível criados por especialistas do mercado. Aproveite os cupons de desconto, participe da aula gratuita com Pyr Marcondes e esteja preparado para os desafios do Jornalismo 4.0. Essa é uma oportunidade de expandir seus horizontes e contribuir para a construção de um futuro mais seguro e inovador para o jornalismo.

FENAJ

FENAJ lança Guia de 12 páginas para apoio a jornalistas em coberturas de risco

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), por meio da Secretaria de Saúde e Segurança, lançou o Guia de Proteção a Jornalistas em Coberturas de Risco, uma publicação digital que traz dicas de segurança para profissionais da mídia em cenários eleitorais, coberturas internacionais e frente às ameaças no ambiente digital.

O Guia traz dicas para coberturas de rua, ataques em ambientes virtuais/segurança digital, tipos de ataques cibernéticos, o que fazer em casos extremos e em coberturas internacionais. Ao final, os contatos dos 31 Sindicatos de Jornalistas filiados à Federação, a quem o jornalista deve sempre comunicar quando for vítima de violações e violências no exercício do seu trabalho.

Na apresentação do Guia, a explicação de que “a garantia de poder trabalhar em condições decentes e seguras é princípio básico para o bom exercício da profissão. Infelizmente, no cotidiano de nossa atividade, nos defrontamos com aqueles que desejam limitar, intimidar e barrar o trabalho jornalístico, colocando muitas vezes em risco a integridade física e psicológica dos profissionais”.

Guia da FENAJ apresenta orientações de segurança para Jornalistas

Dicas como conhecer o ambiente de trabalho, orientações sobre registro de boletins de ocorrência, importância da comunicação com redes de apoio e proteções com informações digitais são alguns dos pontos elencados.

O material orienta também sobre risco de ataques extremos envolvendo armas, violência de grupos organizados, ameaças virtuais e intimidações físicas. “Trata-se de uma publicação digital com 12 páginas, de rápida leitura, para facilitar o acesso da categoria a informações básicas de como se portar diante de ameaças ou situações de violação ao livre exercício profissional”, explica a presidente da Federação, Samira de Castro.

De acordo com o secretário de Saúde e Segurança da FENAJ, Norian Segatto, a publicação tem o objetivo de apresentar dicas básicas de proteção, que não garantem a completa integridade dos jornalistas, mas ajudam a prevenir e minimizar eventuais agressões. 

Os dirigentes sindicais reforçam que a categoria não deve naturalizar a violência sofrida. É necessário comunicar aos Sindicatos e registrar boletim de ocorrência em caso de agressões físicas, ameaças e outras violações que tenham por finalidade impedir o trabalho dos jornalistas.

Iniciativa do Guia FENAJ reforça apoio aos Jornalistas

A iniciativa da FENAJ de lançar o Guia de Proteção a Jornalistas em Coberturas de Risco chega especialmente diante do aumento das ameaças e agressões aos profissionais da mídia, tanto em ambientes físicos quanto digitais. Com as eleições se aproximando e o crescimento das tensões políticas, o material se torna ainda mais relevante para proteger a integridade daqueles que atuam na linha de frente da cobertura jornalística.

A crise global de desinformação e as pressões enfrentadas por jornalistas em coberturas eleitorais e internacionais são alguns dos pontos críticos abordados no documento, que busca preparar os profissionais para lidar com os desafios contemporâneos.

Além de ser uma ferramenta importante para orientar os jornalistas sobre medidas de segurança, o Guia reforça a necessidade de articulação com os Sindicatos de Jornalistas.

As entidades sindicais desempenham um papel essencial na defesa dos direitos da categoria, oferecendo suporte e orientação em momentos de crise. O apoio institucional é indispensável, especialmente quando as ameaças visam impedir o livre exercício do jornalismo, que é um dos pilares da democracia. 

Nota: A iniciativa da FENAJ com o lançamento do Guia de Proteção a Jornalistas em Coberturas de Risco é um importante reforço para a segurança dos profissionais que lidam diariamente com ameaças à sua integridade física e psicológica. Em um contexto de crescente polarização política e aumento das agressões, o guia torna-se uma ferramenta essencial para orientar e proteger aqueles que estão na linha de frente do jornalismo, garantindo que possam desempenhar seu papel com mais segurança.

Além disso, o guia destaca a importância da colaboração entre os jornalistas e os Sindicatos, reforçando a necessidade de registrar incidentes de violência e comunicar as violações sofridas. A proteção ao livre exercício do jornalismo é fundamental para a manutenção da democracia, e o apoio institucional é um passo decisivo para garantir que a imprensa continue atuando de forma independente e segura.

SEO

Domine o SEO Técnico: Aprimore a Performance e Segurança do Seu Site 

O curso “Domine o SEO Técnico e otimize a performance do seu site” é uma excelente oportunidade para quem busca aprimorar a presença online de seus projetos. O SEO Técnico é um dos pilares mais importantes para garantir que um site seja encontrado de forma eficaz em buscas e, ao mesmo tempo, ofereça uma navegação fluida e rápida para os usuários.

SEO: Avaliação e Melhoria da Qualidade Técnica do Site

No curso, o aluno aprenderá a avaliar a qualidade técnica de seu site, identificar falhas que possam impactar seu desempenho, e aplicar melhorias baseadas nos dados oferecidos por ferramentas como o Search Console, com foco especial nos Core Web Vitals.

Além disso, o curso ensina o aluno a realizar análises técnicas de forma independente, permitindo que ele tome decisões rápidas e assertivas para otimizar a performance e a segurança de seu site. O foco em plataformas amplamente usadas, como o WordPress, garante que o conhecimento seja relevante para uma grande variedade de profissionais.

Aprenda na Prática com o Curso de SEO Técnico

O conteúdo é estruturado de forma a atender tanto iniciantes quanto profissionais experientes, como desenvolvedores e proprietários de sites que desejam garantir que seus projetos estejam otimizados para alcançar melhores resultados nos mecanismos de busca.  

O time da Alright, com sua experiência no setor de mídia digital e aceleração de negócios, é a responsável por conduzir o curso, assegurando que os alunos terão acesso a ensinamentos atualizados e de qualidade. 

Esse curso é exclusivo para os membros da plataforma Acelera (inscrições neste link) e se destaca por sua abordagem prática, composta por videoaulas, exercícios aplicados e estudos de caso que demonstram como o SEO Técnico pode impactar diretamente o sucesso de um site.

Time Alright

Benefícios do curso de SEO exclusivo para membros da plataforma Acelera

Nota: O curso “Domine o SEO Técnico e otimize a performance do seu site” é uma excelente oportunidade para quem busca aprimorar a presença online de seus projetos. O SEO Técnico é um dos pilares mais importantes para garantir que um site seja encontrado de forma eficaz em buscas e, ao mesmo tempo, ofereça uma navegação fluida e rápida para os usuários. A crescente competitividade no ambiente digital exige que os sites não apenas tenham bom conteúdo, mas também sejam tecnicamente otimizados para garantir melhores posições nos resultados dos mecanismos de busca.

No curso, o aluno aprenderá a avaliar a qualidade técnica de seu site, identificar falhas que possam impactar seu desempenho e aplicar melhorias baseadas nos dados oferecidos por ferramentas como o Search Console, com foco especial nos Core Web Vitals. Essas métricas são essenciais para determinar a qualidade da experiência do usuário e influenciam diretamente o ranqueamento nos motores de busca. Dominar essas ferramentas oferece uma vantagem significativa para qualquer profissional que deseja melhorar a performance de seus sites.

Além disso, o curso ensina o aluno a realizar análises técnicas de forma independente, permitindo que ele tome decisões rápidas e assertivas para otimizar a performance e a segurança de seu site. O foco em plataformas amplamente usadas, como o WordPress, garante que o conhecimento seja relevante para uma grande variedade de profissionais, desde desenvolvedores até proprietários de sites que desejam garantir que seus projetos estejam otimizados para alcançar melhores resultados nos mecanismos de busca.

O conteúdo é estruturado de forma a atender tanto iniciantes quanto profissionais experientes. A proposta é cobrir aspectos fundamentais para quem está começando, ao mesmo tempo que oferece insights avançados para aqueles que já possuem experiência no mundo do SEO. Desenvolvedores, gestores de conteúdo, proprietários de pequenas empresas e até mesmo freelancers podem se beneficiar das técnicas abordadas, garantindo que seus sites estejam prontos para competir nos cenários mais desafiadores do marketing digital.

O curso aborda de maneira detalhada as principais áreas do SEO Técnico, como a otimização de velocidade de carregamento, estruturação de dados, acessibilidade e usabilidade. Esses fatores são fundamentais para melhorar o ranqueamento de um site nos mecanismos de busca, já que impactam diretamente a experiência do usuário e os critérios utilizados por algoritmos, como o Google, para classificar conteúdos. A otimização da performance técnica de um site não apenas melhora o posicionamento nas buscas, mas também reduz a taxa de rejeição e aumenta a satisfação do usuário, o que pode resultar em maior retenção de público e conversão.

Com uma abordagem prática e orientada por exemplos reais, os participantes aprenderão a utilizar ferramentas como o Google Search Console, PageSpeed Insights e Lighthouse para analisar dados técnicos de seus sites. O curso oferece ainda dicas e estratégias para corrigir problemas relacionados ao tempo de carregamento, responsividade e segurança, elementos que influenciam diretamente os Core Web Vitals, métricas essenciais para a otimização de performance. Dessa forma, o aluno é capacitado a identificar e resolver os principais problemas que afetam o desempenho de seu site, permitindo que ele se destaque em um ambiente competitivo.

Outro ponto de destaque é o suporte contínuo oferecido através da plataforma Acelera, permitindo que os alunos troquem experiências e tirem dúvidas em tempo real com profissionais do setor. Essa interação proporciona um aprendizado mais rico e colaborativo, uma vez que os alunos podem compartilhar suas próprias dificuldades e conquistas durante a aplicação dos conceitos aprendidos. A combinação de exercícios práticos e estudos de caso permite uma aplicação direta do conhecimento adquirido, proporcionando aos participantes habilidades que poderão ser imediatamente utilizadas em seus projetos, resultando em sites mais eficientes, seguros e bem posicionados nos resultados de busca.

O curso “Domine o SEO Técnico e otimize a performance do seu site” é uma iniciativa conduzida pelo time da Alright, conhecido por sua vasta experiência no setor de mídia digital e aceleração de negócios. A Alright tem como missão fornecer conteúdos de qualidade e atualizados, garantindo que os alunos estejam sempre à frente das tendências e boas práticas no universo do SEO Técnico. O foco é capacitar os participantes para que se tornem mais competitivos em seus mercados e possam melhorar a performance digital de seus projetos de forma contínua.

Esse curso é exclusivo para os membros da plataforma Acelera e se destaca por sua abordagem prática, composta por videoaulas, exercícios aplicados e estudos de caso que demonstram como o SEO Técnico pode impactar diretamente o sucesso de um site. A plataforma oferece também um ambiente colaborativo para que os alunos possam compartilhar suas experiências e aplicar imediatamente o conhecimento adquirido, gerando resultados rápidos e tangíveis.

Em resumo, o curso oferece uma combinação única de teoria e prática, voltada para garantir que os sites estejam tecnicamente preparados para enfrentar os desafios do marketing digital atual. Seja você um iniciante que busca aprender os fundamentos ou um profissional experiente que deseja aprimorar suas habilidades, o curso “Domine o SEO Técnico e otimize a performance do seu site” é a escolha ideal para quem busca resultados reais e duradouros no ambiente online.

Projor

Projor lança programa inovador para veículos jornalísticos com 11 indicadores e selo de compromisso

O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) anunciou o lançamento do Programa de Indicadores de Compromissos com o Público. A proposta do programa é avaliar os sites de notícias online presentes no Atlas da Notícia para verificar se estão em conformidade com 11 indicadores que demonstram o compromisso desses veículos com o público.

As organizações jornalísticas não precisam se inscrever para participar, mas podem atualizar seus sites seguindo um manual de melhores práticas desenvolvido pelo Projor, que detalha cada um dos indicadores e oferece sugestões de implementação.

Acesse o manual do Projor: https://www.atlas.jor.br/indicadores/ 

A primeira fase da avaliação será realizada em dois meses e envolverá cerca de 200 organizações. Os resultados serão divulgados no final de novembro de 2024, marcando o lançamento oficial do projeto.

Veículos que atenderem a pelo menos oito dos 11 indicadores receberão um selo de “veículo comprometido com o público”, indicando o número de critérios cumpridos. Além disso, cada veículo que obtiver o selo terá uma página no Atlas da Notícia, detalhando os indicadores atendidos e outras informações já presentes na base de dados do Atlas.

Segundo Sérgio Lüdtke, presidente do Projor e coordenador do Atlas da Notícia, “o jornalismo deve ter um compromisso de lealdade com seu público, pois é essa percepção de comprometimento que constrói relações de confiança entre cidadãos e veículos de comunicação. A confiança é a base sólida que permite às organizações enfrentar o desafio da sustentabilidade.”

Projor anuncia financiamento do programa

O Programa de Indicadores de Compromissos com o Público conta com financiamento da Google News Initiative.

Os indicadores foram definidos por membros do Projor e revisados por associações representativas do setor jornalístico. O programa analisará a presença dos seguintes itens nos sites de notícias:

1. Expediente

2. Princípios editoriais

3. Política de correção de erros

4. Afiliação a associações de jornalismo

5. Acesso aos profissionais da redação

6. Propriedade do veículo

7. Identificação de conteúdos patrocinados

8. Transparência de financiamento

9. Identificação de autoria

10. Política de privacidade

11. Acessibilidade

Projor e o Atlas da Notícia

O Atlas da Notícia, inspirado no projeto America’s Growing News Desert da Columbia Journalism Review, já está em sua sexta edição e mapeia anualmente as publicações jornalísticas no Brasil, destacando os desertos de notícias — regiões sem fontes de notícias locais.

Inicialmente patrocinado pelo Meta Journalism Project, com apoio da Intercom e da Abraji, o Atlas hoje é financiado pela Google News Initiative e se dedica também à análise qualitativa dos dados coletados, avaliando a cobertura jornalística e as tendências da migração para o meio digital.

Nota: Ao fornecer orientações claras e objetivas, o manual estabelece 11 indicadores que ajudam a garantir maior transparência, responsabilidade e ética nas redações de veículos de comunicação online. Esses indicadores, que abrangem desde a identificação de autoria até a política de privacidade, foram cuidadosamente elaborados para oferecer uma base sólida e confiável para os sites de notícias se adaptarem às melhores práticas do mercado jornalístico atual.

Através dessa ferramenta, os veículos de comunicação têm a oportunidade de se destacar no cenário digital, promovendo uma relação de confiança com o público. Esse selo não apenas reforça a credibilidade do veículo perante a sociedade, como também valoriza a marca e contribui para um ecossistema de mídia mais transparente e sustentável.

Ao adotar os princípios propostos pelo Manual de Melhores Práticas, os sites de notícias podem demonstrar claramente seu compromisso com a verdade, a clareza nas informações e o respeito ao público, o que é essencial para enfrentar os desafios contemporâneos no setor de comunicação. Em tempos de desinformação e notícias falsas, iniciativas como essa são vitais para garantir que o jornalismo continue sendo uma fonte confiável de informação e um pilar da democracia. Assim, o Projor se coloca como um agente ativo na transformação e qualificação do jornalismo brasileiro.

Poynter Summit

Poynter Summit: 6 Principais Pontos do Relatório sobre IA, Ética e Jornalismo

O Relatório do Poynter Summit sobre IA, Ética e Jornalismo traz uma reflexão essencial sobre a interseção entre tecnologia e práticas jornalísticas, abordando os desafios e as oportunidades trazidas pela inteligência artificial (IA) no setor.

O Relatório do Poynter Summit sobre IA, Ética e Jornalismo

Reunindo mais de 40 especialistas em junho deste ano, entre líderes de redações, tecnólogos e jornalistas, o evento teve como foco central discutir as implicações éticas do uso da IA, assim como as preocupações crescentes do público em torno da transparência, privacidade de dados e confiança.

Estiveram presentes representantes da Associated Press, Washington Post, Gannett, Invisible Institute, Hearst, McClatchy, Axios e Adams, juntamente com OpenAI, Online News Association, American Press Institute, Northwestern University e outros.

A partir das discussões, surgiram diretrizes e propostas para guiar o desenvolvimento responsável de ferramentas de IA no campo jornalístico.

IA, Ética e Jornalismo: Principais Pontos do Poynter Summit

A seguir, trago os principais pontos. O relatório do Poynter Summit completo, em inglês, pode ser acessado aqui.

1. Convergência de IA e Jornalismo: O Summit reuniu mais de 40 líderes de redações, tecnólogos e jornalistas para discutir o uso de inteligência artificial (IA) generativa no jornalismo, especialmente em um contexto de preocupações éticas e confiança do público.

2. Preocupações do Público com a IA:

Ansiedade e Desconfiança: Existe uma significativa ansiedade e desconfiança entre o público em relação ao uso de IA no jornalismo, agravadas por preocupações com segurança no emprego e motivos por trás do uso da IA.

Desejo por Transparência: O público quer saber quando e como a IA é usada na produção de notícias, exigindo divulgações claras para evitar fadiga de rótulos e manter a confiança.

Preocupações com Privacidade de Dados: A privacidade dos dados é uma preocupação importante, muitas vezes negligenciada, que precisa ser abordada no desenvolvimento de ferramentas de IA em redações.

3. Necessidade de Diretrizes Éticas:

Diretrizes de Ética Atualizadas: O Summit teve como objetivo atualizar o guia de ética de IA do Poynter para redações com insights de jornalistas, editores, gerentes de produto e tecnólogos.

Princípios de Desenvolvimento Ético de Produtos de IA: Foram delineados princípios para o desenvolvimento de produtos de IA que priorizam a confiança e o serviço ao público.

4. Experimentos e Feedback Contínuos:

Envolvimento do Público: É essencial o feedback contínuo e o envolvimento do público no processo de desenvolvimento da IA para criar produtos de notícias relevantes e confiáveis.

Educação sobre IA: Investir em iniciativas de alfabetização em IA para ajudar jornalistas e o público a entenderem as capacidades e limitações da IA.

5. Hackathon e Propostas de Ferramentas de IA: Durante o evento, foi realizado um hackathon para criar soluções baseadas em IA, focadas na confiança do público e na ética jornalística. Entre as propostas estavam ferramentas para otimização de fluxos de trabalho, criação de conteúdo e interações com o público.

6. Princípios de Desenvolvimento Ético de Produtos de IA:

Transparência, padrões éticos e políticas, prestação de contas, mitigação de preconceitos, privacidade e segurança de dados, serviço ao público, supervisão humana, educação em IA e sustentabilidade.

O Poynter Summit enfatizou a importância de integrar a ética ao design de ferramentas de IA, promovendo a transparência, o envolvimento do público e a educação contínua como pilares fundamentais para o uso responsável de IA no jornalismo.

Poynter Summit: A Importância de Integrar IA, Ética e Jornalismo

Como conclusão, o Relatório do Poynter Summit reforça a necessidade urgente de integrar a ética no desenvolvimento de tecnologias emergentes, como a IA, no jornalismo. As diretrizes propostas visam não apenas garantir a transparência e a confiança do público, mas também assegurar que as redações mantenham um compromisso com a privacidade de dados e a integridade jornalística, adaptando-se de forma responsável às inovações tecnológicas.

Oásis de Notícias

Assine o Manifesto em Defesa dos Oásis de Notícias

Nesta edição especial da Aurora News, apresentamos o “Manifesto em Defesa dos Oásis de Notícias” . A iniciativa tem como objetivo chamar a atenção das autoridades e da sociedade para a crescente crise provocada pela existência dos chamados desertos de notícias no território nacional, regiões onde a ausência de jornalismo local compromete o acesso à informação e, por consequência, a qualidade da democracia. 

Uma rede de jornalistas, comunicadores e empreendedores vinculados a veículos de notícias de todo o Brasil iniciaram um movimento para defender o direito à informação para as comunidades brasileiras. 

A articulação do movimento se fortaleceu. De 19 a 23 de agosto de 2024, representantes de organizações de notícias de todas as regiões do Brasil estiveram em Brasília, com o objetivo de afirmar para o país e aos representantes dos poderes federais, o impacto do setor, demonstrar a capacidade de articulação e relevância.

No Alright Summit, mais de 3.000 espectadores (entre as atividades presenciais e online) reafirmaram a força do jornalismo local brasileiro.

A Alright tem uma rede de veículos de notícias que reúne mais de 450 veículos de jornalismo local no Brasil. 

Uma petição online está aberta para assinaturas, com a expectativa de mobilizar milhares de pessoas em todo o país para pressionar as autoridades e garantir que o jornalismo regional alcance apoio, reconhecimento e incentivos junto às políticas públicas. 

Você pode ser parte desse movimento!

Acesse ao clicar aqui.

Manifesto em Defesa dos Oásis de Notícias

1. A Crise dos Desertos de Notícias no Brasil 

Desertos de Notícias são sintomas de disfunção na prática ao direito de acesso a livre informação. Populações desertificadas de jornalismo local sofrem e são vítimas desse mal, de resto e em suma, uma ferida na Democracia nas regiões mais arteriais da Nação.

Segundo o Atlas da Notícia, produzido pelo Projor – Instituto pelo Desenvolvimento do Jornalismo, cujas periódicas versões anuais atualizam o País sobre esse mapa da desinformação nativa, cerca de 2.707 dos 5.568 municípios brasileiros são Desertos de Notícia.

2. Os Oásis de Notícia

Somos os Oásis de Notícia.

Oásis de Notícia são conteúdos editoriais brotando produtivamente nesse árido cenário.

O mesmo Atlas da Notícia elencou 5.245 veículos digitais e 4.836 rádios produzindo notícias e representando 70% dos veículos mapeados em 2023.

Esses números demonstram o impacto social e econômico dessa nossa atividade. Somos pequenos e médios veículos comprometidos com a promoção da transparência e da cidadania, em regiões nem sempre cobertas pelos grandes grupos de comunicação.

Produzimos diariamente jornalismo profissional e de credibilidade. Somos o retrato mais fidedigno das realidades locais nas diversas regiões do País. Somos seu espelho e sua voz.

Nossa missão é combater a desinformação e democratizar o acesso a conteúdos editoriais confiáveis e relevantes.

3. A força e o poder em Rede

De 19 a 23 de agosto de 2024, reunimos representantes de organizações de notícias de todas as regiões do Brasil em Brasília, com o objetivo de tangibilizar para o País e aos representantes dos poderes federais, a nossa força e nosso próprio poder. Demonstrar nossa capacidade de articulação e nossa relevância.

O evento, organizado pela startup de mídia Alright, atraiu mais de 3.000 espectadores, reafirmando a força do jornalismo regional brasileiro.

Articulados em rede e com apoio de entidades representativas como ANER, AJOR, ABRAJI e PROJOR, estamos prontos para combater a desinformação e promover a verdade.

4. Contra o desvio técnico de Mídia 

Mídia é uma atividade de comunicação fundamentada e com bases em dados e análises técnicas.

Essa é a premissa no âmbito dos investimentos privados, mas particularmente no trato das verbas públicas, ao fim, fruto do contribuinte, todos nós.

No entanto:

– Apesar da cobertura estratificada e abrangente da nossa produção jornalística;

– Apesar da penetração extremamente granular e única de nossos veículos;

– Apesar da proximidade e profunda identificação com nossas audiências e nossa inequívoca preferência por parte delas face aos veículos não locais …

Vimos a público manifestar nosso desacordo com a prática, a nossa ver, em desalinho com parâmetros técnicos e contextuais de alocação das verbas públicas federais de mídia.

5. Pela democratização da verba, em prol da democratização da informação 

Neste Manifesto, os Oásis de Notícia pleiteiam:

1. Defesa e reconhecimento por parte dos órgãos e instâncias técnicas representativas do Governo Federal da relevância de mídia dos veículos locais e regionais;

2. Investimento tecnicamente democratizado das verbas de mídia por parte desses mesmos órgãos e instâncias nacionais;

3. Utilização das plataformas locais e regionais para divulgação certamente de alta eficácia das campanhas de políticas e programas públicos;

4. Criação de um Fundo Público de Fomento para estímulo e suporte ao desenvolvimento da mídia profissional local e regional, com regras claras e baseadas em indicadores de compromisso com o bem público e os cidadãos/audiência dessas áreas do País.

5. Pelo Futuro do Jornalismo Regional e da Democracia 

Defendemos o fortalecimento do jornalismo local e da indústria regional de notícias como um pilar essencial para a democracia brasileira.

Com orgulho e determinação, desafiaremos os Desertos de Notícia.

Somos os Oásis de Notícias e continuaremos a lutar pela verdade, pela informação livre e pelo fortalecimento da nossa Democracia.

ASSINE AGORA O MANIFESTO EM DEFESA DOS OÁSIS DE NOTÍCIAS

Framework Prompts ChatGPT

Framework e Prompt para ChatGPT: Potencialize a Criação de Conteúdo Jornalístico

Neste guia, quero te apresentar frameworks eficazes de prompts para o ChatGPT, especialmente adaptados para jornalistas e produtores de conteúdo. Esses frameworks ajudam a estruturar suas solicitações de maneira clara e estratégica, permitindo que você extraia o máximo de valor da ferramenta. Com eles, você pode criar conteúdos mais direcionados, investigar temas complexos e otimizar suas estratégias de comunicação, garantindo que suas mensagens atinjam o público certo com maior impacto.

Framework R-T-F

Atue como [ROLE]

Crie uma [TASK]

Mostre como [FORMAT]

Exemplo de Prompt:

Editor de conteúdo digital.Desenvolva uma série de artigos investigativos sobre o impacto das fake news nas eleições municipais. Crie um plano de conteúdo que inclua uma análise detalhada de fontes, entrevistas com especialistas e um cronograma para publicação.

Framework T-A-G

Defina [TASK]

Declare a [ACTION]

Esclareça o [GOAL]

Exemplo de Prompt:

A tarefa é revisar a performance das campanhas de mídia social. Atue como estrategista de conteúdo e identifique quais tipos de postagens geram mais engajamento. O objetivo é otimizar a estratégia para aumentar o engajamento em 30% no próximo trimestre.

Framework B-A-B

Explique o Problema [BEFORE]

Declare o Resultado [AFTER]

Peça a [BRIDGE]

Exemplo de Prompt:

Estamos enfrentando baixa taxa de abertura nos nossos boletins informativos. Queremos aumentar a taxa de abertura para 25% nos próximos 60 dias. Desenvolva um plano de otimização que inclua testes A/B, segmentação avançada e novos títulos de e-mail.

Framework C-A-R-E

Dê o [CONTEXT]

Descreva a [ACTION]

Esclareça o [RESULT]

Dê o [EXAMPLE]

Exemplo de Prompt:

Estamos lançando um novo portal de notícias voltado para jornalismo independente. Você pode ajudar a criar uma estratégia de conteúdo que atraia leitores preocupados com transparência e ética? Nosso resultado desejado é construir uma base fiel de leitores e aumentar o tempo de permanência no site. Um bom exemplo é a estratégia do The Guardian, que tem focado em reportagens aprofundadas e em um modelo de financiamento voluntário.

Framework R-I-S-E

Especifique o [ROLE]

Descreva o [INPUT]

Peça os [STEPS]

Descreva a [EXPECTATION]

Exemplo de Prompt:

Imagine que você é um repórter investigativo. Reuni dados sobre a relação entre o aumento do desmatamento e o financiamento de campanhas políticas. Forneça um plano de investigação detalhado, incluindo possíveis fontes, perguntas-chave e uma abordagem ética para a reportagem. O objetivo é publicar uma série de artigos que exponham as conexões e contribuam para o debate público sobre transparência política.

Os frameworks de prompts que você acabou de conhecer são ferramentas poderosas para jornalistas e produtores de conteúdo. Ao aplicá-los, você poderá orientar o ChatGPT de forma mais precisa, gerando insights valiosos e conteúdos relevantes que atendem às necessidades do seu público. Lembre-se de ajustar os exemplos para o seu contexto específico e explorar as diversas possibilidades que esses frameworks oferecem. Com prática e criatividade, você poderá elevar a qualidade do seu trabalho e alcançar resultados ainda melhores.

Nota: No cenário atual, onde a produção de conteúdo digital se torna cada vez mais acelerada e estratégica, o uso de ferramentas como o ChatGPT pode ser um grande diferencial para jornalistas e produtores de conteúdo. No entanto, para obter resultados eficazes e direcionados, é necessário mais do que simplesmente fazer perguntas aleatórias. Frameworks de prompts surgem como uma solução prática para otimizar as interações com a inteligência artificial, oferecendo uma estrutura que facilita a geração de ideias e o desenvolvimento de estratégias assertivas.

Este guia apresenta uma série de frameworks especialmente desenhados para profissionais da comunicação, como jornalistas e criadores de conteúdo. Cada framework tem como objetivo organizar a formulação de solicitações ao ChatGPT, tornando-as mais claras e objetivas. Dessa forma, é possível maximizar o potencial da ferramenta, seja para investigar temas complexos, planejar conteúdos ou aprimorar campanhas de mídia. Ao explorar esses frameworks, você poderá adaptar as solicitações à sua realidade, alcançando um impacto maior e garantindo que seu conteúdo se conecte de forma mais eficiente com o público.

Negócio

Jornalistas sabem pouco do negócio do jornalismo  

Uma parte não se importa, porque não é sua obrigação saber. Outros simplesmente não se interessam. Outros admitem não terem a qualificação necessária. Infelizmente para os próprios jornalistas, apenas muito poucos sabem e se interessam pelo assunto.

E o assunto é o negócio do jornalismo, sem o qual os jornalistas não existiriam, porque não teriam onde trabalhar.

Não se exige que um médico saiba administrar um hospital. Não se exige que um operário saiba das finanças da sua fábrica. Não se exige de um engenheiro que domine a rentabilidade ou não da obra que executa. De fato, não se exige. E de fato, não é nem necessário, nem indispensável.

É apenas uma decisão pessoal, profissional e, no fim da história, de vida mesmo. Cada um faz a sua. E se conforta ou se responsabiliza por ela.

Não saber sobre o negócio do jornalismo pode ser, na real, um bálsamo para jornalistas. Principalmente hoje, quando as empresas que os (as) empregam, enfrentam o maior desafio de sobrevivência da história do jornalismo. Melhor deixar para os gestores, enquanto eu fico aqui no meu canto tocando a minha pauta.

É uma opção. Como eu disse, pessoal e de cada um.

Mas não é uma falta de opção. Quer dizer: se quiserem e se se mobilizarem, jornalistas podem, sim, e perfeitamente, entender e conhecer mais do negócio do jornalismo.

Como depoimento estritamente pessoal, decidi entender. Se precisar, sei, sim, gerir uma empresa e um negócio jornalístico. Decidi saber.

E sempre como um depoimento pessoal, não colhi nada ruim por isso. Na verdade, essa decisão mudou minha vida. Ah … para muuuuito melhor.

Jornalistas em geral, de fato, não parecem ter nascido para gestores de negócios. Assim como muitos advogados, engenheiros e médicos.

Talvez a diferença entre essas profissões e a de jornalista esteja, hoje, no fato de que elas não estão sendo ameaçadas de extinção. A do jornalista, infelizmente, está.

Reportagem emblemática sobre o tema é esta publicada pelo site de defesa do jornalismo (e, consequentemente, do negócio do jornalismo) Nieman Lab, assinada por Sarah Scire, deputy editor do site.

Conta a história do jornal local Salt Lake Tribune, de Salt Lake City, EUA, que se tornou lucrativo depois de ter aberto suas contas publicamente e passar a receber doações como origem de receita, acabando com o paywall.

A história de virada do modelo de negócios deles eu conto outra hora. Destaco agora apenas trechos sobre meu tema aqui, jornalistas e o negócio do jornalismo.

Diz Sarah: “As organizações de notícias historicamente buscaram manter uma separação rígida entre as operações comerciais e editoriais para proteger a independência das redações, e já se disse — talvez não injustamente — que os jornalistas não sabem muito sobre o negócio das notícias. No entanto, há sinais de que isso está mudando, e os repórteres não deixaram de perceber que mais de dois terços dos empregos em jornais desapareceram desde 2005 ou que os veículos de notícias locais foram particularmente afetados”.

Já não era sem tempo, diria eu. A preocupação com o tema, quero dizer.

Andy Larsen, repórter de esportes da publicação, que um dia se manteve propositalmente à parte da saúde (ou doença) financeira da editora que paga suas contas, um dia se aproximou mais do departamento comercial do Salt Lake Tribune, e isso o fez mudar de postura. E de entendimento sobre o business.

“Isso levou a uma conversa sobre quanto ganhamos com receita de anúncios digitais no geral, em comparação com patrocínios e doações, o que, por sua vez, levou a discussões sobre todo o resto. Fiquei bastante surpreso e impressionado com a transparência deles em relação a tudo ao longo de horas de conversa, o que me levou a perguntar sobre tornar esses mesmos números públicos e se eu poderia ajudar com o projeto.”

Aí teve início a mudança do modelo de negócio da empresa toda.

Mas segue ele: “Uma barreira entre o negócio e a área editorial é essencial para a integridade do produto, na minha opinião. Por outro lado, essa barreira também pode ser limitante quando se trata de confiança entre os dois grupos — francamente, acho que alguns dos nossos próprios escritores, incluindo eu mesmo, simplesmente assumiam que nosso negócio estava em uma situação pior do que realmente estava, apenas por estarmos operando no setor de jornais em 2024. Uma maneira de compartilhar as informações com a equipe sem romper essa barreira foi abrir os financials da empresa para todos”.

A preocupação de Larsen com os negócios da sua companhia foi libertária. Para ele, para os jornalistas, para o comercial e para os donos do jornal.

Larsen talvez possa servir de inspiração para outros coleguinhas de profissão.

Da minha parte, pedi para uma das principais ameaças a este ofício, o ChatGPT (mais especificamente, a Inteligência Artificial Generativa), para me ajudar a fazer uma lista de desvantagens e vantagens do jornalista entender do negócio do qual retira (por enquanto) sua sobrevivência, o negócio do jornalismo. Ele foi solidário com a categoria escrevendo algumas, e eu, escrevendo outras.

Ah, não quero deixar qualquer dúvida sobre a intenção deste artigo: tirar o sono, de hoje em diante, dos (das) jornalistas que ignoram o negócio do jornalismo.

Se conseguir isso, serei um jornalista mais feliz na minha preocupação. Que não deveria ser só minha. E dormirei em paz. Ao menos com minha consciência.

5 Desvantagens de Não Conhecer o Negócio do Jornalismo

  1. Perda de Relevância Profissional: Sem compreender como o negócio funciona, os jornalistas correm o risco de se tornarem obsoletos ou menos valiosos para empregadores e para o mercado.
  1. Menor Poder de Negociação: O desconhecimento do modelo de receita, custos e fluxos financeiros limita a capacidade de negociar salários, contratos e condições de trabalho mais justas.
  1. Dependência da Tecnologia: A falta de entendimento do impacto de ferramentas como a GenAI leva à dependência passiva dessas tecnologias, em vez de usá-las estrategicamente para agregar valor.
  1. Falta de Adaptação ao Mercado: Desconhecer as tendências do mercado, como mudanças no consumo de mídia, pode resultar em falta de adaptação e perda de oportunidades.
  1. Risco de Redução de Empregos: O desconhecimento das ameaças e oportunidades do negócio limita a capacidade de inovar e proteger sua função dentro do setor.

5 Vantagens de Saber Mais Sobre o Negócio do Jornalismo

  1. Capacidade de Inovação: Conhecer o mercado permite criar novas formas de gerar receita e alcançar audiência, fortalecendo o jornalismo como profissão.
  1. Empoderamento Profissional: Entender o negócio aumenta a capacidade de negociação e tomada de decisões, proporcionando mais controle sobre a carreira.
  1. Uso Estratégico da Tecnologia: Compreender o impacto de ferramentas como a GenAI ajuda a usá-las como aliadas para otimizar processos e ampliar a produção jornalística.
  1. Maior Relevância e Empregabilidade: Profissionais bem informados são mais valorizados no mercado, pois entendem não apenas como produzir conteúdo, mas como torná-lo lucrativo e sustentável.
  1. Contribuição para a Sustentabilidade do Setor: Saber como o jornalismo se sustenta economicamente permite contribuir para a criação de modelos mais resilientes e sustentáveis, garantindo o futuro da profissão.

Você, jornalista que me lê, pode continuar perfeitamente no seu canto, tocando a sua pauta.

Como insisti ao longo deste artigo, a opção é sua.

(*) Abaixo, lista de cursos para jornalistas aprenderem mais sobre o negócio do jornalismo.

(*) Apenas busquei na internet. Não afianço ou desacredito em nenhum deles, porque simplesmente não os conheço. Cito as fontes da busca ao lado de cada curso.

  1. Insper – Jornalismo Empreendedor

   – Oferece cursos e workshops para jornalistas que desejam aprender sobre empreendedorismo, modelos de negócios, inovação e sustentabilidade financeira no jornalismo.

   – Site: Insper

  1. Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo

   – Oferece diversos cursos e oficinas sobre jornalismo de dados, cobertura política, e também sobre sustentabilidade e modelos de negócio para veículos de mídia.

   – Site: Abraji

  1. Curso de Gestão e Empreendedorismo em Jornalismo – Escola de Comunicação da UFRJ

   – Oferece disciplinas voltadas para gestão de negócios jornalísticos, inovações no setor, e uso de novas tecnologias no jornalismo.

   – Site: ECO UFRJ

  1. Centro Knight para o Jornalismo nas Américas – Universidade do Texas em Austin

   – Oferece cursos online em português sobre temas como modelos de negócios para o jornalismo digital, jornalismo de dados, entre outros.

   – Site: Centro Knight

  1. Columbia Journalism School – MBA Dual Degree Program

   – Programa de dupla graduação que combina MBA e Mestrado em Jornalismo para capacitar jornalistas em gestão de negócios de mídia.

   – Site: Columbia Journalism School

  1. Reuters Institute for the Study of Journalism – University of Oxford

   – Oferece programas curtos de desenvolvimento para jornalistas focados em inovação, modelos de negócios e sustentabilidade na mídia.

   – Site: Reuters Institute

  1. Craig Newmark Graduate School of Journalism – City University of New York (CUNY)

   – Programa de Mestrado em Empreendedorismo de Notícias que ensina sobre startups de mídia, modelos de negócios e monetização de conteúdo.

   – Site: CUNY Journalism

  1. Poynter Institute – Leadership Academy for Women in Media

   – Oferece programas e workshops focados em liderança, gestão de redação e inovação nos negócios de mídia.

   – Site: Poynter Institute

  1. European Journalism Centre (EJC)

   – Oferece cursos online gratuitos e pagos em parceria com plataformas como Coursera e edX, abordando sustentabilidade financeira, inovação e desenvolvimento de produtos no jornalismo.

   – Site: European Journalism Centre 

(*) Disclaimer: Todos os textos assinados por mim são de minha exclusiva responsabilidade e não representam necessariamente a opinião da Aurora News.

Eleições

Eleições: Projeto Comprova oferece 3 importantes recursos gratuitos para jornalistas

O Projeto Comprova, uma iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e que reúne jornalistas de 42 veículos de comunicação brasileiros para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos sobre políticas públicas e eleições compartilhados em redes sociais, está liberando um pacote de recursos para apoiar o trabalho de jornalistas que fazem a cobertura das eleições municipais em 2024. Este ano, o Comprova, com financiamento pela Google News Initiative, recebeu recursos de Meta e Whatsapp.

Desde o dia 5 de setembro os profissionais de qualquer veículo noticioso brasileiro que acessarem o chatbot do Comprova no WhatsApp terão acesso a três recursos criados para apoiar a investigação de conteúdos suspeitos relacionados às eleições municipais. 

Recursos para apoio do trabalho jornalístico nas Eleições

1º recurso para as Eleições – O primeiro recurso é uma caixa de ferramentas com dezenas de aplicações digitais disponíveis na web e que podem ser usadas para verificações de conteúdos de texto, áudio e imagens, busca, monitoramento de redes sociais, documentação, geolocalização e rastreamento. A maioria delas é de uso gratuito.

2º recurso para as Eleições – O segundo é o manual “Inteligência Artificial: o básico para jornalistas”, um guia que mostra o potencial de IA, principalmente a generativa, para o jornalismo e para a produção de conteúdos de desinformação e deepfakes, as ferramentas disponíveis para produção e para detecção de uso de IA na criação, e a legislação do TSE para a IA nas eleições de 2024.

3º recurso para as Eleições – O terceiro recurso é para jornalistas que necessitarem de orientações para iniciar ou avançar em uma investigação de um conteúdo suspeito ou sabidamente falso sobre a eleição em sua cidade, que poderão agendar uma sessão de mentoria gratuita com um profissional experiente do Comprova. Cada sessão terá duração de até 20 minutos e o projeto prevê oferecer até 500 sessões de mentoria para jornalistas de veículos que não fazem parte do Comprova.

“O Comprova já é a maior coalizão do mundo no combate à desinformação, mas com a iniciativa do pacote de recursos, chegaremos a mais jornalistas e veículos de comunicação, com capilaridade e uma presença efetiva na cobertura das eleições em muitos mais municípios, prestando um serviço para o voto bem informado e para a população”, afirma Katia Brembatti, presidente da Abraji.

A Abraji também apoia a reedição do Manual de jornalismo local lançado pelo Projor, uma extensa biblioteca de conteúdos de apoio ao jornalismo local nas eleições, desde uso de dados municipais, legislação e até sugestões de perguntas para serem feitas aos candidatos.

Nota: Esses novos recursos do Projeto Comprova demonstram um esforço estratégico para empoderar jornalistas em um cenário de alta desinformação, especialmente em um período crítico como as eleições municipais. O acesso a ferramentas digitais que auxiliam na verificação de informações, além de um manual sobre inteligência artificial, proporciona aos profissionais de imprensa as habilidades necessárias para lidar com os desafios tecnológicos e informacionais de 2024. Com o financiamento de gigantes da tecnologia como Google, Meta e WhatsApp, o Comprova fortalece seu papel de liderança no combate à desinformação, ampliando seu alcance e impacto em diversas regiões do país.

Além das ferramentas tecnológicas e do manual sobre IA, a oferta de sessões de mentoria gratuita é uma iniciativa inovadora e necessária, especialmente para jornalistas que trabalham em veículos menores e enfrentam limitações de recursos. Ao promover a troca de experiências e o suporte direto com especialistas em fact-checking, o Comprova não só apoia a qualificação dos profissionais, mas também contribui diretamente para uma cobertura eleitoral mais responsável e esclarecedora. A colaboração com a Abraji e o Projor reforça ainda mais a importância do jornalismo local na garantia de um voto consciente, tornando esses recursos essenciais para uma cobertura jornalística mais efetiva e alinhada aos princípios de transparência e veracidade.

Wordpress

WordPress: Domine e Impulsione seu Negócio Local

WordPress, a plataforma de criação de sites mais popular do mundo, oferece uma maneira acessível e eficiente para criar e gerenciar sites, mesmo sem conhecimentos técnicos avançados. As oportunidades que essa plataforma oferece para veículos locais são inúmeras.

Domine o WordPress e Crie Sites Profissionais para Negócios Locais

Além de simplificar a criação e gestão de sites, o WordPress é uma ferramenta versátil amplamente utilizada, reconhecida e confiável. A personalização oferecida pelo WordPress permite que você adapte seu site de acordo com as necessidades do seu negócio, podendo ser utilizado por iniciantes e profissionais mais experientes.

Pensando nisso, o curso “WordPress – Como Criar Sites e Landing Pages Para Negócios Locais” é uma indicação para quem busca um aprendizado focado em todos os aspectos necessários para construir um site profissional, desde a instalação até a personalização e publicação de conteúdo.

Como Dominar a Personalização de Temas no WordPress

Essa capacitação inicia com a introdução aos fundamentos do WordPress, ensinando a instalação e configuração da plataforma de forma clara e prática. A seguir, os participantes aprenderão a personalizar temas e instalar plugins essenciais, permitindo que adaptem seus sites às necessidades específicas de seus negócios. A criação de páginas e categorias é abordada detalhadamente, garantindo que o conteúdo seja estruturado de maneira eficaz. Finalmente, o curso orienta sobre a publicação do primeiro conteúdo, fornecendo um passo a passo para garantir que tudo esteja pronto para ser visualizado online.

Pequenos empreendedores que buscam expandir sua presença online, criadores de conteúdo que desejam compartilhar suas ideias, e profissionais de marketing digital que desejam aprimorar suas competências, são contemplados com esse aprendizado.

São especialistas que atuam como agentes de transformação e aceleração de negócios digitais à frente dessa oportunidade que está disponível na plataforma Acelera. Conheça agora. 

Nota: o curso “WordPress – Como Criar Sites e Landing Pages Para Negócios Locais” não só capacita os participantes a desenvolver sites profissionais, mas também os prepara para se destacarem em um ambiente digital cada vez mais competitivo. Com uma abordagem prática, o curso cobre todas as etapas essenciais, desde a escolha e personalização de temas até o uso de plugins que aumentam a funcionalidade do site. Para empreendedores locais, essa formação oferece a oportunidade de criar uma presença online forte, fundamental para alcançar novos públicos e fortalecer sua marca.

Além disso, o curso é ideal para quem deseja otimizar a gestão de conteúdo e melhorar a interação com o público. A capacidade de personalização do WordPress permite que os participantes criem sites totalmente adaptados às suas necessidades, com funcionalidades como integração de e-commerce, criação de blogs ou portfólios e otimização para motores de busca. A plataforma Acelera, onde o curso é oferecido, conecta esses empreendedores e profissionais com especialistas, proporcionando uma jornada de aprendizado que acelera o crescimento dos negócios digitais e facilita o alcance de novos objetivos.

Ao final do curso, os participantes estarão aptos a não apenas construir sites e landing pages, mas também a entender como usar o WordPress como uma ferramenta estratégica para impulsionar seus negócios locais. Eles aprenderão a gerenciar atualizações, implementar práticas de SEO e utilizar recursos de análise para monitorar o desempenho do site, garantindo que ele esteja sempre otimizado e alinhado com os objetivos de crescimento. O conhecimento adquirido permite uma maior autonomia na gestão do site, reduzindo a dependência de desenvolvedores e otimizando o tempo e os recursos investidos.

Com o WordPress, a escalabilidade também é um fator importante: conforme o negócio cresce, o site pode evoluir facilmente para incluir novas funcionalidades, como integração com sistemas de pagamento, chatbots para atendimento ao cliente e muito mais. Essa flexibilidade é um grande diferencial para empreendedores que desejam expandir sua atuação digital sem precisar começar do zero. Ao concluir o curso, os participantes estarão prontos para transformar seus sites em ferramentas poderosas de atração e conversão, ajudando a solidificar a presença de seus negócios no ambiente online.

Wordpress

Acelera: uma plataforma que tem o ritmo do crescimento da sua jornada no digital

Em um mundo cada vez mais digitalizado, a capacidade de adaptação e inovação é essencial para qualquer profissional ou empresa que deseje se manter relevante.

O mercado de comunicação, em particular, enfrenta desafios constantes que exigem soluções rápidas e eficientes.

É nesse cenário que a Alright apresenta o Acelera, uma plataforma criada para transformar as estratégias de monetização de negócios digitais e de iniciativas de produtores de conteúdo.

A plataforma vai funcionar como um hub de soluções, onde além dos cursos, os profissionais poderão encontrar dicas de ferramentas importantes para a estruturação de seus canais de comunicação, serviços que podem ser contratados para ajudar no processo de crescimento, além de workshops e treinamentos oferecidos por parceiros selecionados.

O objetivo é que essas soluções ajudem todo tipo de veículos de comunicação, desde aquele que está começando seu negócio e tem pouco poder de investimento, até os grandes veículos que precisam se aprofundar e de ajuda mais avançada.

A Alright criou a plataforma Acelera para atuar como guia nessa jornada de aceleração. Todo mês haverá novidades programadas, com lançamento de novos cursos, treinamentos e dicas de ferramentas e serviços.

Os interessados podem utilizar a plataforma de duas maneiras, adquirindo uma assinatura e se tornando membros do Acelera para acessar conteúdos exclusivos e obterem condições especiais em produtos e eventos ou adquirindo serviços no marketplace, cursos avulsos de parceiros na nossa área de educação ou navegando pelas dicas em nossa biblioteca de ferramentas.

A apresentação do Acelera durante o Alright Summit destacou sua relevância em um momento em que a transformação digital dos veículos de comunicação não é mais uma escolha, mas uma necessidade.

Durante o painel “Transformação Digital dos Veículos de Comunicação”, especialistas como Almir Rizzatto, Leandro Vieira, Marta Alencar e Tatto de Castro discutiram os desafios e as oportunidades que a digitalização traz para o setor.

A partir de agora teremos essa seção especial na Aurora News. Por aqui, vamos trazer um panorâma das ferramentas e suportes que você encontrará com mais profundidade no Acelera, além de dicas e benefícios para sua jornada no mundo da comunicação digital.

Fica aqui o convite para ler, aprender, indicar para outros profissionais e elevar sua experiência com negócios digitais na comunicação para um próximo nível. Esse nível você encontra no Acelera. 

Time Alright

Nota: a plataforma Acelera representa uma resposta inovadora aos desafios enfrentados no mercado de comunicação, oferecendo uma abordagem holística para a transformação digital.

Ao reunir uma variedade de cursos, workshops e dicas de ferramentas em um único hub, a Alright proporciona um ambiente onde tanto iniciantes quanto profissionais experientes podem encontrar recursos que atendem às suas necessidades específicas.

Essa flexibilidade é fundamental, pois permite que os usuários adaptem seu aprendizado e crescimento de acordo com o estágio em que se encontram, seja começando um novo projeto ou aprimorando estratégias já existentes.

Além disso, a contínua atualização da plataforma, com novos conteúdos e serviços a cada mês, garante que os profissionais se mantenham informados sobre as últimas tendências e práticas do mercado.

O Acelera não apenas educa, mas também conecta os usuários a uma rede de especialistas e parceiros, promovendo um ecossistema colaborativo que estimula a inovação e o compartilhamento de conhecimentos.

Ao integrar essas ferramentas e oportunidades, a Alright convida todos a embarcarem em uma jornada de evolução e sucesso no dinâmico universo da comunicação digital, elevando suas habilidades e, consequentemente, o impacto de seus negócios.

A iniciativa da Alright de criar o Acelera se destaca em um momento crítico, onde a velocidade das mudanças tecnológicas exige que os profissionais estejam sempre prontos para se adaptar.

Com um foco em soluções práticas e acessíveis, a plataforma busca democratizar o acesso ao conhecimento, permitindo que todos os veículos de comunicação, independentemente de seu porte, possam prosperar no ambiente digital.

Os usuários não apenas aprendem a usar ferramentas eficazes, mas também se conectam com uma comunidade vibrante que compartilha experiências e melhores práticas. Essa interação é crucial para fomentar um espírito de colaboração e aprendizado contínuo, essenciais para o sucesso no mundo atual. Em última análise, o Acelera se posiciona como um verdadeiro aliado na jornada rumo à excelência digital na comunicação.

Mídia Local

Invista no que funciona. Invista na mídia local

Fil Lourenço, VP de Performance Media da Dentsu do Canadá, fez um teste com a plataforma The Trade Desk para comprovar a eficácia da mídia local.

Para certas coisas, o óbvio deveria bastar. Mídia local é/tem/gera:

–        Mais granular

–        Mais precisa e personalizável

–        Melhor e maior visualização

–        Maior atenção e engajamento

Foi o que comprovou o Fil.

Veja abaixo a íntegra traduzida do post dele no Linkedin. 

Mídia Local: Notícias locais funcionam

Recentemente, realizamos um teste de 3 meses para provar a eficácia das colocações de notícias locais. Fizemos uma parceria com The Trade Desk para testar A/B entre notícias locais e inventário de não-notícias, construindo uma estrutura robusta de teste e medição para rastrear a eficácia da mídia.

Mídia Local: Aqui está o que aprendemos:

– ✅ O Inventário de Notícias Locais melhorou a lembrança de anúncios em 50%

– ✅ As campanhas de Notícias Locais tiveram melhor qualidade com 15% mais alto TVQI (medida da qualidade da impressão)

– ✅ As campanhas de Notícias Locais alcançaram mais de 50% de alcance único em comparação com as campanhas de notícias não locais

– ✅ As campanhas de Notícias Locais e as campanhas de notícias não locais tiveram o mesmo CPCV

– ✅ As campanhas de Notícias Locais tiveram desempenho acima da média em relação às taxas de conclusão e visualização

As notícias locais são um pilar fundamental de um ecossistema de mídia saudável, e nossos veículos de notícias locais estão lutando. Muitas vezes, as notícias locais acabam em listas de bloqueio devido a preocupações com a segurança da marca ou são despriorizadas para troca aberta por causa dos custos. Isso significa que os anunciantes estão perdendo ambientes de mídia de alta qualidade e confiança que capturam a atenção dos canadenses.

A mensagem é simples. Invista no que funciona. Invista em notícias locais.

Nota complementar: além disso, a pesquisa de Fil Lourenço demonstra que as campanhas de notícias locais não apenas geram melhores resultados em termos de engajamento, mas também criam um vínculo mais forte entre marcas e consumidores.

Em um mundo saturado de informações, as pessoas tendem a confiar mais nas notícias que refletem sua própria comunidade e experiências. Assim, investir em mídia local não é apenas uma estratégia de marketing, mas uma forma de construir relacionamentos autênticos e duradouros com o público.

Por fim, a valorização das notícias locais é fundamental para a saúde da democracia e da sociedade. Veículos de mídia locais desempenham um papel crucial em informar a comunidade sobre questões relevantes, promovendo o debate público e a transparência.

Ao apoiar essas iniciativas, as marcas não apenas maximizam sua eficácia publicitária, mas também se tornam aliadas na preservação do jornalismo de qualidade e da integridade das informações que circulam em suas comunidades. A mensagem é clara: ao priorizar investimentos em notícias locais, todos saem ganhando.

Além disso, a colaboração entre anunciantes e veículos de notícias locais pode levar a inovações no formato e na entrega de conteúdos, resultando em experiências mais envolventes para o público. À medida que as marcas se envolvem mais com os meios de comunicação locais, há uma oportunidade de co-criação de conteúdos que ressoem com as necessidades e interesses da comunidade. Essa abordagem não só melhora a percepção da marca, mas também contribui para o fortalecimento do ecossistema de mídia, garantindo que as vozes locais sejam ouvidas e valorizadas.

Assim, ao investir em notícias locais, as marcas se posicionam como agentes de mudança, apoiando a narrativa comunitária e promovendo um ciclo positivo de crescimento para todos os envolvidos. Essa sinergia cria um impacto duradouro, transformando não apenas a paisagem publicitária, mas também a vida das pessoas que fazem parte dessas comunidades. O resultado é uma mídia mais vibrante e uma sociedade mais informada e conectada.

Imagem de um diploma de jornalismo enrolado ao lado de uma seringa e um frasco de vacina. No frasco, está escrito "JOURNALISM" com uma grafia incorreta "JOURNALISM", seguido de "PROFESSIONAL DOWNLOAD" e "2024-VACCINE". A seringa também contém o termo "JOURNALISM". A imagem sugere simbolicamente que o jornalismo pode ser visto como uma "vacina" ou uma forma de cura/proteção, talvez contra desinformação ou ignorância.

A quem interessa a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo?

Quando analisamos uma regulamentação profissional , cabe perguntar: quais os motivos para o exercício profissional regulamentar determinado?

Tais profissionais colocam vidas em risco se exerceram a profissão com imperícia? Colocam o convício social em algum tipo de risco em função de mau uso dos atributos profissionais? Ameaçam a integridade e imagem de pessoas, coletivos ou instituições? Tais profissionais necessitam de formação em preceitos éticos para o exercício de suas habilidades e competências?

No que diz respeito ao exercício profissional do jornalismo, a resposta é um contundente sim para todas as perguntas acima, senão vejamos alguns aspectos.

Tais profissionais colocam vidas em risco se exerceram a profissão com imperícia?  De inúmeras maneiras, a prática incorreta do jornalismo coloca vidas em risco, ou, pelo contrário, salva vidas.

Exemplo clássico foi o período da pandemia Covid-19. Em primeiro lugar, destacamos a prática correta dos órgãos de imprensa brasileira quando fizeram o consórcio de empresas para compilarem os dados da pandemia após o Ministério de Saúde de então ter paralisado a divulgação dos dados epidemiológicos da Covid-19 consolidados.  

Do outro lado, ainda na dimensão de vidas em risco, o incorreto exercício profissional coloca sim vidas em risco.

E, no período da pandemia Covid-19, o principal fluxo de desinformações partiu exatamente dos veículos apócrifos (e até hiperapócrifos), como nos relatou a pesquisadora Raquel Recuero, em entrevista de 2021. 

E é sabido que os veículos apócrifos tiveram um crescimento facilitado após a quebra da exigência do diploma superior de jornalismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) há 15 anos no fatídico 17 de junho de 2009. Dia que  foi a cereja do bolo do alvorecer da era da desinformação – quando o cidadão sente-se desamparado das esferas de mediação social.

Enquanto jornalistas profissionais, docentes e pesquisadoras de jornalismo e também enquanto dirigentes da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ), entidade que desde o princípio tem sido parceira da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) na defesa do diploma de jornalismo, retomamos aqui um dos pontos  elencados pelo nosso colega de ABEJ, Edson Spenthof em artigo no Observatório da Imprensa [Acesse aqui] em 2023: a fake news da liberdade de expressão embasou o julgamento do diploma no STF. 

Isso posto, a não exigência do diploma superior para o exercício profissional do jornalismo interessa a todos os grupos e setores que se beneficiam dos processos de desinformação, pois as bolhas de desinformação são exatamente alimentadas majoritariamente pelos veículos apócrifos, os quais, por sua vez, estão solidamente sustentados na não obrigatoriedade do diploma.

Afinal, a pergunta não é nem mais se qualquer um/a pode produzir notícia, mas a constatação  de que o diploma profissional em jornalismo é uma vacina, sim, para o combate à desinformação.

As autoras

Dione Moura 

Professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB); Diretora Regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ)

Marluce Zacarioti

Professora do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT); Presidenta  da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ)

Três pessoas sorrindo e trabalhando juntas em laptops, com uma faixa roxa e azul sobre a imagem.

Inscreva-se no Workshop Online Imersão em IA para Criação de Conteúdo

A inteligência artificial está revolucionando a produção de conteúdo e dominando essas tecnologias é essencial para jornalistas e produtores que se interessem por se destacar. No dia 14 de setembro de 2024, das 9h às 17h, acontecerá a “Imersão IA: Fundamentos, Ferramentas e Técnicas para Criar Conteúdo com Inteligência Artificial”, um workshop online, via Zoom, que oferece uma prática de 6 horas, sob o comando de Leo Becker. 

O workshop abordará desde os fundamentos da IA ​​até as mais avançadas técnicas de criação visual. Os participantes aprenderão a integrar IA em seus processos criativos, produzindo conteúdos visuais de alta qualidade com eficiência. Além disso, o curso cobrirá a aplicação prática da IA ​​na criação de imagens e vídeos para diversas plataformas, bem como técnicas de pós-produção e tendências futuras na área.

Este evento é ideal para jornalistas, editores, gestores de comunicação, produtores de conteúdo para redes sociais e empreendedores que buscam inovar e aprimorar suas habilidades utilizando as mais modernas ferramentas de inteligência artificial.

Sobre o instrutor: Leo Becker é um líder criativo com mais de 20 anos de experiência na indústria do design . Como designer e educador, Leo é profundamente apaixonado por capacitar profissionais através da inovação e aprendizagem contínua. Com uma vasta experiência com inteligência artificial e tecnologias emergentes, ele integra essas ferramentas ao processo criativo para revolucionar a maneira como designers e criativos trabalham. Ele também apresenta um dos principais podcasts de design do Brasil, o Fala Colega , e atua como Diretor Criativo na Alright.

Data:14/09/2024 

Horário: 9h às 17h 

Plataforma:Zoom 

Investimento: R$ 300,00 (Integrandes da rede Alright)

R$ 600,00 (público externo)

Apenas 20 vagas disponíveis

Inscreva-se agora

Desvendando histórias ocultas com a força da IA com o Google Pinpoint

Prepare-se para transformar suas investigações jornalísticasO Google Pinpoint é a ferramenta que está revolucionando a forma de explorar e analisar grandes volumes de dados, facilitando o trabalho de jornalistas ao conectar informações e construir narrativas robustas.

O que é o Google Pinpoint?

Pinpoint funciona como uma imensa biblioteca digital, permitindo que você pesquise entre milhões de documentos de diferentes tipos — desde textos e áudios até imagens e planilhas. Combinando inteligência artificial e aprendizado de máquina, ele indexa e analisa rapidamente esses documentos, tornando a busca por informações específica mais ágil e eficiente.

Como funciona?

A ferramenta utiliza OCR (reconhecimento óptico de caracteres) conversão de voz em texto para tornar qualquer documento pesquisável. Após o upload dos arquivos, o Pinpoint os transforma em dados estruturados, permitindo buscas precisas por palavras-chave, frases e expressões.

Entre os recursos de pesquisa, estão:

  • Correspondências exatas e parciais, para encontrar variações das palavras-chave.
  • Sistematização, que identifica a raiz das palavras, facilitando a busca por termos flexionados.
  • Filtros, que permitem refinar resultados por data, tipo de documento e idioma.

Benefícios para jornalistas

O Pinpoint acelera investigações, identificando rapidamente informações relevantes e revelando padrões ocultos. Ele também auxilia na verificação de fatos, ajudando a combater notícias falsas, e oferece novas perspectivas para o desenvolvimento de histórias inéditas.

Casos de uso

  • Jornalismo investigativo: A ferramenta é ideal para investigar casos complexos, como corrupção e fraudes, ao identificar documentos e evidências.
  • Análise de dados: Explore grandes bases para detectar tendências, como em discursos políticos ou crises ambientais.
  • Verificação de fatos: Valide a autenticidade de documentos e imagens para combater a desinformação.
  • Preservação histórica: Armazene e organize documentos históricos para futuras pesquisas.

Limitações

É importante considerar algumas limitações: a qualidade dos resultados depende da clareza dos documentos carregados; a privacidade dos dados deve ser sempre respeitada; e, embora o Pinpoint seja gratuito, é preciso levar em conta os custos de armazenamento e processamento de grandes volumes de dados.

Conclusão

O Google Pinpoint é uma ferramenta essencial para jornalistas que buscam aprofundar investigações e elevar o nível de suas reportagens. Ao combinar inteligência artificial com a capacidade de processar grandes quantidades de dados, ele abre novas possibilidades para o jornalismo.

Experimente o Google Pinpoint gratuitamente e descubra como ele pode transformar sua maneira de trabalhar.

Durante a programação do Alright Summit, o painel com o tema “IA e Cultura da Experimentação” abordou os avanços tecnológicos com a presença da IA na interação com usuários e automação de serviços, além da necessidade de conhecimento das empresas sobre seus processos e necessidades de utilização.

Mediado por Maria Luiza Borges, diretora de negócios digitais do Grupo Norte Comunicação, o encontro reuniu Domingos Secco, fundador e CEO da AlrightEduardo Lundgren, Senior Software Engineer na Netflix, e Ricardo Fiorotto, das Parcerias Estratégicas para Indústria de Notícias na Google. 

Este artigo destaca as funcionalidades do Pinpoint, ferramenta apresentada por Ricardo. Desenvolvida pelo Google, ela é recomendada para o Jornalismo Investigativo, pois organiza, interliga as informações e repassa dados mais assertivos.

A Força das Conexões por meio do Jornalismo Regional

A presença do jornalismo regional é fundamental para garantir que todas as regiões, especialmente as mais vulneráveis e isoladas, tenham acesso a informações relevantes e de qualidade. Os leitores da Aurora News já conhecem essa máxima, reforçada por diversas contribuições em nossos artigos.

Nas últimas semanas, essa força ficou ainda mais evidente. O Time Alrightlideranças e jornalistas de veículos da nossa rede, e todos os envolvidos no Alright Summit, junto com nossos 3 mil espectadores, testemunharam um movimento significativo. Com a programação realizada em Brasília-DF, e tudo que foi transmitido online, a mensagem reverberou em todo o país por meio das nossas conexões.

jornalismo regional desempenha papel de protagonista na consolidação da democracia, assegurando que as vozes de todas as comunidades, independentemente de seu tamanho ou localização, sejam ouvidas e consideradas.

Ouvimos essa reflexão de especialistas e da representação de quem faz os veículos de jornalismo regional em diversas partes do país. Neste artigo, reunimos alguns dos principais pontos e declarações de comunicadores de veículos regionais presentes no evento. São aspectos que se sobressaíram dessa experiência.

Jornalismo Regional e experiências pelo país

A democracia se fortalece quando há pluralidade de vozes e diversidade de perspectivas. Os jornalistas locais estão na linha de frente dessa missão, atuando como os olhos e ouvidos das comunidades em que vivem. Eles trazem à tona questões que, muitas vezes, passam despercebidas pelos grandes veículos de comunicação.

Seles Nafes, comunicador e líder do SelesNafes.com, destacou a importância dos eventos em Brasília, onde foi possível encontrar outros empreendedores da comunicação e conhecer mais sobre o mercado. “Entender que os colegas passam pelo mesmo que eu passo no extremo norte do Brasil foi fundamental para o fortalecimento do nosso trabalho”, ressalta.

Em áreas vulneráveis, onde o acesso à internet é limitado e as grandes redes de comunicação não têm tanta penetração, os jornalistas locais são os principais — e muitas vezes únicos — fornecedores de informações. Eles conhecem de perto os problemas enfrentados por suas comunidades, desde a falta de serviços públicos até as dificuldades econômicas, e podem reportar essas questões com um olhar que só quem vive a realidade local pode oferecer.

Elberty Valadares, jornalista e diretor responsável pelo Portal Por Dentro de Minas, reforçou o valor dessas conexões. “Nos conectamos muito, falamos de parcerias, aprendemos sobre anúncio, publicidade e trocamos experiências sobre como cada estado do Brasil está lidando tanto com a parte de tecnologia, como editorial”.

Além disso, o jornalismo local é uma ferramenta poderosa no combate à desinformação. Os jornalistas locais, por estarem profundamente integrados em suas comunidades, têm uma capacidade única de checar informações e desmontar boatos antes que eles causem danos maiores.

Raimundo Rocha, Diretor Geral do Brasil 61, destacou a importância de atrair parceiros e investidores para fortalecer as mídias regionais, especialmente em comunidades onde as políticas públicas falham em comunicar de forma eficaz. “São muitas ideias para desenvolver os negócios dentro da regionalização das informações, algo que defendemos há muitos anos. Nas comunidades estão problemas de políticas públicas, e o Estado tem dificuldade de se comunicar. Esse projeto de levar conteúdo publicitário e atrair parceiros para estar junto com as mídias regionais é muito interessante,” afirma.

Futuro e investimentos em projetos de Jornalismo Regional

Investir em projetos de jornalismo local é investir na democracia e no desenvolvimento sustentável do país. Esses projetos precisam de apoio para superar desafios como a falta de recursos financeiros, tecnológicos e humanos. Ao fortalecer o jornalismo local, fortalecemos também a cidadania, garantindo que mais brasileiros tenham acesso a informações relevantes e confiáveis.

Raquel Rocha, do Site Coreto, ressaltou a mudança na representatividade feminina impulsionada pela digitalização e novos modelos de negócios. “Hoje em dia, a mídia tradicional está dando mais espaço para as mulheres porque a diversidade é um critério de lucro também. Mas, em um ambiente de jornalismo digital e independente, são as mulheres que realmente sustentam o que se faz”, opinou.

A editora da Folha do Mate, Letícia Wacholz, complementa essa visão, afirmando que “a mulher é o grande motor do jornalismo digital. Acho que o melhor combustível é o respeito da nossa audiência e dos colaboradores. A mulher tem competência para assumir trabalhos em qualquer editoria, e a melhor forma de incentivar outras mulheres é por meio de união, transparência e, sobretudo, respeito”.

O investimento no jornalismo local também tem o potencial de gerar impactos positivos em várias frentes. Heloísa Corrêa, do Portal Gaz, falou sobre a colaboração com influenciadores digitais que, para alcançar públicos que os veículos de comunicação tradicionais talvez não atinjam, é preciso olhar para essa diversificação. “Nós, enquanto veículos de comunicação, precisamos diversificar as vozes. Isso é um desafio ainda hoje, porque às vezes se cria uma ideia de concorrência”.

Almir Rizzatto, fundador da Escola Digitalista, destacou os desafios que muitos veículos enfrentam ao tentar migrar para o digital. “Ter consciência e passar para seus colaboradores que os conteúdos precisam ser pensados para serem monetizados é uma das grandes adversidades. Muitas empresas ainda não entenderam que não é somente transferir o conteúdo do impresso para o digital, mas, sim, entender esse universo”.

A partir dessas contribuições que vieram das observações na parte presencial do Alright Summit, bem como de quem esteve na programação online (você sempre poderá rever por aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_HuhlReCFPQ), é possível reiterar a tese de que o fortalecimento do jornalismo local não apenas amplia o acesso à informação, mas também gera um impacto econômico positivo nas comunidades.

Ao apoiar esses veículos, cria-se um ciclo virtuoso de geração de empregos, incentivo ao comércio local e promoção de iniciativas sociais.

Esse trabalho árduo de tantos brasileiros, garante que as realidades locais sejam levadas ao conhecimento de todos, contribuindo para um país mais inclusivo e democrático. Investir em jornalismo local é, portanto, uma prioridade que deve ser abraçada por todos aqueles que acreditam na importância de uma sociedade bem informada e participativa.  

Abaixo a necessidade do diploma de jornalista! Viva o jornalismo!

Tenho diploma de jornalista. Tive carteirinha do Sindicato décadas. Nos anos 80, saí em passeata pelas ruas de São Paulo em defesa da categoria e da exclusividade de só jornalistas poderem exercer a profissão nas redações. Tomei porrada da polícia, fui detido e quase morri asfixiado por gás lacrimogêneo.

Curioso que parte dos companheiros que foram em cana comigo não tinha diploma de jornalismo, porque nunca cursaram escola superior nenhuma.

Alguns dos jornalistas que mais admiro hoje – você que me lê também – não tem diploma de jornalismo. E você nem sabe. Basicamente, porque não faz a menor diferença.

Nunca mostrei meu diploma para trabalhar em redação nenhuma. Basicamente, porque nunca fez a menor diferença.

Sou totalmente a favor dos cursos de jornalismo, porque lá, em tese, se aprendem técnicas básicas para o bom exercício da profissão, do ofício.

Há um ofício jornalístico que é único. E vital nas sociedades democráticas.

Cursos especializados podem ajudar. Mas fico triste em dizer que as faculdades desse ofício tão belo e generoso que ainda hoje me faz respirar (serei jornalista até morrer), temo muito por elas. Mediocrizaram-se tanto, que hoje prestam mais desserviço do que ajudam.

Se só estudantes formados por elas puderem exercer a profissão, ficaremos pior do que já estamos, num País em que temos, sim, empresas, profissionais e redações de altíssimo mérito, mas que na média, convive com profissionais formados de nível bastante ruim.

Abrir as portas do jornalismo para mentes brilhantes sem diploma será enriquecer a atividade. E seus efeitos cada dia mais indispensáveis na sociedade complexa, aberta e diversa em que vivemos.

Fui fazer, décadas atrás, a cobertura do pós-revolução sandinista na Nicarágua. Tive que me esconder de tiros das milícias somozista. Nenhum manual da faculdade me ensinou isso.

Mas não precisamos ir tão longe. Poucos manuais ensinam de fato a prática da profissão seja aonde for ou para o que for.

A.G.Sulzberger, editor do New York Times, é formado em Ciência Política na Brow University, que não tem curso de jornalismo. Dean Baquet, seu antecessor, nem curso superior concluiu e ganhou o prêmio Pulitzer, o maior prêmio mundial do jornalismo, por reportagens onde o jornalismo é mais raiz, que é no jornalismo político investigativo e de denúncias.

Aliás, nos EUA não se exige diploma de jornalismo para trabalhar como jornalista. Nem na Europa.

excelência abrangente e contemporânea do jornalismo só se dará plena e brilhantemente como o mundo hoje precisa com a extinção da exigência do diploma de jornalista.

Seis anos de LGPD e os desafios da proteção de dados

Desde a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) há seis anos, o Brasil tem visto avanços significativos na regulamentação e proteção dos dados pessoais. 

Até o momento, foram editados diversos regulamentos e guias, e as autoridades têm participado de consultas e audiências públicas, demonstrando compromisso em envolver diferentes segmentos da sociedade no debate sobre a privacidade e a proteção de dados.

No entanto, os desafios continuam. O número de processos de fiscalização e sanções aplicadas ainda é baixo, e as questões judiciais relacionadas aos direitos dos titulares de dados estão em crescimento, refletindo a necessidade de um entendimento mais profundo e consistente da LGPD por parte de empresas e cidadãos. 

Leia, na sequência, uma análise desse assunto por Bruna Borghi – profissional de Cybersecurity & Data Privacy da TozziniFreire Advogados e Bruna Valeri Tavora – advogada nas áreas de Contencioso e Cybersecurity & Data Privacy.

Neste 6º ano da LGPD, vale rememorar a atuação da ANPD, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados no Brasil, que intensamente promove debate sobre suas diretrizes. Seguindo o que sempre divulgou, ela tem adotado uma postura triangular, focada na regulação, educação e fiscalização. Foram, ao todo, 23 regulamentos já editados, 18 guias e cartilhas e 15 notas técnicas.

Além disso, promoveu 14 tomadas de subsídios, 6 consultas públicas, 6 audiências públicas e participou de inúmeros outros que, de alguma forma, transpassam pela temática da privacidade e proteção de dados. A Audiência Pública do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocorrida neste ano de 2024 para debater as Resoluções que vigerão nas eleições vindouras e o webnário “Interfaces entre a regulação de IA e a proteção de dados pessoais” são exemplos disso.

A ANPD não tem atuado como uma Autoridade focada em sancionar ou condenar, adotando uma abordagem gradual nas sanções. Até o momento, há 16 processos de fiscalização e 9 processos administrativos sancionadores. Já julgados e transitados, são 9, baixa quantidade se considerado que já se passaram 1 ano e 5 meses desde que teve vigência o Regulamento de Dosimetria e Aplicação de Sanções Administrativas.

Até o momento, dos 25 processos, 11 envolvem autoridades públicas. As principais violações fiscalizadas incluem: comunicação inadequada de incidentes de segurança, não cumprimento de requisitos de segurança, uso impróprio de bases legais para tratamento de dados, falta de clareza nas políticas de privacidade, restrições excessivas aos direitos dos titulares e tratamento inadequado de dados de crianças e adolescentes.

As penalidades, geralmente corretivas, foram aplicadas de forma restrita, com apenas uma única sanção financeira a empresa privada e uma aplicação de multa diária.

Também é válido olhar para a perspectiva judicial. Atualmente, há no Brasil mais de 2 mil processos em andamento com foco nos direitos dos titulares, especialmente em serviços de proteção ao crédito, instituições bancárias e telecomunicações, além de discussões sobre eventuais danos morais. Entre os principais debates já ocorridos, pode se citar a discussão de que o dano moral deve ser efetivamente comprovado por quem alega ter sofrido prejuízos em caso de vazamento de dados, não bastando a mera constatação da existência de suposto incidente ou uso indevido de dados pessoais.

Em que pese esses números ainda sejam tímidos comparados ao cenário litigioso brasileiro, é inegável que em dias atuais a preocupação com a proteção de dados tem se tornado cada vez mais intensa, com cidadãos mais conscientes de sua privacidade e dos seus direitos. Ainda assim, é premente que atuação educativa e fiscalizatória siga firme, de forma a manter o cenário brasileiro seguro.

O Trabalho Colaborativo de Checagem de Notícias para as Eleições 2024

O ano de 2024 no Brasil, com as eleições municipais que ocorrerão em outubro, vem desafiando as diferentes organizações jornalísticas e suas propostas de cobertura. Junto com a expectativa por mudanças e novos rumos, a democracia contemporânea enfrenta o problema da desinformação. Em um cenário onde informações falsas e manipuladas circulam com velocidade, iniciativas de checagem de fatos tornam-se essenciais para garantir que o eleitorado tenha acesso a informações corretas e seguras.

Neste contexto, surge a parceria entre o Site Avoador e a COAR Notícias que se destaca como um exemplo de cooperação jornalística voltada para o enfrentamento da desinformação nas eleições municipais, especialmente na região nordeste do país. Essa colaboração visa checar conteúdos duvidosos, mentirosos e descontextualizados, com o objetivo de oferecer aos eleitores um jornalismo comprometido com a verdade, a ética e a apuração cuidadosa dos fatos.

COAR Notícias, criada em março de 2020, tem se destacado como referência na luta contra a desinformação com foco regional. Com a parceria do Avoador, veículo de comunicação comprometido com a cobertura das eleições municipais da terceira maior cidade da Bahia, Vitória da Conquista, o trabalho promete ser intensificado em esforços para garantir que os eleitores tenham acesso a informações precisas e confiáveis.

Outra iniciativa anunciada para o ano de 2024 no combate à desinformação nas eleições de 2024 é o programa “Diversidade nas Redações – Desinformação e Eleições”, coordenado pela Énois Laboratório de Jornalismo. Com o apoio da Google News Initiative, este programa reúne: Agência Lume (RJ), Carta Amazônia (PA), Carrapicho Virtual (BA), Com_Texto (MT), Correio do Lavrado (RR), Olhos Jornalismo (AL), Nonada Jornalismo (RS), Teatrine TV (MS), Transmídia (SP) e Sul21 (RS). Ainda, o projeto conta com o apoio da Agência Lupa, Agência Tatu, do Desinformante e do Reocupa.

O projeto destaca que a desinformação atinge severamente as populações periféricas, onde 89% das pessoas já foram vítimas de fake news, segundo o Instituto Data Favela. O programa visa fortalecer as redações locais, capacitando-as para identificar e combater a desinformação em suas comunidades. O foco do programa está na checagem de notícias falsas disseminadas via WhatsApp, plataforma amplamente utilizada em todo o país.

combate à desinformação nas eleições de 2024 é um desafio que exige a cooperação e a articulação de diversas frentes. À medida que o primeiro turno das eleições se aproxima, em 6 de outubro, é essencial que os eleitores estejam atentos e bem informados, contando com o trabalho especializado de iniciativas que, como essas, estão comprometidas com a verdade e a integridade do processo eleitoral.

Vantagens únicas para a comunicação pública da mídia editorial local

Anunciantes governamentais e agências de propaganda podem obter vários benefícios ao utilizar a mídia local como parte de suas estratégias de comunicação. A mídia local, que inclui jornais, rádios, televisões e plataformas digitais regionais, tem características únicas que podem ser extremamente valiosas em campanhas publicitárias e de comunicação pública. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

1. Alcance Direto e Segmentado

Conhecimento do Público: A mídia local tem uma compreensão profunda das características e necessidades da comunidade local, permitindo uma comunicação mais eficaz e relevante. Governos podem adaptar suas mensagens para atingir públicos específicos com precisão, seja em regiões metropolitanas, cidades pequenas ou áreas rurais.

Maior Engajamento: As audiências da mídia local tendem a ter um relacionamento mais próximo e de confiança com esses veículos, o que pode resultar em maior engajamento e receptividade às mensagens. 

2. Custo-benefício

Investimento Otimizado: Anunciar em mídias locais geralmente é mais acessível em termos de custo do que em mídias nacionais. Isso permite que campanhas sejam amplamente distribuídas com um orçamento menor, alcançando eficientemente regiões específicas.

Eficácia de Mensagem: Campanhas regionais podem ser mais eficazes, pois permitem a personalização das mensagens para diferentes públicos, aumentando a relevância e, portanto, a eficácia da comunicação.

3. Fortalecimento de Políticas Públicas e Iniciativas Locais

Apoio a Programas Governamentais: A mídia local é ideal para disseminar informações sobre programas de saúde, educação, segurança, entre outros, adaptados às necessidades de uma região específica.

Incentivo à Participação: Campanhas em mídias locais podem incentivar a participação da comunidade em iniciativas governamentais, como consultas públicas, eventos cívicos, ou campanhas de conscientização.

4. Relações Comunitárias e Reputação

Construção de Confiança: O uso da mídia local permite que governos e agências mostrem que estão comprometidos com as questões que afetam diretamente as comunidades. Isso pode ajudar a construir e fortalecer a confiança do público.

Respostas Rápidas e Eficientes: Em momentos de crise ou necessidade de comunicação urgente, a mídia local pode disseminar informações rapidamente para comunidades específicas, oferecendo uma resposta ágil e eficaz.

5. Apoio ao Desenvolvimento Econômico Local

Parcerias Estratégicas: Ao investir em mídia local, governos e agências de propaganda ajudam a fortalecer economicamente esses veículos, que muitas vezes são pequenas empresas importantes para o desenvolvimento da economia local.

Promoção de Empreendimentos Locais: Campanhas publicitárias que promovem produtos, serviços ou turismo local podem ser mais eficazes quando feitas através de mídia regional, incentivando o crescimento econômico e a geração de empregos.

6. Adaptabilidade e Flexibilidade

Campanhas Personalizadas: A mídia local permite a adaptação rápida de campanhas publicitárias para atender a eventos ou situações específicas da comunidade, como mudanças nas condições de saúde pública, desastres naturais ou eventos culturais locais.

Feedback Direto: O contato próximo da mídia local com o público permite que anunciantes recebam feedback direto e imediato, facilitando ajustes rápidos nas campanhas para maior eficácia.

7. Exclusividade e Relevância

Maior Impacto com Menos Ruído: Em comparação com as mídias nacionais, a mídia local oferece menos concorrência por atenção, o que pode resultar em um impacto maior das mensagens veiculadas.

Relevância Cultural e Linguística: Mensagens podem ser adaptadas ao contexto cultural e linguístico local, tornando a comunicação mais natural e eficaz.

Para anunciantes governamentais e agências de propaganda, a mídia local oferece uma oportunidade valiosa para engajar diretamente com comunidades de maneira mais personalizada, eficaz e econômica. Ao aproveitar essas características, é possível alcançar melhores resultados em campanhas de comunicação pública e publicidade, fortalecendo a conexão com o público e promovendo um impacto positivo nas regiões alvo.

Por dentro do Alright Summit: um marco para a sustentabilidade do jornalismo local

Um dos momentos mais gratificantes para um empresário é quando uma iniciativa da empresa toma dimensões muito além do universo da companhia ou de seus interesses puramente monetários. Ou seja, quando o negócio tem também o potencial de transformar um ecossistema amplo, impactando na melhoria de estruturas econômicas e sociais.

É mais ou menos o que tenho sentido nas últimas semanas, ao ajudar a pensar o Alright Summit, evento que, neste ano, traz o tema “Oásis de Informação – A Mídia Regional no Combate aos Desertos de Notícias”.

Assista à transmissão em: https://www.youtube.com/live/_HuhlReCFPQ?si=joy3zVo6x3FZ3JxJ ou clicando na imagem abaixo:

Com uma programação robusta, repleta de grandes pensadores do jornalismo, de empreendedores e líderes da comunicação, bem como representantes do poder público, o encontro se transformou em uma espécie de movimento da categoria.

Sem nenhuma falsa modéstia (é claro que me orgulho de ter minha empresa nesta concertação), será uma oportunidade única de se discutir a sustentabilidade do jornalismo local, bem como políticas públicas que valorizem o conteúdo de qualidade. Será ainda um momento de estreitar relações entre publishers, agências, anunciantes, governo.

As estrelas do evento, que acontece dia 21 de agosto, serão mesmo os publishers – sejam os cerca de 50 que estarão em Brasília presencialmente ou as centenas que estarão online, acompanhando a transmissão ao vivo.

É para eles que foi pensada a programação que terá abertura da Ministra do STF Cármen Lúcia, presidente do TSE e umas das vozes da República na luta contra a desinformação, e contará com representantes de diversas associações e entidades que pensam o setor.

É também voltada a estes empreendedores e editores a programação da manhã, envolvendo encontro dos publishers com a equipe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

Uma oportunidade não apenas de discutir políticas públicas, mas também de debater formas de os veículos locais que praticam jornalismo sério terem mais acesso a verbas do governo, bem como aos grandes anunciantes, que estarão no nosso Summit representados por agências de comunicação.

Pode parecer estranho ou contraditório, uma startup que vive de oferecer opções mais rentáveis de monetização do conteúdo local estimular que veículos dialoguem diretamente com agências e com a Secom – ou seja, que exibam anúncios não necessariamente comercializados pela rede viabilizada pela Alright.

Mas jamais tivemos a pretensão de ser a tábua de salvação das empresas de comunicação; sempre acreditamos que somos peça importante da engrenagem para a sobrevivência do jornalismo local, mas que são necessárias diversas fontes de recursos para viabilizar um jornalismo forte no interior e, com isso, combater a desinformação.

Já faz parte de nossa cultura aliar ao nosso negócio uma missão maior.

Somos firmemente comprometidos com o propósito de “impulsionar comunidades em torno de veículos de comunicação locais e especializados, atuando como agente de transformação e aceleração de negócios digitais”. Porém, neste mês de agosto, a sensação de fazer a diferença para um ambiente democrático saudável chegou a níveis que antes eu não tinha experimentado.

Primeiro, no início do mês, vimos o TSE e a Associação Nacional de Editores de Revistas lançarem uma campanha de combate à mentira nas eleições, com o mote: “o Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”. É uma campanha que tivemos muito orgulho de ajudar, de forma voluntária, sem custos ao poder público, no planejamento e execução.

E, agora, nesta semana, vamos fazer a diferença de novo, com a organização de um summit que promete ser um marco na discussão sobre sustentabilidade dos veículos de comunicação locais e políticas públicas de combate à desinformação.

Se a Alright ainda tem alguns passos a dar para chegar onde nosso plano de negócios prevê, já fomos muito além do inicialmente imaginado como agentes de transformação de um mundo ameaçado pela desinformação.

Desertos de notícia incendeiam divisionismo nacional

A tese não é minha, mas me fez enorme sentido: Desertos de Notícia incendeiam radicalismo e divisionismo nacional.

A tese é defendida por cientistas políticos, acadêmicos, editores e jornalistas na Europa e nos Estados Unidos. E, na verdade, é bem simples. Vamos lá.

Com a perda dos órgãos noticiosos locais, os fóruns de discussão política mais ricos desaparecem. A diversidade de opiniões socialmente se invisibiliza. Ascende o jargão, o sincretismo empobrecido por variâncias resumidas e reduzidas a mínimos comuns. Resultado: a sociedade racha divisionisticamente no meio. Ou é isso, ou é aquilo.

Conhecemos bem isso aqui no Brasil, mas estamos acompanhando o mesmo também nos noticiários internacionais dos fatos políticos recentes nos Estados Unidos, França e Inglaterra, dentre as maiores nações globais: ou é isso, ou é aquilo.

Uma dessas estudiosas é a hoje analista social Judy Woodruff.

Judy Carline Woodruff é uma renomada jornalista de televisão americana, conhecida por sua extensa carreira no jornalismo televisivo desde 1970.

Cobriu todas as eleições presidenciais dos EUA desde 1976 e ocupou papéis significativos na NBC, CNN e PBS. Sabe muito bem o que fala.

Em seus mais recentes estudos, examinou exatamente o tema: como a perda de milhares de jornais locais nos EUA está privando as comunidades de parte do tecido social que as mantém unidas e fomentando a divisão.

“Durante grande parte da história do país, os jornais locais desempenharam um papel fundamental em unir as comunidades, destacando desafios e eventos comuns que ligam as pessoas, como esportes escolares e as disputas políticas locais”, analisa ela.

Sua análise se dá diante de um cenário desértico.

Nos EUA, cerca de 2.500 jornais locais, um quarto do total, fecharam desde 2005, segundo a Escola de Jornalismo Medill da Universidade Northwestern.

Nesse mesmo período, a receita dos jornais despencou de 50 bilhões para 20 bilhões de dólares.

As organizações de notícias que conseguiram sobreviver estão operando com margens extremamente estreitas.

Um quinto dos residentes dos EUA agora vive em desertos de notícias, onde os moradores têm acesso muito limitado a notícias e informações confiáveis e abrangentes.

Para ela, não há dúvida: radicalismo e divisionismo florescem nos desertos.

Outro a concordar com a tese é Steven Waldman.

Steven Waldman é um jornalista americano, presidente e cofundador do Report for America, um programa de serviço nacional que coloca jornalistas em redações locais.

Ele também é o fundador e presidente do Rebuild Local News, uma organização sem fins lucrativos dedicada a enfrentar o declínio do jornalismo local e fortalecer a democracia.

Em recente artigo de opinião para o renomado The Atlantic, ele diz o seguinte:

“Você provavelmente já leu sobre o colapso das notícias locais nas últimas duas décadas. Em média, dois jornais fecham a cada semana. Cerca de 1.800 comunidades que costumavam ter notícias locais agora não têm. Muitos dos jornais que ainda resistem são forçados a operar com equipes mínimas, enquanto seus proprietários, muitas vezes firmas de private equity, buscam cortar custos. O número de funcionários das redações de jornais caiu 57% de 2008 a 2020, segundo um estudo do Pew Research, levando a milhares de “jornais fantasmas” que mal cobrem suas comunidades.

Nos últimos 15 anos, tenho participado de um esforço para reverter essa tendência. Isso significa que me acostumei a falar sobre a ameaça que os desertos de notícias representam para a democracia americana. Afinal, todo o conceito de autogoverno democrático depende de o povo saber o que os funcionários públicos estão fazendo. Isso é impossível sem uma imprensa vigilante. Pesquisadores ligaram o declínio das notícias locais à diminuição da participação dos eleitores e a taxas mais altas de corrupção, além de aumento da polarização e de eleitos mais ideologicamente extremos”.

Desastrosamente, isso tudo faz um enorme sentido. 

Tem saída? Claro que sim. A óbvia ululante: fomento ao noticiário, jornalismo, editores e mídia locais.

Como? Eu sei. Conto em outro artigo.

Agência Lupa apresenta inovações para Cobertura Eleitoral com mais Tecnologia e Educação Midiática

“Toda a nossa cobertura eleitoral é desenvolvida a partir dos nossos princípios de precisão, transparência e apartidarismo. Vamos para mais uma eleição certos de que construímos, até aqui, um relacionamento de confiança com a nossa audiência e tudo que planejamos está direcionado a levar informação de qualidade a essa audiência, independentemente do formato ao qual ela está acostumada. Nosso principal objetivo é que quem nos acompanha se sinta bem informado para tomar as decisões importantes que o momento eleitoral pede”.

A declaração acima, da diretora-executiva Natália Leal, foi divulgada pela Agência Lupa para anunciar as novidades para a quinta cobertura eleitoral da iniciativa, que atua com foco em combater os conteúdos falsos.

Para este ano, o trabalho da Lupa terá novos formatos de distribuição de conteúdo. Serão cerca de 30 profissionais atuando nas áreas de Jornalismo, Educação, Produto, Audiência & Engajamento e Administrativo.

Para eleitores das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, a Lupa preparou a Ebulição. São newsletters (para assinar: https://lupanewsletter.substack.com/subscribe) que irão mostrar os assuntos mais comentados em grupos públicos do WhatsApp e do Telegram sobre as eleições no Rio (segunda e quarta-feira) e em São Paulo (terça e quinta-feira).

O produto é feito em parceria com a Palver, que desenvolveu uma ferramenta de social listening de mesmo nome que também enxerga conteúdos do YouTube, TikTok e X.

Além desse novo produto, a Lupa continuará atuando com checagens ao vivo nos debates eleitorais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os conteúdos checados serão publicados no site, redes sociais e distribuídos em aplicativos de vídeos curtos.

A estratégia também envolve distribuição de conteúdo de educação midiática contra a desinformação.

“Nessas coberturas ao vivo, a Lupa prevê parcerias com outros meios de comunicação, como forma de ampliar seu alcance. No início de junho, por exemplo, foram feitas as checagens das sabatinas promovidas pelo Canal My News com os candidatos a prefeito de São Paulo”, informou a Agência.

O projeto Eu Informo!, uma parceria da Lupa com a ONG Redes Cordiais, levará para rádios comunitárias de lugares classificados como “desertos ou quase desertos de notícias” os conteúdos de checagem em formato de áudio. A veiculação poderá ser feito de forma gratuita nas programações.

Ainda em termos de aproximação com as comunidades, a Lupa vai acompanhar criadores de conteúdo digital para certificação do que é divulgado e para fortalecer a atuação no combate aos efeitos da desinformação.

Sistemas de monitoramento estão sendo ampliados como o LupaScan, pensado e desenvolvido para encontrar desinformação e discurso de ódio. Em 2024, a ferramenta terá novas funcionalidades chegando a mais grupos de políticos monitorados, novos dashboards e visualizações exclusivas sobre assuntos em destaque. Será utilizada inteligência artificial para reconhecimento facial em imagem, além da transcrição em tempo real. A nova fase de desenvolvimento é resultado de uma parceria com a Google News Initiative.

A Agência Lupa prevê ainda um material sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e os lançamentos dos produtos Manual do 1º voto Manual de sobrevivência eleitoral. “O primeiro documento, focado no público que votará pela primeira vez em 2024, traz conteúdo detalhado sobre essa experiência, além de alertar para informações falsas que circulam com foco nessa faixa etária. O segundo manual indica como manter conversas saudáveis no período de campanha, diante de cenários de forte polarização política e em meio à proliferação de discurso de ódio ou desinformação”.

Outro projeto, o IAgora?, foi anunciado como um jogo online baseado na teoria da inoculação — estudada pelas universidades de Bristol e Cambridge. “O objetivo do projeto é desenvolver a capacidade de identificação de técnicas desinformativas e de vieses cognitivos, além de aumentar a percepção dos usuários de redes sociais sobre o uso de informações falsas e de inteligência artificial em campanhas eleitorais”. O desenvolvimento do jogo é uma parceria da Lupa com a ONG AppCívico e com o Politize!.

Como a IA Generativa Pode Redefinir o Futuro dos Pequenos Veículos de Mídia

Inteligência Artificial Generativa irá mais e mais ser capaz de produzir resumos de conteúdos editoriais altamente escaláveis nas buscas e na distribuição via redes sociais, impactando largamente os pequenos veículos locais.

“Acho que ser um pequeno veículo de mídia, daqui a três anos, vai ser realmente, realmente difícil.”

Foi o que Kyle Villemain, fundador e editor-chefe do The Assembly, da Carolina do Norte, nos EUA,  declarou à imprensa especializada em midia e negócios no País.

Para Villemain, “o tempo está se esgotando para levar o The Assembly à sustentabilidade no sentido de construir e possuir seu próprio público (público proprietário). Transformações potencialmente enormes na infraestrutura da internet estão se aproximando devido à IA generativa (e às mudanças nas prioridades das empresas de redes sociais)”.

O problema da perda de relevância nos mecanismos de busca, bem como perda também de penetração e relevâncias nas mídias e redes sociais se transformam assim, possivelmente, nos maiores fantasmas a assombrar a sobrevivência do jornalismo e dos conteúdos editoriais locais.

Villemain está muito preocupado com o desaparecimento praticamente total das buscas e das redes sociais como armas de distribuição, engajamento da audiência e geração de receita para os pequenos publishers.

Jeff Elgie, do Village Media, no Canadá, disse ano passado, no contexto da Lei de Notícias Online do Canadá: “Você precisa que o Google continue nisso. Caso contrário, veremos a devastação de toda a indústria. Você não pode perder o Google e o Facebook e ainda ter uma indústria editorial razoável online. Isso não vai funcionar.”

Lideranças do setor estão preocupadas com a dispersão de atenção e mudanças no comportamento dos leitores, espalhando-se granularmente pelas redes sociais, podcasts, criadores e influenciadores individuais, etc., como forças que, adicionalmente, trabalham contra os publishers de notícias.

Além delas, como se disse, emerge um ponto de inflexão tecnológica em que modelos algorítmicos podem resumir notícias, ao mesmo tempo em que o Facebook, o X e as buscas podem vir a falhar  como fontes confiáveis e recorrentes de tráfego.

A solução é a busca pela construção de tráfego e audiência proprietários, mas em linha com o uso de Google e Meta, prioritariamente. Embora não só eles.

Abaixo, 5 orientações para enfrentar esse desafio tão poderoso:

1. Criação de Conteúdo Proprietário e Exclusivo:

Foque em produzir conteúdo original que não possa ser facilmente replicado por IA generativa. Isso inclui reportagens investigativascoberturas de eventos locais, e narrativas que refletem a identidade e as necessidades da comunidade que você serve. Ao criar conteúdo único e profundo, você fortalece o vínculo com seu público e reduz a dependência de fontes externas de tráfego.

2. Construção de Comunidades Locais Engajadas:

Invista na criação de comunidades online em plataformas próprias, como fóruns, newsletters exclusivas, e grupos de discussão locais. Incentive o engajamento direto com os leitores através de comentários, eventos ao vivo, e conteúdos participativos. Um público fiel e engajado é mais resiliente às mudanças nas plataformas de busca e redes sociais. 

3. Diversificação de Canais de Distribuição:

Use-as com inteligência e eficácia, mas busque não depender exclusivamente de grandes plataformas como Google e Facebook. Explore e invista em canais alternativos, como parcerias com outros veículos locais, distribuição em apps de notícias locais, ou até mesmo criar seu próprio app ou plataforma de distribuição. Isso pode incluir, por exemplo, uma presença forte em plataformas de podcasting ou vídeo, onde a personalização do conteúdo é mais valorizada.

4. Monetização Direta e Sustentável:

Desenvolva fontes de receita que não dependam exclusivamente de tráfego proveniente de buscas ou redes sociais. Considere modelos de assinaturas, doações da comunidade, ou conteúdo pago. Ofereça produtos digitais, como relatórios especiais, ou serviços de consultoria e eventos pagos. Quanto mais diversificada for a sua receita, menos vulnerável você será a mudanças nas grandes plataformas.

5. Utilização Inteligente da IA e Tecnologia:

Adote tecnologias de IA para melhorar suas operações, como ferramentas de análise de dados para entender melhor o comportamento do público ou automação para personalizar e recomendar conteúdo. Mas, ao mesmo tempo, reforce o fator humano no jornalismo – use a IA para apoiar sua equipe, mas mantenha a autenticidade e o toque humano que seus leitores valorizam.

Serão, possivelmente, dias desafiadores à frente. A única coisa que você não pode fazer é ignorar que eles virão e a razão do porque, inevitavelmente, eles virão.

Mercado Internacional: Outbrain Adquire Teads em Fusão Bilionária na Publicidade Digital

Outbrain, reconhecida plataforma de tecnologia com sede em Nova Iorque, anunciou a aquisição da Teads, ad tech de origem francesa especializada em soluções de publicidade, em uma transação avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão.

A compra marca a união de duas grandes empresas da publicidade digital, prometendo revolucionar o setor com uma plataforma omnicanal de ponta a ponta. Em comunicado à imprensa, a transação foi anunciada sendo composta por US$ 725 milhões pagos à vista e o restante em ações, está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2025, sujeita a aprovações regulatórias e dos acionistas.

Detalhes da Transação

A aquisição inclui um pagamento inicial de US$ 725 milhões em dinheiro, US$ 25 milhões em pagamento diferido, 35 milhões de ações ordinárias da Outbrain, avaliadas em aproximadamente US$ 169 milhões, e US$ 105 milhões em ações preferenciais conversíveis. A Outbrain pretende financiar a transação com uma combinação de caixa existente e financiamento de dívida, assegurado pelo Goldman Sachs Bank USA, Jefferies Finance LLC e Mizuho Bank, Ltd.

As ações preferenciais conversíveis, que acumularão dividendos trimestrais de 10% ao ano, podem ser resgatadas ou convertidas sob certas condições. A transação também inclui uma linha de crédito rotativo de US$ 100 milhões para a Outbrain, destinada a capital de giro e outros propósitos corporativos.

Liderança e Estrutura Corporativa

David Kostman, atual CEO da Outbrain, será o CEO da nova entidade combinada. Bertrand Quesada e Jeremy Arditi, co-CEOs da Teads, atuarão como co-presidentes. Asaf Porat, atualmente na Outbrain, assumirá o cargo de COO, liderando a integração das duas empresas. A Altice, atual proprietária da Teads, nomeará dois membros do conselho, além dos oito existentes da Outbrain.

Sinergias e Potencial de Mercado

A fusão cria uma das maiores plataformas abertas de publicidade na internet, abrangendo CTV, web e aplicativos móveis. Juntas, Outbrain e Teads atenderão mais de 20 mil anunciantes diretos e terão acesso a mais de 10 mil propriedades de mídia, alcançando 2 bilhões de consumidores em mais de 50 mercados.

Espera-se que a empresa combinada gere um Lucro Bruto Ex-TAC de US$ 660 a US$ 680 milhões e um EBITDA Ajustado de US$ 180 a US$ 190 milhões em 2024.

Impacto no Setor de Publicidade

A fusão representa uma mudança significativa no cenário da publicidade digital, unindo a tecnologia de desempenho orientada por IA da Outbrain com as soluções de vídeo e branding da Teads. A nova empresa se concentrará em entregar resultados tangíveis, como atenção, engajamento e conversões de e-commerce, diferenciando-se dos players que priorizam visualizações e impressões.

A transação posiciona a nova entidade como uma das principais plataformas de publicidade na internet aberta, competindo em um mercado estimado em US$ 175 bilhões.

Nota da Abraji: o Jornalismo Investigativo e a Transparência no Uso do Dinheiro Público no Brasil

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) protocolou em 25 de julho uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a instauração de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra as “emendas Pix” do Congresso Nacional.

A entidade argumenta que essas emendas, criadas pela Emenda Constitucional 105/2019, comprometem a transparência e a fiscalização do orçamento ao permitir transferências de verbas diretamente para prefeituras ou governos locais sem necessidade de apresentação de projetos.

Isso dificulta o rastreamento e controle da aplicação dos recursos. A Abraji se pronunciou sobre o assunto nos últimos dias em suas redes sociais, com declaração da presidente Katia Brembatti. A entidade argumenta sobre o papel do jornalismo nesse processo e da atuação em prol da transparência na utilização e destinação dos recursos públicos no país. 

Leia abaixo nota assinada pela Associação sobre o tema

“A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ingressou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7688 no Supremo Tribunal Federal (STF). Já tivemos nossa primeira vitória, com a decisão em caráter liminar do ministro relator do caso, Flávio Dino, que ordenou que as emendas especiais diretas, conhecidas como emendas Pix, passem a atender aos critérios de transparência e fiscalização, essenciais ao escrutínio dos recursos públicos.

Esperamos que essa vitória, que não é apenas do jornalismo, se confirme no julgamento de mérito da decisão do ministro, a ser feito pelo plenário do STF. Para a Abraji, as emendas Pix não atendem aos critérios constitucionais da execução orçamentária. E a decisão do ministro vem ao encontro dos ajustes necessários para que a rastreabilidade e fiscalização dos recursos públicos sejam preservadas.

O ministro ordena também que todo o montante já empenhado nessas emendas desde 2020, cerca de R$ 20 bilhões, seja analisado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e que as próximas emendas sejam fiscalizadas por CGU e Tribunal de Contas da União (TCU). Uma outra medida de interesse público é que os parlamentares, salvo exceções de esforço nacional, possam destinar as emendas Pix apenas para seus estados de origem eleitoral.

Essas são medidas de ajuste de um mecanismo que tem se mostrado falho e perigosamente opaco. Agora, mais organizações da sociedade civil têm buscado participar do julgamento da ADI, na condição de amicus curiae, mostrando como a regulação das emendas Pix são de interesse público e nacional”.

Notícias no Mundo das Notícias

Novidades de IA para usar nas redações*

*Traduzido com ChatGPT de estudo publicado na revista norte-americana TIME sobre o impacto da Inteligência Artificial na sociedade. E nas redações.

Em 2021, uma criança de 13 anos se inscreveu em uma conta no TikTok e pesquisou por “onlyfans”, o nome de um site conhecido por hospedar entretenimento adulto.

O usuário logo caiu em uma espiral de conteúdo sexual, muito dele rotulado como “somente para adultos”. Em certo momento, vídeos sobre bondage e sexo compunham mais de 90% do feed do usuário.

Mas essa criança de 13 anos não era uma pessoa real – era uma das mais de 100 contas automatizadas, ou bots, criadas por investigadores do Wall Street Journal para testar como os algoritmos do TikTok poderiam expor muitos dos usuários mais jovens a conteúdos inadequados. Louise Story, ex-diretora de produto e tecnologia do jornal, disse à TIME que a equipe de jornalismo computacional do Journal usou uma variedade de ferramentas de IA para projetos como a investigação do TikTok.

A IA está mudando rapidamente a natureza das notícias que consumimos, com diferentes tecnologias tendo uma ampla gama de aplicações para jornalistas. Já estão usando para fazer novos tipos de reportagens, alcançar mais usuários e extrair significado de grandes volumes de dados. À medida que os publishers adotam a IA de novas maneiras, isso deve ajudar os jornalistas a fazer seu trabalho de forma mais rápida e inteligente – ou, se usado de maneira menos sábia, pode degradar as notícias e marginalizar as pessoas e organizações dedicadas a fornecê-las.

Le Monde, um dos principais jornais franceses, usou a IA para criar uma nova via para divulgar seu trabalho. Em 2022, o jornal lançou uma edição em inglês, com artigos traduzidos da versão original em francês.

A maneira tradicional de fazer esse trabalho, contratando tradutores especializados, seria muito lenta e cara; usar um aplicativo de tradução comum, como o Google Translate, seria barato e rápido, mas não produziria textos à altura dos padrões do Le Monde.

Então, o jornal escolheu um caminho intermediário. Primeiro, envia seu texto em francês pelo DeepL, um aplicativo de tradução automatizada. Em seguida, o texto é revisado por duas camadas de editores humanos, mantendo o estilo da marca enquanto produz cerca de 40 artigos por dia. “Se houvesse apenas os sete jornalistas atualmente trabalhando no projeto escrevendo histórias, publicaríamos talvez de uma a cinco por dia”, disse Elvire Camus, editora da edição em inglês do Le Monde, ao Nieman Reports.

Alguns jornalistas estão usando a IA de maneira mais individual, como um assistente pessoal, para gerar ideias, testar manchetes e muito mais. Farhad Manjoo, do New York Times, descreve o ChatGPT como um “jetpack” para ajudá-lo a encontrar as palavras certas, resumir documentos longos e superar bloqueios de escrita: “Mais cedo ou mais tarde”, escreveu ele, “algo como o ChatGPT se tornará uma parte regular dos kits de ferramentas de muitos jornalistas.”

Fica tudo igual?

Claro, nem todos concordam. O maior medo é que a IA generativa produza em massa um produto parecido com jornalismo que substitua a variedade artesanal, ou pelo menos sugue grande parte dos lucros da indústria. O magnata da mídia Barry Diller está esperando formar uma coalizão com outros publishers para negociar com empresas de tecnologia sobre o uso de seu conteúdo.

O presidente da IAC diz que grandes modelos de linguagem, treinados parcialmente com textos de sites de notícias, poderiam roubar o valor desse conteúdo dos publishers ao reembalar as informações para seus próprios usuários. “Você viu nos últimos, certamente, 15 desses anos, a enorme destruição” causada por dar notícias de graça online, disse ele em maio de 2023.

A menos que haja uma estrutura em vigor para que os publishers sejam pagos, ele acrescentou, “você verá outra onda [que é] ainda mais destrutiva.”

De fato, o Google está testando uma ferramenta codinome Genesis que pode gerar artigos de notícias a partir de informações brutas, como detalhes de eventos atuais. A empresa está apresentando isso aos jornais como uma ajuda para os repórteres cuidarem de tarefas rotineiras, mas certamente alguns proprietários verão isso como uma forma de reduzir os gastos com a equipe. Já está acontecendo.

Em abril de 2023, o BuzzFeed demitiu 15% de sua força de trabalho após fechar o BuzzFeed News; a empresa agora está “apostando mais” em conteúdo criado por IA, como questionários e chatbots. Dois meses depois, o jornal alemão Bild anunciou que demitiria um terço de seus funcionários devido à automação.

Jornalismo automatizado funciona?

Vários publishers começaram a experimentar notícias geradas por IA e, até agora, os resultados levantam mais preocupações sobre o jornalismo automatizado nos enterrando em lixo do que nos superando em qualidade. O CNET provocou uma reação negativa após começar a publicar artigos escritos por IA em novembro de 2022 sem notificar leitores ou até mesmo funcionários. Alguns artigos continham erros; os funcionários editoriais do CNET se sindicalizaram, alarmados que “a tecnologia automatizada ameaça nossos empregos e reputações.”

Em junho de 2023, um executivo da editora de jornais Gannett disse que era um erro para outros serviços de notícias usarem a IA generativa para rapidamente lançar conteúdo barato e que “não estamos cometendo esse erro.” No entanto, em agosto, o Columbus Dispatch postou um resumo de um jogo de futebol sem nomes de times: “O Worthington Christian [[WINNING_TEAM_MASCOT]] derrotou o Westerville North [[LOSING_TEAM_MASCOT]],” relatou o jornal da Gannett.

Sam Guzik, um especialista em jornalismo e tecnologia da New York Public Radio, disse à TIME que se isso continuar, as pessoas poderão ser forçadas a “pagar para sair da internet do lixo“.

Pode não chegar a isso. Para cada erro de codificação gritante, há uma explosão de esforços inventivos para usar a IA para fornecer um jornalismo melhorSourceScout é uma ferramenta que ajuda repórteres a encontrar rapidamente especialistas diversos para entrevistas – um “plugin do ChatGPT para amplificar o gênio marginalizado”, diz a co-criadora Alicia Stewart à TIME.

A publicação espanhola Newtral combate a desinformação com o ClaimHunter, um modelo de linguagem que analisa notícias em busca de possíveis falsidades, que são então verificadas por pessoas. Repórteres usam IA para transcrever suas entrevistas (por exemplo, com Otter.ai), e publishers a usam para mostrar aos usuários conteúdos que se adaptam às suas preferências.

Jornalistas e publishers enfrentam desafios, mas também oportunidades com a IA. Agora eles têm que mostrar aos computadores – e ao seu público – o quão inteligentes os humanos podem ser.

Veja uma boa definição de churn neste video de Robson Harada.

Churn: 3 lições sobre aumentar preços de assinaturas

Abaixo você vai ler o resumo que fiz de um estudo do eMarketer, que é um famoso e considerado instituto norte-americano de pesquisas e análises do mundo do marketing, comunicação e mídia digital.

O assunto é o churn, ou a perda recorrente de clientes. No caso, clientes assinantes. E mais especificamente ainda, perda de assinantes após o aumento no preço da assinatura.

Aumentar o preço da assinatura é, obviamente, inevitável. Mas tem consequências.

Veja três exemplos abaixo, que podem – apesar de serem de empresas dos Estados Unidos e se referirem a serviços de streaming – servir perfeitamente de referência prática para sua empresa aqui no Brasil.

Como diz o estudo, não tem sido nada fácil para os consumidores assinantes suportar os frequentes reajustes no preço de suas assinaturas.

Ainda mais num cenário de pulverização da mídia, que fez com que o consumidor passasse a assinar vários serviços de conteúdo a um só tempo.

Quase sete em cada dez (67%) consumidores nos EUA viram pelo menos um de seus serviços de assinatura aumentar o custo, de acordo com uma pesquisa de março de 2024 da CNET, nos EUA.

Mais da metade (52%) dos adultos americanos cancelou uma assinatura de serviço de streaming por causa do aumento de preço, de acordo com dados de outubro de 2023 da TransUnion e Dynata.

Ao personalizar as opções de assinatura, destacar o valor e antecipar o impacto que virá para todas as partes interessadas, pode minimizar esses  cancelamentos, orienta o eMarketer.

As três lições

  1. Spotify atende a todos com formas variadas de assinaturas

Em julho, o Spotify implementou seu segundo aumento de preço nos EUA em menos de um ano e anunciou mais tipos de assinatura destinados a atender diferentes lares e preferências de conteúdo. Além da opção de Acesso a Audiolivros lançada em março, o Spotify lançou seu plano “Básico”, $1 a menos do que o nível “Premium Individual” padrão.

“Estamos vendo menos cancelamentos nesta rodada de aumentos do que vimos na anterior”, disse o CEO Daniel Ek durante sua última chamada de resultados.

Lição: Adicionar opções de assinatura pode evitar que os consumidores se sintam encurralados em um novo custo mais alto e alienar aqueles com orçamento limitado. Diversificar os planos de assinatura com base no conteúdo, como fornecer um nível apenas para audiolivros, também oferece personalização.

  1. Peacock prova que o timing (com conteúdo) é tudo (Peacock é o serviço de streaming da NBC)

Para novos assinantes do Peacock, os preços aumentaram em 18 de julho, enquanto os assinantes existentes receberam um aviso de um mês para transmissão dos jogos a um preço mais baixo.

O Peacock está apostando na ampla cobertura esportiva e lançamentos exclusivos para impulsionar novas assinaturas e retenção em meio a aumentos de preço e a perda de 500.000 assinantes no segundo trimestre de 2024.

Após as Olimpíadas, quando tanto novos quanto antigos assinantes enfrentarem as taxas aumentadas, o Peacock espera que o retorno do futebol seja suficiente para reduzir o cancelamento.

“Nossa oferta de conteúdo fornece uma proposição de valor tão grande, que devemos ter algum poder de preço real ao longo do tempo”, disse Mike Cavanagh, presidente da Comcast, em uma recente apresentação a investidores..

Lição: Ao alinhar os aumentos de preço com períodos de alta demanda e interesse, os provedores de streaming podem provar melhor seu valor. Também é essencial que o valor seja mantido além dos momentos de pico de engajamento, como as Olimpíadas, para garantir que os consumidores não cancelem sua assinatura logo depois.

  1. Twitch mostra o efeito cascata do preço

Em junho, o Twitch (streaming de games) anunciou que aumentaria o preço das assinaturas nos EUA pela primeira vez, cobrando $1 a mais por mês para acessar os canais de criadores individuais. O aumento tem ramificações de receita para a empresa e seus criadores, que recebem de 50% a 70% da renda das assinaturas.

O cancelamento de assinaturas pode ser um risco aceitável após relatar zero lucratividade desde sua aquisição em 2014 por $1 bilhão. Mas o Twitch também precisa considerar o cancelamento de criadores. Se os criadores perderem seguidores por causa do aumento de preço, eles podem migrar para outras plataformas de streaming, como TikTok ou YouTube, para alcançar um público maior.

Lição: Antes de ajustar os preços, avalie o impacto mais amplo em todas as partes interessadas, incluindo os criadores, que são vitais para o sucesso da sua plataforma. Investir em melhorias na plataforma (por exemplo, o novo aplicativo móvel redesenhado do Twitch) ajudará os criadores a se sentirem apoiados, incentivando-os a permanecer.

O resumo das três lições é que uma estratégia prévia de transparência sobre o aumento que virá para os assinantes mitiga abandonos e reduz o churn. 

Franqueza e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

74% dos veículos de Jornalismo no Brasil planejam diversificar fontes de receita com foco em publicidade e contribuições do público

Foi lançado no dia 30 de julho, o relatório completo e o catálogo de veículos produzidos pelo Project Oasis. A iniciativa começou em 2019 na América do Norte e tem o objetivo de criar uma base de dados global sobre o ecossistema de jornalismo digital.

Com apresentação dos perfis detalhados de organizações de jornalismo digital, o evento, realizado em Buenos Aires, Argentina, também foi transmitido ao vivo pelo YouTube da SembraMedia, líder do programa.

Nesta fase do projeto, foram mapeadas mais de 3 mil organizações de 68 países na Europa e nas Américas. É a primeira vez que a pesquisa inclui informações sobre veículos brasileiros em seu diretório. 

Uma observação importante foi a necessidade de mais apoio ao jornalismo local e hiperlocal. Os veículos com cobertura internacional registram receitas 50% maiores do que aqueles que cobrem questões nacionais. Estes últimos, por sua vez, têm rendimentos cerca de quatro vezes maiores do que os que focam na agenda regional e local.

Parcerias e Contribuições Brasileiras

Com o apoio da Google News Initiative, o levantamento no Brasil foi realizado em parceria com a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), que se juntou a um grupo de organizações aliadas à SembraMedia.

As informações brasileiras, foram lançadas primeiramente durante o primeiro dia do Festival 3i 2024, em 13 de junho, na Casa Firjan, no Rio de Janeiro, e contou com a apresentação da diretora do Project Oasis Global, Ana Paula Valacco, e o coordenador do programa no Brasil, Marcelo Fontoura.

Entre os parceiros estão LION Publishers (América do Norte)European Journalism CentreMedia and Journalism Research CenterGlobal Forum for Media Development International Media Support (Europa).

Ao longo de cinco meses de trabalho, nove pesquisadores, distribuídos pelas cinco regiões do Brasil, reuniram dados sobre receita das organizações, modelo de negócio, gênero dos fundadores e número de funcionários. Ao todo, foram mapeados 164 veículos, sendo 60% associados à Ajor, que serão somados ao conjunto de dados dos outros países.

Diretório e Objetivos do Project Oasis

Está disponível um diretório com perfis detalhados e opções para comparar e produzir mais conhecimento a partir das informações de mais de 160 mídias brasileiras somadas ao conjunto dos outros países. Nos próximos anos, o programa pretende incluir organizações da Ásia, África e Oriente Médio.

objetivo do projeto é fornecer insights e recomendações para:

  1. Líderes de mídia e suas equipes: para ajudá-los a aprender uns com os outros, identificar potenciais parceiros e revelar modelos de negócios, tendências, melhores práticas e técnicas que possam fortalecer suas próprias organizações.
  2. Financiadores, investidores e organizações de suporte à mídia: para entender melhor os padrões e tendências nas regiões e países cobertos, auxiliando na implementação de iniciativas que apoiem melhor a sustentabilidade da mídia digital independente.
  3. Acadêmicos: para aumentar o acesso a informações sobre o setor de mídia, incluindo pluralismo, liberdade de imprensa, e mercados de mídia.
  4. Formuladores de políticas: para garantir que as necessidades dessas novas formas de mídia sejam consideradas na criação de políticas nacionais e internacionais.
  5. Todos que apoiam a liberdade de imprensa: para apoiar organizações de notícias digitais independentes.

Trata-se de uma ferramenta importante para mapear e entender o ecossistema do jornalismo digital, oferecendo uma visão abrangente das tendências e desafios enfrentados por mídias nativas digitais ao redor do mundo. Para acessar o diretório e obter mais informações, visite globalprojectoasis.org.

Para entender mais sobre os impactos do Project Oasis no Brasil, leia, a seguir, a entrevista com Samanta do Carmo, gerente-executiva da Ajor. A Ajor é uma entidade parceira da Alright, que também estará presente em um dos painéis do Alright Summit para apresentar detalhes do Project Oasis.

Ela é formada em Jornalismo pela Unesp e Filosofia pela UNB. Como repórter atuou principalmente na cobertura política e no Congresso, em Brasília. Passou por veículos como TV Brasil, Congresso em Foco, Azmina e Intercept Brasil, onde foi coordenadora de Redação. Ex-bolsista dos programas Women Leadership Acceleretor (ONA, US) e Emerging Media Leaders (ICFJ/ECA, US).

Qual foi o critério utilizado para selecionar as organizações brasileiras de mídia incluídas no projeto? Houve algum desafio específico nesse processo?

Os critérios usados pela Ajor para selecionar as organizações de jornalismo brasileiras que foram pesquisadas e incluídas no diretório do Project Oasis, seguiram basicamente os critérios gerais estabelecidos pela missão:

  • Organizações de jornalismo nativas digitais ou com a grande maioria de seus conteúdos e modelo de negócio online;
  • Ter sido regularmente constituída há pelo menos 12 meses (CNPJ) ou comprovar atividade jornalística constante nos últimos seis meses; 
  • Declarar ter controle editorial independente do Estado, de partidos políticos ou de políticos com mandato.

O objetivo é identificar novos tipos de mídia que atendam ao interesse público sem excluir as startups, que são tão novas ou tão inovadoras que nem sempre se parecem com organizações de notícias e, como resultado, não podem atender aos critérios tradicionais que outras organizações usam nesses tipos de avaliações.

Priorizamos a identificação de organizações de notícias nativas digitais e editorialmente independentes que atendam ao interesse público por meio de notíciasjornalismo investigativo e reportagens baseadas em fatos. No caso brasileiro, ainda priorizamos uma seleção com representatividade regional. 

Quais são as principais tendências e desafios observados no ecossistema de mídia digital no Brasil, especialmente em relação à diversidade de gênero entre os fundadores e à sustentabilidade financeira das organizações?

pesquisa Oasis reafirmou uma tendência que a Ajor já vinha percebendo desde sua fundação, em 2021, que é a alta participação de mulheres na criação de novas organizações de jornalismo no país. De acordo com a pesquisa, mais de 80% dos veículos pesquisados têm pelo menos uma mulher em sua equipe de fundadores. 

Como hipóteses, esse número pode demonstrar, por um lado, que as mulheres vêm conseguindo mais protagonismo na gestão de empreendimentos jornalísticos. No entanto, também pode se relacionar com a dificuldade da ascensão de mulheres na estrutura do jornalismo convencional. Ou seja, para avançar em suas carreiras, as mulheres precisam deixar grandes e tradicionais empresas de jornalismo e empreender. 

Sobre sustentabilidade financeira, a informação que considero mais relevante é a de que 74% das organizações de jornalismo entrevistadas no Brasil planejam investir em novas fontes de receita num horizonte de um ano, o que corresponde ao ano de 2024, considerando que a coleta de dados ocorreu entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024.

publicidade segue como fonte de receita mais citada e também aparece como a mais mencionada entre esses veículos que estão pensando em diversificar receitas em curto prazo. Mas as fontes de receita diretamente do público também demonstram ser promissoras, elas aparecem em terceiro lugar na intenção de investimento dos gestores de mídia em busca de diversificação de receitas. 

Como a AJOR enxerga o papel do jornalismo local e hiperlocal no Brasil, especialmente em regiões como a Amazônia, onde há uma carência significativa de cobertura jornalística? Vi que há um tópico bem relevante sobre o tema no relatório.

Parte importante da missão da Ajor é fomentar um jornalismo de interesse público mais diverso e plural, e a associação entende o jornalismo local e hiperlocal como agentes importantes dessa pluralidade e diversidade. E também como agentes importantes para aproximar as pessoas do jornalismofortalecer vínculos sociais e comunitários na localidade em que atuam e combater os desertos de notícias. 

O jornalismo atuante na Amazônia também segue esse padrão, mas tem um ambiente informacional com demandas específicas. Por exemplo, ao mesmo tempo em que diversas organizações de jornalismo reportam sobre a região, sem necessariamente estarem sediadas na Amazônia, também é preciso fortalecer o jornalismo local feito pelos próprios amazônidas e comunicadores indígenas, que atendem necessidades informacionais básicas dessa comunidades, como acesso a serviços e fortalecimento do vínculo social da comunidade, além de terem acesso a fontes e histórias que outras organizações não têm.

Todos desempenham um papel crucial na defesa da democracia e na proteção dos direitos humanos ao expor práticas ilegais, corrupção e violações ambientais e estão em risco por causa disso.    

De forma geral, vale mencionar que a pesquisa Oasis aponta que os veículos de jornalismo digital de cobertura nacional declararam receitas 4 vezes maiores do que a média das organizações de jornalismo local e regional, o que aponta para o desafio da sustentabilidade financeira e do desenvolvimento do jornalismo local e hiperlocal.  

O relatório menciona o uso de publicidade programática e redes de anúncios programáticas. Como essas ferramentas têm ajudado as mídias menores a se manterem financeiramente?

O relatório do Oasis indica que organizações de pequeno porte dificilmente conseguem desenvolver receitas na área da publicidade tradicional para marcas nacionais e internacionais, mas conseguem rendimentos a partir da publicidade programática e redes de anúncios programáticos – o que é visto em 26% das organizações do diretório (não estão incluídos os números do Google Adsense).

O grande ponto desse tipo de publicidade está na possibilidade de direcionar os conteúdos ao público-alvo, que pode ser alcançado com veículos que cobrem nichos específicos. No Brasil, podemos citar um exemplo de uso da mídia programática que é a Black AdNet, que conecta anunciantes e marcas a uma rede de sites e publishers negros.

Quais os próximos passos a serem desenvolvidos no contexto do projeto para os veículos do Brasil?

O primeiro passo agora que o diretório está no ar é descobrir o máximo possível de tendências a partir do cruzamento de dados para embasar ações de fortalecimento do jornalismo no Brasil.

As organizações de jornalismo participantes das etapas anteriores no Sudeste Asiático, África e América Latina hispanófona, por exemplo, relatam que sua inclusão no diretório e relatórios da pesquisa os ajudou a atrair a atenção de financiadores, serviços jurídicos pro-bono e outros apoiadores. Esperamos que os veículos brasileiros também possam ganhar visibilidade a partir do diretório. 

Efeitos da Interrupção Global de Segurança Cibernética para Organizações e Indivíduos

Uma falha devastadora em uma atualização do software da CrowdStrike (uma das principais empresas de segurança cibernética do mundo), ocorrida no último 19 de julho, resultou em uma das maiores interrupções globais de Tecnologia da Informação já registradas. O evento teve consequências significativas para empresas, governos e indivíduos ao redor do mundo.  

Foi apurado que a interrupção foi causada por um erro em uma atualização do software de segurança da CrowdStrike. O problema surgiu quando a atualização interagiu mal com o sistema operacional Windows, levando a travamentos generalizados e falhas de sistema. A atualização foi distribuída automaticamente para milhões de dispositivos ao redor do mundo, resultando em um colapso em larga escala da infraestrutura digital.

Impactos Imediatos na Segurança Cibernética

  1. Danos Econômicos Significativos:

   – Análises indicaram que empresas sofreram perdas diretas de até US$ 5 bilhões. Setores específicos, como saúde e aviação, foram particularmente atingidos. Companhias aéreas também foram severamente impactadas, com cancelamentos de voos, opções manuais de processos e prejuízos financeiros.

   – E-commerce Brasileiro: O e-commerce no Brasil sofreu perdas milionárias em vendas durante o apagão, destacando o impacto econômico global e regional da falha.

  1. Interrupção de Serviços Críticos:

   – Infraestrutura de TI: A falha causou a interrupção de serviços essenciais, incluindo hospitais e companhias aéreas.

   – Setores Bancário e de Saúde: Esses setores foram os mais afetados, com interrupções que comprometeram operações e serviços essenciais, aumentando a pressão sobre as organizações para restaurar a normalidade rapidamente.

  1. Seguradoras e Cobertura de Danos:

   – Perdas Cobertas: Apenas uma pequena parte das perdas (dados apontam para 10% a 20%) pode ser coberta por apólices de seguro de segurança cibernética. Isso inclui seguro contra interrupção de negócios e seguro de viagem. 

Como esses acontecimentos afetam o cotidiano de todas as pessoas?

A interrupção global de segurança cibernética de 19 de julho de 2024 não apenas causou danos financeiros significativos e transtornos operacionais, mas também teve um impacto profundo na vida das pessoas e na maneira como interagimos com a tecnologia. Este evento destacou a vulnerabilidade crítica das infraestruturas digitais que sustentam a economia global e revelou como uma falha técnica em uma empresa de segurança cibernética pode desencadear um efeito dominó de consequências.

Para os indivíduos, o apagão cibernético afetou diretamente a confiança em tecnologias essenciais. Serviços bancários, médicos e de transporte, que dependem cada vez mais de sistemas digitais, ficaram comprometidos, mostrando como a dependência tecnológica pode resultar em interrupções na vida cotidiana quando não envolvidas de extrema segurança. A perda de acesso a serviços críticos não só gerou frustração, mas também evidenciou a necessidade urgente de robustecer as medidas de segurança para proteger a privacidade e a integridade das informações pessoais.

No contexto da dinâmica do uso das tecnologias, o incidente revela a importância de diversificar e fortalecer os sistemas de segurança. A falha também trouxe à tona a necessidade de os usuários estarem mais conscientes dos riscos associados às atualizações automáticas e à interdependência dos sistemas digitais.

O cotidiano das pessoas está cada vez mais entrelaçado com a tecnologia, e a segurança cibernética tornou-se um componente essencial para a tranquilidade e a continuidade das atividades diárias. O evento de 19 de julho serve como um lembrete contundente de que a proteção contra ameaças cibernéticas deve ser uma prioridade constante. Investimentos em segurança, educação sobre riscos e desenvolvimento de tecnologias mais seguras são fundamentais em torno de possíveis impactos de futuras falhas e assegurar que a tecnologia continue a servir de forma confiável e segura.

A interrupção global ressaltou a necessidade de uma abordagem mais crítica e proativa em relação à segurança cibernética. O caminho a seguir exige colaboração entre empresas, governos e indivíduos para construir uma infraestrutura digital mais robusta e resiliente.

À medida que o mundo continua a digitalizar suas operações, a resiliência e a segurança cibernética devem estar no centro das estratégias de gestão de risco e de continuidade dos negócios.

Aumente a qualidade de imagens com apenas um clique

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Com esta ferramenta, você pode reimaginar quantos detalhes desejar, guiado pelo seu próprio prompt e parâmetros. É uma solução poderosa que redefine o que é possível em termos de qualidade e criatividade visual.

TikTok Publica Guia de Marketing para PMEs

Com o planejamento para as festas de fim de ano a todo vapor, o TikTok publicou um novo manual de marketing para PMEs, que pode ajudar você a maximizar seus esforços na plataforma. O manual de 19 páginas abrange todos os aspectos do marketing no TikTok, com diversas notas e sugestões para orientar sua abordagem. O guia completo está disponível aqui.

Microsoft Designer agora disponível para todos

Microsoft Designernovo aplicativo da Microsoft, já está acessível para todos os usuários. A ferramenta pode ser baixada ou utilizada diretamente na web, permitindo a criação de imagens e designs tanto manualmente quanto com a ajuda da inteligência artificial. Semelhante ao Canva, mas com a qualidade da Microsoft, o Designer oferece uma gama de ferramentas para a criação de publicações para redes sociais, convites, adesivos, colagens e muito mais.

Tendências de design de logotipo mais quentes de 2024

À medida que 2024 avança, o relatório de tendências de logotipos da LogoLounge foi lançado, destacando as principais direções de design dos últimos 12 meses. Este ano, o relatório foca em 15 tendências principais, mostrando logotipos que estão sendo “encaixotados, cortados, descartados, liquefeitos e adesivos”. Curiosamente, alguns logotipos estão até ficando em segundo plano em relação a outros elementos visuais da marca. Confira o relatório completo aqui.

“Acreditamos na força das comunidades na difusão do jornalismo regional”, afirma Regina Bucco, diretora-executiva da ANER

Recentemente, a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) organizou a reunião de entidades e organizações em torno da campanha “Seja responsável. Não acuse sem checar”. Alright também integrou o projeto que começou no intuito de combater as mentiras, boatos e a circulação de desinformação durante a crise das enchentes no Rio Grande do Sul. A proposta dessa campanha foi disseminar mensagens de impacto que incentivassem a educação midiática dos cidadãos, ajudando a evitar a propagação de boatos.

As peças foram veiculadas em diversos canais de comunicação, com o objetivo de estimular o público a refletir e verificar informações antes de compartilhar conteúdos como cards, vídeos, mensagens e áudios. Com o impacto positivo das ações, a Aner optou por continuar a mobilização para outras ações de combate à desinformação, com destaque para o papel da imprensa e do jornalismo.

Nesta entrevista, Regina Bucco, diretora-executiva da Aner, fala sobre o papel da Associação no combate à desinformação, a importância da imprensa na verificação de informações e o impacto da regionalidade no jornalismo.

Ela acredita que, ao abordar o jornalismo regional, é possível promover a união de vozes como forma de abrir espaço para mais reconhecimento. Regina também trata sobre a importância da educação e da colaboração entre diferentes atores do ecossistema para acabar com os desertos de notícias, além de estimular a aproximação entre os agentes públicos e a iniciativa privada para “promover a clareza, reforçar a credibilidade e combater as mentiras que destroem vidas e comunidades”.

Além das campanhas públicas, quais medidas a Aner tem adotado para capacitar seus associados no combate à desinformação?

Desde o início da nossa gestão, temos promovido formas de engajar e estimular o networking, compartilhamento de experiências entre os associados. Já estamos chegando ao 100º. Café com Aner, um formato em que convidamos especialistas de diversas áreas para conversar com os publishers, apresentar suas soluções, novidades tecnológicas, pensar o contexto e os desafios.

Nos Cafés, que são sempre gratuitos e abertos a todos, nós trabalhamos com o que é essencial no jornalismo: a credibilidade e o profissionalismo. Acreditamos na colaboração como uma forma de fortalecer os publishers e todo o segmento, inclusive no combate à desinformação.

De que maneira a Aner tem promovido a inclusão de vozes e perspectivas regionais em suas campanhas e ações de combate à desinformação?

Acreditamos muito na força das comunidades na difusão do jornalismo regional. Temos associados que são importantes nas regiões onde atuam e ficamos orgulhosos de mostrar e propagar o que é feito por eles, através das nossas publicações no site, nas redes e nas newsletters.

Promover a união de vozes regionais é uma forma de abrir espaço para que possam ser conhecidas. A inclusão de frases, expressões e vozes regionais nas campanhas é uma forma de aumentar a identificação do público dessas localidades e gerar empatia com a causa do jornalismo profissional. Não dá pra engajar naquilo com que não nos identificamos.

Quais são as expectativas da Aner em relação ao papel dos associados na disseminação de informação verificada e de qualidade, especialmente em um ano tão desafiador para o trabalho da imprensa com o processo de eleições municipais?

Temos uma preocupação muito grande em combater a mentira tanto analógica como digital. Os associados da Aner sabem da responsabilidade que têm ao informar o público. As informações e as fontes são checadas, como todo jornalismo profissional de qualidade deve fazer.

Quais são os principais benefícios que a Aner observa no trabalho em rede e de colaboração entre mídias regionais digitais, entidades representativas do setor, órgãos públicos e organizações parceiras?

Quando as entidades e órgãos regionais se unem, o ambiente de produção de conteúdo se torna muito mais saudável, diverso e rico em experiências, porque ampliamos o leque de pontos de vista sobre os mesmos fatos. Isso leva a uma informação de credibilidade, fruto de um trabalho sério e ao princípio do contraditório, que é tão bonito na democracia e na imprensa.

Ouvir todos os lados envolvidos na situação gera informação de qualidade, com diversidade, mais informação. Compartilhar experiências, colaborar com novas ferramentas, novos formatos e modelos de negócio facilita esse trabalho. 

Quais estratégias a Aner acredita que possam ser adotadas pelas entidades para superar a questão dos desertos de notícias, desafio tão grande para o trabalho da imprensa em todo o país?

Acreditamos muito no potencial da educação, da troca de informações e da colaboração como antídoto para os desertos de notícias. Debates, união de forças em prol de um objetivo, cursos, campanhas conjuntas de difusão de notícias de credibilidade são algumas das opções.

Se pudermos ocupar espaços e ajudar as mídias regionais a sobreviver com laboratórios de negócios, estimulando o cuidado com a marca e as mídias proprietárias, mostrando como ganhar dinheiro com conteúdo, fortaleceremos as empresas regionais e ajudaremos a destacar a importância do jornalismo regional para a comunidade e para a democracia.

Quais são os próximos passos planejados pela Aner para continuar fortalecendo o papel da imprensa e combater a desinformação?

Aner está investindo em parcerias de educação continuada com universidades, faculdades organismos internacionais com o objetivo de trazer o que há de melhor em termos de preparo para as empresas e seus funcionários, colaboradores. Em breve teremos novidades. Além disso, entendemos que é importante essa aproximação com o poder público para combater a desinformação, juntos. É papel de todas as instituições, sejam públicas ou privadas: promover a clareza, reforçar a credibilidade e combater as mentiras que destroem vidas e comunidades.

Mídia e Poder Público: atrofias de uma simbiose doente

Neste artigo você vai ler sobre a relação entre mídia e poder público no Brasil. O tema é histórico e complexo, com raízes que remontam ao período colonial.

uso de verbas públicas para influenciar o conteúdo editorial não é uma prática nova, mas a digitalização e a diversificação das fontes de financiamento oferecem novas oportunidades para enfrentar o problema dessa dependência e fortalecer a autonomia editorial das organizações de mídia.

Estudos recentes indicam que a diversificação de receitas, incluindo assinaturas digitais, eventos e parcerias tecnológicas, pode ajudar as organizações de mídia a reduzir a dependência de verbas públicas e a manter sua integridade editorial. Iniciativas de colaboração entre veículos de comunicação também têm se mostrado eficazes na promoção de um jornalismo mais robusto e independente. Boa leitura!


Simbioses extremas tendem ao promíscuo. No jornalismo, na mídia e nos negócios editoriais não é diferente, quando quem produz informação, por proximidade e dependência do público e do político, em vez de informação, passa a reproduzir interesse. Todos sabemos do que estou falando.

No cenário atual da comunicação, a dependência excessiva de editoresjornalistas e publishers locais das verbas públicas para sustentar suas operações tem se mostrado uma ameaça significativa à independência editorial. A prática, que remonta a séculos, tornou-se uma armadilha perigosa para muitas organizações de mídia, especialmente essas locais, que se veem financeiramente dependentes dos recursos de publicidade provenientes do governo. E de grupos políticos de suas comunidades.

O promíscuo

Quando uma organização de mídia depende desproporcionalmente de verbas públicas, ela pode sentir-se compelida a ceder espaço editorial para narrativas que favoreçam os interesses governamentais ou de grupos político-econômicos de pressão.

Essa troca muitas vezes resulta em um conteúdo editorial que não reflete necessariamente o interesse público, mas sim os interesses do governante de plantão. Ou de interesses alheios ao da comunidade e da audiência.

A consequência disso é uma óbvia e nada bem-vinda subserviência editorial, que compromete a integridade e a idoneidade do jornalismo, desviando-o de sua missão fundamental de servir às necessidades informativas da população e das comunidades em que opera.

Dura, só que acaba

A submissão a interesses governamentais pode levar a uma diminuição na qualidade e na credibilidade do conteúdo publicado. O público leitor, que busca informações imparciais e relevantes, pode começar a perceber a parcialidade nas reportagens e editoriais. Essa percepção é o início do fim.

No tempo, ela resulta na perda de confiança e, eventualmente, na diminuição do público leitor, comprometendo ainda mais a sustentabilidade financeira das publicações. É algo meio óbvio, convenhamos. 

Diversificar é preciso

Para mitigar os riscos associados à dependência de verbas públicas, é crucial que as organizações de mídia busquem diversificar suas fontes de receita. Essa diversificação pode ser alcançada por meio de várias estratégias. Só algumas dicas a seguir:

  1. Receitas de Redes Sociais: Monetização de conteúdo através de plataformas como YouTube, Facebook e Instagram.
  2. Parcerias Tecnológicas: Colaborações com plataformas de tecnologia para a distribuição e monetização de conteúdo.
  3. Comercialização de Dados: Utilização ética e responsável de dados para oferecer insights valiosos aos anunciantes.
  4. Patrocínios e Publicidade Privada: Atração de anunciantes diversos, ampliando a base de clientes além do setor público.
  5. Eventos e Conferências: Organização de eventos que gerem receita direta e fortaleçam a comunidade em torno da publicação.
  6. Construção de Comunidades de Leitores: Desenvolvimento de programas de assinatura e outros mecanismos que promovam o engajamento e a lealdade dos leitores.

Tiro no pé

A ideia de que a dependência das verbas governamentais e de grupos de poder é um caminho de sobrevivência para as organizações de mídia é uma falácia perigosa. Em verdade, é mais um caminho que leva, em verdade, à subserviência, colocando em risco a independência editorial, a essência do jornalismo e, por fim, a independência financeira e de negócios.

A sustentabilidade a longo prazo para empresas editoriais locais depende da diversificação das fontes de receita e da manutenção de uma postura editorial independente e fiel aos princípios da integridade jornalística. Somente assim as organizações de mídia poderão garantir sua relevância e credibilidade perante seus leitores e a sociedade.

Ao adotar estas estratégias, os publishers e editores não apenas asseguram a sustentabilidade financeira de suas operações, mas também preservam a integridade e a confiança que são a base do jornalismo de qualidade.

Obsidian: organização e análise visual para jornalistas e redatores

O mundo do jornalismo moderno exige soluções inovadoras para o manejo e a interconexão de informações. Uma ferramenta que tem se destacado nesse cenário é o Obsidian, um aplicativo de notas que alia sofisticação e privacidade, prometendo transformar a maneira como jornalistas, redatores e escritores organizam e acessam seus dados.

O que é o Obsidian?

Obsidian é um aplicativo de notas que guarda informações no dispositivo do usuário, assegurando privacidade e acesso offline. A principal característica do app é sua capacidade de criar links entre notas, transformando um simples conjunto de anotações em uma rede interconectada de conhecimento. 

Adicionalmente, o aplicativo é altamente customizável, com uma ampla variedade de plugins e temas disponíveis, permitindo que os usuários adaptem a ferramenta às suas necessidades específicas.

Visualização em Grafo: isso muda o jogo

A funcionalidade de visualização em grafo do Obsidian é uma das suas características mais revolucionárias. Ela permite que você visualize suas notas como um grafo de nós interconectados, proporcionando uma visão holística das informações.

Essa visualização facilita a identificação de padrões e conexões entre diferentes notas, algo crucial em investigações complexas e projetos de longa duração.

Identificação de Relações: Com a visualização em grafo, fica fácil ver como diferentes notas e informações estão conectadas. Isso é particularmente útil ao trabalhar em histórias complexas, que envolvem múltiplas fontes e eventos.

Mapeamento de Ideias: A capacidade de ver todas as notas e suas conexões, de uma vez, permite um mapeamento mais eficaz de ideias e tópicos, ajudando a estruturar artigos e reportagens de maneira mais coesa.

Análise Holística: A visualização em grafo oferece uma perspectiva abrangente das informações, permitindo que os jornalistas façam análises mais profundas e descubram relações que poderiam passar despercebidas em um formato linear de notas.

Principais Funcionalidades

Armazenamento Local e Privacidade: Diferente de muitas ferramentas de anotação baseadas na nuvem, o app armazena todas as notas localmente, o que garante que você tenha controle total sobre suas informações sensíveis.

Criação de Links: A capacidade de criar links entre notas permite que se estabeleçam conexões entre diferentes peças de informação. Isso é particularmente útil para investigações complexas, onde a habilidade de ver como diferentes elementos se relacionam pode ser crucial.

Plugins e Customização: A comunidade ativa de usuários do Obsidian desenvolveu uma variedade de plugins que podem ser integrados ao aplicativo, desde ferramentas de gerenciamento de tarefas até extensões para melhor formatação de texto e suporte a Markdown.

Organização de Informações

Para jornalistas, a organização eficiente das notas, ideias e fontes é essencial. O app possibilita a constituição de um sistema de apontamentos conectados, simplificando o acesso e a revisão de informações associadas a uma narrativa específica. Por exemplo, durante uma investigação jornalística, um repórter pode criar notas separadas para diferentes fontes, eventos e dados, e posteriormente conectá-las para ter uma visão clara e abrangente do caso.

Acesso Rápido e Offline

Em situações onde o acesso à internet pode ser limitado ou inexistente, o app se destaca por armazenar todas as notas localmente. Isso garante que você possa acessar suas informações a qualquer momento, independentemente da disponibilidade de uma conexão de rede.

Pesquisa e Análise

função de visualização em grafo do app é uma ferramenta poderosa em projetos de longa duração ou que lidam com grandes volumes de dados. Ao visualizar as conexões entre notas, os repórteres podem identificar padrões e relações que poderiam passar despercebidos em uma estrutura linear de anotações.

Personalização para Fluxos de Trabalho Específicos

capacidade de personalização com plugins e temas permite que o aplicativo se adapte às suas necessidades específicas. Plugins de gerenciamento de tarefas, por exemplo, podem ajudar a acompanhar prazos e etapas de um projeto. Já extensões de formatação de texto podem tornar a preparação de rascunhos e artigos mais eficientes.

Conclusão

Obsidian é uma ferramenta robusta e flexível que ajuda os jornalistas a organizar e gerenciar informações. Com recursos como criação de links, armazenamento local e visualização gráfica, é personalizável para se adaptar a qualquer fluxo de trabalho. É essencial para repórteres, pois mantém as informações seguras e fáceis de acessar. Em um mundo que valoriza a eficiência e a privacidade, o app é um grande aliado para o jornalismo moderno.

Caso Coreto: jovens jornalistas transformam projeto em veículo inovador na cidade de Poções, sudoeste da Bahia

Coreto, na cidade de Poções, estado da Bahia, é um monumento que data do ano de 1949. Local utilizado para reunir a população em torno de apresentações populares e como ponto de encontro para a movimentação na região, foi o símbolo escolhido para representar o encontro entre a vocação e a vontade de fazer jornalismo com a cara da localidade e para a localidade.

Com essa premissa e com uma proposta de ecoar a voz da cidade, Raquel Rocha (que contou sobre o veículo para a Aurora News) e Leila Costa, em 2018, ainda universitárias, acreditaram no propósito de oferecer para a população um trabalho jornalístico pautado em princípios que fossem para além dos praticados pela infinidade de “blogueiros” que cobriam a cidade.

Valorização da identidade regional, análise de fatos e impulsionamento do debate público, compromisso ético, reportagens descentralizadas, práticas de apuração com diversidade, pesquisa e colaboração, além de uma linha editorial independente e sem vínculo político-partidário. A descrição pode parecer utópica, mas foi o compromisso que levou a ideia a se tornar realidade com o lançamento do Site Coreto em maio de 2022, com direito a evento na Câmara Municipal da cidade de Poções.

O projeto obteve apoio do programa “Acelerando a Transformação Digital”, promovido pela Meta Journalism Project, e pelo International Center for Journalists (ICFJ).

A primeira aparição da equipe jornalística como site foi desafiadora. A pauta se tratava de um caso de transfobia, sofrida por um adolescente que teve o direito ao uso do nome social negado em contexto escolar. “Foi um caso grave de violação de um direito constitucional e ninguém ainda havia publicado sobre isso. Então a Leila foi na casa, conversou com a mãe da vítima e fizemos a matéria. No lançamento do site todos os olhos da cidade voltaram para nós. Um caso muito triste, que talvez não tenha sido o primeiro, mas foi o primeiro que teve cobertura jornalística local”, explica Raquel.

Site Coreto rapidamente se destacou na cobertura de pautas locais com profundidade e seriedade, provando a necessidade de um jornalismo independente na região. Para criar uma comunidade de leitores, a estratégia das jovens jornalistas foi passar cerca de um ano publicando conteúdos educativos com conceitos básicos de jornalismo somente no instagram, além de manter grupos de whatsapp com interessados.

O desafio da sustentabilidade financeira e as saídas criativas

Como grande parte de profissionais que atuam no chamado jornalismo independente, os membros do Site Coreto dividem o tempo entre o trabalho em outras empresas, atuação como freelancers, bolsas de estudo e outras possibilidades individualmente.

Enquanto equipe, o Site Coreto tem se apoiado em editais de financiamento desde sua fundação. Inicialmente, essa estratégia foi relativamente fácil, mas, nos últimos tempos, tornou-se bastante desafiadora. Isso ocorre porque os editais estão se tornando cada vez mais específicos em suas exigências, de acordo com a análise da cofundadora Raquel Rocha.

“Nem sempre o jornalismo local tem muito foco nessas especificidades cobradas em muitos editais que, por exemplo, já estão tratando somente da questão climáticaquestões de gênero… Nós cobrimos, mas sabemos que não é um foco. E, geralmente, esses editais dão preferência a veículos que se qualificam assim”, afirma Raquel.

Outro obstáculo é que muitos editais exigem que os candidatos sejam organizações sem fins lucrativos, algo que o Coreto não é formalmente. “Os que não são tão específicos são para organizações sem fins lucrativos. Embora o Coreto seja assim em ações, ele não tem um CNPJ de ONG. Então, estou percebendo essas dificuldades”.

Apesar disso, o Site Coreto teve sucesso em alguns editais importantes. Além do ICFJ em parceria com o Meta, também já participaram do GNI Startups Lab do Google. “Ainda no meio de 2022, sem completar um ano de lançamento, fomos aprovados. Foi uma coisa que eu nem sei explicar como. Era a segunda edição e ainda não tinha foco em veículos locais. Só foram aprovados dois veículos de cidades do interior e o Coreto foi um deles”, conta Raquel.

Com o recurso de mais de 100 mil reais do edital do Google, o Coreto conseguiu se manter até o final de 2023. “Pegamos esses 100 mil reais e fizemos um milagre com ele. Basicamente pagou o meu trabalho e o da Leila. Na época, Dani e Natali, que hoje são jornalistas, eram estagiárias, então bancamos o estágio delas por um ano. Leonel, nosso multimídia, era pago por trabalho, não tinha um salário fixo.”

Esses recursos foram cruciais para o crescimento e a manutenção do Coreto, permitindo que o veículo continuasse a desempenhar seu papel na comunidade de Poções. Atualmente, apostam na condução de trabalhos também nos eixos de cultura e educação midiática, o que já proporcionou a aprovação de projetos nesse campo, obtendo recursos via Lei Paulo Gustavo.

Raquel explica como funciona esse movimento em busca de recursos. “Trabalhamos em três eixos: produzir jornalismo, educar e fomentar a cultura. Entendemos que, para um modelo de negócio, faz sentido ter financiamento de leis de incentivo e, ao mesmo tempo, atender à nossa audiência. Estamos organizando formações voltadas para a realidade local e planejando produtos culturais como exposições fotográficas“.

Com uma estratégia de comunidade engajada, o Site Coreto também utiliza grupos no WhatsApp para receber pautas e manter um diálogo aberto com os leitores. “Temos um grupo aberto para a comunidade falar e um canal que só recebe informações. Isso tem sido importante para nossa cobertura“, comenta Raquel.

Em 2023, uma parceria entre o Projeto Caravana Abraji (da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e o Site Coreto, com apoio do Site Avoador e do Programa de Jornalismo como Transformação Social, coordenado pela professora Carmen Carvalho, proporcionaram um evento de educação midiática para comunicadores e a comunidade local.

Com o tema “Jornalismo local e a participação comunitária na cobertura das eleições”, a comunidade obteve acesso a informações sobre como fortalecer a mídia local durante as coberturas eleitorais e a criação de uma rede de comunicação que atenda às demandas da população.

Compreensão de local e hiperlocal

Dentro do jornalismo local, existem diferentes formas e realidades que variam conforme a região. Falar de jornalismo local em São Paulo ou Rio de Janeiro é uma coisa; falar no interior do Nordeste é outra, ainda mais quando se compara com as capitais nordestinas. Em Salvador, por exemplo, é mais fácil se projetar no jornalismo local do que em Poções.

Acompanhando essa análise, a jornalista Raquel Rocha explica o uso do termo hiperlocal nas comunicações do Site Coreto.

“O interior da Bahia é vasto, e as pessoas só se interessam por ele por motivos muito específicos. É por isso que usamos o termo hiperlocal para descrever nosso jornalismo. Claro que muita coisa mudou desde o nosso início. Mas tentamos traduzir nosso jornalismo que não é voltado só para o sudoeste da Bahia ou para o interior da Bahia em geral, mas para uma microrregião dentro do interior da Bahia, que inclui Poções e algumas cidades vizinhas que ainda aparecem pouco”.

Colaboração como diferencial

Para as próximas eleições, o Site Coreto planejou uma cobertura inovadora e colaborativa. Será lançada uma espécie de central de correspondentes composta por grupos de WhatsApp segmentados por bairros da cidade e zonas rurais. Esses grupos incluirão pessoas dessas localidades, que irão fornecer atualizações em tempo real. A partir dessas informações, será possível identificar pautas e decidir o que será coberto. Essa abordagem permitirá ao Site Coreto acessar regiões que normalmente não conseguem alcançar.

O foco será em matérias mais aprofundadas, porém sem grande cunho investigativo, visando à segurança dos envolvidos. A ideia é apresentar reportagens que façam a população repensar modelos de gestão das políticas públicas. Parcerias com outros veículos também estão no planejamento das ações.

Nesse sentido, Raquel Rocha destaca o papel crucial da colaboração. O Coreto não teria alcançado reconhecimento sem a colaboração de outros veículos, os quais ela cita o Site Avoador e Conquista Repórter, bem como da comunidade. Raquel aconselha aqueles que estão começando no jornalismo local a serem resilientes e corajosos, reconhecendo que o caminho não é fácil, especialmente fora dos grandes centros.

“Parece clichê, mas é verdade. Se é difícil para quem está em São Paulo, é muito mais difícil para a gente”, observa. Ela menciona as dificuldades enfrentadas, como a xenofobia e a falta de diversidade nos editais, que muitas vezes exigem uma estrutura que veículos do interior não possuem. É preciso sustentabilidade financeira, sabemos.

“O Coreto fez o que fez porque se apoiou na colaboração com outros veículos e com a comunidade. Essa ideia de concorrência é perigosa. O jornalismo é colaboração”, diz. Ela aconselha profissionais dos veículos do interior, especialmente do Nordeste, a conhecerem a realidade do Sudeste para aprender a “hackear”, nas palavras dela, o sistema e garantir financiamento.

“O que dá orgulho é que a gente não desistiu e conseguimos fazer Poções, pela primeira vez, se enxergar como potência, não apenas como mais uma cidade pacata do interior da Bahia”.

A inclusão nas empresas de mídia, especialmente da mulher negra, é crucial para promover diversidade, combater estereótipos e enriquecer as perspectivas culturais e sociais, fortalecendo a representatividade e a competitividade no setor.

A importância da inclusão nas empresas de Mídia

A diversidade e a inclusão nas organizações são mais do que palavras; são imperativos para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Garantir uma representatividade abrangente, especialmente de grupos minoritários como racial e de gênero, é fundamental.

Dentro desse contexto, a inclusão da mulher negra assume um papel essencial, desafiando estereótipos e promovendo a integração de um segmento frequentemente marginalizado. Essas iniciativas não apenas reforçam o compromisso das empresas com a equidade, mas também enriquecem o ambiente de trabalho com uma diversidade de perspectivas e experiências, crucial para a inovação e o crescimento sustentável.


Analista de cultura e pessoas na Alright. Profissional com certificações em Ambiente Corporativo, Processos Sociais e Estrutura Organizacional, atuando com foco em ações Diversidade e Inclusão

diversidade e a inclusão nas organizações são cruciais para garantir uma representatividade abrangente, incluindo grupos minoritários – na sua maioria como racial e de gênero. A inclusão, especificamente da mulher negra, combate diversos estereótipos e promove a integração de uma classe que, muitas vezes, acaba sendo rotulada por diversos estereótipos negativos.

De acordo com o IBGE, as pessoas negras representam 56,1% da população brasileira e, segundo o perfil de pesquisa racial e gênero do Instituto Ethos, as pessoas negras ocupam apenas 4,7% dos cargos de liderança nas 500 maiores empresas do Brasil. Em 2022, a proporção de mulheres negras com ensino superior completo era de 13,6%.

Em empresas que atuam, por exemplo, na área de mídia programática, a contratação de mulheres negras latino-americanas representa um passo crucial rumo à inclusão e à representatividade. Em um setor que desempenha um papel fundamental na distribuição equitativa de recursos publicitários, a presença desses profissionais não apenas enriquece a diversidade de experiências e perspectivas, mas também promove um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo.

Essa inclusão deve começar desde o processo de atração desses talentos, utilizando políticas que valorizem a diversidade. Isso inclui a adoção de linguagens neutras e a eliminação de expressões que possam ser culturalmente insensíveis, como “lista negra” perguntas invasivas sobre local que reside e sobre aparência. Além disso, criar um ambiente de trabalho acolhedor e inclusivo faz toda a diferença nesse cenário, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.

Agregar mulheres negras em equipes das empresas de mídia, não apenas responde à demanda por representação étnica, mas também fortalece suas capacidades analíticas e estratégicas. Essas profissionais trazem consigo uma compreensão única e rica das dinâmicas culturais e sociais de suas comunidades, o que pode ser fundamental para a criação de campanhas publicitárias mais autênticas e impactantes. Isso para citar alguns benefícios.

Essas práticas seguem tendências globais que reconhecem a diversidade como motor de inovação e crescimento sustentável. Empresas de mídia que priorizam a diversidade racial, cumprem suas responsabilidades sociais e obtêm vantagens competitivas no mercado, pois promovem uma cultura organizacional dinâmica e resiliente.

Investir na contratação e no desenvolvimento profissional de mulheres negras na indústria da mídia não apenas alinha as empresas com princípios de equidade e responsabilidade social, mas também fortalece sua posição competitiva em um mercado global cada vez mais diversificado e exigente.

Ao relacionar essas medidas com os impactos sociais do trabalho realizado pelo jornalismo, é fato que a presença de mulheres negras nas redações fortalece a capacidade de abordar uma ampla gama de experiências e perspectivas, refletindo com mais precisão a sociedade como um todo. 

Estamos na semana do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho). Mas essa é uma conversa que não pode ser apenas pontual. Deve estar no cotidiano e fazer parte do DNA das organizações. 

Só editores financeiramente sustentáveis produzem jornalismo independente

Vou começar com uma autorreferência sobre jornalismo independente e cito trecho de um dos meus artigos aqui na Aurora News:

Tiro no pé

A ideia de que a dependência das verbas governamentais e de grupos de poder é um caminho de sobrevivência para as organizações de mídia é uma falácia perigosa. É mais um caminho que leva, em verdade, à subserviência, colocando em risco a independência editorial, a essência do jornalismo e, por fim, a independência financeira e de negócios

As referências que vem de fora

Só editores financeiramente sustentáveis produzem jornalismo independente. Difícil discordar dessa regra.

Essa independência pode até ser usada para a defesa e alinhamento aos princípios e causas de outros. Por opção, não por falta de.

Essa regra é válida desde o princípio da história da imprensa e dos produtores de conteúdo editorial. E é universal.

Como nós por aqui, no Brasil, vivemos esse problema fortemente, com ênfase no caso dos produtores de jornalismo local, fiz abaixo um resumo de soluções não convencionais de pares também locais dos Estados Unidos e Europa. Meu objetivo é informar, referenciar e inspirar.

Embora a distribuição específica possa variar dependendo do tamanho, localização e modelo de negócios do editor, aqui as ideias: 

1. Financiamento de Organizações Sem Fins Lucrativos

Subvenções de fundações e organizações sem fins lucrativos que apoiam o jornalismo e o engajamento comunitário. 

2. Crowdfunding

Campanhas para solicitar doações dos leitores para financiar projetos específicos ou operações gerais.

3. Doações de Leitores

Doações voluntárias de leitores que desejam apoiar o jornalismo local.

4. Sindicalização de Conteúdo

Venda ou licenciamento de conteúdo para outras publicações, sites ou agências de notícias.

5. Varejo

Venda de produtos com marca própria, como roupas, canecas e outros itens.

6. Marketing de Afiliados

Ganhar comissões promovendo e vinculando a produtos e serviços em outros sites.

7. Consultoria de Marketing de Conteúdo

Oferecer serviços de consultoria para empresas locais que desejam melhorar sua presença online e estratégias de marketing digital e de conteúdo

8. Workshops e Webinars

Organizar e cobrar por workshops e webinars sobre temas relevantes, como jornalismo, marketing digital e empreendedorismo.

9. Cursos Online

Desenvolver e vender cursos online sobre habilidades específicas, aproveitando a expertise da equipe editorial.

10. Boletins Informativos Premium

Oferecer boletins informativos exclusivos para assinantes pagos, com conteúdo aprofundado e análises.

11. Guias Turísticos

Publicar e vender guias turísticos detalhados sobre a região, destacando atrações locais, restaurantes e eventos.

12. Cafés e Lojas

Operar um café ou loja dentro das instalações, oferecendo um ponto de encontro para a comunidade.

Nada é fácil. Nem nasce pronto. Você que me lê sabe bem disso.

Mas vivemos momentos desafiadores em que a única saída é a superação e inovação nos modelos.

Aqui dei meus cinco centavos. O resto é com você.


Jornalismo Independente: um pouco mais sobre o assunto

Imagem que reflete um pouco da cultura do Jornalismo Independente.

Nota dos editores:

Um dos pilares fundamentais do jornalismo independente é a capacidade de reportar a verdade sem a influência de interesses externos, sejam eles governamentais ou corporativos. Essa liberdade permite que os jornalistas façam um trabalho mais aprofundado e crítico, essencial para a manutenção de uma sociedade informada e democrática. A independência editorial é a garantia de que os interesses do público estarão sempre acima dos interesses de qualquer patrocinador ou grupo de poder.

No entanto, manter essa independência não é uma tarefa simples. As organizações de mídia devem buscar diversas fontes de financiamento para garantir sua sustentabilidade sem comprometer sua autonomia. Financiamento de organizações sem fins lucrativos, crowdfunding e doações de leitores são alternativas viáveis que permitem que o jornalismo independente prospere. Essas estratégias diversificadas de arrecadação de fundos são cruciais para evitar a dependência de uma única fonte de receita que possa influenciar negativamente o conteúdo editorial.

Além disso, a inovação nos modelos de negócios é vital para a sobrevivência do jornalismo independente. A venda de produtos, a sindicalização de conteúdo e a oferta de serviços como consultoria de marketing de conteúdo, workshops e cursos online são maneiras eficazes de gerar receita enquanto se mantém a integridade editorial. Cada uma dessas estratégias não apenas ajuda a garantir a viabilidade financeira das organizações de mídia, mas também fortalece a conexão com o público, engajando a comunidade e criando um ciclo virtuoso de apoio mútuo.

Em última análise, o jornalismo independente é mais do que uma prática; é um compromisso com a verdade, a transparência e a justiça. Ao adotar modelos de financiamento diversificados e inovadores, as organizações de mídia podem continuar a desempenhar seu papel essencial na sociedade, fornecendo informações precisas e imparciais que capacitam os cidadãos e fortalecem a democracia.

Celebração da Inovação e da Colaboração

A Alright esteve presente no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Apresento um olhar geral do que observamos na jornada de quatro dias de evento

No cenário atual do jornalismo, a inovação e a colaboração são essenciais para enfrentar desafios crescentes e transformar processos e práticas profissionais.

Nesse sentido, o 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), destacou-se como um evento marcante para profissionais da área, reunindo jornalistas de todo o mundo na programação presencial, além de oportunizar debates na programação online.

Pela primeira vez, a Alright foi uma das patrocinadoras do evento, que ocorreu entre os dias 11 e 14 de julho, em São Paulo – SP, em um passo importante na colaboração da startup com profissionais que discutem e realizam ações inovadoras, criativas e desafiadoras para o jornalismo contemporâneo em cada uma das regiões do Brasil, além das trocas de experiências vindas de outros países.

Com uma programação diversificada, o Congresso abordou temas voltados para o aprimoramento da prática jornalística em um contexto complexo e transformador.

Uma das principais mensagens do Congresso foi a importância da colaboração no jornalismo. O tema tem sido bem caro para a Alright, sendo abordado nos conteúdos de lives, por aqui na Aurora News, no desenvolvimento dos veículos da Rede Alright e, ao longo do ano de 2024, no trabalho com o Guia Alright 2024: Como Transformar Tendências em Ações.

E por falar em Guia, a versão física com o título “Jornalismo Local no Brasil: Caminhos Possíveis” recebeu comentários positivos e despertou o interesse entre os participantes do Congresso da Abraji. A distribuição gratuita de 300 exemplares foi uma ação de incentivo. A obra é apresentada a partir de um processo de pesquisa e entrevistas com especialistas que apontam, na publicação, as tendências essenciais para jornalistas, editores, comunicadores e formadores de comunidades em torno do jornalismo local e regional no país.

Durante o evento, foi notável como o trabalho colaborativo pode potencializar a eficiência das investigações e superar obstáculos a exemplo das discussões sobre os impactos da atuação das grandes empresas de tecnologia no mundo, falta de recursos para veículos independentesregulamentações no setor, questões ligadas ao assédio judicial e os desafios de coberturas jornalísticas em comunidades vulneráveis.

A colaboração permite que jornalistas compartilhem conhecimentos, recursos e redes de contatos, tornando possíveis investigações, apurações e reportagens mais profundas e impactantes para o público. Essa abordagem coletiva não apenas favorece a qualidade do jornalismo, mas também proporciona uma maior segurança em relação aos riscos da profissão.

Várias palestras, debates e oficinas destacaram a importância do jornalismo local na promoção da democracia e na fiscalização da condução de assuntos do interesse público.

Os participantes compartilharam histórias de sucesso e desafios, promovendo um intercâmbio de conhecimento e experiências. O jornalismo sai deste evento reafirmando seu papel na construção de comunidades informadas e na amplificação de vozes que já não querem permanecer silenciadas e invisibilizadas.

Destacam-se as parcerias entre organizações de mídia, cooperação entre jornalistas de diferentes países, e a integração entre experiências. Estas colaborações ajudam a lidar com temas complexos que ultrapassam fronteiras geográficas e requerem uma variedade de habilidades e perspectivas.

Além disso, a colaboração para o jornalismo independente permite que pequenas organizações e freelancers tenham acesso a recursos e plataformas que, de outra forma, seriam inacessíveis.

Esses exemplos nivelam o campo de atuação e permitem uma diversidade maior de narrativas no espaço midiático. No cenário atual, onde a desinformação é um dos tantos desafios para a qualidade do jornalismo, é preciso desenvolver estratégias e produtos para sustentar a integridade e a eficácia do jornalismo.

A presença de jornalistas internacionais que discutiram o impacto da inteligência artificial (IA) no jornalismo investigativo, uso ético das tecnologias e os debates globais acerca desses temas, trouxe uma perspectiva global ao Congresso.

As discussões exploraram como a IA pode ser uma aliada na investigação jornalística, ajudando na análise de grandes volumes de dados e na identificação de informações..

Tudo isso, ao tempo em que veículos locais, regionais e especializados enfrentam os dilemas de sustentabilidade financeira dos negócios. Exemplos de captação de recursos e ferramentas para arrecadação foram compartilhados por iniciativas que apostam, por exemplo, em editais, premiações para reportagens, serviços especializados, oferta de produtos para o consumo das comunidades e em uma lógica de identificação com o público para facilitar a compreensão das questões comerciais vivenciadas pelos donos desses veículos.

Outros debates ainda aprofundaram as razões pelas quais grupos específicos estão mais relutantes em ler as notícias e discutiram como conquistar e reconquistar a audiência.

Entre o que foi possível perceber diante da diversidade de projetos, veículos e profissionais presentes no Congresso da Abraji, há um recado claro sobre a importância de um jornalismo inovador, que aposta na colaboração entre diferentes experiências, que seja mais sensível ao diálogo entre as gerações de jornalistas e que seja capaz de explorar novas tecnologias com ética, responsabilidade e transparência.

O jornalismo precisa continuar a se reafirmar como um bem social relevante e de serviço ao interesse público de maneira eficaz e inovadora.

Novidades de IA para usar nas redações

Traduzido com ChatGPT – estudo da revista semanal norte-americana TIME sobre o impacto da Inteligência Artificial na sociedade (e nas redações)

Em 2021, uma criança de 13 anos se inscreveu em uma conta no TikTok e pesquisou por “onlyfans”, o nome de um site conhecido por hospedar entretenimento adulto.

O usuário logo caiu em uma espiral de conteúdo sexual, muito dele rotulado como “somente para adultos”. Em certo momento, vídeos sobre bondage e sexo compunham mais de 90% do feed do usuário.

Mas essa criança de 13 anos não era uma pessoa real – era uma das mais de 100 contas automatizadas, ou bots, criadas por investigadores do Wall Street Journal para testar como os algoritmos do TikTok poderiam expor muitos dos usuários mais jovens a conteúdos inadequados. Louise Story, ex-diretora de produto e tecnologia do jornal, disse à TIME que a equipe de jornalismo computacional do Journal usou uma variedade de ferramentas de IA para projetos como a investigação do TikTok.

A IA está mudando rapidamente a natureza das notícias que consumimos, com diferentes tecnologias tendo uma ampla gama de aplicações para jornalistas. Já estão usando para fazer novos tipos de reportagens, alcançar mais usuários e extrair significado de grandes volumes de dados.

À medida que os publishers adotam a IA de novas maneiras, isso deve ajudar os jornalistas a fazer seu trabalho de forma mais rápida e inteligente – ou, se usado de maneira menos sábia, pode degradar as notícias e marginalizar as pessoas e organizações dedicadas a fornecê-las. Le Monde, um dos principais jornais franceses, usou a IA para criar uma nova via para divulgar seu trabalho. Em 2022, o jornal lançou uma edição em inglês, com artigos traduzidos da versão original em francês. 

A maneira tradicional de fazer esse trabalho, contratando tradutores especializados, seria muito lenta e cara; usar um aplicativo de tradução comum, como o Google Translate, seria barato e rápido, mas não produziria textos à altura dos padrões do Le Monde.

Então, o jornal escolheu um caminho intermediário. Primeiro, envia seu texto em francês pelo DeepL, um aplicativo de tradução automatizada. Em seguida, o texto é revisado por duas camadas de editores humanos, mantendo o estilo da marca enquanto produz cerca de 40 artigos por dia. “Se houvesse apenas os sete jornalistas atualmente trabalhando no projeto escrevendo histórias, publicaríamos talvez de uma a cinco por dia”, disse Elvire Camus, editora da edição em inglês do Le Monde, ao Nieman Reports.

Alguns jornalistas estão usando a IA de maneira mais individual, como um assistente pessoal, para gerar ideias, testar manchetes e muito mais. Farhad Manjoo, do New York Times, descreve o ChatGPT como um “jetpack” para ajudá-lo a encontrar as palavras certas, resumir documentos longos e superar bloqueios de escrita: “Mais cedo ou mais tarde”, escreveu ele, “algo como o ChatGPT se tornará uma parte regular dos kits de ferramentas de muitos jornalistas.”

Fica tudo igual?

Claro, nem todos concordam. O maior medo é que a IA generativa produza em massa um produto parecido com jornalismo que substitua a variedade artesanal, ou pelo menos sugue grande parte dos lucros da indústria. O magnata da mídia Barry Diller está esperando formar uma coalizão com outros publishers para negociar com empresas de tecnologia sobre o uso de seu conteúdo.

O presidente da IAC diz que grandes modelos de linguagem, treinados parcialmente com textos de sites de notícias, poderiam roubar o valor desse conteúdo dos publishers ao reembalar as informações para seus próprios usuários. “Você viu nos últimos, certamente, 15 desses anos, a enorme destruição” causada por dar notícias de graça online, disse ele em maio de 2023.

A menos que haja uma estrutura em vigor para que os publishers sejam pagos, ele acrescentou, “você verá outra onda [que é] ainda mais destrutiva.”

De fato, o Google está testando uma ferramenta codinome Genesis que pode gerar artigos de notícias a partir de informações brutas, como detalhes de eventos atuais. A empresa está apresentando isso aos jornais como uma ajuda para os repórteres cuidarem de tarefas rotineiras, mas certamente alguns proprietários verão isso como uma forma de reduzir os gastos com a equipe. Já está acontecendo.

Em abril de 2023, o BuzzFeed demitiu 15% de sua força de trabalho após fechar o BuzzFeed News; a empresa agora está “apostando mais” em conteúdo criado por IA, como questionários e chatbots. Dois meses depois, o jornal alemão Bild anunciou que demitiria um terço de seus funcionários devido à automação.

Jornalismo automatizado funciona?

Vários publishers começaram a experimentar notícias geradas por IA e, até agora, os resultados levantam mais preocupações sobre o jornalismo automatizado nos enterrando em lixo do que nos superando em qualidade. O CNET provocou uma reação negativa após começar a publicar artigos escritos por IA em novembro de 2022 sem notificar leitores ou até mesmo funcionários. Alguns artigos continham erros; os funcionários editoriais do CNET se sindicalizaram, alarmados que “a tecnologia automatizada ameaça nossos empregos e reputações.”

Em junho de 2023, um executivo da editora de jornais Gannett disse que era um erro para outros serviços de notícias usarem a IA generativa para rapidamente lançar conteúdo barato e que “não estamos cometendo esse erro.” No entanto, em agosto, o Columbus Dispatch postou um resumo de um jogo de futebol sem nomes de times: “O Worthington Christian [[WINNING_TEAM_MASCOT]] derrotou o Westerville North [[LOSING_TEAM_MASCOT]],” relatou o jornal da Gannett. Sam Guzik, um especialista em jornalismo e tecnologia da New York Public Radio, disse à TIME que se isso continuar, as pessoas poderão ser forçadas a “pagar para sair da internet do lixo.”

Pode não chegar a isso. Para cada erro de codificação gritante, há uma explosão de esforços inventivos para usar a IA para fornecer um jornalismo melhorSourceScout é uma ferramenta que ajuda repórteres a encontrar rapidamente especialistas diversos para entrevistas – um “plugin do ChatGPT para amplificar o gênio marginalizado”, diz a co-criadora Alicia Stewart à TIME.

A publicação espanhola Newtral combate a desinformação com o ClaimHunter, um modelo de linguagem que analisa notícias em busca de possíveis falsidades, que são então verificadas por pessoas. Repórteres usam IA para transcrever suas entrevistas (por exemplo, com Otter.ai), e publishers a usam para mostrar aos usuários conteúdo que se adapta às suas preferências.

Jornalistas e publishers enfrentam desafios, mas também oportunidades com a IA. Agora eles têm que mostrar aos computadores – e ao seu público – o quão inteligentes os humanos podem ser.

Inovar é sobreviver: veículos de notícias precisam abraçar a cultura da experimentação

Em empresas que sofreram impacto profundo da transformação digital nas últimas décadas, como quase todos os veículos de comunicação tradicionais, uma das reações mais comuns é enxergar toda inovação como ameaça. Afinal, foram  as redes sociais, o streaming, as plataformas de publicação na Internet que transformaram nossa forma de consumir conteúdo e minaram, em especial nos últimos 20 anos, o modelo até então vigente.

Aqui na Alright, convivemos diariamente com publishers, muitos deles empresas de jornalismo e conteúdo local, cujos negócios foram por décadas calcados no impresso e em rádios. O que percebo em boa parte dos players é ainda um medo e um bloqueio em relação a novas iniciativas. Não me refiro nem a inovações disruptivas, mas a mudanças em processos e aproveitamento de ferramentas já disponíveis. 

A situação não é só local, muito menos restrita a pequenos negócios. O cenário é o mesmo nos Estados Unidos, nos conta Hamish Mckenzie, co-fundador do Substack, ferramenta de newsletter e publicações para jornalistas, criadores, colunistas e escritores independentes (hoje, mais de 1 milhão de assinantes pagam a plataforma para receber conteúdo desses autores).

Em texto publicado no final de junho, ele relata resistências a inovações entre veículos norte-americanos. Este trecho do artigo traduz uma visão da qual compartilho.

“O negócio da mídia tradicional está em apuros, mas isso não significa que está condenado. As pessoas ainda querem ótimas reportagens, e há mais gente do que nunca que pode produzi-las. O que está quebrado é o modelo de negócios. Agora é hora de experimentar.Agora é hora de pensar de forma criativa. Agora é hora de inverter algumas pirâmides”, Hamish Mckenzie. 

Estar aberto a inovar é uma condição vital, da qual depende a própria sobrevivência dos negócios de mídia. Para isso, é preciso, em primeiro lugar, abraçar uma cultura que aceite o erro como parte do processo de aprendizado e evolução.

Definitivamente, entre publishers que por longo período de tempo foram hegemônicos em seu mercado ou região, essa não é a regra. As plataformas digitais que trouxeram uma disputa por atenção e recursos com a mídia tradicional podem não apenas coexistir, mas também servir aos portais locais de conteúdo e notícias. Os casos narrados pelo co-fundador do Substack são provas de que, ao abraçar a plataforma, alguns veículos passaram a se beneficiar, atraindo novos criadores e tráfego a partir das newsletters. 

Aqui no Brasil, vejo hoje muitos publishers perdendo relevância por não adotar essa postura. São rádios que não exploram o Spotify, portais que impedem seus jornalistas de ter espaços e opinião nas redes sociais, veículos que não utilizam YouTube ou outra plataforma para disseminar conteúdo. Esses bloqueios podem vir do desconhecimento ou puro conservadorismo. Unir-se às novas plataformas, às novas linguagens e até mesmo a novos comunicadores pode aumentar ainda mais o alcance da audiência, o engajamento com seu público e ainda levar seu veículo a lugares antes distantes. 

Isso é apenas uma ponta do iceberg desse tema tão vasto. O certo é: quem busca o novo o tempo todo tem alguma chance de prosperar no ambiente da alta tecnologia. Inovar não é um luxo; inovar é sobreviver.

Por isso, a Alright tem se proposto a uma verdadeira cruzada, para levar práticas inovadoras de gestão e produção aos portais locais (foi o que fizemos no “Guia Alright 2024: Como Transformar Tendências em Ações”, por exemplo). Se você já acompanha a empresa e meu trabalho deve ter ouvido falar (caso contrário, o conteúdo está disponível gratuitamente).

Se você se interessa pelo tema inovação no mercado de mídia, na quinta-feira, dia 18 de julho, às 10h, realizaremos a live “Transformando veículos de notícias em negócios digitais”. O bate-papo será transmitido pelo canal do YouTube da Alright. E a participação é gratuita. Faça agora sua inscrição aqui:  

Vamos conversar mais sobre a transformação dos veículos de notícias em negócios digitais? 

Estudo revela que 58,5% das pesquisas no Google nos EUA e 59,7% na UE terminam em zero cliques

Um novo estudo conjunto da Datos e SparkToro revelou dados alarmantes sobre o comportamento de pesquisa dos usuários do Google tanto na União Europeia (UE) quanto nos Estados Unidos (EUA). A pesquisa mostrou que, para cada mil buscas realizadas no Google, apenas 374 geram cliques na UE e 360 nos EUA direcionam os usuários para sites que não são de propriedade do Google.

Isso significa que quase 60% das pesquisas terminam em zero cliques para sites externos.

Rand Fishkin, que tem conduzido relatórios sobre fluxos de cliques no Google há mais de uma década, liderou este estudo. A análise utilizou dados fornecidos pela Datos, que coleta informações de um painel de milhões de dispositivos, oferecendo uma visão abrangente do comportamento de busca dos usuários. As descobertas indicam:

  1. Cliques para sites:

Na UE, apenas 374 cliques em cada 1.000 pesquisas vão para sites externos.

Nos EUA, esse número é ainda menor, com 360 cliques por 1.000 pesquisas.

  1. Pesquisas Sem Cliques:

Cerca de 60% das pesquisas terminam sem que o usuário clique em qualquer resultado. Este número inclui pesquisas respondidas diretamente na página de resultados, consultas reformuladas e pesquisas abandonadas.

  1. Propriedades do Google:

Quase 30% de todos os cliques resultantes de pesquisas no Google redirecionam os usuários para plataformas de propriedade do Google, como YouTube, Google Maps, Google Flights, entre outros.

A análise sugere que as regulamentações da UE, como o Digital Markets Act, podem ter contribuído para uma leve melhoria no redirecionamento de tráfego para os sites em comparação com os EUA.

No entanto, essa melhoria é modesta e indica que ainda há muito a ser feito para combater o domínio na plataforma.

Para profissionais do setor, a crescente prevalência de pesquisas sem cliques e o domínio das propriedades do Google destacam a importância de otimizar o conteúdo para capturar valor, mesmo quando não há cliques.

Para os reguladores, esses dados reforçam a necessidade de medidas mais rigorosas para conter o monopólio e promover uma internet mais aberta e competitiva. Os dados revelados pelo estudo da Datos e SparkToro pintam um quadro preocupante do domínio do Google sobre o tráfego de pesquisa.

Consulte o relatório completo disponível no site da SparkToro: https://sparktoro.com/blog/2024-zero-click-search-study-for-every-1000-us-google-searches-only-374-clicks-go-to-the-open-web-in-the-eu-its-360/ 

É o fim do PowerPoint? Figma Slides chega no mercado e promete uma revolução

Na recente conferência do Figma, uma inovação significativa foi anunciada: o Figma Slides. Esta nova ferramenta permite a criação de apresentações diretamente na plataforma, uma notícia empolgante para a comunidade criativa. Segundo dados apresentados, mais de 3,5 milhões de apresentações foram desenvolvidas no Figma no último ano, destacando a demanda por uma solução integrada.

Figma Slides promete transformar o modo como os designers criam e apresentam seus trabalhos. Até então, PowerPoint e Google Slides dominavam o mercado, com alternativas como Keynote, Prezi e Canva oferecendo algumas funcionalidades diferenciadas. No entanto, a integração total do Figma Slides com o ambiente de design do Figma marca uma mudança crucial.

Os principais recursos do Figma Slides incluem:

  • Ajuste automático de cores das fontes ao modificar o fundo
  • Organização intuitiva dos slides
  • Troca de temas simplificada
  • Animações inteligentes para elementos
  • Protótipos funcionais dentro dos slides
  • Ajuste de tom dos textos com inteligência artificial
  • DesignMode, permitindo as mesmas funções do Figma padrão
  • Enquetes em tempo real através de live polls

Apesar das inovações, há espaço para melhorias. A ausência de animações individuais para elementos, por exemplo, é uma limitação mencionada por usuários. No entanto, o potencial para criar apresentações impressionantes já é evidente, mesmo na fase inicial do Figma Slides. A ferramenta é gratuita por enquanto, mas a partir de 2025 será integrada aos planos pagos do Figma.

Para os interessados em explorar o Figma Slides, gravei um vídeo explicando as principais funcionalidades e como você pode começar a utilizar esta nova ferramenta.

Com o lançamento do Figma Slides, o PowerPoint pode estar enfrentando uma nova e poderosa concorrência. A integração e flexibilidade do Figma Slides têm o potencial de redefinir os padrões de criação de apresentações no campo do design.

Redes Sociais são jornalismo?

Jornalismo é uma prática. Redes Sociais são um canal.

Jornal não é jornalismo. Jornal é um suporte. De papel. Para explicitar bem o ponto.

Ocorre que Marshall McLuhan, brilhantemente, percebeu que o meio é a mensagem e aí misturou tudo.

As redes sociais são um formato de linguagem e de distribuição, ao mesmo tempo. Concomitantemente.

Servem para um monte de coisas. Para o jornalismo também.

Então te peguei aqui. Ao contrário da primeira linha, podemos, sim, afirmar que Redes Sociais são um formato e uma linguagem também jornalística.

Essa simbiose é hoje tal, que a maior parte das casas editoriais que produzem jornalismo não prescindem de ter suas versões em canais de Redes Sociais.

Daí ser extremamente relevante para o jornalismo contemporâneo o comportamento de cada plataforma no setor.

Com a recente mudança do algoritmo do Facebook desprivilegiando notíciaseditores de todo o mundo buscam alternativas nas demais plataformas. Cada uma delas tem suas características, mais ou menos boas para cada editor. Ou até para cada tipo de conteúdo.

Veja abaixo essa oscilação.

Essa montanha-russa vai continuar. O jornalismo nas Redes Sociais e das Redes Sociais é algo que seguimos tentando entender, aprender e dominar.

Indispensável apenas uma coisa: se você ainda tem dúvida sobre qual a resposta à minha pergunta do título, daqui em diante, não tenha nunca mais.

Fundo de 2 Milhões de Dólares Apoiará Jornalismo de Interesse Público no Brasil

Um fundo independente destinado a apoiar o jornalismo de interesse público no Brasil foi anunciado com o aporte financeiro inicial de fundações filantrópicas no valor de 2 milhões de dólares. O anúncio feito no dia 13 de junho, durante o Festival 3i, realizado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), no Rio de Janeiro, gerou expectativas e promete impactar o setor até o próximo ano.

A jornalista Nina Weingrill é uma das consultoras responsáveis pela estruturação do fundo. O objetivo é operar de maneira independente. O foco será em mídias comprometidas com a pluralidade, diversidade e o interesse público, reforçando o compromisso com a democracia e a informação de qualidade em diferentes contextos sociais e geográficos.

Oak Foundation, Fundação Ford, Luminate, Open Society Foundations (OSF) e o Fundo Internacional para Mídia de Interesse Público (IFPIM) são algumas das instituições filantrópicas que já fizeram ou se comprometeram a fazer aportes financeiros ao fundo. A expectativa é que outras instituições filantrópicas e empresas, tanto nacionais quanto internacionais, se juntem à iniciativa.

Nina acredita que o fundo pode ser uma nova oportunidade de apoio, enriquecendo o ambiente jornalístico brasileiro e promovendo uma distribuição mais equitativa de recursos. Em entrevista à Aurora News, ela dá detalhes sobre a iniciativa e fala da etapa de consulta sobre boas práticas e recomendações. 

Quais os critérios serão utilizados para selecionar as organizações que receberão apoio do fundo?

Estamos realizando uma escuta grande com o campo para estabelecer esses critérios. Temos uma primeira fase sendo feita por meio de um questionário online e entrevistas individuais, e uma segunda etapa que terá participação de grupos focais convidados para um momento de construção coletiva. A partir disso, vamos para o desenvolvimento da governança e dos critérios de uma etapa piloto, com ciclos de investimentos, com duração de dois anos.

Como vocês planejam garantir a transparência e a eficácia na distribuição desses recursos?

Nós entendemos que existem duas frentes de atuação que podem contribuir para dar transparência. Uma delas é trabalhar na comunicação dos processos. Falo isso, por exemplo, no sentido de quando se lança um edital, de deixar claro o que o edital está apoiando, como esse apoio acontece, quais são os critérios. Precisamos dizer como esse aporte vai ser feito e também para o campo, de forma geral, como o fundo estará acompanhando as iniciativas apoiadas.

Outra frente se refere a trabalhar no levantamento de dados e informações sobre esse campo de filantropia que apoia o jornalismo e vem apoiando o jornalismo no Brasil nos últimos anos. Entendemos que o fundo não é a solução, ele é um ator que quer fomentar esse ecossistema e, para isso, precisa entender como vai dialogar com ele, por isso, gerar dados e informação sobre o campo é crucial.

Isso ajuda também a dar transparência, não apenas para a ação do fundo, mas para olharmos para todo esse ecossistema e saber quem são as fundações que financiam, como elas financiam, quais são os critérios que elas utilizam, quais as organizações beneficiadas, dentre outros aspectos. Isso tudo está na visão do fundo. Queremos saber como contribuir para esse ecossistema sem “canibalizá-lo”.  

Como o fundo pretende lidar com as fragilidades estruturais e desafios de sustentabilidade financeira das organizações de mídia? Esse tem sido um tema recorrente em eventos, publicações e interesse geral do setor.

Essa pergunta tem muito a ver com os critérios que vamos estabelecer para os aportes. A única coisa que temos definida por hora é que esses financiamentos serão de cunho institucional. Entendemos que financiamentos vinculados a projetos podem fragilizar essas organizações em muitos aspectos. O financiamento institucional dá autonomia para que a organização identifique e faça investimentos de acordo com suas prioridades. Essa escuta que estamos fazendo no campo vai nos ajudar a olhar também para essas demandas prioritárias, gerar uma fotografia atual do que está acontecendo. 

E, em relação à pergunta anterior, como lidar com isso quando se trata de jornalismo regional e local?

As fragilidades de organizações regionais e locais são muito semelhantes, ainda que os contextos sejam diversos, mas há uma demanda muito maior quando a gente pensa fora do contexto Sudeste. Essas organizações que estão atuando a partir de outros estados têm muito menos acesso a recursos. Logo, elas têm maior fragilidade institucional e precisam investir em equipe, em infraestrutura, em tecnologia, coisas necessárias  para que o projeto avance.

Quais são as melhores práticas e recomendações que vocês esperam implementar no fundo, baseadas na consulta pública e na pesquisa comparativa com outros fundos ao redor do mundo? 

Sabemos que valores como transparência, equidade de investimento e pluralidade são valores importantes para o fundo. Para aprofundar esses conceitos e transformá-los em prática, estamos fazendo essa escuta com o campo. Indicamos que o questionário seja respondido e amplamente divulgado (disponível em: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf8a8WuBWuKAkkX__hLzFRu82BbCMDrAkJd1KneDa2vKpwDpg/viewform). Esse questionário  ficará disponível até o fim do mês de julho. E é muito importante ter uma representatividade grande de iniciativas, de jornalistas e de comunicadores que tenham interesse na construção dessa história, que eles possam responder esse questionário. Estamos olhando para muitas coisas. Essas referências internacionais dão muitas balizas para a gente, mas queremos que uma fotografia do Brasil informe a construção desse piloto.

Como vocês pretendem medir o impacto do fundo no fortalecimento do jornalismo de interesse público no Brasil?

É tudo muito novo no campo de fundos nacionais de jornalismo. Se olharmos, por exemplo, no caso dos Estados Unidos, como o Press Forward, temos uma iniciativa muito recente que está em construção. Há uma mobilização forte de atores da filantropia para fazerem doações nacionais e também locais. Mas isso está dentro de um contexto americano, de que as pessoas já estão acostumadas com isso, que a filantropia já é mais estruturada. Olhando para o outro lado dessa história, sobre os fundos que estão em construção também em países do sul global, que têm menos recursos, percebemos a escolha de investimento para apoiar jornalistas em vez de organizações. Esse é o caso de um fundo que está sendo criado nas Filipinas.

Existem diferenças muito grandes que posso apontar com base no estudo que estamos realizando sobre os diferentes fundos. Precisaremos cuidar muito desse processo, pois o Brasil tem um contexto de mídia muito específico e um histórico recente peculiar na busca por soluções para a falta de pluralidade e diversidade, além dos desertos de notícias. E, lembrando, isso é um piloto. Não temos a pretensão de que o fundo vá resolver o problema de financiamento do jornalismo, nem de longe. O impacto virá da definição da missão e dos objetivos que o fundo terá, para entendermos o que, de fato, vamos acompanhar e que tipo de transformação pretendemos com essa iniciativa.  

Olhamos para o contexto nacional e entendemos como esses investimentos, que são muito pequenos, perto de uma demanda que é muito grande, vão chegar da forma mais inteligente possível. Vamos trabalhar com mais e melhor dinheiro para o jornalismo.

“Se forem falar da Amazônia, nos ouçam. Temos coisas incríveis para contar”

A frase da Ângela Mendes, filha do ativista Chico Mendes, é um convite para conhecer o trabalho do Amazônia Vox. O projeto cresceu e hoje figura entre os destaques em inúmeros eventos de jornalismo e entre as listas que apontam inovações na área.

Daniel Nardin, idealizador e coordenador do Amazônia Vox, contou para a Aurora News a inspiração e os desafios por trás do projeto. Atualmente a equipe reúne ações como Banco de Fontes de conhecimento da região, rede de freelancers e incentiva a prática do Jornalismo de Soluções na Amazônia.

Nardin reconhece que a cobertura da Amazônia muitas vezes é cercada de preconceitos e estereótipos. Ele recomenda leituras e diz que busca contar histórias da Amazônia a partir da perspectiva dos amazônidas, destacando não apenas os problemas, mas também as respostas aos desafios.

A seguir, leia a entrevista completa que aponta perspectivas bem atuais para a transformação do jornalismo. 

De onde veio a inspiração e como foi tornar o Amazônia Vox uma realidade?

Atuei em diferentes áreas da comunicação e em todas elas a colaboração costuma ser um ponto em comum. Uma das principais ferramentas do jornalista é sua agenda de contatos. Ou melhor: durante muito tempo foi assim e agora existem outros caminhos, que nem sempre são fáceis.

Então, o ponto de saída foi desenvolver um banco de fontes, considerando que é um serviço que pode ser útil para muitos jornalistas, ao mesmo tempo em que trabalha a importante mensagem que aqui se defende bastante: “se forem falar de nós, nos ouçam”, como diz a frase de Ângela Mendes, ativista ambiental que utilizamos em nossa home (do site).

A partir disso, fomos somando outras iniciativas que são frutos de conversas e formações, como o banco de freelancers – algo também útil, que gera oportunidade no território, bem como o jornalismo de soluções. Para a inspiração virar ideia e a ideia realidade, tivemos o suporte e apoio técnico de todos do Instituto Bem da Amazônia, profissionais e amigos.

Ainda entre tanta gente que merecia ser mencionada, coloco o Alexandre Orrico, que estava no International Center for Journalists (ICFJ). Por fim, como cristão, considero a fé um componente fundamental na nossa vida, inclusive profissional, dando a coragem e o foco de pensamento para tomar decisões. E colocando no nosso caminho tanta gente que ajudou e ainda ajuda muito, pois é um projeto que só faz sentido se for assim, colaborativo.

Quais foram os maiores desafios encontrados ao lançar e desenvolver o Amazônia Vox?

Primeiro é entender que as dificuldades e desafios vão sempre existir e que vale nossa determinação e foco. Indo para a parte prática e operacional, posso mencionar o diálogo que é necessário com muita gente. Temos como público: o “interno”, que são as fontes e freelas da Amazônia, que podem se cadastrar, e devem ser incentivados a integrarem a rede, e o “externo”, de quem pode usar o serviço, sendo ou não da própria Amazônia. Depois vem a parte tecnológica, que tem o apoio gigante do desenvolvedor Samuel Burlamaqui.

E aí um esforço com diferentes profissionais e colegas em vários momentos, pois não queríamos que fosse um “Belém Vox” e sim um “Amazônia Vox”, com pessoas e participação dos nove Estados da Amazônia, mostrando a nossa diversidade e as “amazônias” que coexistem na Amazônia.  

Como vocês lidam com questões de preconceito e estereótipos na cobertura da região?

Temos uma rica literatura que aborda essa questão, não só na cobertura, mas em diversos outros campos, inclusive na ciência. Posso mencionar rapidamente e recomendo a leitura de “A invenção da Amazônia”, de Neide Gondim e “Amazônia: colônia do Brasil”, de Violeta Loureiro. Porém, como jornalista de soluções, busco focar em caminhos para dar resposta ao problema. Um exemplo que serve de inspiração nessa linha é a Iniciativa Africana de Jornalismo de Soluções, que trabalha justamente isso, de que mais histórias sejam contadas sobre a África, mas a partir dos africanos e não só de seus problemas e sim também de como estão respondendo aos seus desafios.

O que poderíamos colaborar era em concentrar fontes e freelas para facilitar a conexão. Ainda temos muito por fazer e melhorar, mas estamos trilhando esse caminho, de maneira horizontal e dialogando com muita gente que já atua nesse sentido há um bom tempo na região.

De que maneira o Amazônia Vox utiliza a tecnologia para melhorar a cobertura jornalística da região?

Acho que melhorar depende muito de quem faz e aí temos um ecossistema todo de mídia para olhar. Tem muita produção excelente local e regional. Não precisamos inventar nada, basta conhecer mais, principalmente quando consideramos a mídia independente, que está inovando e criando o tempo todo.

Um ponto que podemos colaborar é oferecer a ferramenta do banco de fontes e de “freelas”, além de apoiar a produção de histórias de soluções. É uma contribuição apenas, e usamos a tecnologia mais básica da internet e que precisa das conexões reais, entre pessoas. Ir além do algoritmo e investir mais em investigação, em histórias. Repito: já tem muita coisa sendo feita nesse sentido e queremos apenas somar ao muito que já é feito.    

Como você espera que o Amazônia Vox mude a forma como a imprensa, no geral, cobre a região amazônica?

Não temos essa pretensão, até porque o juízo de valor quem faz é o indivíduo, o leitor, o internauta. E só estamos somando. O que esperamos, isso sim, é facilitar as conexões para abrir mais espaço para as potentes vozes da Amazônia nas narrativas produzidas sobre a região. Estamos trabalhando na ferramenta, mas quem vai usar é o jornalista que vai produzir.

Por isso também é importante incluir nas produções os profissionais locais, pois é um ponto para aprofundar a cobertura, evitar deslizes – ainda que sejam de boa fé – e também gerar renda no território.

Com o jornalismo de soluções acho que podemos inspirar e mostrar que um mesmo tema pode ter diferentes olhares e vertentes. Claro que o jornalismo de denúncia é absolutamente fundamental, deve ser respeitado e incentivado. Mas, como diz a Solutions Journalism Network, pela perspectiva do jornalismo de soluções buscamos contar a história toda.

É mostrar, aos poucos, que a solução da Amazônia está nela mesma, não precisa vir de fora, mas com cuidado e empatia nesse tom, mais na linha das conexões. Por isso reforço que nossa preocupação é somar com um ecossistema já bastante rico e diversificado de produção jornalística na Amazônia, que precisa ser mais conhecida e valorizada pela própria região, pelo Brasil e por quem busca informações da Amazônia fora dela.

Você pode nos explicar como funcionam as duas ações do Banco de Fontes e o Banco de Freelancers para profissionais da região?

Basicamente, na parte de fontes fizemos inserções de uma base inicial com informações públicas. Mas desde o princípio liberamos para que cada um fizesse o próprio cadastro, para que assessorias de órgãos, universidades, coletivos, terceiro setor, entre outras, possam acrescentar suas fontes que sempre oferecem para a imprensa. Ou mesmo aquelas organizações que não possuem alguém de comunicação, ou lideranças e pesquisadores, possam se cadastrar.

O jornalista sempre busca fontes diferentes, busca variar vozes e ali estamos criando algo nesse sentido, inclusive para colaborar no esforço de muitos para reduzir a invisibilidade de vozes.

Por outro lado, o banco de freelancers é 100% autocadastro. O bom é que somamos mais de 700 fontes e cerca de 550 freelancers, dos nove estados da Amazônia. Ainda vamos fazer um refinamento e enriquecimento dessas bases, para melhorar a busca, mas será um novo passo.

Para quem usa – busca fonte ou freela – basta acessar o site, fazer a busca semântica por tema, por exemplo, e encontrar um breve perfil, e os contatos que a fonte disponibilizou. Já no caso de freela – se você precisa de um fotógrafo, por exemplo – em uma cidade da Amazônia, pode fazer a busca pelo território e aparecem os profissionais que estão cadastrados naquela região, com o perfil, atividades que exerce e os contatos.

Estamos aprimorando o tempo todo, mas já temos relatos bem positivos de quem achou fontes para entrevistar e de quem contratou ou foi contratado através da plataforma para algum trabalho. Lembro que o cadastro ou a consulta é totalmente gratuita e liberada.

Como se dá, na prática, uma abordagem de jornalismo de soluções no Amazônia Vox? Pode dar exemplos de histórias ou reportagens que sejam marcantes na trajetória de vocês com essa abordagem?

Ainda estamos no começo, mas já produzimos algumas séries. Posso mencionar uma que veio através de bolsa da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Dart Center, da Universidade de Columbia. Veja só: 95 dos 100 municípios com piores indicadores de cobertura pré-natal do Brasil estão na Amazônia Legal. Isso é muito grave. Mostramos o problema. Trouxemos os dados, que são do SUS, mas buscamos o “desvio positivo”. Não o “melhor”, mas onde, ao longo dos anos, estava tendo alguma melhoria, o que indica consistência de resposta, ao menos nos números.

Então contamos a história do que é feito em um município, Abaetetuba, que implementou uma unidade fluvial para atender a comunidade ribeirinha e tem tido números bem expressivos, adaptando os horários de atendimento, contratando pessoas da comunidade, entre outras. Então buscamos percorrer os pilares do jornalismo de soluções: resposta ao problema; as evidências da efetividade da resposta e o conhecimento de como é feito.

Por fim, o quarto pilar, que é demonstrar as limitações para a resposta, os motivos que não permitiram começar antes ou ser melhor do que já é. Esse é um exemplo e a reportagem foi feita em episódios e com um curto documentário que foi exibido no Canal Futura. O material completo está aqui: https://amazoniavox.com/desafiosprenatalnaamazonia

Vocês terão agora a Formação Online Amazônia Vox que leva em consideração a diversidade étnico-racial, regional e de gênero na definição dos participantes. O que vocês esperam dessa ação e quem tem colaborado no desenvolvimento?

A Fundação Lemann é uma parceira que tem nos apoiado em algumas iniciativas e essa é uma delas. Vamos finalizar com um número bem expressivo de inscrições e isso mostra o quanto a comunicação na Amazônia é potente e está ciente do momento, que exige atualização e formação constante.

Isso vale para jornalista e comunicador de qualquer parte do mundo, ainda mais para nós que estamos em um território que todo mundo fala que precisa ouvir mais as vozes locais. Some a isto o fato de que vamos receber a COP 30 em 2025 e creio que o evento não é um ponto final e sim um ponto de passagem, acelerando e intensificando ainda mais a centralidade da Amazônia na agenda político-midiática global.

Quais são as futuras inovações ou melhorias que vocês planejam implementar no trabalho do Amazônia Vox?

Temos alguns projetos em andamento. O primeiro é a melhoria do site em si, visualmente e tecnologicamente, facilitando o uso e dando mais destaque para nosso conteúdo, além da ferramenta. Também queremos melhorar a busca da ferramenta, com mais filtros e segmentação. Outro ponto é a nossa newsletter, que estamos tratando como um serviço mesmo de levar as oportunidades que existem para os amazônidas conhecerem mais e se inscreverem. E outras que no momento certo a gente conta.

E do ponto de vista financeiro, como vocês têm estudado e implementado formas de garantir a sustentabilidade e manter essa atividade jornalística? Essa é uma preocupação de muitos editores de veículos locais, independentes e especializados

Sim, esse ponto é crucial. É preciso dedicação e bons profissionais e isso só é possível com recurso, além da tecnologia. Percebemos – e ainda estamos aprendendo – que é preciso diversificar as fontes de receita, onde os grandes editais ajudam muito, sem dúvida, mas é preciso encontrar mais sustentabilidade.

É por isso que estamos desenvolvendo diferentes produtos, apostando no serviço para o usuário da plataforma, para as pessoas e nas conexões que ela pode propiciar. É um desafio enorme, mas estamos com muita gente boa ao lado. A segurança do caminho certo e a tranquilidade para trabalhar veio com o apoio do ICFJ, via bolsa Knight, que recebemos esse ano para desenvolver a plataforma, compreendendo o impacto que podemos realizar em conjunto com muitas vozes e iniciativas.

É nesse sentido que somos muito gratos a tantos que tem permitido que a gente tenha dado pequenos, mas importantes passos. E ser convidado por vocês (para essa entrevista) é uma amostra disso, que mesmo com muito por fazer, é de aquecer o coração perceber que já estamos realizando algo e a importância disso. Para encerrar, reforço que é um projeto colaborativo, em um momento que essa palavra ganha mais força, em detrimento da competição, de um tempo da comunicação que já não vale mais nesse momento que a gente vive.

Análise e Ações Práticas para o Jornalismo sobre os Princípios Globais para a Integridade da Informação publicados pela ONU

No dia 24 de junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou os Princípios Globais para a Integridade da Informação, um conjunto de diretrizes essenciais para enfrentar os desafios globais da desinformação e do discurso de ódio. Anunciados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em Nova York, esses princípios delineiam recomendações e ações urgentes destinadas a conter os danos causados pela disseminação de informações falsas e pelo discurso de ódio, fenômenos que ameaçam a democracia, os direitos humanos, a saúde pública e a ação climática.

Para comentar as medidas, conversamos com Matheus Soares, que é jornalista e atua como repórter da iniciativa “Desinformante”. Matheus cobre as áreas de Inteligência Artificial e Internacional e é Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes ECA/USP.

Organizada pela Aláfia Lab, Ponteio Comunicação, Informação e Cultura, o Desinformante produz análises sobre o impacto da desinformação na sociedade e discute formas de combatê-la, reunindo jornalistas e pesquisadores para criar espaços de articulação entre diversos atores sociais engajados na construção de um espaço digital democrático.

Leia, a seguir, uma análise desses princípios e suas implicações, especialmente no contexto brasileiro. Saiba como essas diretrizes podem ajudar a enfrentar os desafios contemporâneos e a fortalecer a integridade da informação.

Considerando os desafios da desinformação e da circulação de discurso de ódio on-line, como você vê o direcionamento dado pela ONU, através desses princípios, para lidar com essas questões a nível global e, claro, considerando a realidade brasileira?

A publicação dos Princípios da Integridade da Informação é um passo importante no combate global à desinformação e ao discurso de ódio. Nos últimos anos, as Nações Unidas também vêm entendendo que esses fenômenos podem ter impactos negativos nas democracias e na vida cotidiana das pessoas mundo afora, atrapalhando o próprio desenvolvimento da humanidade. Esse documento, bem como os anteriores, mostra que a organização intergovernamental está empenhada em criar articulações internacionais para debater e fortalecer as práticas de integridade da informação. 

Apesar dos princípios não serem obrigações que os países precisam seguir, eles funcionam na prática como uma chancela de um organismo importante no cenário geopolítico mundial.

Isso se torna importante principalmente no Brasil, pois estamos passando por um momento em que o tema da desinformação está ganhando resistência no debate legislativo. Isso pode ser visto, por exemplo, no recente engavetamento do Projeto de Lei 2630, que criava regras de responsabilidade e transparência para as plataformas digitais, e no atraso da votação do Projeto de Lei 2338, que aborda o desenvolvimento de IA no país.

Dessa forma, com essa publicação, a ONU não só demonstra que está atenta às questões da desinformação, mas também reforça que esse é um problema global, que todos os países devem enfrentar para que as democracias e sociedades continuem minimamente saudáveis a longo prazo.

Os princípios também abordam o uso de Inteligência Artificial (IA). Na sua opinião, quais são os maiores riscos associados ao uso da IA no contexto da integridade da informação?

As Inteligências Artificiais generativas podem impactar diretamente a integridade da informação. Claro que usos positivos dessas tecnologias existem, como o auxílio em atividades do dia a dia; mas elas também abrem a possibilidade para agentes maliciosos as utilizarem para espalhar informações falsas com o intuito de causar danos na sociedade.

Diversos pesquisadores apontam preocupações, por exemplo, em relação a automatização dos processos de produção e disseminação de desinformação em massa. Além disso, as deepfakes também aparecem como elementos críticos para os próximos anos, pois à medida que elas ficam mais reais e de alta qualidade, também podem trazer confusão às pessoas.

E isso já é realidade. Desde o final do ano passado, diversos países que realizaram eleições tiveram que lidar com as deepfakes políticasArgentina, Indonésia e México foram alguns dos países em que esses conteúdos sintéticos apareceram com fins políticos. A Índia também foi um país que se destacou bastante neste cenário. Sem uma regulamentação específica sobre uso de IA no contexto eleitoral, nos últimos meses os indianos viram uma explosão de diversos tipos de deepfakes, muitas delas criadas pelos próprios candidatos.

O empoderamento dos indivíduos nos ambientes on-line é um dos princípios elencados pela ONU. Na sua opinião, o que significa, na prática, empoderar indivíduos dentro do ecossistema de informação? Como garantir que as pessoas tenham controle sobre sua experiência on-line?

Muito se fala no papel que os agentes emissores possuem na cadeia da desinformação, mas há também o papel de quem está na outra ponta desse processo: as pessoas. São as pessoas que vão receber os conteúdos falsos e que vão repassar as informações a conhecidos, formando assim suas perspectivas de mundo.

Empoderá-las é uma ação fundamental para que elas consigam não só desenvolver um pensamento crítico em relação ao que veem na Internet, mas também se proteger de ações de agentes maliciosos e das próprias plataformas e grandes empresas de tecnologia, que atualmente estão mais preocupadas nas próprias receitas.

Em relação a esse último ponto, um exemplo interessante foi a recente notícia de que a Meta estava permitindo que os usuários do Instagram proibissem o uso dos seus conteúdos para o treinamento da IA da empresa. A possibilidade foi dada, de fato, mas o caminho para que se chegasse ao bloqueio era extenso e burocrático, numa aparente tentativa de tornar tudo muito difícil para o usuário.

Por isso, ações de educação midiática e cívica, por exemplo, são importantes para que os cidadãos saibam quais são seus direitos e como funcionam as dinâmicas digitais. É importante que as pessoas entendam o que são algoritmos e como eles recomendam conteúdos, o que é uma IA generativa e como os dados podem ser usados para treiná-las.

O problema aqui é que, num primeiro momento, essa compreensão pode até ajudar as pessoas a buscarem seus direitos, mas sem uma regulação que obrigue as plataformas a serem mais transparentes com os cidadãos, acredito que pouco será feito. No caso da Meta, que citei acima, o benefício foi dado porque aqui temos a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Quais são os desafios atuais enfrentados por jornalistas e trabalhadores da mídia na busca por reportar informações de maneira segura e aberta, principalmente em contexto de mídia independente?

Diversos tipos e níveis de desafios se apresentam atualmente para os jornalistas e trabalhadores de mídia. Um deles é, sem dúvidas, as violências e os ataques online sofridos pela categoria, episódios que vêm aumentando nos últimos anos e que colocam em risco a segurança, a integridade e a liberdade do trabalho desses profissionais, principalmente, as mulheres, pessoas negras e LGBTQIAP+.

Não estamos falando de simples críticas ou questionamentos, esses ataques vêm para deslegitimar a qualidade do trabalho e para ferir ou inibir o(a) jornalista.

Quando falamos de mídia independente outro desafio muito presente é a sustentabilidade do projeto, justamente porque vivemos atualmente uma crise do modelo de negócios do Jornalismo que se arrasta há anos e, aparentemente, não terá fim tão cedo. Isso é reforçado pela recusa cada vez maior das pessoas de lerem notícias e pelos hábitos de consumo, atravessados diretamente pelas plataformas digitais.

Olhando para o futuro, quais são as suas expectativas em relação à adoção e aplicação desses princípios pela comunidade jornalística e por diferentes setores da sociedade? Como todos os interessados no assunto podem colaborar?

Penso que os princípios poderão servir de norte, numa espécie de “boas práticas”, para que gestores, jornalistas e a sociedade como um todo possam agir para a construção de um ambiente digital mais seguro para todos. Está cada vez mais evidente que esse é um trabalho em conjunto, colaborativo, com cada um fazendo a sua parte.

É importante também que nós avancemos no debate sobre as regulações das plataformas digitais e da Inteligência Artificial, de forma a criar regras que acreditamos ser adequadas para combater a desinformação, o discurso de ódio e garantir a segurança digital tanto dos jornalistas como das pessoas em geral.

A descrença no jornalismo pode ser pelo lucro, não pela política

Esta análise que publico abaixo, do estudioso especialista em jornalismo Jacob L. Nelson*, professor associado de comunicação na Universidade de Utah, é uma tradução e resumo que fiz para você a partir do original publicado no portal-bíblia do jornalismo contemporâneo, o Nieman Lab. Ele toca num tema correlato ao que abordei no meu último artigo, aqui na Aurora News.

No meu artigo, falei que jornalistas vivem o dilema profissional/existencial/ideológico/financeiro de trabalharem para empresários e que essa é sua gaiola de ouro. De ouro, mas gaiola. Que em geral, obviamente, não gostam, mas da qual não conseguem escapar. Pagar as contas como?

O artigo do professor aponta para o fato de que os leitores estão menos preocupados com a isenção ideológico-política das redações e muito mais com o fato de que o jornalismo, isento ou não, existe para fazer o lucro do dono da publicação.

Comentei que isso é o conundrum da profissão e, de resto, de toda a indústria do jornalismo. Conundrum é um dilema sem solução, tal é esta atividade na qual atuo há 50 anos (com orgulho, só para esclarecer. Morrerei jornalista).

Leia com MUITA atenção este estudo e esta análise. Ela se baseia na realidade do jornalismo dos Estados Unidos. Aqui, as premissas seguem válidas. Só a realidade que é pior um pouco. Ou muito.

Aprecie sem moderação.

Crise de Confiança no Jornalismo: Questão de Dinheiro e Não de Política?

O jornalismo enfrenta uma crise de credibilidade. Apenas 32% dos americanos relatam ter “muita” ou “bastante” confiança nas reportagens jornalísticas, um recorde histórico negativo. Tradicionalmente, os jornalistas acreditam que essa falta de credibilidade se deve à percepção de parcialidade política dos repórteres e editores. Por isso, líderes de redação defendem a “objetividade” e criticam jornalistas que expressam opiniões nas redes sociais.

A suposição é simples: organizações de notícias estão lutando para manter a confiança do público porque os jornalistas dão motivos para desconfiar deles. Os gestores acreditam que, se o público perceber os jornalistas como neutros e objetivos, será mais provável confiar — e até pagar — pelo jornalismo que produzem.

No entanto, um estudo recente publicado em parceria com os acadêmicos Seth Lewis e Brent Cowley no “Journalism” sugere que o problema de desconfiança vem de outro lugar. Com base em 34 entrevistas realizadas por Zoom com adultos de diferentes idades, tendências políticas, status socioeconômico e gênero, descobrimos que a desconfiança não se origina do medo de doutrinação ideológica, mas da suposição de que a indústria jornalística valoriza mais os lucros do que a verdade ou o serviço público.

Os americanos entrevistados acreditam que as organizações de notícias relatam as informações de maneira imprecisa não para persuadir o público a apoiar ideologias políticas específicas, mas para gerar maior audiência e, consequentemente, maiores lucros.

Interesses Comerciais Minam a Confiança

negócio do jornalismo depende principalmente da atenção do público. As organizações de notícias lucram com essa atenção indiretamente, por meio de anúncios — historicamente impressos e televisivos, mas agora cada vez mais digitais. Elas também monetizam essa atenção diretamente, cobrando assinaturas de seu público.

Embora as organizações de notícias precisem de receita para sobreviver, o jornalismo como profissão sempre manteve uma “barreira” entre suas decisões editoriais e interesses comerciais. NPR, por exemplo, afirma em seu manual de ética que “o propósito de nossa barreira é controlar a influência de nossos financiadores sobre nosso jornalismo.”

Na prática, isso significa que jornalistas do The Washington Post, segundo esses princípios, devem se sentir encorajados a investigar a Amazon, mesmo sendo o jornal de propriedade do fundador e presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos. No entanto, a eficácia dessa barreira no mundo real é incerta, e muitos jornalistas orgulham-se de seguir a história aonde quer que ela leve, independentemente das implicações financeiras para suas organizações.

Apesar da importância desse princípio para os jornalistas, as pessoas entrevistadas pareciam ignorar sua existência. Elas assumiram que as organizações de notícias ganham dinheiro principalmente por meio de publicidade, o que levou muitos a acreditarem que os jornalistas são pressionados a buscarem grandes audiências para gerar mais receita publicitária.

Viés em Favor dos Lucros

Os entrevistados descreveram os jornalistas como envolvidos em uma luta contínua para capturar a atenção do público em um ambiente de mídia extremamente competitivo. Um entrevistado comentou: “Se você não obtém um certo número de visualizações, você não está ganhando dinheiro suficiente, e isso não termina bem para a empresa.”

Muitos concordaram que o jornalismo é tendencioso, assumindo que tal viés existe por razões orientadas para o lucro, e não estritamente ideológicas. Alguns entrevistados citaram exemplos de financiamento de grupos que desejam ver uma agenda específica promovida, como mencionaram George Soros.

Outros reconheceram que algumas organizações de notícias dependem principalmente de suas audiências para suporte financeiro por meio de assinaturas, doações ou associações. Apesar de verem diferentes formas de geração de receita, ainda descreviam uma profunda desconfiança em relação à influência dos interesses comerciais no jornalismo.

Preocupação Equivocada com a Parcialidade

Diante dessas descobertas, parece que a preocupação dos jornalistas em se defenderem contra acusações de viés ideológico pode ser equivocada. Muitas organizações de notícias têm buscado transparência como uma abordagem para ganhar a confiança do público, com o objetivo implícito de demonstrar que trabalham com integridade e sem viés ideológico.

Desde 2020, por exemplo, o The New York Times mantém uma página “Por Dentro do Jornalismo” que descreve como seus repórteres e editores abordam diferentes aspectos da cobertura, desde o uso de fontes anônimas até a confirmação de notícias urgentes. O The Washington Post iniciou uma página similar “Por Dentro da História” em 2022. No entanto, essas iniciativas não abordam a principal causa de preocupação entre os entrevistados: a influência da busca por lucros no trabalho jornalístico.

Joio do trigo

Em vez de se preocupar tanto com a percepção de parcialidade política dos jornalistas, talvez seja mais benéfico para os gestores de redação focar em combater a percepção de viés econômico. Uma demonstração mais eficaz de transparência poderia se concentrar menos em como os jornalistas fazem seu trabalho e mais em como as preocupações financeiras das organizações de notícias são mantidas separadas das avaliações do trabalho dos jornalistas.

*Jacob L. Nelson é professor associado de comunicação na Universidade de Utah. Este artigo é republicado da The Conversation sob uma licença Creative Commons.

A proliferação do Slop e seus efeitos na economia digital

Assim como o spam se tornou um conhecido problema na internet, agora enfrentamos um novo desafio: o slop. 

economia digital, movida pela constante busca por cliques e visualizações, incentiva a produção em massa de conteúdo automatizado e de baixa qualidade, conhecido como slop. 

Este fenômeno está profundamente enraizado nas práticas lucrativas que utilizam a inteligência artificial (IA) generativa para criar vastas quantidades de material, muitas vezes sem qualquer valor real para os usuários. Vamos explorar detalhadamente como isso afeta a paisagem digital e os desafios que apresenta.

O Círculo Vicioso do Slop

A facilidade com que a IA generativa pode produzir conteúdo é um dos principais motores por trás da proliferação do slop. Algoritmos avançados podem gerar artigos, imagens e vídeos em segundos, a um custo mínimo. Esse conteúdo é então usado para atrair tráfego para sites ou perfis em redes sociais, onde a monetização ocorre por meio de anúncios publicitários ou aumento de seguidores.

O problema é que, na maioria das vezes, o slop é desprovido de qualquer valor informativo ou de entretenimento. Ele existe apenas para preencher espaço e enganar algoritmos de recomendação, como os do Google ou do Facebook, que priorizam a quantidade de interações sobre a qualidade do conteúdo.

Isso cria um ciclo vicioso: quanto mais slop é produzido, mais os algoritmos o promovem, levando a uma inundação de conteúdo inútil que sufoca informações legítimas e valiosas.

Exemplos Perturbadores de Slop

Artigos Absurdos

Um exemplo notável de slop são os artigos de viagem gerados por IA que fazem recomendações absurdas, como visitar bancos de alimentos como se fossem atrações turísticas. Esses artigos, muitas vezes criados sem qualquer revisão humana, podem confundir e frustrar os leitores, além de prejudicar a credibilidade das plataformas que os hospedam.

Livros Perigosos

Outro exemplo alarmante são os livros sobre cogumelos vendidos na Amazon, gerados por IA e contendo conselhos potencialmente letais. Esses livros, que muitas vezes se apresentam como guias de identificação de cogumelos comestíveis, podem levar a intoxicações graves ou até fatais, evidenciando os perigos reais do slop.

Memes Virais Sem Sentido

No Facebook, o slop se manifesta frequentemente como memes virais sem qualquer propósito ou significado. Um exemplo citado inclui imagens de Jesus Cristo com camarões no lugar dos membros que, além de não fazerem sentido, contribuem para a saturação de conteúdo inútil na plataforma, dificultando a descoberta de informações úteis e relevantes.

Impactos na Experiência do Usuário

A proliferação do slop tem um impacto direto e negativo na experiência do usuário. Em vez de encontrar informações úteis de forma rápida e eficiente, os usuários são frequentemente forçados a navegar por grandes quantidades de conteúdo irrelevante ou enganoso. Isso não só desperdiça tempo, mas também mina a confiança dos usuários em plataformas digitais. Quando os usuários se deparam repetidamente com slop, tornam-se mais céticos em relação à qualidade de qualquer conteúdo encontrado online, incluindo material legítimo.

Desafios na Regulamentação e Controle

As respostas das grandes empresas de tecnologia ao problema do slop têm sido variadas, mas muitas vezes insuficientes. A Meta, por exemplo, exige a marcação de conteúdo gerado por IA, enquanto o TikTok automatiza esse processo e o Google introduz resumos automáticos em suas pesquisas. No entanto, essas medidas muitas vezes não são eficazes para resolver o problema de forma abrangente.

A principal dificuldade reside na capacidade dos algoritmos de discernir entre conteúdo útil e slop. À medida que as IAs que geram slop se tornam mais sofisticadas, também se torna mais difícil para os sistemas de detecção automatizados identificarem e filtrarem esse tipo de conteúdo.

Além disso, a linha entre o que é real e o que é artificial se torna cada vez mais tênue, complicando ainda mais a tarefa de manter a integridade da informação online.

Conclusão

O slop representa um desafio significativo na economia digital atual. A facilidade e lucratividade da produção de conteúdo automatizado incentivam práticas que prejudicam a qualidade da informação disponível online. Para combater essa praga digital, é essencial que tanto os desenvolvedores quanto os usuários estejam cientes do problema e trabalhem juntos para implementar soluções eficazes. Nomear e reconhecer o slop é apenas o primeiro passo; medidas concretas e colaborativas são necessárias para preservar a confiança e a utilidade da internet.

O Futuro do Jornalismo já começou e é Local, Jovem, Inovador e Conectado com as Comunidades

Esse texto é um relato de dias vivenciados em ambiente vibrante e inspirador para o jornalismo. A Alright foi uma das empresas patrocinadoras do Festival 3i da Associação de Jornalismo Digital (AJOR), realizado entre os dias 13 e 15 de junho no Rio de Janeiro, capital. Estar presente foi uma experiência transformadora e enriquecedora.

Como participante, tive a oportunidade de vivenciar de perto a efervescência das discussões e a inovação que permeou cada sessão. O evento reuniu centenas de pessoas, entre estudantes, jornalistas, pesquisadores e representantes de diversas organizações, na Casa Firjan e na Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso).

O Jornalismo Local em Foco

Um dos aspectos mais marcantes do Festival foi o foco no jornalismo local. E isso se conecta diretamente com nossa proposta de valor para os Oásis de Notícias e com as tendências do Guia Alright 2024: como transformar tendências em ações”, que foi distribuído no evento, em primeira mão, já no formato de livro impresso. 

Diferente do que vemos em muitos eventos do setor, este não deu destaque aos maiores players do jornalismo brasileiro, mas sim a vozes locais e de países como México, Paraguai e Colômbia. Essa escolha retratou a importância do jornalismo local em um país tão vasto e diverso como o Brasil. As discussões deixaram claro que a informação verdadeira e de qualidade nasce da proximidade com as comunidades locais.

Estratégias de Viralização e Descompassos no Mercado

Uma das palestras mais impactantes foi a de Alejandro Vallejo, fundador do El Surti. Ele compartilhou a trajetória de crescimento do portal e destacou uma estratégia fundamental: a relação estreita entre conteúdo e imagem.

A mensagem dele foi no sentido de pensar em uma imagem que traduza o conteúdo e traga impacto para o público. Essa abordagem foi apresentada como crucial para tornar conteúdos virais e aumentar o engajamento, oferecendo uma lição valiosa para outros veículos de comunicação em um mundo marcado por conteúdos visuais.

Outro ponto levantado durante o evento, foi um evidente descompasso entre o que é ensinado nas universidades e o que se enfrenta no dia a dia do jornalismo. Essa divergência foi quase unânime entre os participantes. A crítica foi especialmente direcionada aos cursos de jornalismo, onde foi possível perceber que as diferentes gerações, muitas vezes, não conseguem acompanhar as novas tendências e demandas do mercado na mesma velocidade.

A presença majoritária de jovens no evento, com média de idade de 25 a 30 anos, reforçou essa percepção e a necessidade de uma atualização nas abordagens acadêmicas. Acredito que seja algo importante a se pensar para o futuro do jornalismo e para a qualidade da formação profissional também. Existe uma forte expectativa do setor a esse respeito.

Conexão com as Comunidades

A apresentação de Elaine Silva, da Alma Preta Jornalismo, foi particularmente inspiradora. Alma Preta é um exemplo de quem conseguiu criar uma forte identidade com seu público, a ponto de a comunidade começar a pedir produtos como roupas e bonés, gerando uma nova fonte de renda para o veículo.

Esse caso exemplifica como a conexão genuína com o público pode abrir novas possibilidades de financiamento e engajamento. Não basta só falar de publicidade, de incentivo público, de editais, de ações de empreendedorismo e financiamento. Tudo isso é fundamental para a saúde financeira e sobrevivência dos negócios, mas o segredo está na conexão com a comunidade.

Inovação,  Juventudes e Combate à Desinformação

A programação do Festival 3i da AJOR também destacou a importância da inovação e a presença significativa de jovens liderando iniciativas. Vi palestrantes e participantes fazendo networking que, apesar da pouca idade, já se destacam no cenário jornalístico.

Ficou claro que o futuro do jornalismo está nas mãos das novas gerações. A falta de representantes de veículos tradicionais e consolidados no evento, chamou atenção e levantou críticas sobre a necessidade de adaptação e abertura para novas ideias.

A questão da desinformação das fake news permeou muitas palestras. Em ano de eleição, a importância de combater informações falsas e promover a verificação de fatos se mostrou urgente. O poder da informação verificada foi reiterado por todos.

Inspiração para os Negócios Digitais

Festival 3i se encerrou como uma atividade que uniu diversos modelos de negócio, com ideias poderosas que se inspiram no cinema, música, fotografias, videoclipes, plataformas digitais, relacionamento com as comunidades, nas pautas e discussões contemporâneas de gênero, territórios, raça e muitos bandeiras para discutir o futuro do jornalismo.

A experiência foi enriquecedora e inspiradora, reafirmando que o jornalismo local, a juventude e a inovação são os pilares para a construção desse caminho mais conectado e verdadeiro na comunicação.

Muitos participantes do evento deixaram claro nas conversas pelos corredores que a chave para o sucesso está na adaptação, na conexão genuína com as comunidades e na abertura para novas ideias, garantindo um jornalismo mais dinâmico e inclusivo.

As mesas do Festival 3i foram gravadas e estão disponíveis no YouTube.

Cobertura detalhada aqui.

Jornalismo local e democracia: só obviedades

Este é um artigo óbvio. Só fala o que todo mundo já sabe. Bom, pelo menos, deveria saber.

Só repete o que já se cansou de dizer. Eu mesmo, aqui, já toquei no tema vez por outra.

As obviedades não perdem relevância porque são óbvias. Neste caso, repetir é fundamental.

Jornalismo local é um dos pilares da democracia. Pronto, obviei.

Seguindo na trilha, pedi pro chat GPT listar as razões disso. Pois não é que até ele sabe? E mandou mega bem. Confira abaixo:

A Importância do Jornalismo Local para a Democracia

1. Proximidade e Relevância

  • O jornalismo local fornece notícias informações diretamente relevantes para a comunidade. Ele cobre eventos, problemas e políticas locais que podem não receber atenção da mídia nacional. Essa proximidade garante que os cidadãos estejam bem informados sobre assuntos que afetam diretamente suas vidas diárias.

2. Fiscalização do Poder Público

  • Jornalistas locais desempenham um papel crucial na fiscalização de autoridades e instituições locais. Eles investigam e expõem casos de corrupção, má administração e outros abusos de poder que poderiam passar despercebidos. Essa função de vigilância é essencial para manter a transparência e a responsabilidade dos governantes.

3. Participação Cívica

  • Ao informar os cidadãos sobre questões locais, o jornalismo local incentiva a participação cívica. Ele ajuda a comunidade a se engajar em debates públicos, participar de eleições informadas e contribuir para a formação de políticas públicas. A consciência e o envolvimento cívico são pilares fundamentais de uma democracia saudável. 

4. Coesão Comunitária

  • jornalismo local fortalece a coesão comunitária ao destacar histórias e eventos que refletem a identidade e os valores da comunidade. Ele promove um senso de pertencimento e solidariedade, conectando os moradores através de histórias compartilhadas e interesses comuns. 

Agora vou eu aqui. 

As eleições municipais se aproximam. Justo as municipais, onde o tema do jornalismo local faz mais sentido e onde ele é ainda mais influente e necessário.

jornalismo local é vital para a democracia porque mantém os cidadãos informados sobre questões que lhe são próximas. É a segunda pele da vida na comunidade onde vivem.

Fiscaliza o poder público. Isso num país em que, mesmo vigiado, o poder público abusa do poder.

Promove a participação cívica e fortalece a coesão comunitária.

Sem um jornalismo local forte, as comunidades ficam desinformadas e desconectadas, comprometendo a saúde da democracia, que vive das conexões.

Vamos lutar por ele. Por sua força e relevância. Por sua representatividade. Em uma palavra: pela democracia.

Falei que ia ser óbvio.

O Papel do Jornalismo na Conscientização Ambiental: entrevista com Dione Moura e Marlise Brenol

Dione Moura e Marlise Brenol compartilharam suas ideias e experiências sobre como o jornalismo pode e deve desempenhar um papel central na conscientização e ação ambiental. A seguir, a entrevista completa com essas especialistas, sobre transformar a pauta ambiental em uma prioridade contínua na mídia. Elas são professoras e pesquisadoras na Universidade de Brasília e integram o projeto interdisciplinar da Rede Biota Cerrado

A sociedade se mobiliza rapidamente diante das consequências drásticas em momentos de crise, como as observadas recentemente no Rio Grande do Sul (RS). Nesse contexto, os veículos de jornalismo atuam não apenas como informantes, mas também como educadores e agentes de mudança. Uma pergunta surge: como os veículos jornalísticos podem contribuir para que a preocupação com o meio ambiente se torne uma pauta permanente?

Para explorar essa questão, conversamos com Dione Moura e Marlise Brenol, professoras e pesquisadoras na Universidade de Brasília, que também integram o projeto interdisciplinar da Rede Biota Cerrado. Elas discutem a importância do jornalismo na conscientização ambiental, a necessidade de manter o tema na agenda pública e como o setor pode ajudar a combater o negacionismo climático. 

As professoras também abordam a colaboração entre a imprensa e outros setores da sociedade, incluindo cientistas, movimentos ambientais e órgãos governamentais, como uma estratégia eficaz para uma comunicação de risco constante e preventiva. Elas são autoras de artigo que foi destaque no GZH Ambiente: “Precisamos de uma comunicação que salve vidas”. 

Através de parcerias, eventos e conteúdos didáticos, o jornalismo pode se tornar uma referência sólida na comunicação de risco, promovendo uma cultura de conscientização e ação ambiental.

Quando situações de risco chegam a grandes proporções e vemos as consequências drásticas, como no Rio Grande do Sul, a mobilização da sociedade acontece de forma mais rápida. Como os veículos jornalísticos podem contribuir para que essa preocupação seja uma pauta permanente?

Dione Moura e Marlise Brenol:

No caso da pauta ambiental, os veículos de jornalismo têm uma função pedagógica e de alerta sobre os riscos, ou seja, manter o tema na pauta do dia é uma forma de compartilhar conhecimento, gerar conscientização e transformar a realidade.

Quanto maior a visibilidade para o tema, maior o alcance e a familiaridade do público com o assunto. A construção do repertório ambiental na sociedade passa pela imprensa, na medida em que termos como cidade-esponja, parques alagáveis, cota de inundação, áreas de risco e outros entram na ordem do dia e passam a fazer parte das conversações, maior será a predisposição para a escuta. 

Quando os termos são familiares, os alertas tendem a ser melhor compreendidos em situações de risco como os eventos climáticos extremos. Mais do que mobilização rápida em eventos climáticos, é preciso mobilização constante pela conservação ambiental e mudança de hábitos prejudiciais ao coletivo por hábitos saudáveis e conscientes.

Há momentos específicos em que a imprensa acaba dando maior atenção à questão climática, como os momentos em que a crise está instalada, porém o debate precisa entrar na pauta antes, como prevenção.

A questão da legislação de proteção ambiental, por exemplo, deve também servir como pauta de prevenção. No caso do Rio Grande do Sul, por exemplo, houve mudanças importantes na legislação ambiental com pouca ênfase e debate mediado pela imprensa.

Nós temos que, enquanto imprensa, “encurtar o pavio” em relação a questões ambientais. Uma mudança de legislação ambiental que sinaliza dano potencial futuro tem de ser tratada com alerta, alarde, precisa ganhar primeira página, espaços de entrevistas, debates. Não podemos deixar que a questão ambiental seja manchete apenas depois do dano consumado.

Como o jornalismo pode ajudar a combater o negacionismo ambiental e promover uma cultura de conscientização climática?

Dione Moura e Marlise Brenol:

O caminho para combater o negacionismo é o iluminismo, no sentido da busca pelo esclarecimento. A imprensa tem um papel importante nesta aculturação. É preciso valorizar cada vez mais a razão e a ciência para entender o mundo e os fenômenos da natureza.

jornalismo tem ferramentas para ser protagonista nesta mediação social. Tanto a verificação de fake news e desinformação com circulação exponencial, como a apuração e reportagem de campo e o jornalismo científico são instrumentos potentes para dar visibilidade para a pauta de defesa do meio ambiente.

É preciso transformar a pauta ambiental em um tema que desperte paixão, amor e pertencimento, afinal a mãe natureza é mãe de todos nós. Só assim poderemos afastar a ideia de que o tema ambiental é do outro e não meu. O que afirmamos sempre é que o negacionismo ambiental é letal e precisa ter fim. 

De que forma a imprensa tem colaborado com outros setores da sociedade para promover uma comunicação de risco eficaz? Temos bons exemplos de contribuições, por exemplo, com cientistas, movimentos de defesa do meio ambiente, órgãos de defesa e prevenção de risco, agentes públicos, dentre outros?

Dione Moura e Marlise Brenol:

enchente de maio de 2024 no Rio Grande do Sul foi um exemplo bem-sucedido de comunicação de risco iminente no qual a imprensa local teve um papel protagonista para mediação informativa entre órgãos governamentais e a sociedade civil, bem como no alerta à população sobre elevação das águas, inundações, necessidade de evacuações, resgates para salvar vidas.

Ainda que não tenha chegado a todos que precisavam, a ampla cobertura de imprensa foi imprescindível para mobilizar a sociedade civilos governos e o país como um todo para a urgência da catástrofe no sul.

Porém, a comunicação de risco precisa de constância para dirimir os danos à vida e aos bens materiais. Entendemos que a catástrofe climática do Rio Grande do Sul deva ser um marco e a partir dele distintos atores da sociedade possam se mobilizar em conjunto.

Quem sabe criar um comitê de comunicação de risco que envolva a universidade, os governos, a sociedade civil e a imprensa? Isso pode ser formado em prefeituras, em escalas menores, em micro e macrorregiões para envolver um conjunto de municípios e em escala estadual, conectando o âmbito federal.

É preciso criar vasos comunicantes – sem entupimentos – para que tenhamos uma comunicação de risco eficaz no sentido preventivo, não apenas paliativo quando o dano está dado. Quem sabe os veículos de imprensa possam puxar essa mobilização e promover encontros periódicos?

Além disso, podemos citar exemplos de trabalhos recentes e bem feitos por veículos de mídia para mobilizar a interlocução de atores sociais importantes, é o caso do especial da Veja sobre a relação entre a crise climáticas e a propagação de doenças infecciosas, citando resultados de pesquisas e dando voz a cientistas.

A Veja coloca a pauta no centro também quando promove o Prêmio Veja Saúde de inovação médica que reconhece o trabalho de pesquisadores brasileiros. A Agência Pública de jornalismo faz também um trabalho consistente em comunicação de risco ao associar a pauta ambiental e social, pois os impactos das mudanças climáticas estão diretamente relacionados a mazelas sociais no Brasil.

A editoria socioambiental da agência faz um trabalho regular de apuração e reportagem. Correio Braziliense tem se destacado por abrir espaços na página de opinião para pesquisadoras e pesquisadores que trabalham com a pauta ambiental.

Rede Biota Cerrado, da qual participamos ao lado de mais de 100 pesquisadores, tem obtido um excelente espaço editorial, inclusive com publicação de texto nosso recente sobre Desinformação ambiental que é inimiga da comunicação de risco.

imprensa como mediadora importa, veja o caso do jornal Zero Hora que motivou esta entrevista aqui com a publicação do artigo sobre Comunicação de risco. É importante que os jornais impressos mantenham e ampliem o quanto possível esse espaço editorial para cientistas.

Como a imprensa pode dar mais espaço para as pesquisas científicas no contexto da comunicação de crise e fazer com que esse conhecimento chegue de forma acessível a toda a população?

Dione Moura e Marlise Brenol:

São infinitas possibilidades! A imprensa como produtora de conteúdo criativo e informativo tem potencial de ganhar protagonismo na comunicação de risco e ocupar o lugar de referência para a população na busca de orientações sobre o que fazer e como se proteger em situações de eventos climáticos extremos.

Algumas ações: 

1) trabalhar com repórteres especializados em pautas ambientais que tenham competência para traduzir mundos e permitir ampliar o repertório;

2) criar quadros para conteúdos regulares que garantam a inserção da pauta ambiental na rotina, mesmo quando outras agendas se impuserem (teremos a Cop30 em Belém em 2025, quem sabe começar a cobertura desde já?);

3) promover eventos com convidados cientistas, especialistas ou mesmo gestores de organizações ambientais e dos governos;

4) criar o conselho de pautas ambientais que se reúna periodicamente para alinhar a pauta ambiental;

5) formar parcerias com universidades e grupos de pesquisa para fazer fluir com mais facilidade os resultados de pesquisas e produção de conhecimento;

6) ler e desenvolver parceria com o jornalismo universitário que pode fomentar colaboração em distintos âmbitos como o fez durante a enchente de maio no Sul com a formação da rede universitária de notícias;

7) produzir jornalismo explicativo, com infografia, ponto a ponto, videografismo e outros recursos didáticos;

8) criar campanhas de publicidade que legitimem o lugar da imprensa (autolegitimação) como referência em comunicação de risco para que o público assim perceba onde pode/deve buscar informações.    

Kling AI: tecnologia chinesa que promete superar as capacidades do Sora

Na última semana, o cenário de tecnologia foi agitado pelo lançamento do Kling AI, um novo modelo de Inteligência Artificial desenvolvido pela Kuaishou, a empresa por trás do popular aplicativo Kwai. Esse avanço surge pouco depois do impacto causado pelo Sora, da OpenAI, que gerou grande alvoroço ao criar vídeos por meio de comandos textuais.

Enquanto o Sora da OpenAI capturou a imaginação do público ao gerar vídeos de até um minuto, o Kling AI, que utiliza uma tecnologia semelhante de machine learning de difusão, se destaca por produzir vídeos de alta definição com até dois minutos de duração.

Kling AI foi lançado em versão demo restrita à China e rapidamente ganhou popularidade nas redes sociais, onde os usuários exibiram sua impressionante capacidade de criação.

Na quinta-feira passada, a Kuaishou divulgou um vídeo demonstrativo que revelou as capacidades superiores do Kling AI em comparação ao Sora em certos aspectos. A tecnologia do Kling AI inclui uma avançada reconstrução facial e física em 3D, resultando em vídeos com um nível de fotorrealismo notável.

Kling AI | Make Your Imagination Alive | AI Generated Video

Uma característica exclusiva do Kling AI é a 3D VAE (Autodecodificador Variacional em 3D), que permite a criação de expressões faciais e movimentos detalhados a partir de uma única imagem de corpo inteiro. Essa tecnologia é complementada por um mecanismo de atenção espacial e temporal em 3D, que possibilita a geração de cenas e movimentos complexos e realistas.

Por enquanto, o Kling AI está disponível apenas como uma ferramenta no aplicativo KwaiCut, exclusivo para o mercado chinês, e a Kuaishou ainda não divulgou planos para expandir essa tecnologia para outros países. Apesar disso, a inovação do Kling AI está gerando grande expectativa global, destacando-se como um avanço significativo na criação de vídeos por IA.

Jornalismo na Divulgação da Cultura Popular: Olhares sobre as Festas Juninas e Tradições Regionais

papel do jornalismo vai muito além da simples divulgação de notícias do cotidiano. Ele é um guardião da memória coletiva e da valorização das tradições culturais que moldam a identidade de uma nação. No contexto brasileiro, um dos exemplos mais vibrantes e significativos dessa cultura popular são as festas juninas.

Quando estamos em junho percebemos o quanto as festas juninas são um pilar da identidade cultural brasileira. Com raízes que remontam às tradições rurais e às celebrações religiosas dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro), essas festas são uma expressão autêntica de brasilidade.

Reportagens, documentários, programas especiais e artigos jornalísticos ajudam a manter vivas as práticas e os costumes que, de outra forma, poderiam se perder com o tempo. Por outro lado, o jornalismo acompanha a inovação que acontece no cenário cultural a cada ano.

comunicação e o jornalismo têm a capacidade de educar e sensibilizar o público sobre a riqueza da nossa diversidade cultural. A divulgação de eventos culturais populares pode ter um impacto significativo na economia local. Não é demais frisar que as festas juninas atraem turistas de diversas partes do Brasil e do mundo, movimentando a economia de cidades e regiões inteiras.

Aproveitando que estamos no mês de junho, trago dois exemplos sobre a movimentação que ocorre nesse período do ano e sobre o papel da comunicação para a cultura popular ao longo do tempo.

A intenção é mostrar para você, jornalista, comunicador e curioso do tema, que existe uma imensidão de cultura aguardando espaço e novos olhares. Se você faz e acredita no jornalismo de qualidade, não deixe nada disso ficar de fora do seu veículo.

Como tudo em Campina, O Maior e Melhor São João do Mundo, é Grande

Por Karol Oliveira. Jornalista, Doutoranda em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especialista em produção de conteúdo para mídias digitais. Pesquisadora com foco em consumo, redes sociais, mídia e subjetividades.

Entenda porque ao destacar a grandiosidade e a riqueza cultural de Campina Grande, e do que ficou conhecido como o “Maior São João do Mundo”, o jornalismo cumpre um papel essencial na valorização e divulgação da cultura nordestina. 

Campina Grande, carinhosamente chamada de Rainha da Borborema, é uma cidade do interior paraibano que se orgulha de suas características de cidade grande. Marinês, uma das vozes mais icônicas da música nordestina, apesar de ser pernambucana, sempre se sentiu campinense de coração, por ter crescido na cidade. Ela dizia em uma de suas canções: “Eu sou pequenininha, mas gosto de tudo grande”, destacando a grandiosidade da cidade que a acolheu.

Essa grandiosidade se manifesta durante as festividades de São João. A cidade começa a se preparar para o evento já em maio, com a instalação das decorações que transformam Campina Grande em um verdadeiro arraial. 

Este ano, a festa começou no dia 29 de maio e vai até 30 de junho, esperando atrair mais de 3 milhões de pessoas, entre turistas e moradores. Apesar do título “O Maior São João do Mundo” parecer exagerado para quem não conhece o evento, basta uma visita para entender a razão.

Com uma mega estrutura, atrações variadas e centenas de atividades temáticas espalhadas por toda a cidade, Campina Grande se destaca no cenário dos festejos juninos do Brasil.

Quem visita a cidade durante o São João mergulha em um universo de celebração da cultura nordestina. No Parque do Povo, coração da festa, e no distrito de Galante, a programação inclui shows gratuitos, apresentações folclóricas, quadrilhas e muito forró.

O casamento coletivo, realizado anualmente no Dia dos Namorados, é um evento emocionante, onde mais de 100 casais celebram o amor com uma produção completa fornecida gratuitamente.

Durante todo o mês de junho, a cidade respira forró. Não é incomum encontrar trios de forró pé-de-serra se apresentando em supermercados, shoppings, lojas e restaurantes. O som da zabumba, do triângulo e da sanfona está por toda parte, e o “dois pra lá, dois pra cá” dos casais dançando forró é uma visão constante.

Além da festa, Campina Grande oferece uma rica experiência cultural. O Sítio São João é uma réplica de uma vila antiga, onde os visitantes podem conhecer o tradicional processo de feitura da farinha de mandioca, assistir a shows de forró, saborear comidas típicas e apreciar o artesanato local.

A Vila do Artesão, um espaço municipal onde artesãos produzem e expõem suas obras, se tornou um dos principais pontos turísticos em junho. Com técnicas transmitidas de geração em geração, os artesãos transformam materiais simples em verdadeiras obras de arte.

Para os interessados em história, o Museu de Arte Popular da Paraíba, conhecido como Museu dos 3 Pandeiros, é uma visita imperdível. Projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, o museu oferece uma visão da música, do artesanato e da literatura de cordel da Paraíba, tudo isso em um design suspenso sobre o Açude Velho, um dos pontos turísticos mais importantes da cidade.

A Rainha da Borborema, com sua mistura única de tradição e modernidade, continua a encantar todos que a visitam, especialmente durante o São João.

Seja dançando forró, assistindo a um casamento coletivo ou explorando seus museus e espaços culturais, a cidade oferece uma experiência inesquecível, celebrando a vibrante cultura nordestina e acolhendo todos de braços abertos.

Como manter um projeto de comunicação e cultura popular vivo e gerando valor para a audiência?

O programa de rádio A Hora do Rei do Baião está no ar desde 2007. Retransmitido por 15 veículos de diferentes estados do país, tem espaço ao longo dos anos na FM Cultura de Teresina, Piauí.

movimento colaborativo para a difusão da cultura popular gonzaguiana tem no programa um exemplo de produto de comunicação que, embora enraizado no rádio, dialoga hoje com outros veículos e utiliza plataformas digitais para troca de informações, contatos e redes de interesse.

O apresentador é um comunicador nato. Wilson Seraine é engajado na causa da cultura e múltiplo em suas atividades. Está à frente do programa de rádio, professor de física no Instituto Federal do Piauí (IFPI), autor de diversos livros que abrangem temas da cultura popular, Conselheiro Estadual de Cultura do Piauí, e contribui com sua experiência e visão para o desenvolvimento cultural da região.

Como presidente da 1ª Colônia Gonzaguiana do Brasil, Wilson tem criado diversas ações que colocam a cultura popular e a herança de Luiz Gonzaga como protagonistas de um movimento de exaltação da regionalidade.

Ele nos respondeu perguntas sobre a história do programa e sua opinião sobre a relação entre cultura popular, plataformas digitais e jornalismo.

Como foi o início na rádio e que mudanças foram feitas ao longo dos anos?

Começamos a transmitir o programa na FM Cultura no dia 8 de março de 2007, com o mesmo nome que temos ainda hoje, “A Hora do Rei do Baião”. Inicialmente, o programa era transmitido ao vivo, mas posteriormente passou a ser gravado, o que trouxe melhorias significativas.

Com isso, começamos a criar blocos temáticos, incluindo músicas raras, curiosidades, músicas em outros idiomas, e destacando artistas que cantaram Luiz Gonzaga em vida ou os que ainda estavam fazendo essas homenagens. Foi quando colocamos também nossa parte de pesquisa que já vinha sendo feita há muitos anos, abordando temas e convidando entrevistados. Isso só foi melhorando a repercussão de forma positiva. Estamos lá todos esses anos e ninguém mexe com nosso programa.

Que ganhos o programa teve com a chegada mais forte das plataformas digitais?

Hoje é possível ouvir o programa pela internet e, atualmente, 15 rádios do Brasil retransmitem. E isso se deu por esse contato com pessoas que eu nem conhecia. Temos essa colaboração de retransmissão em rádios do Piauí, Ceará, e Pernambuco, além de oito web rádios entre Ceará, Pernambuco, Distrito Federal e São Paulo.

Com o advento do WhatsApp, Facebook e Instagram, muitas pessoas passaram a nos conhecer. Com esses canais, recebi convites para palestras e eventos. Houve também uma maior demanda da sociedade local por palestras sobre cultura nordestina e Luiz Gonzaga, o que nos levou a diversos lugares e a abordar diferentes aspectos dessa rica cultura.

As festas juninas são um grande momento de exaltação da cultura regional, especialmente nos estados do Nordeste. O que podemos destacar que fazem destas festas um evento tão fundamental e que merece um olhar especial do jornalismo?

Não há nada igual às festas juninas em nossa cultura. Falo isso e o povo até acha exagero, mas veja: elas possuem músicas próprias, danças, figurinos, adereços, decorações, e comidas típicas, além de datas fixas no calendário. Tem também um caráter religioso, cultural e um ícone próprio que é Luiz Gonzaga. Não há outra festa com tantos elementos únicos e próprios que seja tão representativa e que contribua tanto para a cultura brasileira.

Como um comunicador que atua há tantos anos, como você vê o papel da imprensa na cobertura desses eventos e na valorização da cultura popular?

Colaboramos com veículos da imprensa nos eventos que realizamos, e eles participam ativamente, pelo menos a nível local temos essa experiência. Mas a cultura popular ainda não é amplamente consumida, muitas vezes vista como algo sem rendimento econômico. No entanto, é importante destacar que uma parte significativa do PIB brasileiro vem da cultura, que gera renda e emprego. É um sistema que vai além da atividade artística, com muitas pessoas envolvidas na geração de empregabilidade. Valorizar a cultura local é crucial, pois, sem uma cultura forte, acabamos absorvendo as de outros lugares e as nossas vão se perdendo. 

O impacto negativo dos desertos de notícia na Saúde Pública do Brasil

(DisclaimerO texto abaixo exime e reconhece a excelência pioneira de um dos melhores sistemas públicos de saúde do mundo, o SUS. Entende, no entanto, que há muito ainda a percorrer na abrangência da cobertura de saúde de populações carentes e entende também que a estrutura representada pelos meios editoriais de comunicação, informação e notícia, e o combate aos desertos de notícia, são vitais nesse cenário.)

Um dos mais graves e sistêmicos problemas sociais do Brasil é sua extremamente falha, ineficiente e carente saúde pública. Todos sabemos. Há séculos.

É tanto um renitente problema nos grandes centros urbanos, quanto nos diversificados e multiplicados interiores do País, assim como também, e principalmente, nos mais entranhados rincões brasileiros, distantes das zonas onde ainda há, pelo menos, um mínimo de atendimento.

Os desertos de notícia têm um impacto amplificador negativo profundo nisso tudo, afetando a disseminação de informações essenciais, a resposta a emergências, a transparência na gestão de saúde e o bem-estar mental das comunidades.

Impactos específicos

1.Informação deficiente sobre Saúde Pública

  • Vacinação: A falta de cobertura jornalística local pode levar à desinformação sobre campanhas de vacinação, resultando em baixas taxas de imunização e aumento de surtos de doenças evitáveis como sarampo e dengue.
  • Prevenção de doenças: Programas de prevenção e controle de doenças, como campanhas contra a dengue, Zika e chikungunya, podem não alcançar toda a população, aumentando a incidência dessas doenças.

2. Resposta ineficaz à emergência de Saúde

  • Desastres Naturais e Epidemias: Em áreas afetadas por desastres naturais como enchentes ou epidemias de doenças transmissíveis, a falta de informação local pode dificultar a coordenação de respostas rápidas e eficazes, resultando em maiores taxas de mortalidade e morbidade.
  • Comunicação fragmentada: A dificuldade em disseminar informações essenciais pode levar a uma resposta descoordenada das autoridades de saúde, exacerbando crises de saúde pública.

3. Fiscalização e responsabilização insuficientes

  • Transparência na gestão de saúde: Sem uma imprensa local ativa, práticas corruptas ou ineficientes na administração dos recursos de saúde podem passar despercebidas, levando à piora dos serviços de saúde.
  • Uso ineficiente de recursos: A falta de fiscalização pode resultar em desperdício de recursos públicos destinados à saúde, afetando negativamente a qualidade dos serviços e programas de saúde.

4. Redução do engajamento e da participação comunitária

  • Desconexão dos cidadãos: A falta de notícias locais pode levar a uma desconexão entre os cidadãos e as questões de saúde pública, resultando em menor participação em programas comunitários de saúde e menor consciência sobre questões de saúde locais.
  • Falta de mobilização: A dificuldade em mobilizar a comunidade para ações coletivas de saúde, como mutirões de limpeza para combate ao Aedes aegypti, pode resultar em aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya.

5. Aumento da desinformação e dos boatos

  • Proliferação de boatos: Em áreas sem cobertura jornalística local, boatos e desinformação podem se espalhar rapidamente, levando a comportamentos prejudiciais à saúde, como evitar vacinas ou seguir práticas médicas inseguras.
  • Influência de fontes não confiáveis: A população pode depender de fontes de informação não confiáveis, aumentando o risco de seguir orientações médicas incorretas.

6. Impacto na saúde mental

  • Isolamento e ansiedade: A falta de informação confiável pode aumentar a sensação de isolamento e ansiedade entre os moradores, especialmente durante crises de saúde pública. A incerteza sobre a disponibilidade de recursos e a segurança pode exacerbar problemas de saúde mental.
  • Falta de suporte psicológico: Iniciativas de suporte psicológico e programas de saúde mental podem não ser bem divulgados, resultando em menor acesso a esses recursos vitais.

Exemplos de casos reais

1. Regiões Amazônicas e Interioranas:

  • Em áreas remotas da Amazônia e do interior do Brasil, onde a cobertura jornalística é limitada, comunidades frequentemente enfrentam surtos de doenças como malária e leishmaniose sem acesso a informações adequadas sobre prevenção e tratamento.

2. Favelas Urbanas:

  • Nas grandes cidades, comunidades em favelas muitas vezes são desprovidas de cobertura jornalística local. Isso pode levar a uma falta de informação sobre serviços de saúde disponíveis, campanhas de vacinação e prevenção de doenças, exacerbando problemas de saúde pública nessas áreas. 

Iniciativas e soluções potenciais

  • Jornalismo comunitário: Incentivar o jornalismo comunitário e sem fins lucrativos, financiado por doações e subscrições, para garantir que informações vitais alcancem todas as regiões. 
  • Parcerias com universidades: Estabelecer programas de jornalismo em universidades locais para cobrir notícias em áreas desatendidas, fornecendo treinamento prático para estudantes e informações críticas para a comunidade.
  • Uso de plataformas digitais: Utilizar redes sociais e plataformas digitais para disseminar informações de saúde pública, alcançando comunidades que não têm acesso a meios de comunicação tradicionais.
  • Apoio governamental e ONGs: Apoiar iniciativas governamentais e de organizações não-governamentais que visam aumentar a cobertura de notícias em áreas desatendidas, especialmente focando em saúde pública.

Não é simples, é desafiador, mas é possível

Os desertos de notícia representam um desafio significativo para a saúde pública no Brasil. Há muito tempo.

Abordar objetiva e eficientemente a questão, só com seriedade. Algo que, como já diria Charles De Gaulle (“Ce n’est pas un pays sérieux”), sobre o Brasil, num País que está longe de ser sério, se transforma num objetivo desanimador.

Só que, apesar desses obstáculos, é totalmente possível. As soluções estão aí acima. Conhecidas. É fazer.

Nada na sociedade se resolve isoladamente. Só com esforços colaborativos para melhorar a disseminação de informações, fortalecer a fiscalização e aumentar o engajamento comunitário. 

Só uma abordagem integrada mitigará os efeitos negativos dos desertos de notícia e melhorará a saúde e o bem-estar das populações carentes afetadas. 

De novo… é fazer.

Inteligência Artificial e Jornalismo: desafios para pautas ESG, Diversidade e Inclusão

inteligência artificial (IA) se apresenta como uma ferramenta poderosa para o jornalismo, capaz de automatizar tarefas repetitivas, auxiliar na apuração de dados e até mesmo gerar conteúdo editorial.

No entanto, a integração da IA no processo de produção de conteúdo também traz consigo desafios, especialmente no que se refere à produção de pautas que contemplem valores ESG (ambiental, social e governança), diversidade e inclusão.

Se a ideia é melhorar práticas, indicadores e estar em consonância com o pensamento mais atual das funções do jornalismo para a sociedade, é imprescindível o fator humano nesse processo. 

ESG: por que o tema é importante para o Jornalismo?

ESG é uma sigla que representa três pilares fundamentais de práticas sustentáveis e responsáveis:

  1. Environmental (Ambiental): Refere-se às práticas de uma organização em relação ao meio ambiente. Empresas comprometidas com o pilar ambiental buscam implementar e reproduzir práticas sustentáveis.
  2. Social (Social): Envolve as relações e o impacto de uma organização na sociedade. Isso abrange desde as condições de trabalho e direitos humanos até o engajamento com a comunidade e a diversidade e inclusão dentro da empresa. O pilar social foca em tratar todas as partes interessadas de maneira justa e responsável.

3.Governance (Governança): Diz respeito à forma como uma organização é administrada. Isso inclui a transparência, a ética nos negócios, a gestão de riscos e a conformidade com as leis e regulamentos. Uma boa governança garante que a empresa seja gerida de maneira ética e com responsabilidade.

Adotar práticas ESG ajuda as organizações de mídia a manterem altos padrões de integridade e transparência, aumentando a confiança do público em suas reportagens que também devem seguir essa tendência em seu modelo editorial.

Não se trata apenas de um conjunto de boas práticas; é uma abordagem essencial para o jornalismo que deseja ser relevante, confiável e responsável.

Trato, a seguir, sobre como o tema se relaciona ao uso da IA.

Desafio do Viés Algorítmico

viés algorítmico é um dos principais desafios na utilização da IA no jornalismo. Algoritmos de IA podem perpetuar determinados posicionamentos existentes na sociedade, levando à produção de pautas que excluem ou sub-representam grupos minoritários.

Por exemplo, uma IA treinada com dados predominantemente de fontes ocidentais pode negligenciar questões importantes em países em desenvolvimento ou em comunidades marginalizadas.

Outros exemplos desse perigo têm a ver com as questões raciais. Um algoritmo pode levar a índices distorcidos ou fora de contextos sobre criminalização, estigmas de pobreza e preconceitos quanto à cultura das comunidades, implicando em reprodução de violências e diminuição da representatividade desses grupos.

Desafio da Falta de Representatividade

Os conjuntos de dados utilizados para treinar os algoritmos de IA podem não ser suficientemente representativos da diversidade da sociedade, o que pode levar à geração de pautas que não refletem a realidade de forma abrangente. É importante que o jornalismo utilize de conjuntos de dados de diferentes fontes e busquem pautas que representem diferentes grupos sociais.

Isso se dá na diversificação de fontes consultadas, no conhecimento das comunidades e territórios, na proximidade com os fatos e acontecimentos. Todos são fatores que ganham com a presença e fortalecimento do jornalismo local –  é importante ressaltar.

Se um algoritmo é treinado apenas com dados de grandes cidades, ele pode ignorar ou sub-representar problemas e histórias relevantes em áreas rurais ou em espaços distantes das regiões centrais em capitais, por exemplo. Isso pode resultar em uma cobertura jornalística que não aborda adequadamente as questões, dilemas e demandas da população.

Desafios Éticos

O uso da IA no jornalismo levanta questões éticas importantes, como a privacidade dos indivíduos e a utilização de dados pessoais. É fundamental que os jornalistas estejam cientes dessas questões e adotem medidas para garantir a proteção dos dados e a privacidade das pessoas.

Em um cenário onde a IA se integra ao jornalismo ESG, a revisão humana se torna um pilar fundamental para garantir a qualidade e a confiabilidade da informação. Apesar do contexto negativo que paira sobre a IA, com a proliferação de práticas que se apresentam como ESG mas são questionáveis, a revisão humana surge como um farol de esperança, assegurando a veracidade e a confiabilidade do conteúdo.

A integração da IA no jornalismo apresenta desafios significativos, especialmente em relação à produção de pautas ESG, diversidade e inclusão. O recado para jornalistas e editores é que estejam atentos aos vieses algorítmicos, utilizem conjuntos de dados representativos e abordem questões éticas com seriedade.

A revisão humana desempenha um papel de garantir que a IA seja usada de maneira responsável e eficaz, promovendo um jornalismo que verdadeiramente reflete a diversidade e os valores ESG da sociedade. As boas práticas jornalísticas e a qualidade editorial são as bases valiosas dessa discussão. 

A Contradição Essencial do jornalista e da profissão de jornalismo

Nós, jornalistas, sem falsa modéstia, somos socialmente muito importantes. Eu diria vitais para as sociedades de livre expressão e livre empresa.

Mas vivemos uma Contradição Essencial: não somos sempre senhores de nossas opiniões convicções.

Aprendi cedo, lendo Marx, que o dono da opinião é o dono do meio de produção. Nessas mesmas sociedades em que o jornalismo e o jornalista são essenciais, essa é a regra.

jornalista tem a missão e a capacidade de capturar e registrar fatos, reproduzir a realidade. De analisar sistemas políticos, econômicos e dados sobre acontecimentos globais. Por séculos, essa profissão tem sido uma das mais importantes na área da comunicação, registrando e transformando notícias em fontes de informação confiáveis para o mundo inteiro.

No entanto, para exercer sua função, o jornalista precisa trabalhar para empresas de comunicação que, geralmente, não pertencem a ele e que, nem sempre, se alinham a suas visões particulares. E essa subordinação é a alma de uma tensão constante entre a ética profissional e as exigências corporativas. Um drama para muitos profissionais jornalistas.

Por experiência própria, a única forma de um jornalista se tornar essencialmente dono do seu nariz e convicções é ser seu próprio empresário. Ocorre que poucas vezes vi gente com tão pouca capacidade empresarial como jornalistas. Juro.

Advogado, engenheiro, médico, arquiteto, publicitário, todos tem muito mais. Mas muito mais.

Pena para o jornalismo e para os jornalistas, que são críticos quanto a tudo, menos com sua própria Contradição Essencial. Pior: mexem-se pouquíssimo para mudar esse seu claustro.

Coleguinhas, querem alternativas a isso? (Os que não quiserem já demoraram demais me lendo aqui.) Vamos lá:

  • Criar coletivos e cooperativas
  • Encontrar investidores em linha com seus princípios
  • Dominar mais a tecnologia e as redes sociais
  • Entender mais de mídia e da gestão de mídia e suas verbas
  • Entender mais de marketing

A Contradição Essencial do jornalista é um reflexo das complexas relações de poder e propriedade na indústria da comunicação. Enquanto os jornalistas não tiverem controle sobre os meios de produção, continuarão a enfrentar essa tensão entre sua missão de informar e os interesses dos donos dos meios para os quais trabalham. 

Não tenho nada contra os donos de meios de comunicação. Tive, aliás, o privilégio de trabalhar para alguns excelentes empresários do setor. Sem eles, deixo bem clara minha posição aqui, nem jornalismo existiria, porque se a imprensa dependesse só de jornalistas, o que ocorreria eu já descrevi aí acima.

Creio que o convívio entre a livre empresa e o profissional do jornalismo é absolutamente saudável. 

A independência completa desse profissional é um ideal difícil de alcançar, mas a busca por soluções que aumentem a autonomia e a liberdade editorial dos jornalistas é um desafio importante para o fortalecimento da democracia e da verdade na mídia.

Abaixo, alguns exemplos de jornalistas que fizeram isso (não defendo nenhum deles, nem esta pretende de forma alguma ser uma lista exaustiva… são apenas exemplos que me ocorreram):

  1. Mino Carta – Fundador e empresário da IstoÉ e da CartaCapital
  2. Carlos Sambrana e Ralphe Manzoni, jornalistas fundadores da NeoFeed
  3. Geraldo Samor – fundador e empresário do Brazil Journal
  4. Leonardo Attuch, fundador do Brasil 247
  5. Arianna Huffington – Fundadora e empresária do The Huffington Post
  6. Ezra Klein – Cofundador do Vox  
  7. Matt Taibbi – Co-Cofundador do The Racket
  8. Todos os bravos jornalistas locais e regionais que batalham duro para serem exemplo de profissionalismo, civilidade e … empreendedorismo … em várias iniciativas isoladas Brasil afora.

Esses jornalistas exemplificam a busca por independência editorial e a vontade de oferecer ao público reportagens e análises com essencial liberdade. 

Colaboração: a receita para gerar novas oportunidades e impulsionar negócios

No ambiente de inovação, a colaboração entre empresas costuma ser regra. Em ecossistemas e hubs que reúnem startups, o fluxo de informações entre as iniciativas é constante, bem como a união para gerar conhecimento, atrair atenção, investimentos, novas parcerias. Ao mesmo tempo em que o sigilo é fundamental na criação de novas soluções de mercado, a própria inovação é fomentada pelas trocas entre empresas.

Para participar de desafios de inovação aberta, por exemplo, é rotina startups de um mesmo hub se unirem para responder às demandas lançadas por grandes empresas. O que é a prática comum no nosso meio, porém, é mais raro em segmentos tradicionais, como o jornalismo local, um público prioritário para nós da Alright.

Poder da Colaboração foi tema da nossa última Tertúlia, em que conversei com o Pyr Marcondes, consultor e um dos grandes nomes da comunicação no país, conhecido por combater o “sozinhismo” – prática de empresas e pessoas que buscam resolver os problemas sozinhas.

E também é tema de capítulo no Guia Alright 2024: Como Transformar Tendências em Ações Práticas. Na minha trajetória como empresário, fundador de startup, a colaboração sempre foi propulsora não apenas do meu desenvolvimento pessoal e profissional, mas também do crescimento do negócio. É uma prática que faz parte do meu dia a dia.

Conto pelo menos três ambientes da minha rotina em que a colaboração é a regra, possibilitando conversas e cooperação com empreendedores e profissionais com outras visões, vivências, talentos. São espaços muitas vezes informais que permitem uma troca horizontal.

Um deles é o próprio Ecosys, que reúne mais de 10 empresas que têm o investidor César Paz como sócio. Para muito além de uma sede física compartilhada, em Porto Alegre, seguimos conectados, os sócios dessas empresas, com reuniões regulares pelo menos a cada 15 dias. A trajetória da Alright como startup também contou com uma passagem pela Endeavor, mais especificamente o programa Sale Up, que nos deixou conectados a uma rede de empreendedores de diferentes setores, na qual partilhamos dicas, experiências, dúvidas, soluções.

Finalmente, a KPTL, gestora do Fundo Criatec 3, investidor da Alright, também proporciona conexões entre os sócios de empresas investidas. Não apenas em talks, encontros e conteúdos formais, mas também em grupos de WhatsApp e ambientes de descontração.

Vejo que essa é uma realidade ainda distante dos veículos de comunicação locais. É claro que incentivamos muito a participação de todos em associações formais. Não apenas do próprio setor, como em outras, que congreguem empresas de diversos setores de cada região, sejam associações comerciais ou outras entidades. Mas também entendemos que as trocas entre empresários e profissionais podem ir muito além do associativismo formal. Para isso, substituir a mentalidade focada em competição e se abrir ao espírito e à prática da cooperação é fundamental.

Exemplos no próprio setor de mídia não faltam, para além das parcerias estratégicas, joint ventures ou outras iniciativas nas quais empresas ou representantes de segmentos competidores se unem para aproveitar sinergias, responder a desafios mútuos, explorar novas oportunidades.

Todos lembramos do consórcio de veículos de imprensa, formado durante a pandemia para apurar com mais agilidade e transparência dados sobre a evolução dos casos de Covid-19. Outro caso que envolve cooperação entre concorrentes é o Projeto Comprova, de combate às fake news, que ameaçam veículos de imprensa e negócios de mídia. A iniciativa não apenas é financiada por dois concorrentes gigantes – Meta (dona do Facebook) e Google -, como conta com participação de diversos veículos concorrentes.

A colaboração também é prática na agência de fact-checking Lupa, como a CEO Natália Leal conta no nosso Guia Alright 2024. E quando, em uma mesma organização, duas empresas concorrem e cooperam ao mesmo tempo?

É o que acontece em um case que tem a mão de outro entrevistado do Guia, o sócio-fundador da RBS Ventures, Maurício Sirotsky Neto, O braço de capital de risco criou dentro do Grupo RBS a empresa Pulso.Creators, do segmento de marketing de influência, um setor que briga por mídia com veículos tradicionais. Ao mesmo tempo que competem, a Pulso e os veículos da RBS cooperam, à medida que pacotes de mídia de influência são ofertados juntamente com os de mídia tradicional pelos times comerciais.

Pode parecer distante da realidade dos veículos locais, mas se trata do contrário. Também no interior, influenciadores locais competem por verba de marketing com rádios, jornais, portais de notícias locais. Uma possibilidade é a aliança, pontual ou estratégica, desses veículos com os influencers. Os primeiros podem agregar credibilidade, profissionalismo, audiência e força de venda. Já os creators, audiência, criatividade e autenticidade. Juntos, podem fazer mais dinheiro do que competindo.

Também a colaboração pode ser chave para o combate aos desertos de notícias, com veículos compartilhando correspondentes em comunidades vizinhas sem cobertura até então, expandindo sua atuação para novas cidades por meio de alianças com players locais, entre outras possibilidades. 

As oportunidades são imensas, mas elas só vão aparecer se os empreendedores, os donos e dirigentes de veículos locais estiverem ativamente nutrindo novas conexões e associações.

Seja com empresários do mesmo ramo ou de outros. Seja no espaço formal de uma entidade ou em outros espaços que reúnem empreendedores. De uma indicação de colaborador para determinada função ou dica sobre o melhor fornecedor de materiais de escritório em um grupo de empreendedores no WhatsApp à formação de alianças estratégicas que mudam negócios e comunidades; tudo começa com a criação e participação em espaços de colaboração.

Vale para startups, grandes empresas ou para qualquer negócio, inclusive portais e veículos de comunicação locais.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. “Quanto vale uma notícia?”: artigo questiona o papel central em torno da grande imprensa, plataformas de comunicação e governos, junto ao debate sobre reprodução de notícias.
  2. Reportagem especial e multimídia, veiculada pela Agência Mural, revela como é viver em um deserto de notícias. Acesse.
  3. No primeiro trimestre de 2024, o mercado publicitário brasileiro cresceu 23,1%, alcançando R$ 4,573 bilhões em compra de mídia, segundo o Cenp-Meios. A internet cresceu com participação de 36,3% no bolo publicitário. Entenda os números da pesquisa.


Garanta sua vaga na live “Empreendedorismo coletivo e criativo: colaboração entre veículos de jornalismo local”

A live de junho da Alright apresenta o tema “Empreendedorismo coletivo e criativo: como criar redes de colaboração entre veículos de jornalismo local” em 18 de junho, às 10h, com transmissão pelo canal no YouTube. O evento discutirá a colaboração entre veículos de jornalismo local, abordando benefícios e desafios da cooperação, redes de colaboração, compartilhamento de recursos, e redução de custos.

Nomes de convidadas já confirmadas: Elaine Silva (Alma Preta Jornalismo), Maiá Menezes (vice-presidente da Abraji), Jayanne Rodrigues (Rede Cajueira, repórter do Estadão) e Marlise Viegas Brenol (jornalista, pesquisadora e professora)

Serão exploradas ferramentas de co-criação de conteúdo, edição colaborativa, distribuição conjunta de notícias, e modelos de financiamento colaborativo. Também serão discutidas estratégias para envolver o público e utilizar mídias sociais e eventos comunitários, além de tendências e a visão de longo prazo para o jornalismo local colaborativo.

Inscreva-se agora mesmo!


Seja um Oásis de Notícias

A Alright esteve na 28ª edição do Congresso da Associação dos Jornais do Interior do Paraná (@adjoriparana), em Foz do Iguaçu – PR. A apresentação da proposta de valor para os veículos, com o tema “12 tendências para transformar veículos locais em oásis de notícias”, foi feita pela Líder Comercial, Natália Pandolfo.

Mais de 40 veículos acompanharam a apresentação que amplifica o trabalho realizado neste período com o “Guia Alright 2024: Como Transformar Tendências em Ações” que pode ser baixado de forma gratuita. O manual foi escrito com a colaboração de mais de 15 profissionais de comunicação, que apresentaram 12 tendências para a área.

Seja parte da transformação! O Guia será enviado após o preenchimento do formulário: https://lives.alright.com.br/guia-pratico-gratuito

Google no Brasil com apoio de até R$ 25 mil para Jornalismo Local

Qualidade na cobertura jornalística e confiança entre veículos

cooperação entre veículos de comunicação está transformando a maneira como o jornalismo é praticado, especialmente em tempos de crise. Os valores colaborativos da cobertura jornalística e o respeito à identidade regional ficam evidentes nos depoimentos de diferentes jornalistas e editores que evidenciam como essa cooperação não só enriquece a qualidade da informação, mas também fortalece a confiança do público.

Diversos veículos já perceberam e praticam essas condutas editoriais que fortalecem o setor e a confiança no trabalho entre os veículos. 

Para trazer essas reflexões junto à pauta ambiental que tem mobilizado a todos os agentes interessados em conhecer boas práticas jornalísticas, vejamos exemplos recentes sobre a cobertura dos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul, com jornalistas de veículos que abordam esses aspectos nas diferentes rotinas e em diferentes regiões do país.

Um assunto de todos

Na recente tragédia climática no Rio Grande do Sul, a colaboração mostrou a importância do jornalismo local. O assunto virou pauta nacional e despertou também o olhar jornalístico de veículos locais de outros estados que entenderam a responsabilidade e o papel da imprensa para que toda a comoção fosse transformada em serviço de informação de qualidade, apoio rápido e coordenado para a população atingida.

A presença de informações locais em outros estados tem sido essencial para demonstrar a capacidade de agregar narrativas humanas e de solidariedade que enriquecem o conteúdo entre os veículos.

Da região de Campinas-SP, por exemplo, o senso de solidariedade com doações voluntárias de mantimentos, água e agasalhos foram histórias que ganharam espaço na pauta do Hora Campinas, veículo local da região. Os conteúdos foram desde relatos de solidariedade da população da cidade paulista para os gaúchos, como matérias e artigos sobre a tragédia, propondo reflexões e soluções para superação.

“Essas histórias podem agregar na pauta dos veículos, pode trazer ideias eventuais para os profissionais da comunicação e também ideias ou insights para os gestores públicos. Então, a colaboração é importante porque você compartilha experiências, agrega conteúdos, reduz a necessidade de produção intelectual e de investimento porque se otimiza esse conteúdo”, explica Marcelo Pereira, editor-chefe do Hora Campinas.

Marcelo confirma que a colaboração já é presente na redação com a presença de colunistas que atuam em um conceito que chama de “ganha-ganha”. “Todos ganham. Quem publica a informação e quem oferece seu conteúdo, porque ele tem a visibilidade e o veículo tem a credibilidade, a respeitabilidade, a audiência, o conteúdo de qualidade”.

Ele também chama a atenção para a manutenção das identidades dos veículos na sobrevivência dos negócios digitais adaptados à realidade e às mudanças dos conceitos das redações. Para isso, ressalta a busca pela originalidade e a combinação correta entre o compartilhamento e a produção de conteúdo próprio.

Já Marcelo Godinho, Diretor do Jornal Atual, da região metropolitana do Rio de Janeiro, lembra que cada veículo de comunicação é uma referência local e está intimamente ligado às dores e necessidades de sua comunidade. Ao colaborar, esses veículos conseguem uma cobertura mais empática e envolvente, criando uma proximidade maior com o leitor.

Ele também reflete sobre os desafios de manter o equilíbrio psicológico das equipes em momentos de grande impacto e enfrentamento de crises como a tragédia no RS.

“A equipe que está diretamente impactada com a tragédia precisa desse equilíbrio. Conseguindo isso, espera-se uma cobertura mais, se assim pode-se dizer, empática, com uma linguagem que tende a ser mais envolvida com o drama local. Dessa forma cria-se uma proximidade maior com o leitor, abrindo caminhos para o fortalecimento da imagem do veículo com seu meio e com aqueles que se sensibilizam com o drama daquela comunidade”.

O Jornal Atual também deu espaço para publicações no site, destaque no perfil do instagram, além de publicações com relatos de moradores do Rio de Janeiro que atuaram como voluntários no RS.

Esses veículos são alguns dos exemplos que estiveram engajados, a partir do início do mês de maio, nas ações #AjudaRS, organizada pela Alright. 

A cobertura jornalística e a colaboração entre veículos diretamente impactados pela crise

A rotina dos veículos diretamente impactados pela crise no RS impôs a resiliência impulsionada com a adoção de posturas conjuntas e que estão permitindo uma cobertura mais abrangente e profunda dos acontecimentos. Cada jornalista contribui com sua perspectiva, resultando em reportagens mais completas.

Muitas vezes, recursos como tempo, acesso a fontes e dados são limitados. A colaboração permite o compartilhamento desses recursos, aumentando a eficiência e a qualidade das investigações jornalísticas.

Isso tem ficado evidente em ações como as que estão sendo realizadas por veículos como a Acústica FM e o Porto Alegre 24 Horasambos do Rio Grande do Sul.

Com ampla cobertura jornalística e rapidez na divulgação de informações, os veículos são exemplos que têm ampliado a presença na produção de conteúdos em plataformas digitais como o Instagram, onde realizam diversos posts em colaboração (as chamadas Collabs).

Qualidade na cobertura jornalística e confiança entre veículos

Victória Renner, jornalista da Acústica FM, avalia que a colaboração é uma forma de ampliar o alcance das informações e agregar materiais de áreas onde seu veículo não está presente. “Conseguimos agregar materiais de áreas e cidades onde não estamos inseridos, então essa colaboração entre veículos é muito benéfica a nível de estratégia e a nível de entrega para o público final”.

Para Victória, a parceria com veículos sérios garante um filtro de qualidade nas informações, essencial em situações de desastre que exigem agilidade e precisão na entrega das notícias. Além disso, a colaboração facilita a adaptação às mudanças nas formas de consumo de conteúdo, como o crescimento no uso de redes sociais como o Instagram.

“Vejo esse cenário muito propício para o jornalismo digital. Conseguimos nos posicionar muito bem nesse último mês, não só no Facebook, que já era nosso carro chefe como rede social, mas agora também no Instagram, com um crescimento muito significativo. Houve uma mudança na forma de consumo de conteúdo dos nossos seguidores/ouvintes e nos adaptamos para seguir levando informação rápida, precisa, e confiável em um número maior de canais”, explica.

José Carlos Souza, jornalista do Porto Alegre 24 horas, ressalta que a colaboração e a integração de equipes dedicadas à cobertura, verificação e edição de informações, bem como a parceria com fontes locais confiáveis, garantem a veracidade dos dados divulgados.

“Em situações de emergência como as enchentes, onde a rapidez e a precisão são cruciais, a colaboração entre veículos permite que a população receba informações importantes de forma mais rápida e eficiente, ajudando a coordenar ações de ajuda e a prevenir maiores danos”,

Ele acrescenta que a dinâmica de produção e verificação das informações tem sido bastante organizada e colaborativa. “Temos uma equipe dedicada à coleta de informações em campo, outra focada na verificação dos dados recebidos, e um terceiro grupo responsável pela edição e disseminação das notícias. A integração dessas equipes é facilitada pelo uso de ferramentas digitais que permitem a comunicação e a coordenação em tempo real. Além disso, estabelecemos parcerias com fontes locais confiáveis, como autoridades municipais, organizações de socorro e voluntários, que nos ajudam a confirmar a veracidade das informações”.

No aspecto da concorrência entre os veículos, ele acredita que os ganhos que são conquistados com a colaboração são maiores do que qualquer dificuldade de cooperação plena pelo aumento nas oportunidades, confiança do público e qualidade das práticas jornalísticas.

Futuro do jornalismo local

Esses exemplos recentes da cobertura dos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul ilustram como essa prática editorial pode transformar a maneira como as redações trabalham, promovendo um senso de solidariedade e eficiência.

colaboração entre veículos de comunicação é uma tendência que está redefinindo o jornalismo, especialmente em tempos de crise, ao demonstrar que a cooperação não só enriquece a qualidade da informação, mas também fortalece a confiança do público. É um caminho promissor para fortalecer o setor.

Jornalismo, sangue, algoritmos e negócios

Jornalismo, sangue, algoritmos e negócios

Comprei no último feriadão, na livraria mais legal que conheço, El Ateneu (um antigo teatro), em Buenos Aires, e estou lendo a largos goles, o livro “Off The Records – Verdad, Sangre, Algoritmos y Negocios”, do jornalista Pablo Mancini, que altamente recomendo.

O Pablo escreve hoje para o The Washington Post e dá consultoria para a Amazon, mas já escreveu um monte de outros livros e trabalhou para um monte de outros grupos de comunicação, sendo sempre aquele jornalista digital antes e à frente de todos os seus colegas de profissão. 

Sabe tudo de internet e jornalismo online. Agora, claro, também de Inteligência Artificial Generativa.

O livro foi publicado este ano, por isso pega pelo menos um pedaço da explosão da GEN AI. 

Abaixo, traduzo entrevista dele para El Diario AR sobre sua obra mais recente, mas também sobre o poder e como pensam os líderes na mídia. Ou ainda, como prefere ele, sobre sangue e algoritmos (nos bastidores) da imprensa contemporânea.

——

O que se pode esperar da Inteligência Artificial no que diz respeito à produção de conteúdos?

Todo mundo está esperando que você produza conteúdo, algo que a inteligência artificial pode fazer. Mas estou em outra discussão, acho que o mais importante para o jornalismo não é essa parte. A inteligência artificial pode produzir conteúdo, o que ela não pode produzir é jornalismo. Pode gerar novo conteúdo a partir de conteúdo existente, pode contar uma história a partir de verdades contadas.

O que a IA ainda não pode fazer é dizer a verdade, não pode dizer algo que ninguém sabe. Ele não pode fazer o seu trabalho. Se o seu trabalho é refazer o conteúdo, sim, você pode fazê-lo. Por outro lado, se o seu trabalho é dizer a verdade, a tecnologia hoje não pode fazê-lo. É por isso que o livro é otimista em relação ao jornalismo e aos jornalistas.

É por isso que você fala sobre IAs como um canto de sereia?

Exato. É um canto de sereia para quem está entusiasmado e para quem também está deprimido porque quem tem medo se engana sobre o trabalho que tem que fazer, que é dizer a verdade, fazer jornalismo. E qualquer um que acredite que a tecnologia irá ajudá-los a dizer a verdade está errado. 

Se nos considerarmos jornalistas, temos as ferramentas habituais para fazer jornalismo, as ferramentas tecnológicas são inovações que permitem distribuir melhor, publicar mais rapidamente, editar conteúdos (no bom e no mau sentido), mas não permitem dizer algo que não é conhecido. E, tanto quanto sei, o jornalismo conta o que não se sabe.

Está ligado à subjetividade ou ao que é inerente ao jornalismo que a IA não consegue replicar?

Tem algumas coisas, uma é falar a verdade e a outra é desenvolver o seu próprio estilo. Você pode fazer isso, mas um algoritmo não pode. Talvez ele consiga imitar o seu estilo ou combinar estilos, mas não pode desenvolver o seu próprio, não pode ter a intenção de desenvolver essa singularidade

Isso é central nesta história, porque no final das contas é dizer a verdade, que a verdade é relevante para o seu público e que você pode contá-la com um estilo que o diferencia. Se você fizer isso, estará fazendo jornalismo; caso contrário, será um algoritmo lento e barato em um corpo humano.

Você está otimista em relação ao futuro?

Mais do que nunca, acredito que essa efervescência, “o canto da sereia”, como chamo tudo o que a tecnologia vai fazer, está indo em outra direção. Não em substituir o jornalista ou o jornalismo, mas em tornar eficientes processos, organizações, formas de consumo, etc. 

O processo com certeza será acelerado, da Internet até aqui tudo é aceleração. Não está acelerando tanto hoje porque IA é algo muito caro, tem implicações para o meio ambiente pela capacidade computacional e implantação de data centers que é preciso fazer no planeta para poder aproveitar a tecnologia disponível.

Como pensam os responsáveis ​​dos grandes meios de comunicação?

A forma como as decisões são tomadas nas organizações noticiosas nem sempre responde à fantasia ou à mitologia tecnológica, nem à imposição de resultados financeiros, embora isso seja cada vez mais importante. 

Existem variáveis ​​que são emocionais, da ordem da subjetividade e da psicologia que rege. Isto significa que, por vezes, não compreendemos as decisões que são tomadas porque não estamos atentos ao facto de existirem variáveis ​​com características emocionais e psicológicas.

Qual é a discussão dentro da indústria?

Com o livro quero refrescar a discussão e suavizar as previsões catastróficas e aquelas que apenas prometem parcelas de paraíso. Parece-me que nenhuma dessas coisas é verdade, acho que há mais coisas sob nosso controle na indústria do que sob o controle da tecnologia. 

Da mesma forma que os últimos anos foram um ótimo momento para as equipes de tecnologia inovarem, acredito que agora é um ótimo momento para escrever, para fazer bons conteúdos. Está chegando a hora de fazer bom jornalismo.

Para fazer bom jornalismo e bons conteúdos é preciso tempo e isso exige mais dinheiro, dois elementos escassos no jornalismo atual. Não seriam uma impossibilidade ou uma contradição?

No subtítulo do livro tem uma palavra que é “negócio” e acho que deveria ser valorizada. Devemos procurar a terceira forma de financiamento, além da publicidade e das assinaturas. É preciso se reconciliar com a ideia de que um meio de comunicação tem que ser um bom negócio porque se isso acontecer poderei fazer um bom jornalismo. Se for um mau negócio não vou conseguir fazer um bom jornalismo, essa parte da discussão é importante. 

Pense na ideia de uma organização, uma empresa que tem que ganhar dinheiro, que tem que ir bem, onde seus proprietários e acionistas ganham dinheiro e podem pagar salários e podem contratar talentos que os diferenciem de seus concorrentes e a homogeneização que o tecnologia. Não vejo isso como uma contradição, vejo isso como uma tensão. Às vezes, você não precisa puxar a corda, mas soltar e descobrir o que a realidade lhe impõe, que é um bom negócio.

Qual a importância das assinaturas para a produção de conteúdo?

O jornalismo online tem basicamente duas fontes de renda. Uma é a publicidade, que é insuficiente, e a outra são as assinaturas, que também são insuficientes. Separadamente são insuficientes. Mesmo assim, o cenário não é dos melhores e parece-me que o que estamos a ver agora é como alguns meios de comunicação começam a tentar criar uma terceira e complementar fonte de receitas à publicidade e às assinaturas. 

Alguns fazem parceria com plataformas de e-commerce para aumentar as vendas desses produtos e assim ficam com uma porcentagem, outros realizam eventos ao vivo ou alugam a infraestrutura de sua organização ou a habilidade de seus jornalistas para produzir vídeos corporativos, até recentemente isso era feito muito conteúdo de marca (conteúdo patrocinado). Há tentativas de gerar uma terceira fonte de renda, não é estável, são explorações que a indústria está fazendo. Acho que a qualquer momento alguém vai bater nela e todos correremos atrás do mesmo modelo.


3 é demais

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06) e Dia Nacional da Liberdade de Imprensa (07/06), leia a pesquisa da Unesco e FIP -Federação Internacional de Jornalistas que recomenda proteção e apoio a jornalistas e veículos na cobertura de questões ambientais.
  2. Vazamentos: documentos descrevem o funcionamento de busca do Google e segredos sobre algoritmo. Entenda.
  3. Referências a sites de notícias continuam em queda no Facebook. Dados mostram que as referências aos sites caíram 58% nos últimos seis anos. Confira como esses dados afetam o tráfego para editores. Leia aqui.


Empreendedorismo coletivo e criativo: colaboração entre veículos de jornalismo local

Jornalismo, sangue, algoritmos e negócios

A Alright realizará a live “Empreendedorismo coletivo e criativo: como criar redes de colaboração entre veículos de jornalismo local” em 18 de junho, às 10h, transmitida pelo canal no YouTube. O evento discutirá a colaboração entre veículos de jornalismo local, abordando benefícios e desafios da cooperação, redes de colaboração, compartilhamento de recursos, e redução de custos.

Serão exploradas ferramentas de co-criação de conteúdo, edição colaborativa, distribuição conjunta de notícias, e modelos de financiamento colaborativo. Também serão discutidas estratégias para envolver o público e utilizar mídias sociais e eventos comunitários, além de tendências e a visão de longo prazo para o jornalismo local colaborativo.

Inscreva-se agora mesmo!


Café com ANER: Transformando Veículos de Imprensa Local em Oásis de Notícias

No evento “Café com ANER”, promovido pela Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) em 4 de junho, Domingos Secco, fundador da Alright, apresentou a proposta dos “Oásis de Notícias”. Ele destacou a missão da Alright de transformar veículos de imprensa local em fontes vitais de informação para suas comunidades, combatendo os desertos de notícias

Secco falou sobre a importância de preencher lacunas informativas e a colaboração entre veículos de mídia. Ele também compartilhou tendências do “Guia Alright 2024” e ressaltou a meta de trabalhar com veículos locais nas 558 microrregiões do Brasil. Regina Bucco, diretora executiva da Aner, elogiou o evento e indicou a Alright para futuros encontros. O evento será disponibilizado no canal do YouTube da ANER e no site oficial da associação.

Leia os principais destaques do Café com ANER e Alright realizado no dia 4 de junho.

Usabilidade é tudo. O que você precisa saber sobre UX para o seu site

Usabilidade é tudo. O que você precisa saber sobre UX para o seu site

No mundo em que vivemos, completamente digital, a experiência do usuário (UX) se torna um fator crucial para o sucesso de qualquer site. O Google reconhece essa importância e acaba de lançar novas atualizações e diretrizes de performance para sites, com foco no pilar de UX e usabilidade.

Mas o que exatamente é UX? 

Simplificadamente, UX se refere à experiência que um usuário tem ao interagir com um site. Isso inclui desde a facilidade de navegação até o design visual e o tempo de carregamento das páginas. Um site com boa UX é intuitivo, agradável de usar e oferece uma experiência positiva para o visitante.

Por que a UX é importante?

A UX é importante por diversos motivos. Primeiro, ela impacta diretamente na conversão de visitantes em clientes. Um site com boa UX facilita a busca por informações e produtos, aumentando a chance de o usuário realizar uma compra ou ação desejada. Segundo, a UX influencia a reputação da marca. Um site mal projetado e de difícil navegação pode gerar frustração no usuário, prejudicando a imagem da empresa. Terceiro, a usabilidade impacta no ranqueamento do site nos resultados de busca do Google. O algoritmo do Google leva em consideração a experiência do usuário ao avaliar a relevância de um site.

Pontos principais a serem considerados:

As novas diretrizes do Google focam em alguns pontos principais que impactam diretamente na UX:

  • Tempo de carregamento: Um site rápido é essencial para uma boa experiência do usuário. O Google recomenda que o tempo de carregamento da página inicial seja inferior a 3 segundos.
  • Responsividade: O site deve se adaptar automaticamente à tela de qualquer dispositivo, seja um computador, tablet ou smartphone. Isso garante que a experiência do usuário seja boa em todos os dispositivos.
  • Navegação: A estrutura do site deve ser clara e lógica, facilitando a busca por informações e produtos. O menu de navegação deve ser intuitivo e fácil de usar.
  • Design: O design do site deve ser clean, moderno e atraente. Imagens e vídeos de alta qualidade podem melhorar a experiência do usuário.
  • Conteúdos: Os conteúdos do site devem ser relevantes, informativos e úteis para o público-alvo.
  • Acessibilidade: site deve ser acessível a pessoas com deficiências, como deficientes visuais e auditivos.
Usabilidade é tudo. O que você precisa saber sobre UX para o seu site

Dicas para melhorar a usabilidade do site

Avalie a Velocidade de Carregamento: Utilize ferramentas como o Google PageSpeed InsightsGTmetrix e Lighthouse para analisar a velocidade de carregamento do seu site. Essas ferramentas fornecem relatórios detalhados sobre o desempenho e sugerem melhorias específicas, como a otimização de imagens, a minimização de CSS e JavaScript, e a ativação de cache de navegador.

Responsividade e Compatibilidade: Teste seu site em uma variedade de dispositivos e navegadores. Ferramentas como BrowserStack permitem que você visualize seu site em diferentes resoluções de tela e ambientes. Garanta que todos os elementos, como menus, botões e formulários, funcionem corretamente e sejam facilmente acessíveis em smartphones, tablets e desktops.

Feedback do Usuário: Recolha feedback qualitativo e quantitativo de diferentes fontes. Utilize pesquisas, questionários e ferramentas de análise de comportamento do usuário, como Hotjar e Crazy Egg, para entender como os visitantes interagem com seu site. Convide amigos, familiares e clientes para testar funcionalidades específicas e forneça incentivos para receber feedback detalhado.

Design e Tendências de UX: Mantenha-se atualizado com as últimas tendências de design e melhores práticas de UX. Assine newsletters de design, participe de webinars e workshops, e siga blogs e influenciadores da área. Incorpore elementos modernos, como microinterações, animações sutis e tipografia legível, para tornar a experiência do usuário mais envolvente e intuitiva.

Acessibilidade: Garanta que seu site seja acessível a todos os usuários, incluindo aqueles com deficiências. Siga as diretrizes de acessibilidade do WCAG (Web Content Accessibility Guidelines). Utilize contrastes adequados, forneça alternativas textuais para imagens, e certifique-se de que o site seja navegável usando apenas o teclado.

Estrutura e Navegação: Crie uma estrutura de navegação clara e lógica. Utilize menus drop-down, breadcrumbs e um mapa do site para ajudar os usuários a encontrar facilmente o que procuram. Simplifique a navegação, evitando sobrecarregar os visitantes com muitas opções e informações desnecessárias.

Conteúdo de Qualidade: Ofereça conteúdo relevante, bem organizado e fácil de entender. Utilize títulos e subtítulos descritivos, listas com marcadores e parágrafos curtos. Inclua chamadas para ação (CTAs) claras e visíveis, incentivando os usuários a realizarem as ações desejadas.

Testes de Usabilidade: Realize testes de usabilidade regulares para identificar e corrigir problemas. Crie cenários de uso e observe como os usuários interagem com seu site. Ferramentas como UserTesting e Lookback permitem gravações de sessões e fornecem insights valiosos sobre a experiência do usuário.

Google no Brasil com apoio de até R$ 25 mil para Jornalismo Local

Inscrições até 2 de junho em iniciativa do Google no Brasil com apoio de até R$ 25 mil para Jornalismo Local

GNI Startups Lab, iniciativa lançada no Brasil pelo Google, vai selecionar 15 startups que receberão apoio financeiro para se dedicarem integralmente às atividades do programa durante oito semanas. Ao final desta edição, as três que mais se destacarem serão premiadas com R$25.000,00 para impulsionar seus negócios.

Em parceria com a Echos, um laboratório de inovação que apoia o programa desde sua primeira edição, o GNI Startups Lab oferece uma jornada de aprendizagem completa. Os participantes terão acesso a workshops, materiais de apoio, sessões de mentoria e uma semana de imersão presencial no escritório do Google em São Paulo. A programação visa aprofundar o conhecimento sobre o público-alvo, aprimorar a qualidade do conteúdo produzido – seja em texto, áudio ou vídeo – e explorar diversas formas de geração de receita.

Google no Brasil com apoio de até R$ 25 mil para Jornalismo Local

As inscrições para esta edição já estão abertas e vão até o dia 2 de junho.

Natalia Mazotte, Gerente de Relações com a Indústria de Notícias no Google, afirma que “nesta edição, estamos focando em empreendedores que tenham iniciativas de jornalismo local, que informem suas comunidades de maneira atrativa e relevante. As startups selecionadas podem esperar não apenas um apoio inicial para tirar o tempo necessário para participar e focar no desenvolvimento do seu negócio, mas também muito aprendizado e trocas valiosas com a comunidade que se forma ao longo do programa”.

A expectativa, segundo Natália, é de que os veículos que cobrem a realidade de suas comunidades sejam reconhecidos no cumprimento do papel imprescindível de dar voz aos cidadãos, cobrir assuntos que a mídia nacional nem sempre cobre e fortalecer o senso de identidade local.  

Conheça os detalhes para realização da inscrição e o que esperar do GNI Startups Lab nessa entrevista completa.

Leia também – Estratégias editoriais para combater informações falsas e mal uso de IA nas próximas eleições

Ações de SEO para jornalistas dominarem os algoritmos e usos da IA

Ações de SEO para jornalistas dominarem os algoritmos e usos da IA

Com o avanço contínuo da tecnologia e a constante evolução das plataformas digitais, manter-se atualizado sobre as mudanças nos algoritmos do Google é crucial para jornalistas e editores de conteúdo. Essas alterações são projetadas para aprimorar a qualidade dos resultados apresentados aos usuários, garantindo que as informações mais úteis e relevantes estejam no topo das buscas. Veja detalhes que podem ajudar jornalistas e editores a navegar e dominar atualizações que já estão valendo para o Google.

As mudanças no algoritmo do Google buscam filtrar conteúdo de baixa qualidade e promover sites que oferecem informações valiosas, precisas e atuais. Ignorar essas atualizações pode resultar em quedas no ranqueamento, redução do tráfego orgânico e até desindexação completa do site. Portanto, adaptar-se rapidamente às novas diretrizes é essencial para manter a visibilidade e o alcance online.

Impactos Negativos de Ignorar ações de SEO

  1. Queda no Ranqueamento: Conteúdos que não atendem aos novos critérios de qualidade e relevância do Google podem sofrer penalizações, resultando em menor visibilidade nos resultados de busca.
  2. Redução de Tráfego: Menor visibilidade significa menos tráfego orgânico, afetando diretamente o alcance e a influência do site.
  3. Desindexação: Sites que ignoram diretrizes de SEO podem ser desindexados, perdendo completamente a presença nos resultados de busca.
  4. Perda de Credibilidade: Conteúdo não alinhado com as melhores práticas de SEO pode impactar negativamente a credibilidade e a autoridade do site.
Ações de SEO para jornalistas dominarem os algoritmos e usos da IA

SEO: Checklist de Ações para Jornalistas

Para garantir que seu conteúdo esteja sempre alinhado com as melhores práticas de SEO e visível nas ferramentas de pesquisa, siga este checklist de ações essenciais:

1. Pesquisa de Palavras-Chave:

  • Utilize ferramentas de SEO como Google Keyword Planner, SEMrush ou Ahrefs para identificar palavras-chave relevantes.
  • Inteligências artificiais como o ChatGPT também podem ajudar na identificação de tendências.

2. Criação de Conteúdo de Qualidade:

  • Produza conteúdo original, bem pesquisado e atualizado regularmente para manter a relevância.

3. Otimização On-Page:

  • Certifique-se de que títulos, meta descrições e cabeçalhos estão otimizados para as palavras-chave escolhidas.
  • Plugins de SEO como YoastSEO e RankMath podem ajudar a medir e melhorar a qualidade do SEO no WordPress.

4. Links Internos e Externos:

  • Use links internos para melhorar a navegação no site.
  • Inclua links externos para fontes confiáveis, aumentando a credibilidade do seu conteúdo.

5. Monitoramento e Análise:

  • Utilize Google Analytics e Google Search Console para monitorar o desempenho do site e identificar áreas de melhoria.

6. SEO Técnico:

  • Verifique regularmente a estrutura do site, o arquivo robots.txt e o mapa do site para garantir que tudo esteja funcionando corretamente.

7. E-E-A-T (Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness):

  • Destaque a expertise dos autores, inclua biografias e links para perfis profissionais ou redes sociais.
  • Atualize o conteúdo regularmente para manter a relevância e autoridade.

Manter-se atualizado com as mudanças no algoritmo do Google é essencial para qualquer jornalista ou editor de conteúdo digital. Ao seguir as melhores práticas de SEO e adaptar-se rapidamente às novas diretrizes, é possível garantir que seu conteúdo permaneça visível, relevante e altamente ranqueado nos resultados de busca.

Estratégias editoriais para combater informações falsas e mal uso de IA nas próximas eleições

As próximas eleições no Brasil trarão desafios significativos para os editores de jornais locais, especialmente diante do uso crescente de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) cognitiva e generativa por candidatos e partidos. Essas tecnologias avançadas podem ser usadas para enganar a imprensa e os eleitores com informações falsas, conhecidas como fake news.

Vou compartilhar com você o que sei sobre o assunto, e também o que não sabia mas pesquisei. Meu objetivo é tentar ajudar você, seu trabalho e sua empresa no enfrentamento desse desafio, buscando oferecer orientações práticas para que editores possam identificar e combater a desinformação, mesmo com recursos financeiros e tecnológicos limitados.

E apesar dos avanços da má tecnologia, é imprescindível você seguir prestando um serviço editorial jornalístico idôneo e confiável.

Começo citando três principais usos maléficos da Inteligência Artificial em eleições:

Criação de Deepfakes e Conteúdos Manipulados:

Descrição: Deepfakes são vídeos, áudios ou imagens falsificadas que parecem incrivelmente reais, criados utilizando IA generativa. Essas manipulações podem mostrar candidatos dizendo ou fazendo coisas que nunca disseram ou fizeram.

Impacto: Esses conteúdos falsos podem ser usados para difamar adversários políticos, criar confusão entre os eleitores e manipular a opinião pública de maneira significativa.

Bots e Perfis Falsos em Redes Sociais:

Descrição: Perfis automatizados ou falsos controlados por IA espalham desinformação de maneira massiva e coordenada. Esses bots simulam interações humanas, tornando difícil distinguir entre usuários reais e falsos.

Impacto: Amplificam narrativas falsas, criam polarização e influenciam discussões online, moldando a percepção pública de maneira enganosa.

Manipulação de Algoritmos e Dados:

Descrição: A IA pode ser usada para manipular algoritmos de recomendação em plataformas de mídia social, promovendo conteúdos falsos ou enganosos. Além disso, técnicas avançadas de análise de dados permitem direcionar propaganda política de forma extremamente precisa.

Impacto: Direcionam desinformação a públicos específicos, maximizando a eficácia de campanhas enganosas e distorcendo o debate democrático. 

Orientações para Identificar Fake News

Verificação de Fontes

Passo a Passo:

  • Cheque a origem da informação. Sites confiáveis têm um histórico de reportagens precisas e reconhecidas.
  • Verifique se a notícia foi publicada por outras fontes respeitadas.
  • Utilize ferramentas e consulte serviços de verificação de fatos. Temos bons exemplos de iniciativas locais, regionais e iniciativas nacionais como Lupa, Aos Fatos, Comprova.

Análise de Conteúdo:

Passo a Passo:

  • Desconfie de títulos sensacionalistas ou alarmantes.
  • Leia a notícia completa, não apenas o título ou a chamada.
  • Verifique a data da publicação para garantir que a notícia não seja antiga e esteja sendo utilizada fora de contexto.

Ferramentas e Recursos:

Uso de Ferramentas Gratuitas:

  • Google Reverse Image Search: Para verificar a autenticidade de imagens.
  • InVID: Para análise de vídeos.
  • Snopes, FactCheck.org: Plataformas internacionais de verificação de fatos.
  • Redes de Colaboração:
  • Participe de redes de jornalistas e organizações dedicadas ao combate à desinformação.

Estratégias para Pequenos e Médios Publishers

Educação e Treinamento:

Promova workshops e sessões de treinamento para sua equipe sobre como identificar e combater a desinformação. Isso garantirá que todos estejam equipados com o conhecimento necessário para enfrentar esses desafios.

Colaboração com Instituições:

Estabeleça parcerias com universidades e ONGs que atuam na área de combate à desinformação. Essas colaborações podem fornecer acesso a recursos e conhecimento especializados.

Engajamento da Comunidade:

Incentive os leitores a reportar possíveis notícias falsas. Crie um canal dedicado para verificação de fatos e publique desmentidos e correções quando necessário. Isso não apenas fortalece a confiança dos leitores, mas também amplia a capacidade de identificar e combater a desinformação de maneira comunitária.

Uma vez mais a palavra de ordem “colaboração” aparece aqui. Sabe por que? Porque você precisa deixar de ser “sozinhista” e colaborar deixou de ser, para a sua sobrevivência e a do seu negócio, mandatório. Uma ordem.


3 é demais

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Entenda por que ferramenta do Google, baseada em IA, preocupa parte do setor de jornalismo. Veja declarações.
  2. De todas as páginas web que existiam em 2013, 38% já não estão disponíveis hoje. Análise do Pew Research Center.
  3. Como ficam os direitos de propriedade intelectual à medida que a tecnologia avança? Leia neste artigo. 


Reprise: A Cobertura Jornalística em Desastres Ambientais

A Alright promoveu uma live com diversos veículos de notícias locais para discutir e compartilhar experiências sobre a cobertura jornalística em relação à emergência climática atual que segue impactando o Rio Grande do Sul (RS). O evento se tornou um importante registro do trabalho realizado pelo jornalismo local para ajudar o RS.

Assista a reprise no canal da Alright no YouTube e entenda como jornalistas e executivos de veículos locais estão atuando e escrevendo esse capítulo da história do jornalismo local. 

Artigo no Blog: Remuneração da Mídia Tradicional em Plataformas Digitais

A Câmara dos Deputados aprovou em 22 de maio um Projeto de Lei que obriga plataformas digitais a remunerar a mídia tradicional pelo uso de seu conteúdo, visando equilibrar a relação entre as grandes empresas de tecnologia do mundo e empresas de mídia tradicional. Entidades como Ajor, FENAJ e Repórteres Sem Fronteiras destacam a importância de um debate aprofundado sobre remuneração justa e a promoção de uma produção jornalística diversificada e regionalizada. As regras serão incorporadas ao Marco Civil da Internet. 

Leia no artigo em nosso blog o que acontece com a aprovação e o que dizem as entidades sobre as mudanças.

Navegação Mobile: o presente da notícia está na palma da mão

Em 2024, desconsiderar a importância da navegação mobile é uma falha imperdoável para qualquer portal de notícias. 

Pesquisas recentes mostram que mais de 60% do tráfego da internet global vem de dispositivos móveis, e esse número só tende a crescer. No Brasil, a realidade não é diferente: segundo o IBGE, 97,2% dos domicílios com internet utilizam o celular para navegar.

Ignorar o mobile significa perder leitores e receita. Usuários frustrados com sites mal adaptados para celular simplesmente abandonam a página, muitas vezes migrando para a concorrência. Um estudo da Google revelou que 53% dos usuários deixam um site se ele demora mais de 3 segundos para carregar no mobile.

Oportunidade de Ouro para Portais de Notícias

A adaptação para mobile não é apenas uma questão de sobrevivência, mas também uma oportunidade de ouro. Um site mobile bem projetado aumenta o engajamento, o tempo de permanência e a fidelização dos leitores. Além disso, o Google prioriza sites com boa experiência mobile em seus resultados de busca, o que pode trazer um aumento significativo no tráfego orgânico.

Consumo de notícias em dispositivos móveis oferece uma maneira única de interagir com os leitores. 

Recursos como notificações push podem ser usados para alertar os usuários sobre as mais recentes atualizações em tempo real, mantendo-os informados e engajados. Aplicativos mobile, que oferecem muitas vezes uma experiência de usuário ainda mais otimizada do que um site responsivo, também são uma excelente forma de consolidar a presença de um portal de notícias.

5 Pilares de um Site Mobile de Sucesso

  • Design Responsivo: O site deve se adaptar automaticamente a diferentes tamanhos de tela, proporcionando uma experiência de leitura fluida em qualquer dispositivo. Isso inclui a reorganização automática do layout, fontes de tamanho ajustável e elementos interativos que funcionam bem em telas menores.
  • Velocidade de Carregamento: Páginas lentas são o principal motivo de abandono em mobile. Otimize imagens, scripts e códigos para garantir um carregamento rápido. Técnicas como a compactação de arquivos, o uso de cache do navegador e a implementação de Content Delivery Networks (CDNs) podem fazer uma diferença significativa na velocidade de carregamento.
  • Navegação Intuitiva: Menus simples, botões grandes e legíveis, e uma estrutura de conteúdo clara facilitam a navegação e a descoberta de novas notícias. Uma barra de pesquisa eficiente e categorias bem definidas também ajudam os usuários a encontrar rapidamente o conteúdo que desejam.
  • Conteúdo Otimizado: Adapte o formato do conteúdo para mobile, utilizando títulos curtos, parágrafos concisos e imagens de alta qualidade que carregam rapidamente. Considerar o uso de vídeos e infográficos otimizados para mobile também pode enriquecer a experiência do usuário.
  • Testes em Diferentes Dispositivos: Simule a experiência do usuário em diferentes modelos de celular e sistemas operacionais para identificar e corrigir problemas de usabilidade. Ferramentas como Google Mobile-Friendly Test e outros simuladores de dispositivos móveis podem ser muito úteis nesse processo.

A era mobile já está firmemente estabelecida e os portais de notícias que não se adaptarem arriscam ficar para trás. É essencial investir em um site otimizado para dispositivos móveis para assegurar o sucesso no atual ambiente digital não apenas para sobreviver, mas também prosperar.

Desinformação como barreira e aumento de incertezas aos esforços de socorro às vítimas de tragédia 

Entrevista veiculada em Fast Company Brasil

Em meio ao desastre causado por enchentes no Rio Grande do Sul, o poder público, a imprensa e a população tiveram que lidar com mais um problema: a disseminação de fake news. A onda de desinformação – notícias como a de que a Anvisa estaria dificultando a chegada de remédios em abrigos ou de que havia exigência de nota fiscal aos caminhões que transportavam doações às vítimas – atrapalha o trabalho de ajuda às vítimas e espalha incertezas.

O ministro Ricardo Lewandowski encaminhou à Polícia Federal um pedido de investigação sobre disseminação de notícias falsas em relação à tragédia. A Secom (Secretaria de Comunicação Social) indicou 13 perfis que estariam espalhando fake news. Em entrevista ao Jornal Nacional, o ministro Paulo Pimenta disse que a intenção do pedido de investigação é coibir fake news criminosas. A jornalista Daniela Lima noticiou que o governo criou uma sala de situação para combater notícias falsas sobre o RS, além de ir às big techs.

Foi nesse contexto que o 5 perguntas entrevistou o pesquisador associado no NetLab, Doutorando em Ciência da Informação e Mestre em Comunicação pela UFRJ, Marcio Borges. O NetLab da UFRJ é um laboratório de pesquisa em internet e redes sociais dedicado a diagnosticar o fenômeno da desinformação e suas consequências no Brasil.

FC – Quem ganha disseminando fake news em momentos de tragédia como esse?

Marcio Borges – Os momentos de tragédia são grandes oportunidades de se ganhar dinheiro através da desinformação. A tragédia deixa as pessoas propensas à uma busca dirigida de informação. Essa curiosidade, movida pela própria natureza humana, envolve desde os sentimentos mais mórbidos aos sentimentos mais nobres, heróicos e solidários. 

Nesse ambiente dramático e caótico ocasionado pela tragédia, a busca pela informação legítima e verdadeira também gera o ambiente perfeito para a distribuição massiva de desinformação. Esse ambiente cria uma audiência pronta para ser capturada e presa às mais diversas narrativas. Então, sim, tem muita gente que procura ganhar às custas da tragédia humana. 

FC – Podemos dizer que a disseminação das fake news é um negócio, certo? E que há gente lucrando com isso.

Marcio Borges – A desinformação explora dois pilares importantes. Ela explora em primeiro lugar a dúvida das pessoas. E a exploração da dúvida é dividida de duas formas: atacando a imprensa profissional, colocando a credibilidade da imprensa em permanente estado de defesa e com isso buscando gerar tráfego e monetização para outros ambientes, capturando essa audiência.

Depois, cria-se um ecossistema novo, de supostas fontes de informação, onde a verdade escondida será mostrada. Então o mecanismo é simples – ataca a imprensa dizendo que tudo é mentira e conduz para outro ambiente onde supostamente tudo é verdade. Essa, em um resumo bem simples, é a maneira de explorar a dúvida. 

O outro pilar é a exploração da credibilidade: aqui entra toda a forma de pirataria de marcas, de imagens de pessoas públicas e de instituições. De que forma isso funciona? Segue um de inúmeros exemplos: se utilizam da imagem de uma pessoa pública de credibilidade, cria-se um deep fake através de IA e pede-se doações para contas que não são reais.

Outro exemplo: usam imagens de instituições sérias, criam-se sites, copiam as marcas e todo o ambiente e criam golpes para que pessoas que legitimamente estão tentando ajudar caiam. Esse exemplo é duplamente perverso porque se utiliza da credibilidade de instituições, empresas, pessoas públicas para aplicar o golpe e quando o golpe acontece ele acaba diminuindo exatamente a credibilidade dessas pessoas, dessas empresas e dessas instituições.

FC – Como acontece, tecnicamente, o processo coordenado de desinformação?

Marcio Borges – A desinformação usa todo o aparato tecnológico que foi construído para distribuir informação e a legítima liberdade de expressão das pessoas para florescer. Como esses sistemas e as próprias plataformas digitais são ineficientes em controlar isso, ela se tornou um negócio próspero. Basicamente estamos falando da disputa de atenção e retenção de audiências.

Para isso a desinformação se vale de ideias extremistas, de linguagem sensacionalista e das redes sociais para uma distribuição em escala. Como são campanhas coordenadas, elas se valem de uma abordagem multiplataforma usando distribuição de links em mensagerias (grupos de mensagens), de postagens em plataformas digitais e de – inclusive – anúncios pagos, micro segmentados, buscando exatamente as audiências mais vulneráveis para as mensagens que serão distribuídas.

Normalmente são campanhas que chamamos de firehose. Elas começam em portais de junk news que hospedam essas mensagens. Esses links são distribuídos através de aplicativos de mensagens onde se testam organicamente e de forma rápida a receptividade das mesmas, então isso é extrapolado para as bolhas nas plataformas sociais mais massivas e conhecidas. O estágio seguinte, validadas as mensagens que melhor performaram, é transformar esse conteúdo em audiovisual, com vídeos curtos vídeos longos, e entrar nas plataformas focadas em vídeos.

Aqui entram os “influenciadores” da desinformação, que se beneficiam e ampliam esse ecossistema. Nessa hora, normalmente, a bolha é estourada e as mensagens chegam ao mainstream onde, em muitos casos, chegam a ser pautadas e viram cobertura de parte da imprensa profissional.

FC – Como alertar a população para que não caia ou acredite em notícias falsas – e não ajude a espalhar desinformação?

Marcio Borges – O ideal, nesses casos de tragédia, é que as pessoas busquem e chequem a informação em meios de comunicação fontes tradicionais, além das páginas oficiais das diversas esferas governamentais e de instituições já estabelecidas.  Para quem quer ajudar, existem vários movimentos legítimos, mas para não cair em golpes, procure por organizações da sociedade civil que já eram estabelecidas ou até mesmo por empresas que estão criando movimentos de ajuda. São inúmeras instituições da sociedade civil que devemos apoiar de todas as formas possíveis.

E nunca compartilhar aquilo que você não tem certeza da origem ou até mesmo do contexto em que a mensagem está inserida. Se enviarem um vídeo de algum meio de comunicação com alguma suposta matéria, busque pela matéria no veículo de comunicação antes de compartilhar. Muitas vezes os vídeos são manipulados, descontextualizados e isso acaba alimentando redes de desinformação para capturar a atenção das pessoas.

FC – O ministro Ricardo Lewandowski encaminhou à Polícia Federal pedido de investigação sobre disseminação de notícias falsas em relação ao Rio Grande do Sul. A Secom indicou 13 perfis que estariam espalhando fake news, levando pânico à população e atrapalhando ações de auxílio ao estado. Qual é a importância do governo entrar com medidas efetivas contra as fake news? O que você diria para quem chama ações desse tipo de censura?

Marcio Borges – A livre e legítima liberdade de expressão está ao alcance de todos. A liberdade de expressão só não pode alimentar crimes. Responsabilidades são condições inerentes ao pleno exercício das liberdades. As regras de trânsito não nos tiram o direito de ir e vir, porém estamos sujeitos às penalidades inerentes aos riscos que assumimos ao dirigir um automóvel. Imaginem o recente acidente que ocasionou uma morte envolvendo um Porsche que colidiu em um Renault de um motorista de aplicativo que, fatalmente, não sobreviveu ao acidente.

Não estou aqui julgando o motorista porque para isso tem uma investigação e um julgamento. Caso tenha existido alguma falha no carro, a montadora poderá ser implicada. Se não tiver, o motorista é o responsável independente se dolosamente ou culposamente. Mas antes do acidente esse motorista não teve o direito de ir e vir cerceado. Essa liberdade foi exercida plenamente.

Imaginem, agora, uma nova situação: e se esse mesmo acidente tivesse sido ocasionado por um carro autônomo e esse motorista acima fosse apenas o dono e passageiro do Porsche envolvido no acidente fatal? Quem seria o responsável? Por ainda não termos claras as responsabilidades, não temos carros autônomos sem a condução de um motorista responsável nas ruas.

Não porque não temos a tecnologia, mas sim porque não temos regras. Não temos carros dirigidos por sistemas algorítmicos porque não temos quem responsabilizar.  Porém temos conteúdos, muitos deles criminosos, que igualmente matam, distribuídos de forma autônoma, algoritmicamente, em escala, sem trazermos de volta para a mesa a discussão de responsabilidades.

Volto ao que disse acima. O mesmo ecossistema que foi criado para distribuir informação, tem sido usado livremente para distribuir desinformação. Sendo que esse modelo, sem regras e sem supervisão, tem sido um negócio mais eficiente e muito mais lucrativo para a indústria da desinformação, asfixiando o negócio da informação profissional e responsável.

Conteúdo cedido para colaboração. 

Título original: 5 perguntas para Marcio Borges, pesquisador do NetLab UFRJ

Crédito imagem na publicação original: Divulgação/Fast Company

Escrito por Mariana Castro

Por que o fim dos cookies é uma excelente notícia para você

Sei que para muitos a simples citação de uma palavra em inglês irrita e afasta e sei também que muitos não conhecem o que é um “cookie”, nem para que serve.

Pois convido você, garanto que em seu próprio benefício, a vencer, pelo menos nos próximos 3 minutos desta leitura, esses dois obstáculos.

O Futuro Sem Cookies: Uma Oportunidade para Editores

Os cookies têm sido uma ferramenta fundamental na internet por décadas. Eles permitem que os sites rastreiem o comportamento dos seus usuários e forneçam uma experiência mais personalizada.

No entanto, com mudanças recentes na regulamentação de privacidade e avanços tecnológicos, o futuro dos cookies está traçado: eles devem desaparecer. E isso pode ser muito bom se você entender o que essa mudança significa e como usar o fim dos cookies a serviço do seu conteúdo e dos seus negócios.

O Que São Cookies?

Cookies são pequenos arquivos digitais armazenados no navegador do usuário quando ele visita um site. Eles contêm informações como preferências de idioma, histórico de navegação e dados de login. Essas informações são usadas pelos sites para personalizar a experiência do usuário, rastrear sua atividade e direcionar anúncios.

Existem três tipos principais de cookies

  1. First-Party Data (a tradução para o português de “first-party data” é “dados primários” ou “dados de primeira mão”) –  São dados e informações capturadas por você mesmo, através do seu site ou em outros ambientes na internet onde você distribui seus conteúdos, junto a sua audiência primária e é ela que os fornece por opção própria, preenchendo formulários e cadastros.
  2. Second-Party Data (a tradução para o português de “second-party data” é “dados secundários” ou “dados de segunda mão”) – São dados ou informações trocados, com consentimento do usuário, entre você e seus parceiros e vice-versa.
  3. Third-Party Data (a tradução para o português de “third-party data” é “dados terciários” ou “dados de terceira mão) – São dados e informações capturados por outros sites ou plataformas de tecnologia digital na internet para rastrear o usuário em vários outros sites sem claro e expresso conhecimento ou consentimento do usuário.

Por que os cookies estão desaparecendo?

Primeiro, porque as preocupações com a privacidade dos usuários aumentaram significativamente nos últimos anos, levando a regulamentações mais rigorosas, como o GDPR na Europa e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Essas regulamentações limitam o uso de cookies e exigem consentimento explícito dos usuários para rastreamento.

Além disso, os principais navegadores, como o Google Chrome, anunciaram planos para eliminar gradualmente o suporte a cookies third-party. Isso ocorre em resposta às preocupações com a privacidade e à pressão dos usuários por maior controle sobre seus dados.

Benefícios para Editores: como você ganha com isso

Embora o desaparecimento dos cookies possa inicialmente parecer preocupante para os editores, na verdade, pode representar uma oportunidade significativa. Aqui estão alguns benefícios potenciais:

  1. Foco em Conteúdo de Qualidade: Sem a capacidade de rastrear os usuários através de cookies, os editores serão incentivados a focar na criação de conteúdo de alta qualidade para atrair e reter sua audiência. Isso pode levar a um aumento na fidelidade do usuário e no tempo gasto no site.
  2. Valorização de Dados First-Party: Os editores que coletam dados first-party diretamente de seus usuários, como endereços de e-mail e preferências de conteúdo, estarão em uma posição privilegiada. Esses dados são mais confiáveis e valiosos do que os cookies third-party e podem ser usados para segmentar anúncios de forma mais eficaz.
  3. Relacionamento Direto com a Audiência: Sem a dependência de cookies third-party, os editores terão a oportunidade de construir relacionamentos mais diretos e transparentes com sua audiência. Isso pode incluir estratégias como programas de fidelidade, newsletters personalizadas e conteúdo exclusivo para assinantes.
  4. Inovação em Tecnologia de Publicidade: Com o declínio dos cookies third-party, os editores serão incentivados a buscar soluções alternativas para a segmentação de anúncios e a medição de desempenho. Isso pode levar a inovações em tecnologias como inteligência artificial, aprendizado de máquina e contextual targeting.

Vou citar aqui dois exemplos do que está já acontecendo nos Estados Unidos, onde o consumidor, usuário ou internauta estão cada vez mais conscientes de que num mundo sem cookies, eles saem empoderados e donos de seus próprios dados, bem como decidem soberanamente o que fazer com eles em troca de benefícios (isso vai acontecer aqui também).

A maioria (60%) dos consumidores dos EUA está disposta a responder a pesquisas ou participar de enquetes para ganhar recompensas de marcas, de acordo com uma pesquisa da Ebbo de outubro de 2023, e mais de um terço está disposto a jogar ou fornecer classificações ou avaliações (resenhas).

As informações obtidas dessas interações podem fornecer insights valiosos sobre tendências e interesses dos consumidores, que os varejistas (seus clientes/anunciantes) podem usar para impulsionar iniciativas de personalização.

Dados que fornecem uma visão completa e precisa da jornada do cliente são essenciais para a monetização. Para varejistas com escala suficiente para suportar redes de mídia de varejo, dados extensivos dos clientes aumentam o valor de suas ofertas para os anunciantes.

Quase dois terços dos varejistas compartilham ou planejam compartilhar dados de fidelidade com seus anunciantes de mídia de varejo, segundo a Deloitte.

Ao focar em conteúdo de qualidadevalorizar dados first-party e construir relacionamentos diretos com sua audiência, editores como você podem se posicionar para o sucesso num futuro sem cookies.

As oportunidades, como citamos aqui, estão na mesa. Depende muito de você.

Nota: O Google adiou uma vez mais a adoção de medidas restritivas aos cookies, mas isso não muda nada para você. Você precisa se preparar para aproveitar essa mudança a seu favor.


3 é demais

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Google com inscrições abertas para iniciativa que oferta apoio financeiro e capacitação para startups de jornalismo focadas na cobertura local. Mais detalhes aqui.
  2. Quais as fontes de informação mais usadas pelos brasileiros? Veja aqui os números desse levantamento.
  3. Cartilha da Abraji e do Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB oferece orientações legais para jornalistas lidarem com ameaças e assédio online. Acesse neste link


Chaves para o futuro do jornalismo local na Tertúlia da Alright

O último encontro Tertúlia da Alright com o tema “O Poder da Colaboração“, em 15 de maio, destacou esse elemento essencial para o futuro do jornalismo local, reunindo líderes do setor e enfatizando a importância de enfrentar mudanças tecnológicas e combater desertos de notícias através de redes sólidas de contatos e trocas de conhecimento.

Pyr Marcondes, Sênior Partner da Pipeline Capital, foi o convidado especial. Ele sublinhou como as colaborações fortalecem tanto as organizações quanto a conexão com as comunidades, incentivando ações futuras.

Confira detalhes importantes dessa discussão.


#AjudaRS mantenha-se informado com o jornalismo local

Rio Grande do Sul continua precisando de ajuda. Em meio às enchentes e a uma das maiores crises climáticas que o estado passa, muitas notícias são disseminadas. Para garantir qualidade da informação, a Alright mantém uma curadoria contínua de notícias do jornalismo local gaúcho e de órgãos oficiais

página #AjudaRS conecta você a notícias de várias cidades do Rio Grande do Sul e ajuda a saber quais as melhores formas de ajudar.

cobertura jornalística ambiental

Dicas: cobertura jornalística ambiental precisa complexificar a pauta

O que se chama de jornalismo ambiental desempenha um papel crucial na cobertura jornalística de eventos climáticos extremos, como as enchentes que estão afetando fortemente o Rio Grande do Sul (RS), ao sensibilizar a sociedade sobre as causas e consequências desses eventos. Nesse contexto, um olhar cruzado entre o jornalismo e a educação ambiental propõe diretrizes para a cobertura jornalística eficaz e a promoção de ações sustentáveis em resposta a esses desafios.

Para o jornalismo ambiental, é importante investigar as causas dos eventos climáticos, como mudanças climáticas, desmatamento ou infraestrutura inadequada. Também é essencial amplificar as vozes das comunidades afetadas, dando destaque às suas experiências, necessidades e possíveis soluções.

A jornalista e educadora ambiental, Ruthy Costa*, reuniu algumas dicas e sugere uma comunicação aberta com gerenciamento cuidadoso da carga emocional, com apoio mútuo entre colegas para evitar danos aos profissionais do jornalismo, principalmente aqueles que lidam profissional e pessoalmente com os casos que são exatamente os jornalistas locais.

Jornalismo

Investigar causas e responsabilidades: Os jornalistas podem investigar e reportar as causas subjacentes dos eventos climáticos, como o papel das mudanças climáticas, desmatamento ou infraestrutura inadequada.

Amplificar vozes das comunidades afetadas: É essencial dar voz às comunidades locais impactadas. A pluralidade de vozes para além das fontes oficiais é fundamental.

Promover ação e soluções: Além de relatar os problemas, o jornalismo deve destacar soluções. Ele é urgente no contexto ambiental.

Educação Ambiental

Promover comportamentos sustentáveis: Oferecer orientação sobre como indivíduos e comunidades podem se preparar melhor para eventos climáticos extremos e adotar práticas mais sustentáveis para mitigar tais consequências.

Incluir nas políticas e práticas: A educação ambiental pode influenciar políticas públicas e práticas comunitárias, fortalecendo a resposta e a preparação para eventos climáticos extremos e, principalmente, ações práticas de preservação ambiental e sustentabilidade.

Nomenclaturas a serem evitadas ou usadas com cautela

Tragédia: Este termo pode ser considerado excessivamente dramático e emocional, evocando uma resposta imediata de choque ou desespero.

Desastre ambiental: Embora descritiva, essa expressão pode ser carregada de conotações negativas e fatalistas, excluindo do contexto as causas reais do problema.

Caos climático: Essa frase pode ser interpretada como alarmista e exagerada, sem transmitir informações claras sobre os eventos climáticos.

Cataclismo: Este termo sugere uma devastação extrema e catastrófica, podendo ser excessivamente dramático.

Nomenclaturas mais apropriadas

Eventos climáticos extremos: Essa expressão descreve de forma mais precisa os fenômenos meteorológicos fora do comum que causam impactos severos.

Situação de emergência climática: Indica a gravidade da situação, sem exageros, e ressalta a necessidade de ações urgentes para lidar com as mudanças climáticas.

Impactos climáticos: Foca nos efeitos concretos das mudanças climáticas sobre a sociedade e o meio ambiente.

Desafios climáticos: Reflete a complexidade dos problemas enfrentados, incentivando uma abordagem proativa para encontrar soluções.

Preparo emocional de jornalistas

Comunicação aberta e apoio mútuo: Promover uma cultura de comunicação aberta onde os jornalistas se sintam à vontade para compartilhar suas preocupações e experiências.

Gerenciamento de carga emocional: Estabelecer políticas claras sobre limites pessoais e tempo de descanso durante coberturas prolongadas ou intensas. Rotacionar equipes para evitar a sobrecarga emocional e física dos jornalistas.

Desinformação e pânico

Evitar a circulação de desinformação e a geração de pânico durante a cobertura de eventos ambientais, como enchentes ou outros desastres naturais, é essencial para fornecer informações precisas e úteis ao público.

Ao cobrir eventos ambientais críticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul ou outros eventos climáticos extremos, é crucial buscar informações de fontes confiáveis e especializadas.

Aqui estão algumas fontes seguras que os jornalistas podem procurar: agências meteorológicas nacionais ou estaduais; Defesa Civil; instituições de pesquisa e acadêmicas; fontes locais e comunitárias; canais de comunicação social que sigam princípios éticos de jornalismo, evitando sensacionalismo e desinformação.

*Jornalista, com MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela FATEC Internacional. Atua como Educadora Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Prefeitura Municipal de Picos – PI). Doutoranda em Comunicação (UFPE).

Como transformar adversidades em oportunidades

A população brasileira está provando que diante de uma calamidade, a oportunidade de distribuir solidariedade explode com uma força ainda maior que o desastre.

Estou me referindo ao Rio Grande do Sul. 

Mas essa lição de vida e superação pode, perfeitamente, ser também aplicada aos desafios, intempéries e, em alguns casos, desastres, também no mundo dos negócios

Para as empresas e profissionais de conteúdo editorial local, o cenário adverso pode ser imobilizante. Como terra arrasada.

Mas o ponto aqui é que não. Porque o imobilismo é ainda mais catastrófico.

Abaixo, traduzi para você talvez o artigo mais completo e brilhante que me lembro de ter lido sobre como superar desafios no cenário da mídia e do conteúdo editorial local.

O autor se chama Jay Small, e com perdão do trocadilho, embora “small” em inglês signifique “pequeno”, de pequeno o Jay não tem nada. O cara pensa grande.

Jay é co-Chief Executive Officer da Local Media Association. Não deixe de acompanhar o Jay e tudo que a Local Media Association dos EUA faz pela mídia local.

Agora, confira se o Jay pensa pequeno.

Transformando desastres em oportunidades

Por Jay Small

Os planejadores de desastres em qualquer organização devem pensar e trabalhar em cenários pessimistas. Eles geralmente elaboram planos baseados em perguntas que começam com “o que faríamos se…” e, não importa como a pergunta termine, a resposta será uma má notícia

Aqui estão alguns exemplos apropriados para a indústria de mídia local:

  • O que faríamos se a publicidade programática digital desaparecesse? 
  • O que faríamos se as receitas de consentimento de retransmissão para emissoras de TV locais desaparecessem?
  • O que faríamos se o tráfego de referência de plataformas sociais e de busca desaparecesse? 

Tenho certeza de que muitos de nós já fizemos perguntas como essas, visando possíveis desastres, ou pelo menos contingências desagradáveis. Com ventos contrários seculares afetando a mídia local há anos, parece que a vida se tornou um grande plano de contingência.

Eu sou uma daquelas pessoas que prefere começar pelo pior cenário, então ficar agradavelmente surpreso quando as coisas acabam melhor do que esperado – ao invés de esperar por doces e arco-íris e acabar com uma cratera fumegante.

Sim, é imprudente esperar pelo cenário ideal todas as vezes. Mas sabe de uma coisa? Meu jeito muitas vezes está errado também.

Começar com o pior caso pode suprimir a inovação e desanimar inovadores e criadores. Planejar uma espiral contínua descendente deixa pouco espaço mental para buscar oportunidades diante de grandes mudanças, talvez inevitáveis, que parecem ruins à primeira vista.

Por um momento, vamos sair dessa espiral. Vamos passar pelo exercício de pegar essas perguntas que acabei de fazer de uma mentalidade de pior caso e transformá-las em perguntas que antecipam oportunidades em meio a mudanças profundas. 

Vamos perguntar “o que poderíamos fazer?” em vez de “o que faríamos?”

O que poderíamos fazer se a publicidade programática desaparecesse?

Como isso aconteceria?

Sabemos que o fim dos cookies de terceiros tornará muito mais difícil fazer os tipos de segmentação de audiência e direcionamento para os quais o software e as redes de publicidade programática são construídos. 

O Google, líder de fato nesse espaço, propõe sua Privacy Sandbox como uma alternativa, mas esse conjunto de soluções é controverso. Outros propõem ideias – incluindo algumas voltadas apenas para o setor de notícias – para tornar a segmentação de anúncios viável, compatível com a privacidade e segura para a marca. Mas nenhum padrão óbvio surgiu.

Na ausência de soluções que funcionem tão bem quanto aquelas dependentes de cookies de terceiros têm afirmado, o que novamente é controverso, os profissionais de marketing grandes e pequenos podem decidir mover seus gastos com publicidade para diferentes locais ou reduzi-los.

O que perderíamos?

Uma fonte de receita em grande parte passiva, altamente lucrativa e um tanto confiável (embora gradualmente em declínio) de anúncios servidos de forma programática que aparecem em nossos inventários de sites.

Além disso, aqueles que revendem inventário programático além de propriedades de propriedade e operação própria teriam que substituir essa linha de produtos.

Essas perdas forçariam os líderes da mídia a buscar oportunidades alternativas.

O que poderíamos fazer?

Poderíamos parar de depender de sistemas para vender nossos produtos por nós.

Um veículo de mídia poderia redesenhar toda a sua pilha de anúncios de display e vídeo, enfatizando:

  • Menos unidades de anúncio, mais impactantes em todos os formatos
  • Compartilhamento de voz/impacto versus impressões
  • Anunciantes locais, vendidos diretamente
  • Formatos de conteúdo de marca 

Como isso poderia revitalizar nossos relacionamentos com anunciantes locais? 

A proposta de valor para eles melhora quando você retira o “ruído” programático – ainda mais se o público consumidor passar a preferir o fato de que os anúncios em nossos sites são todos vendidos localmente, empresas que eles conhecem, com menos bagunça e conteúdo mais relevante.

Não precisaríamos mais nos conformar com os formatos de unidades de anúncio que os compradores programáticos exigem. Sua pilha de anúncios é sua; a minha é minha. Podemos nos concentrar em atender às necessidades dos clientes locais e nutrir esses relacionamentos.

Para veículos de mídia em mercados menores, essa deveria ter sido a abordagem desde o início.

Enquanto isso, o desaparecimento de cookies de terceiros poderia elevar oportunidades para empresas que têm os tipos de relacionamentos de zero-party e first-party e informações de contato que permitem uma segmentação credível e transparente de mensagens – comerciais ou não.

Você tem listas de assinantes de jornais? Assinantes de boletins informativos por e-mail? Participantes de concursos? Contatos de clientes de publicidade? 

(Este último vale um destaque: aconselho colegas do setor há anos a lembrar, enquanto se concentram em dados do cliente de atividades B2C, que eles possuem dados do cliente de linhas B2B também. Seus contatos de clientes de publicidade podem representar alguns dos líderes de negócios mais influentes de sua comunidade.

Você não deveria ter seus endereços de e-mail e perfis do LinkedIn? Você não deveria saber em seus perfis de contato se eles usam ou não seus serviços de informações para consumidores, como “com que frequência você visita”, ou “você é um assinante”?) 

Se tivermos essas listas e soubermos como nutri-las, poderíamos ter oportunidades mais lucrativas e duradouras para um veículo de mídia local do que qualquer uma derivada do auge dos anúncios programáticos e cookies de terceiros.

A mídia local deve cultivar novas fontes de receita baseadas no conhecimento de seus clientes, porque todas as fontes de receita “dinheiro-fácil” estão desaparecendo, o que nos leva a …

O que poderíamos fazer se a retransmissão desaparecesse?

Como isso aconteceria?

A transmissão via ar continua sendo um negócio de alta barreira à entrada – leva tempo, dinheiro e uma licença para criar uma estação de TV do zero, e o espectro de transmissão tem apenas tanto espaço para novos entrantes em qualquer geografia. Programar para preencher a grade diária de um canal de TV também custa muito dinheiro, e os anunciantes tradicionalmente estiveram dispostos a cobrir todos esses custos em troca de alcançar uma grande audiência terrestre.

No passado, tudo que o público tinha que fazer era ligar a TV e levantar uma antena para sintonizar as transmissões locais. Nas épocas douradas da TV, esse cenário constituía um direito de vencer.

Mas o surgimento de serviços de TV a cabo e via satélite derrubou algumas das barreiras para distribuir conteúdo de vídeo. Todos os tipos de canais não terrestres surgiram como resultado.

Agora, a maioria dos lares não depende de antenas para receber programação de TV – as estações locais são incluídas em todos os tipos de conteúdo de vídeo como parte do pacote de programação oferecido em assinaturas de cabo ou satélite.

Esses provedores há muito tempo pagam às emissoras de TV locais, especialmente aquelas com grandes afiliações de redes de transmissão, uma taxa por assinante (também conhecida como receita de consentimento de retransmissão) pelos direitos de redistribuir seus canais para os clientes.

As estações, por sua vez, pagam a suas redes afiliadas (CBS, NBC, ABC, Fox etc.) taxas de programação que reduzem drasticamente o montante da receita de retransmissão que vai para o resultado final. 

Mais recentemente, a internet banda larga e ferramentas de produção digital de alta qualidade e baixo custo derrubaram ainda mais barreiras para distribuir e produzir conteúdo de vídeo.

As pessoas não precisam mais de assinaturas de cabo ou satélite para assistir ESPN, HGTV, HBO ou suas estações locais. Você não precisa de um estúdio de vídeo de sete dígitos para produzir conteúdo de vídeo de excelente qualidade. E uma antena de TV certamente não é a escolha de ninguém quando você quer assistir a vídeos do TikTok ou YouTube no seu iPhone ou Galaxy.

Então, as pessoas “cancelam a assinatura”, cancelando assinaturas de cabo ou satélite em números crescentes e pagando em vez disso por serviços de streaming de vídeo à la carte ou pacotes de conteúdo, todos entregues via internet em vez de cabo, satélite ou antena.

O cancelamento de assinaturas já contribuiu para a erosão da audiência das estações locais e, como resultado, da receita publicitária. Outros modos de acesso teriam que crescer muito para preencher a lacuna.

O que perderíamos?

Sem receita de retransmissão, muitas estações de TV locais, com ou sem afiliações de redes, rapidamente ficariam em prejuízo operacional. Um temor é que, se bastantes espectadores cancelarem assinaturas de cabo e satélite em favor de streaming de vídeo habilitado para a internet, os provedores de cabo e satélite eventualmente entrarão em colapso.

As estações locais também enfrentariam o desafio de alcançar lares que costumavam alcançar por meio desses serviços.

Como se isso não bastasse, as principais redes podem ver os relacionamentos de afiliados como insustentáveis se as estações não tiverem mais receita de retransmissão para pagar suas taxas de programação.

Sem programação de rede, os operadores de cabo e satélite com restrições teriam muito menos razão para pagar para carregar um canal. E até os pacotes de streaming de “substituição de cabo” (como o YouTube TV) teriam menos razão para investir. O modelo de rede de transmissão poderia implodir.

Mesmo em meio a esse pesadelo, podemos encontrar alguns pontos positivos.

O que poderíamos fazer?

Mais uma vez, poderíamos parar de depender de sistemas para vender nossas coisas para nós.

Grupos de transmissão e estações locais poderiam direcionar a atenção para as duas fontes restantes de audiência e receita: a transmissão terrestre e digital em todas as formas, incluindo streaming. 

A televisão linear poderia apresentar algumas oportunidades em um mundo pós-retransmissão: 

  • Na ausência do amplo uso de serviços de TV a cabo e via satélite, parece provável que mais pessoas estejam receptivas (com o trocadilho) a levantar antenas e receber sinais de estações locais na mais alta qualidade possível, sem custos de assinatura e sem a degradação perceptível da qualidade característica da redistribuição por cabo, satélite e streaming. Portanto, é quase certo que o público da antena aumentaria; quanto é uma questão a ser estudada.
  • O surgimento da transmissão digital de TV há algumas décadas tornou o conceito de subcanais locais e multicasting (que parece para os consumidores como vários canais de TV, mas todos saem no mesmo sinal) comum. Mercado por mercado, você pode ver todos os tipos de usos desses segundo, terceiro e às vezes quarto canais digitais — alguns podem ter suas próprias afiliações de rede, alguns podem ser “rodas” de conteúdo, como noticiários locais ou previsões do tempo, e outros podem ser entregues principalmente a programação paga. Se a retransmissão desaparecer, e especialmente se as afiliações desaparecerem, os operadores de estações poderiam se concentrar em todos esses canais como novas oportunidades de programação com foco local. Além disso, a maioria desses subcanais nunca apareceu nas grades de programas de cabo ou satélite de qualquer maneira, então essa é ainda mais uma razão para incentivar os consumidores a levantar antenas e ter acesso à gama completa de programação.
  • Conforme o ATSC 3.0 (também conhecido como NextGenTV) é gradualmente implementado, ele melhora ainda mais a qualidade dos sinais de transmissão de televisão para os consumidores. Mas talvez isso traga algumas novas capacidades poderosas, incluindo publicidade direcionável, transmissão de dados B2B de alta largura de banda e aplicativos de internet de alta velocidade, todos os quais dão aos operadores locais de TV uma posição única para competir com produtos e serviços no ambiente mais amplo da internet.
  • Como está, os streamers de substituição de cabo na verdade negociam com as redes para carregar os canais afiliados locais para seus clientes em cada mercado, depois as estações recebem uma porcentagem dessa taxa. Se o corte do cabo levar mais pessoas aos serviços de streaming de substituição de cabo, uma das duas coisas poderia acontecer: 
  • Poderia incentivar as redes a preservar o modelo de afiliadas locais e continuar entregando programação às estações locais, ou … 
  • Se as redes evitarem o modelo de afiliadas, isso poderia permitir a negociação direta entre os radiodifusores e os serviços de streaming pela versão na internet da receita de retransmissão, algo que os grupos de estações já queriam de qualquer maneira.

Para ambas as aplicações de transmissão terrestre e internet, em um mundo sem receita de retransmissão e/ou afiliações de rede, precisaríamos de muita programação local nova.

Não estou falando em adicionar mais meia hora à pilha de notícias da noite ou ao programa da manhã de uma estação. Quero dizer todos os tipos de programação — notícias, entrevistas, esportes, estilo de vida, entretenimento — cada categoria com suas próprias disponibilidades de anúncios e promoções.

A nova programação seria cara. A insistência em valores de produção de TV de alta qualidade impulsionaria parte desse gasto, então as estações poderiam explorar maneiras mais baratas e mais populares de produzir conteúdo em vídeo para ajudar a reduzi-lo.

Uma estação totalmente carregada com canais digitais terrestres, vídeo/áudio de qualidade ATSC 3.0 e capacidades de dados, posicionamento em serviços de streaming e seus próprios aplicativos de internet poderiam construir alcance local suficiente e capacidades de segmentação para apelar novamente aos anunciantes locais em uma ampla gama de pontos de preço. Todo esse inventário em torno da programação que você cria é seu.

Você só precisa direcionar público e interesse suficientes para ele, o que nos leva a …

O que poderíamos fazer se as referências (referal) de plataforma desaparecessem?

Como isso aconteceria?

Queremos que as pessoas que rolam, navegam, pesquisam ou fazem perguntas sobre tópicos de notícias locais (e outros conteúdos que fornecemos) encontrem as respostas, em última análise, em nossos sites.

Alguns fazem, embora não com a frequência que gostaríamos.

Ainda assim, as referências de tráfego de plataformas sociais e de busca representam uma grande porcentagem do tráfego total dos sites de notícias locais. No entanto, as referências diminuíram nos últimos anos e podem continuar a diminuir, por razões que incluem:

  • Decisões estratégicas por parte de plataformas sociais e de busca para desvalorizar ou potencialmente remover conteúdo de notícias de seus feeds e páginas de resultados, talvez como resultado de legislação, litígios ou mudanças no cenário geral da internet. 
  • O potencial para a inteligência artificial generativa mudar a maneira como as pessoas solicitam e recebem informações na internet, tornando as referências aos sites de origem (incluindo sites de notícias) menos comuns.

O que perderíamos? Os veículos de notícias já sofreram perdas de tráfego devido à redução da ênfase nas notícias nas plataformas do Meta. E lutamos muito para dominar a otimização de mecanismos de busca no ambiente de pesquisa e resultados liderado pelo Google de hoje, antes que qualquer um desses cenários de horror aconteça.

O que perderíamos?

As agências de notícias já sofreram com a perda de tráfego devido à redução do destaque das notícias nas plataformas do Meta.

E lutamos arduamente para dominar a otimização de mecanismos de busca no ambiente de pesquisa e resultados liderado pelo Google de hoje, antes que quaisquer desses cenários de horror ocorram.

Se as plataformas abandonarem completamente o conteúdo de notícias, a ameaça ao negócio das notícias, sem mencionar a democracia, seria profunda.

Agora alguns especialistas acreditam que a busca alimentada por inteligência artificial também poderia devastar o tráfego de referência para todos os tipos de sites de informação, incluindo agências de notícias locais.

Para essas agências, isso significaria audiências menores, menos tráfego e oportunidades de receita reduzidas derivadas de adjacências a informações locais e conteúdo noticioso.

O que poderíamos fazer?

Mais uma vez, poderíamos parar de depender de sistemas para vender nossas coisas para nós.

Antes que alguém me chame de ingênuo ou leviano em relação a isso: eu sei muito bem o quão difícil será manter um negócio de informação digital se formos excluídos do tráfego de busca e social.

Lembre-se, isso é um exercício de reenquadramento para buscar oportunidades.

E, neste caso, é um alerta. Nós — não qualquer combinação de plataforma social, de busca ou de internet — somos os mais culpados por qualquer falta de consciência em nossas comunidades das notícias, informações e oportunidades comerciais que oferecemos.

Não comemos nossa própria comida. Vendemos publicidade, marketing e promoção para nossos clientes, e dizemos a eles que tráfego orgânico de busca e social não será suficiente para seus negócios. Mas não compramos publicidade, marketing e promoção suficientes para apoiar nossos próprios produtos e serviços, e reclamamos quando não recebemos o suficiente de referências orgânicas de plataforma.

Desde o surgimento da web comercial — a era dos modems de 2.400 bauds do início a meados da década de 1990 — as organizações de notícias aplicaram várias táticas para aumentar os números de tráfego digital a baixo ou nenhum custo.

Lembro-me de lançar emulações de sistemas de quadro de avisos em linha de código aberto na metade dos anos 1990 e colher até dois terços do tráfego total do site das interações esmagadoramente de baixa qualidade que ocorriam lá.

Mais tarde, transformamos esses quadros de mensagens em comentários de histórias no site, depois em comentários de terceiros em histórias, depois em comentários do Facebook, mas a baixa qualidade persistiu, os trolls dominaram e os anunciantes recuaram. Finalmente, muitos sites de notícias desistiram completamente de comentários de artigos e interatividade estilo fórum na última década, percebendo que o tráfego extra não era uma barganha.

Então sim, doeria se as referências de busca e social desaparecessem completamente, e levassem as disponibilidades de anúncios resultantes com elas, mas talvez não tanto quanto tememos. Trinta anos de trabalho na internet me ensinaram isso: Tráfego barato não vale o que você paga por ele.

Como os veículos de mídia locais podem divulgar na internet os produtos e serviços que oferecem se as referências de busca e social desaparecerem? Boa pergunta.

Aqui está outra: Como fazíamos isso antes dessas plataformas, ou da própria internet, existirem?

Essa resposta é fácil: Não muito bem.

Na maior parte, aqueles de nós na mídia local legada assumimos que éramos uma “mangueira de incêndio” para notícias, informações, marketing e promoção, alcançando lares longínquos com nossos produtos. 

Pelo simples fato de existirmos, as pessoas deveriam saber quem éramos e o que oferecíamos. Talvez tenhamos promovido nosso jornalismo por meio de anúncios em inventário remanescente e spots de prova de desempenho em nossas próprias plataformas de distribuição de mídia.

Não podemos mais contar com esse status de mangueira de incêndio; não deveríamos ter contado com isso naquela época.

Também não podemos presumir que, simplesmente porque o que relatamos é útil, interessante e/ou importante, as pessoas em nossas comunidades se esforçarão para encontrá-lo e agir sobre ele.

Essa suposição não vive apenas em organizações de notícias legadas — startups digitais sem fins lucrativos também lutam para tornar seu trabalho descobrível e desenvolver audiências suficientes.

Tornar as notícias e informações locais descobríveis e acionáveis, quer as vias de busca e social estejam ou não em declínio, dependerá do investimento de uma porcentagem maior das receitas em marketing externo, promoção, convocação comunitária e outros eventos. As oportunidades começam apenas com o compromisso de investir.

Participe com anúncios de busca pagos, anúncios sociais pagos, newsletters por e-mail, outdoors, sinalização digital, espaços em outros meios de comunicação locais (se você estiver na “mainstream“, inclua mídia sobre e para comunidades desatendidas/sub-representadas), e talvez o mais importante: presença cara a cara em sua comunidade.

Patrocine eventos e convocações comunitárias. Coloque líderes da equipe de notícias no mercado de agricultores local, não para escrever ou apontar câmeras, apenas para conversar e ouvir as pessoas. É a melhor maneira de provar que você é real, é local e se importa, algo que os propagadores de desinformação e deturpação não podem fazer em sua cidade.

Forme parcerias e colabore com outras mídias de notícias locais. A colaboração é difícil, mas pode ser feita de maneiras que beneficiem a todos.

E lembre-se de que as mídias sociais e de busca são paisagens fluidas. Explore oportunidades com vídeo no Instagram, YouTube ou TikTok. Melhore no LinkedIn (e ganhe alavancagem a partir das conexões comerciais que você já deve ter em seu banco de dados de clientes de publicidade). 

Seguidores do Facebook? Tudo bem, vá onde eles estão. Junte-se a grupos locais do Facebook ou do Nextdoor onde as pessoas estão tentando descobrir sobre notícias locais e eventos, especialmente se você teve que reduzir os recursos da redação cobrindo notícias pontuais, entretenimento, restaurantes, etc. Você ficará surpreso com as coisas que descobrirá sobre sua própria comunidade dessa forma.

Você pode não substituir os números brutos que viu no auge das referências de busca e social.

Mesmo assim, cada conversa que você tiver, cada alcance que você conseguir por meio de marketing externo, será com pessoas em sua comunidade. Uma pessoa que se envolve e desenvolve lealdade à sua organização de notícias, ao longo do tempo, provavelmente supera 10.000 visualizações de página de um só hit de busca ou social.

O que poderíamos fazer se não esperássemos pelos cenários de desastre?

Não devemos planejar para cenários de desastre e depois apenas esperar que eles aconteçam. A maioria de nós conhece alguma forma deste provérbio: “O melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos. O segundo melhor momento é agora.”

O melhor momento para resolver os cenários sombrios foi, da mesma forma, há mais de 20 anos. Tentamos, mas não conseguimos. Agora não devemos deixar passar mais cinco anos para descobrir que coisas ruins aconteceram e nossos espaços de oportunidade se tornaram ainda mais limitados do que são hoje.

Eu sei que nenhuma das minhas sugestões aqui é original. Muitas foram, ou estão sendo, experimentadas. Tenha paciência com essa experimentação!

Também não posso prometer que nenhuma dessas ideias se traduzirá em lucro ou sustentabilidade para a mídia local. Apenas espero reenquadrar as maneiras como fazemos perguntas ao tentar pensar estrategicamente sobre as forças que afetam nossos negócios. 

Enquanto isso, quem pode dizer que a receita programática, a receita de retransmissão ou o tráfego de referência de plataformas desaparecem completamente? Mudanças nesses ambientes podem ser muito menos profundas, ou muito menos prejudiciais para a mídia local. Mais aspectos positivos e oportunidades muito melhores podem aparecer.

Devemos usar este “segundo melhor momento” para estar preparados para o pior, mas também para as oportunidades que surgem no caminho. Esteja pronto agora, caso fiquemos sem tempo para possibilidades, e os cenários de desastre se tornem realidade.

Catástrofe climática e a exclusão algorítmica do jornalismo local

A catástrofe climática que assola o Rio Grande do Sul desperta o interesse de leitores no Brasil e no mundo. Afinal, a dimensão é colossal: cidades inteiras submersas, mais de 500 mil desalojados e mais de 140 vítimas fatais, além de desaparecidos. 

Eu, que moro em Maceió, mas sou gaúcho, quis buscar informações sobre o Vale do Taquari, região bastante atingida. Ao acessar o buscador Google, recebi indicação de links de veículos nacionais que, no máximo, têm um ou dois correspondentes no Sul, provavelmente na Capital. Mas não recebi indicação de nenhum link de veículo local entre os destacados nas primeiras posições da busca.

exclusão algorítmica provoca invisibilidade e apagamento do trabalho de centenas de jornalistas que são do interior e estão acompanhando de perto as operações de ajuda humanitária para salvar vidas e a contabilização regional dos danos deixados pela enchente. 

jornalismo local é uma força social no combate à desinformação porque é capaz de verificar in loco, testemunhar o que acontece de perto. Ao priorizar outros critérios de relevância, os algoritmos calam as notícias das pequenas comunidades: um desserviço à população. 

Você pode estar argumentando: “mas os resultados de busca são personalizados, cada usuário recebe um conjunto distinto de links…”. Sim, por isso mesmo, eu desafio: se você busca alguma notícia específica de sua região digitando “inundações Rio Grande do sul Lajeado”, ou qualquer outra cidade gaúcha do interior, o Google oferece muito pouco ou nada de notícias locais. Em destaque, apenas a visão de grandes portais. 

algoritmo privilegia os grandes veículos nacionais (Folha, G1, UOL), com alto page rank. No Google News, aba de navegação para filtrar resultados de notícias, não é diferente. 

Sabidamente os pequenos portais têm menos recursos técnicos para implementar políticas de otimização de buscas, e isso reduz a relevância algorítmica. Ainda que esses veículos possam contar a história do local pesquisado de forma muito mais precisa e autêntica, com as vozes locais, o buscador privilegia os grandes. 

Por meio das big techs, o Brasil todo acessa as notícias pelas lentes dos big players da comunicação nacional, que não necessariamente são os mais próximos ou os melhores para essa cobertura.

É um ciclo vicioso. O algoritmo leva pouco em conta a proximidade e credibilidade dos veículos locais. Esses veículos têm menos acessos, exibem menos anúncios, recebem menos receita e se tornam ‘menos relevantes’ no próprio buscador.

Quando eu comecei a trabalhar com comunicação digital, tudo era mato. Conheço a lógica dos negócios digitais e a complexidade que envolve uma programação algorítmica. Por isso mesmo estou aqui, me expondo, para retomarmos uma discussão central: o jornalismo precisa ser priorizado, o trabalho de cobertura local precisa de visibilidade. 

Eventos climáticos extremos, que custam vidas e destroem cidades, evidenciam a importância de uma comunicação humanística, e ela precisa começar na comunidade local, na construção do hábito de leitura de notícias locais que aproximem as pessoas e ampliem o senso coletivo

solidariedade em meio ao caos indica isso: pessoas próximas importam, e queremos saber delas e sobre elas. É assim que funciona a rede social. Somos locais, vivemos na cidade e nos importamos com quem está perto. Por que os algoritmos não consideram essa lógica em grandes acontecimentos?  

Já passa da hora de as Big Techs se abrirem ao diálogo franco com a sociedade. Caso contrário, seguirão com um poder acima do desejável. O resultado são fake news, sensacionalismo, pouca valorização das notícias locais. Por que não é criado um selo de fonte certificada, assim como existe o selo de perfil verificado? 

É preciso repensar as responsabilidades diante de uma tragédia como esta do Sul brasileiro. Medidas paliativas não transformam realidades; precisamos criar mecanismos permanentes de fontes certificadas de informações que incluam e valorizem o jornalismo local e que reconheçam critérios sociais, humanitários e geográficos como prioridade.

Se esta for a regra, assim também funcionará a seleção algorítmica em tempos de crise. É tempo de refundar a ética algorítmica pelo viés humanitário.


3 é demais

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Repórteres no Rio Grande do Sul destacam a dura realidade e necessidade de atenção e apoio à região afetada. Leia.
  2. EUA: mudanças na relação do público com as notícias locais online, desempenho dos veículos e desafios financeiros. Aqui.
  3. Dois tipos de desinformação – contextual e específica, e suas consequências negativas diante da crise no RS. Como combater? Saiba mais.


Assista “A Cobertura Jornalística em Desastres Ambientais no RS”

Transmitida pelo YouTube, a live “A Cobertura Jornalística em Desastres Ambientais” reuniu profissionais do jornalismo representando diversas áreas do Rio Grande do Sul. O evento reforçou a importância do jornalismo local como ponto de esperança e fortalecimento das comunidades em momentos de crise.

Os participantes discutiram as mudanças nas rotinas jornalísticas, a importância do jornalismo local como serviço essencial à comunidade e o papel crucial das redações em conectar informações entre órgãos oficiais e cidadãos afetados. Entre os convidados estavam representantes de veículos renomados como Grupo Diário de Santa Maria, Grupo Oceano, Portal Litoralmania, Portal Gaz, Acústica FM, Portal Leouve, Portal OCorreio, Jornal Folha do Mate e Rádio Terra FM, Rádio Independente e a SECOM RS.

Recomendamos conferir a reprise completa no link abaixo, que oferece um registro histórico sobre o papel do jornalismo local em meio às emergências climáticas:

Disponível aqui. 


Colaboração da Agência Lupa com veículos da Rede Alright

Agência Lupa está disponibilizando conteúdos sobre as enchentes no Rio Grande do Sul para republicação, sem custos, por veículos parceiros da Alright. O objetivo é ampliar a disseminação de verificações sobre as enchentes para ajudar aqueles impactados pela tragédia. Natália Leal, CEO da Lupa, destacou a importância da colaboração em momentos como este com estratégias para garantir que ninguém seja prejudicado por desinformação.

Acesse a página oficial de checagens sobre as enchentes no RS.

O poder local da colaboração em rede

O exemplo mais próximo e, infelizmente, num momento dramático, vem de dentro de casa, da própria Alright.

Como apoio ao desastre cataclísmico que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, a empresa montou uma rede de colaboração e suporte com dezenas de empresas e veículos de mídia de todo o PaísVeja no link aqui.

A iniciativa, chamada #AJUDARS – Mantenha-se informado com o Jornalismo Local, é um exemplo mais que vivo, embora dramático, de como o jornalismo local pode ser sempre a veia pulsante do País.

Para além disso, a colaboração entre os diversos componentes dessa malha imensa de empresas e até de jornalistas independentes, surge como algo ainda a ser devida e valiosamente aproveitado.

Espera-se que nunca mais, se possível, seja necessário. Mas nestes momentos de tragédia e muito no dia a dia, segue o exemplo de uma rede interconectada recorrente e permanente.

Essa rede é uma das formas de combate aos desertos de notícia, na medida em que cada vez que cada um desses elos da cadeia se fortalece e se expande, menos teremos ilhas de desinformação no País.

Mas além disso, há uma série grande de vantagens que podem ser extraídas pelos participantes, que eu poderia resumir bem resumido mesmo, nos 5 itens abaixo:

  • Troca de experiências empresariais
  • Troca de estratégias comerciais
  • Divisão de custos de implantação tecnológica
  • Trocas editoriais
  • Fomento conjunto da união e representatividade junto a entidades e órgãos oficiais

A maior rede de comunicação e colaboração da história humana já está em nossas vidas faz algumas décadas. A internet tornou a interação entre empresas e pessoas de qualquer lugar do mundo algo absolutamente cotidiano.

Os membros da rede de jornalismo local ainda não atentaram para todo esse poder disponível. Não sabe ainda explorá-lo. Não parece entender onde essa aliança em cadeia, ligando comunidades, pode ir, de tão longe.

O empurrão de uma iniciativa como #AJUDARS, quem sabe, ajuda nessa tomada de consciência.


Entrevista: pauta climática e a necessidade de um jornalismo propositivo

Nas últimas semanas, o jornalismo tem lidado com questões urgentes em relação à crise climática. Para apresentar reflexões sobre o assunto, defendendo que esse movimento deve ser pauta de interesse recorrente e não apenas em momentos de crise, conversamos com a pesquisadora e consultora na área de comunicação e meio ambiente, com ênfase em mudanças climáticas, Eloisa Beling Loose.

Autora da obra “Jornalismo e Riscos Climáticos” (Editora UFPR/2020) e de dezenas de artigos científicos e capítulos de livro, Eloisa trabalha atualmente na divulgação científica do Projeto Multirrisco (UFRN/UFABC/Cemaden).

Ela acredita na importância de um jornalismo com olhar amplo e diverso sobre o mundo que permita um melhor enfrentamento das consequências dessa emergência.

Eloisa é jornalista e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná – UFPR (2016) e doutora em Comunicação pela UFRGS (2021). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo Científico e Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: divulgação científica, comunicação de riscos e desastres, e comunicação climática.

Dentre suas pesquisas, que pontos a senhora considera essenciais e de urgente adoção por parte das redações no exercício das atividades jornalísticas?

É importante que o jornalismo amplie as perspectivas ou visões de mundo para reportar sobre as mudanças climáticas, permitindo que possamos ter mais diversidade de alternativas para pensar o presente e o futuro. A reiteração de soluções paliativas, dentro da mesma lógica econômica que nos trouxe até aqui, não contribuirá com o enfrentamento da emergência climática.

Já se fala sobre mudanças climáticas e eventos extremos há alguns anos, mas é notável o crescente agravamento dos casos. Com isso, como a senhora avalia o comportamento dos veículos e as mudanças nas posturas de coberturas nestes eventos climáticos? Temos desenvolvido melhores práticas? Temos feito as perguntas necessárias?

Os estudos que realizamos no âmbito do Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental (UFRGS/CNPq) têm demonstrado que a pauta climática, de forma geral, tem recebido mais atenção da imprensa brasileira. A própria intensificação de eventos climáticos extremos exige que os jornalistas busquem por mais informações a respeito do tema. O que observamos é que os desastres, decorrentes desse cenário, são gatilhos para se discutir medidas de prevenção, mitigação e adaptação.

Porém, a cobertura acerca das mudanças climáticas deve ser transversal e permanente, pois, cada vez mais, é crucial informar a respeito dos riscos – e não apenas quando eles se concretizam em tragédias. Dar visibilidade às soluções locais e questionar mais sobre as razões que acarretaram a crise climática são aspectos que poderiam ser mais evidenciados pelo jornalismo.

Como os jornalistas podem superar a desinformação e a polarização ao abordar as mudanças climáticas?

desinformação precisa ser combatida com boa apuração e foco no interesse público. Além disso, distinguir o que é notícia do que não é e explicar para as pessoas como o jornalismo é feito (seus procedimentos e critérios) pode ajudar no processo de educação midiática, de modo a colaborar com o processo de tomada de decisão dos públicos. Eu entendo que a polarização pode ser uma maneira de desinformação, afinal o colapso do clima diz respeito a todos nós enquanto humanidade.

Há interesses contrários ao enfrentamento das mudanças climáticas, pois reconhecer o problema é assumir que mudanças profundas no nosso modo de vida serão necessárias, o que implica sair da zona de conforto e, em alguns casos, deixar de lucrar com negócios que exploram a natureza de forma desmedida. São esses interesses que promovem informações fora do contexto ou distorcidas para sustentar a ideia de que as mudanças climáticas são um fenômeno exclusivamente natural, não é uma questão urgente e grave, não exige uma ruptura com o modelo de desenvolvimento vigente, dentre outros discursos.

Como a colaboração entre jornalistas, cientistas e outras partes interessadas pode melhorar a qualidade das coberturas jornalísticas?

O papel das fontes de informação é fundamental em qualquer cobertura jornalística. Os jornalistas dependem que aqueles que conhecem e/ou vivenciem o assunto a ser reportado, seja pelo viés da ciência, seja pelo dos saberes tradicionais, colaborem com a contextualização e explicação dos fatos. Todos perdemos quando sempre as mesmas fontes são entrevistadas.

Para onde a senhora percebe que apontam as práticas jornalísticas em relação ao futuro na cobertura dos eventos climáticos nos próximos anos?

Acredito que o jornalismo terá que atuar mais na antecipação dos acontecimentos extremos para contribuir com uma cultura de prevenção, incorporando o princípio da precaução ao longo da cobertura climática. Ademais, uma perspectiva propositiva, com exposição de medidas estruturais e não estruturais de redução de risco de desastres, deverá aparecer com mais frequência, inclusive para pautar o debate na sociedade e pressionar por políticas públicas efetivas nessa área.


Artigos: responsabilidades do Jornalismo na cobertura de eventos ambientais extremos

A cobertura jornalística de eventos climáticos extremos é um desafio complexo que exige uma abordagem multifacetada. Destacamos dois artigos de veículos especializados que abordam diferentes aspectos desse desafio e a responsabilidade ética do jornalismo.

Essas orientações editoriais reforçam a ideia de que o jornalismo tem um papel fundamental na conscientização do público e na promoção de mudanças de comportamento em relação ao clima. Eles sugerem que uma cobertura responsável e informada pode ser a chave para mobilizar a sociedade em direção a uma compreensão mais profunda das consequências das mudanças climáticas.

Seja através de reportagens sensíveis sobre situações naturais emergenciais ou da análise do papel do jornalismo na promoção de mudanças de pensamento, é importante observar os desafios enfrentados pelos jornalistas e a necessidade de uma cobertura qualificada, ética e socialmente responsável.

Desafios ao Jornalismo

Em artigo de Juliana Afonso e Lucas Bois, a Rede de Jornalistas Internacionais publicou orientações à cobertura jornalística de eventos climáticos onde se destacam os seguintes pontos: imprevisibilidade do clima e necessidade de preparação, segurança dos jornalistas e equipamentos, desafios psicológicos e saúde mental, combate ao racismo ambiental e ética.

Os jornalistas enfatizam a importância de uma cobertura climática que seja informativa, segura, sensível e que leve em consideração o contexto social e humano das tragédias, bem como a necessidade de incluir uma abordagem mais ampla para a justiça social. “Outra responsabilidade do jornalismo é levar essa informação ao público com sensibilidade para que a cobertura da tragédia não se torne uma exploração indevida das populações marginalizadas”, explica o artigo.

Leia na íntegra: Cobertura jornalística durante o período de chuvas no Brasil

Enfrentando a realidade com rigor científico

((o))eco, veículo associado à Associação de Jornalismo Digital (AJOR) e especializado nos temas de conservação da natureza, biodiversidade e política ambiental no Brasil, também publicou sobre as responsabilidades jornalísticas e os impactos sociais diante das calamidades envolvendo eventos climáticos.

Em março deste ano, a coluna “O papel do jornalismo na construção de uma nova mentalidade diante da Emergência Climática”, foi assinada por Clara Aguiar e Débora Gallas Steidleder, comunicadoras e pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tratando sobre o impacto da atividade humana no sistema climático do planeta.

Destaca-se que o jornalismo tem um papel crucial na conscientização da sociedade, servindo como uma ponte entre informações científicas e a compreensão pública. Ele deve fornecer cobertura regular e qualificada para ajudar os cidadãos a entenderem as mudanças climáticas e incentivar ações de enfrentamento e mitigação.

“Quando as mudanças climáticas estão em pauta, é função primordial dos jornalistas promover uma contextualização que explique termos científicos, exponha os causadores do problema e aponte soluções possíveis”, defendem.

O artigo está disponível para leitura. 


Design e Sustentabilidade: uma abordagem necessária para o futuro dos negócios

No momento em que você lê este texto, o meu estado querido, o Rio Grande do Sul, está passando pela maior crise climática da sua história. Este foi um dos gatilhos que me fez escolher este tópico fundamental, mas banalizado por nós: sustentabilidade.

Design é sustentabilidade.

Chegamos em 2024, e nunca foi tão necessário repensar como consumimos, produzimos e projetamos nossos produtos e serviços. O design, entendido em sua amplitude, desempenha um papel crucial neste processo, indo muito além da estética para incorporar princípios de sustentabilidade e eficiência que respondem diretamente aos desafios ambientais atuais.

A relevância do design sustentável reside não apenas na capacidade de minimizar impactos ambientais negativos, mas também em seu potencial de inovação e otimização em todos os aspectos da cadeia produtiva. Esta abordagem abrangente deve ser aplicada desde a concepção do produto ou serviço até sua execução. Inclusive, até o eventual descarte, cada etapa precisa ser planejada para minimizar desperdícios, maximizar recursos renováveis e prolongar a vida útil do produto.

Neste cenário, o design ultrapassa sua conotação visual tradicional, envolvendo processos de construção, logística e até o modelo de negócios das empresas. A incorporação do design em todas essas frentes é não apenas uma necessidade, mas uma urgência. Negócios que ignoram essa realidade podem se encontrar rapidamente obsoletos, tanto aos olhos do mercado quanto em sua capacidade de adaptação às novas regulamentações ambientais.

Empresas que adotam o design circular contribuem para a redução do consumo de materiais. Além disso, fortalecem sua marca e aumentam a fidelidade dos clientes, conscientes das questões ambientais. Este modelo, que considera o ciclo de vida completo dos produtos, é um exemplo claro de como o design pode ser aplicado estrategicamente para benefício ambiental e econômico.

design para sustentabilidade promove a inovação ao buscar soluções que atendam aos critérios de funcionalidade, estética e responsabilidade ambiental. Essas soluções geram produtos e serviços inéditos que podem inaugurar mercados inovadores e impulsionar o crescimento empresarial sob uma perspectiva renovada.

No entanto, implementar uma mentalidade de design sustentável requer mais do que simplesmente ajustar alguns processos; exige uma mudança cultural dentro das organizações. As empresas precisam educar e capacitar suas equipes para pensar em sustentabilidade como um componente essencial do design, não como um adicional ou um luxo.

Para começar a integrar o design sustentável em seu negócio, considere algumas ações práticas:

  • Educação e Treinamento: Invista na capacitação de sua equipe para que entendam os princípios de sustentabilidade e como podem ser integrados através do design.
  • Análise de Ciclo de Vida: Adote ferramentas que permitam analisar o impacto ambiental dos seus produtos durante todo o seu ciclo de vida. Isso pode auxiliar na identificação de áreas sensíveis onde intervenções de design podem gerar um impacto significativo.
  • Colaboração: Trabalhe em conjunto com fornecedores, clientes e outros parceiros para desenvolver soluções sustentáveis. A colaboração pode abrir portas para inovações que seriam difíceis de alcançar isoladamente.
  • Pensamento Circular: Integre o conceito de economia circular no design de seus produtos, procurando maneiras de maximizar a reutilização e reciclagem.

Adotar uma abordagem de design orientada para a sustentabilidade é mais do que uma tendência; é uma estratégia essencial para garantir a relevância e a viabilidade de longo prazo no mercado atual. Ao fazê-lo, as empresas não apenas contribuem para um mundo mais sustentável, mas também se posicionam como líderes inovadores em um cenário econômico que valoriza o respeito ao meio ambiente.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Agência Lupa reúne checagens e trata sobre os perigos dos conteúdos desinformativos durante crise no RS.
  2. ONU Brasil destaca 5 fatos sobre as mudanças climáticas e os impactos nas esferas da vida humana, como saúde, agricultura, moradia, segurança e emprego. Confira neste vídeo.
  3. Documento de organizações da sociedade civil apresentam “Princípios e Diretrizes para o Enfrentamento do Racismo Ambiental no Brasil”Acesse.

#AjudaRS Live no dia 10 de maio apresenta a força da cobertura jornalística local

Na próxima sexta-feira, 10 de maio, às 11h, pelo YouTube da Alright, jornalistas locais de cidades do Rio Grande do Sul (RS) estarão em uma live para compartilhar os desafios e o papel essencial da cobertura dos acontecimentos decorrentes dos eventos climáticos extremos que devastaram a população do estado nos últimos dias.

Live em solidariedade ao Rio Grande do Sul – “A Cobertura Jornalística em Desastres Ambientais: a força do jornalismo local na emergência climática do RS”.

Fique ligado em nosso canal e em nossas redes para ficar por dentro dessa e outras lives.


Rede Alright de Jornalismo Local mobiliza Manifesto de Solidariedade e Ajuda ao Rio Grande do Sul

Em resposta à crise climática das últimas semanas no Rio Grande do Sul, uma rede de veículos jornalísticos locais lançou o “Manifesto de Solidariedade e Ajuda ao Rio Grande do Sul”, um chamado à ação para todas as pessoas, empresas e organizações. O objetivo tem sido promover a união de veículos de Jornalismo Local para divulgação de campanhas de doação, para enfrentar o silenciamento da questão e garantir a veiculação de conteúdo verificado e seguro, com iniciativas informacionais para a população nesse momento.

A curadoria de informação ancorada nos veículos locais está disponível: #AjudaRs – Página Oficial: https://alright.com.br/ajudars/ 

Leia o manifesto na íntegra:

Manifesto de Solidariedade e Ajuda ao Rio Grande do Sul

Neste momento crítico, o Rio Grande do Sul enfrenta um dos mais graves desastres climáticos de sua história. Chuvas intensas e incessantes devastam o estado, causando a elevação alarmante dos rios, deslizamentos de terra e bloqueios em estradas vitais, trazendo desolação e dificuldades para milhares de famílias gaúchas.

A situação exige uma resposta imediata e solidária de todos nós. Por isso, convocamos a comunidade — empresas, entidades e cada cidadão — a participar desta corrente de apoio. Cada contribuição, pequena ou grande, faz uma diferença significativa.

Entendemos também a importância do cuidado com a quantidade de informações em circulação e a necessidade de segurança, checagem e qualidade no que chega até a população do país. Para isso, orientamos o acompanhamento da cobertura realizada por veículos de notícias locais no esforço de informar sobre as consequências da tragédia, com o devido respeito e rigorosa apuração, bem como para fortalecer a rede de solidariedade em prol dos cidadãos afetados no Rio Grande do Sul.

Juntos, vamos apoiar, reerguer e fortalecer todas as comunidades atingidas.

Veículos jornalísticos locais engajados na ação:


Está disponível a gravação da live “Seja um Poderoso Oásis de Notícias”

Realizado pelo time da Alright no dia 30 de abril pelo canal no YouTube, o evento apresentou exemplos e propostas de potencialização dos Oásis de Notícias pelo Brasil no enfrentamento aos desertos de informação.

Assista e confira detalhes da proposta de valor, as ações de geração e aumento de receita com mídia e publicidade, as propostas do time Alright para os veículos especializados e de notícias locais e regionais, monetização e produção de conteúdo, a importância da identidade e fortalecimento das marcas e demais tópicos abordados durante a transmissão.

Assista à gravação.

Para conhecer a proposta de valor da Alright para os Oásis de Notícias, confira esta página.

Investimentos em mídia local crescem nos EUA

O Brasil não é os Estados Unidos. Nem o mercado deles é o nosso. Mas muito do que ocorre lá, depois de algum tempo, ao menos enquanto referência, acaba indicando tendências por aqui.

Reproduzo abaixo resultados de um estudo do Consórcio Nacional de Mídia norte americano, neste caso, com notícia boa para a mídia local deles lá, e nós torcendo que se repita aqui em breve também.

A Pesquisa de Insights da Indústria de Mídia Local, que se repete anualmente, perguntou a profissionais dessa indústria sobre a situação presente do mercado e as perspectivas para 2024.

O estudo, realizado de 11 a 15 de setembro de 2023, foi aberto para membros e não membros do Consórcio de Mídia Local. Os respondentes incluíram executivos de alto escalão, vendas, marketing, operações, TI e outros profissionais empregados por jornais locais, emissoras e lojas de notícias online em toda a América do Norte e Porto Rico.

Vamos alguns resultados que impactaram a mídia local.

Quase metade dos respondentes da mídia local (49%) relataram que a receita com publicidade digital aumentou em 2023 em comparação com o ano anterior, com 21% afirmando que estava estagnada e 19% relatando uma diminuição na receita de publicidade digital. 44% dos respondentes relataram um aumento na receita do consumidor em relação ao ano anterior, 24% disseram que estava estagnado e 7% viram uma diminuição.

Olhando para 2024, a maioria (79%) dos profissionais da indústria de mídia local antecipa um aumento na receita digital geral, enquanto apenas 3% esperam uma diminuição no próximo ano.

“É encorajador ver que profissionais da mídia local têm uma perspectiva tão positiva para seus negócios digitais, apesar de muitos desafios na navegação da paisagem digital em constante mudança”, disse Fran Wills, CEO da LMC. “Será interessante observar como a contínua transformação digital, avanços em IA para conteúdo, publicidade e operações, e a próxima eleição impactarão o negócio de notícias locais, que esperamos continuarão desempenhando um papel vital nas comunidades em todo o país.”

Os principais êxitos da mídia local em 2023 foram assinaturas digitais (21%), redesenhos de site/aplicativo (17%), novas ferramentas/tecnologia digital (13%) e vídeo/OTT/CTV (13%) e serviços de agência (13%). Os principais desafios foram recursos/experiência em tecnologia digital (39%), declínios no tráfego do site (25%), declínios na receita de publicidade (20%) e pessoal/treinamento (11%).

A pesquisa descobriu que as categorias de maior prioridade para as lojas de mídia local no próximo ano serão estratégias de monetização de publicidade, crescimento de público e engajamento e dados e insights de público, focando em dados proprietários (first party data) para impulsionar o crescimento da receita tanto do consumidor quanto da publicidade.

Também importante para a mídia local em 2024 será a inovação e diversificação de conteúdo, estratégias de monetização de vídeo, privacidade e conformidade, recrutamento e retenção, e estratégias de conteúdo de vídeo.

Surpreendentemente, apenas 7% dos respondentes listaram IA como a categoria de maior prioridade para o próximo ano.

E embora a IA ainda não seja uma prioridade para as lojas de mídia local, é uma das principais tendências a serem observadas em 2024, com quase metade citando a IA (49%) listada apenas atrás do envolvimento da comunidade (59%) como uma das principais tendências nos radares dos profissionais do setor.

Outras tendências que os jornais locais, emissoras e lojas online estarão observando incluem estratégias de plataformas cruzadas (48%), distribuição de vídeo (29%) e podcasts (17%), bem como adoção de tecnologia VR e AR (4%).

Veja que a IA ainda não está entre as maiores prioridades do mercado lá. Mas não se engane. Com todo o respeito que devemos ter ao estudo e à opinião dos entrevistados, a IA vai crescer muito em 2024. Não coma bola. Veja como usar IA na sua empresa ainda este ano. Se você começar apenas ano que vem, vai comer poeira

Leia também – Saiba tudo sobre a live “O papel do jornalismo local no combate à desinformação”


Rede Alright: Folha do Mate recebe prêmio por solução inovadora no Combate à Desinformação

Investimentos em mídia local crescem nos EUA

Folha do Mate, parceiro da Rede Alright no Rio Grande do Sul (RS), foi um dos cinco veículos brasileiros contemplados no prêmio do Programa Codesinfo – Fundo de Inovação Contra a Desinformação do Instituto Para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor). 

Com uma iniciativa inovadora que já se torna exemplo para outros veículos de notícias locais, a equipe da Folha do Mate foi destaque pelo projeto que propõe atuar de maneira direta e efetiva para combater a desinformação, um desafio cada vez mais complexo no cenário digital atual.

A abordagem é atuar, por meio de um sistema de verificação de fontes das notícias veiculadas no site www.folhadomate.com, identificando os responsáveis pelos conteúdos. “Nossa proposta é atuar onde temos pleno domínio, explicitando a autoridade de nossas fontes e, com isso, fazendo ao mesmo tempo um movimento de valorização dos profissionais de credibilidade”, explica Paula Carvalho, diretora comercial da Folha do Mate sobre a proposta premiada.

O reconhecimento veio como um incentivo ao trabalho dedicado da equipe que está comprometida com a construção de um ambiente informativo confiável. “Mais do que a premiação, ficamos felizes pelo reconhecimento do propósito de nosso projeto, e por contar com o suporte do Projor em seu desenvolvimento”, afirmou Paula sobre a expectativa gerada na equipe ao receber a notícia do prêmio.

Com esse suporte, a Folha do Mate já iniciou o trabalho em colaboração com o Codesinfo. A equipe teve a primeira reunião oficial com representantes do projeto para alinhar demandas e cronogramas. As cinco organizações jornalísticas receberão o investimento de até R$ 100 mil do Fundo de Inovação ao longo do ano de 2024.

“Ter nosso projeto entre os cinco selecionados no país demonstra que estamos trilhando um caminho correto, no qual buscamos um jornalismo propositivo, com responsabilidade e profissionalismo, atuando pelo desenvolvimento das comunidades onde atuamos, com ética e transparência”, comenta Paula.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Google adia bloqueio dos cookies de terceiros para 2025 e tenta acordo com anunciantes e órgãos regulatórios. Mais informações aqui.
  2. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) está com inscrições abertas até dia 08/05 para curso de verificação e checagem de fatos nas eleições municipais com ênfase em IA. Uma excelente oportunidade neste link.
  3. Entenda aqui os limites éticos e a interação entre jornalismo e produção de conteúdo gerado pela audiência no caso do idoso levado morto ao banco.


Moldando o futuro

A Alright divulgou, no dia 28 de abril, seu novo manifesto que anuncia a jornada rumo à transformação dos desertos de informação em poderosos Oásis de Notícias. A comunicação vai ao encontro direto de quem empreende, produz e acredita no poder do jornalismo local e das notícias que nascem e circulam para as diversas comunidades do Brasil.

Por acreditar no protagonismo e poder das pessoas em coletividade, aliado à tecnologia e inovação, a Alright anuncia esse novo passo no agora para criar um futuro mais próspero. O manifesto revela todo o trabalho de pesquisa e o esforço que a Alright dedica para quebrar barreiras e promover um ecossistema de mídia justo, transparente e inclusivo.

Com um time de verdadeiros agentes de mudança, a Alright manifesta uma visão otimista e propositiva entre a informação, o mercado e as pessoas para impulsionar mudanças positivas em escala global. 

Confira o manifesto nas nossas redes sociais e na versão ampliada em: www.alright.com.br/oasis/


É a vez dos Oásis de Notícias!

Está disponível a gravação da live “Seja um Poderoso Oásis de Notícias”, realizada pelo time da Alright no dia 30 de abril pelo canal no YouTube. O evento foi marcado por exemplos e propostas de potencialização dos Oásis de Notícias pelo Brasil no enfrentamento aos desertos de informação.

“Nosso propósito, a partir da ideia de impulsionar comunidades, é gerar impacto positivo e fazer com que, juntos, os veículos de notícias se digitalizem e se tornem negócios digitais de sucesso”, declarou Domingos Secco, fundador da Alright, logo no início do evento.

As conexões valiosas, as ações de geração e aumento de receita com mídia e publicidade, as propostas do time Alright para os veículos especializados e de notícias locais e regionais, monetização e produção de conteúdo, a importância da identidade e fortalecimento das marcas foram alguns dos tópicos abordados durante a transmissão.

Participaram como convidados da live: Rafael Duarte, do Portal Saiba Mais; Dilton Coutinho, do Portal Acorda Cidade; Natália Pandolfo, Líder Comercial na Alright; Thaynara Santos, Líder de Retenção na Alright; Léo Becker, Líder de Criação e responsável pelo conceito visual da Alright; Nando Martins, da Plau Design.

Assista a gravação da live “Seja um Poderoso Oásis de Notícias”.

Vença o “sozinhismo” se unindo a iguais

A ideia de que você, empreendedor, empresário, jornalista ou colaborador de empresas editoriais locais, estão sozinhos em sua cidade ou região não precisa ser necessariamente verdadeira.

Em parte, depende um pouco de você.

Imagine que há inúmeras empresas como a sua Brasil afora. Centenas. O problema é que essas empresas estão geograficamente espalhadas pelos inúmeros rincões de um País continental como o nosso e isso dá essa sensação de “sozinhismo”.

Mas garanto: por mais distantes que estejam e por mais diferentes que sejam as culturas e economias locais e regionais dessas empresas todas, uma parte significativa das questões que ocupam suas preocupações ou ambições são mais comuns entre todas do que você pode imaginar.

E depois, a internet tornou o mundo mais próximo e sem fronteiras.

Por formar uma rede exatamente com centenas de editores e empresas editoriais de todo o território brasileiro, a Alright, com quem tenho estreita relação, me ensinou que há muita identificação entre todos. E há também um potencial imenso de troca de experiências a ser potencialmente feito.

Sobre “sozinhismo” e sobre a ideia de negócios e profissões como a sua, cacei um texto de uma organização internacional chamada Democracy Fund, um fundo pela democracia.

Veja como eles definem seu ecossistema e como semelhanças se aproximam umas das outras. E porque, às vezes, o todo é maior que a soma das partes.

“O Democracy Fund define um ecossistema de notícias como a rede de instituições, colaborações e pessoas nas quais as comunidades locais dependem para notíciasinformações e engajamento.

Os ecossistemas de notícias saudáveis são diversos, interconectados, sustentáveis e profundamente envolvidos com suas comunidades.

Esta abordagem reconhece que onde antes havia uma indústria de notícias próspera, dominada por grandes jornais e estações de TV na maioria das localidades, agora existem ecossistemas de notícias lutando, compostos por pequenas peças unidas de forma solta.

A saúde de um ecossistema de notícias costumava estar enraizada na estabilidade de alguns grandes escritórios de notícias, mas hoje os ecossistemas de notícias saudáveis são mais diversos e dinâmicos.

Isso reflete não apenas como a mídia mudou, mas também como as comunidades obtêm suas informações de diferentes plataformas e veículos.

Um ecossistema de notícias, assim como um ecossistema natural, é composto por redes de partes interdependentes. 

Um ecossistema de notícias consiste em instituições âncoras (redações de notícias, universidades, bibliotecas, agências governamentais), infraestrutura (propriedade, acesso à banda larga, treinamento de mídia) e redes (redes de informação informais, plataformas, pessoas).

Os limites dos ecossistemas de notícias não são uniformes e devem ser compreendidos através da perspectiva das pessoas que os habitam.

Um ecossistema não é apenas a coleção dessas partes, mas também as conexões e relacionamentos entre elas.

Quando um ecossistema está saudável, o todo é maior do que a soma de suas partes”.


Compromissos editoriais em meio aos desertos de notícias

“No jornalismo local, os compromissos editoriais com as comunidades precisam ser vistos como parte do modelo de negócios”, afirma Sérgio Lüdtke, presidente do Projor

Nas áreas onde não há cobertura jornalística consistente e são ainda maiores os riscos perante o direito à informação, os desertos de notícias deixam comunidades isoladas do fluxo informacional confiável e regular.

Nesta entrevista com Sérgio Lüdtke, jornalista, pesquisador, editor do Projeto Comprova e presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), foram abordados aspectos desse fenômeno para entender o que leva à sua formação e estratégias para superá-lo.

Os desafios enfrentados pelos veículos jornalísticos locais, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade financeira, são críticos para a sobrevivência desses veículos. Outro ponto é sobre a falta de diversidade nas fontes de financiamento que pode tornar essas organizações dependentes de recursos públicos ou sujeitas à influência política, comprometendo sua independência editorial.

Sérgio destaca o que aponta como voluntarismo entre jornalistas, e como a ausência de políticas públicas de incentivo à criação e à estruturação de veículos locais agrava a situação. Além disso, discorre sobre o uso de tecnologias emergentes, especialmente a Inteligência Artificial, como ferramentas para fortalecer os veículos jornalísticos locais.

Se a informação de qualidade é uma vacina contra a desinformação, como garantir que os cidadãos em regiões desprovidas de cobertura jornalística recebam conteúdo confiável? E como a sociedade civil, o mercado e os próprios produtores de veículos jornalísticos locais podem colaborar para fortalecer essas comunidades e reverter essa situação?

Confira as respostas sobre essas e outras questões relacionadas ao tema.

O conceito de desertos de notícias surge para classificar territórios que não são atendidos por veículos jornalísticos locais, portanto, ficam isolados em seu direito à informação. Quais são os critérios utilizados para essa classificação?

Desertos de notícias para o Atlas da Notícia são os municípios cujos moradores não têm a sua disposição nenhum veículo jornalístico sediado no município e que faça cobertura regular de fatos e eventos de interesse das comunidades do território. O Atlas desconsidera organizações ou arranjos informais que tenham vínculo com o Estado e com igrejas.

Quais são os principais problemas que afetam os veículos locais e trazem dificuldade para existência nesses territórios?

O principal desafio à sobrevivência e ao crescimento dessas organizações é a sustentabilidade financeira. Uma grande parte depende exclusivamente da publicidade e corre o risco de se tornar refém do poder público municipal – sempre um potencial anunciante – a quem deveria fiscalizar. 

Mas existem outros que se somam à falta de diversidade das fontes de financiamento. Os mais significativos são a capacitação para explorar novas linguagens e a ausência de pessoas dedicadas à gestão.

Do ponto de vista político, quais as estratégias que devem ser tomadas para enfrentar essa problemática dos desertos de notícias? Já existem políticas públicas nesse sentido?

Os desertos têm sido reduzidos por conta do voluntarismo de jornalistas que criam iniciativas individuais, coletivas ou empresariais para cobrir esses territórios áridos de informação. Falo em voluntarismo mais do que em empreendedorismo porque a ausência de barreiras de ingresso neste setor faz com que muitos se contentem com miragens quando deveriam estar construindo uma visão de futuro. Eles estão solitários nessa luta.

Não há, de parte do poder público, políticas de incentivo à estruturação do setor ou de incentivo à criação de novas iniciativas. Entendo que é urgente a criação de políticas públicas que incentivem o surgimento de novos arranjos jornalísticos locais e apoiem o crescimento dos já existentes. Informação de qualidade precisa ser uma questão de política pública e à sociedade é preciso mostrar que o jornalismo local é fundamental para a democracia, sobretudo neste século marcado pela desinformação.

Os veículos que já nasceram como negócios digitais ou aqueles que fazem bom uso disso parecem se destacar no jornalismo local. Por outro lado, muitos veículos locais têm problemas financeiros para manter os negócios e isso gera, em muitos casos, dependência de verba pública. Como enfrentar essas barreiras?

A transformação digital exige uma mudança bastante profunda no funcionamento das empresas e no modo de pensar de suas lideranças. E isso nem sempre é uma empreitada fácil. Muitas vezes essa transformação também exige que se abra mão de rentabilidade e há a insegurança causada por novos modelos de negócio sobre os quais não se tem experiência e muito menos controle.

E essa é a armadilha que leva muitos a se tornarem dependentes de políticos e partidos que ocupam as prefeituras, o que os distancia das comunidades a quem deveriam servir. No jornalismo local, os compromissos editoriais com as comunidades precisam ser vistos como parte do modelo de negócios. Quem trai esses compromissos compromete seu futuro.

A tecnologia, especialmente a IA, é uma aliada nesse processo? De que forma?

Sim, vários recursos providos por Inteligência Artificial podem melhorar a produtividade e até mesmo qualificar a produção do conteúdo. Ela pode, por exemplo, ser usada para estruturar apresentações a potenciais financiadores, estruturar projetos e pautas editoriais e até mesmo criar conteúdos que possam ser gerados a partir de bases de dados estruturadas. Desde que haja transparência para o leitor do uso que foi feito desses mecanismos, entendo que a IA possa ser vista como aliada.

Acesso à informação implica em democracia mais forte. Nessa dimensão, também falamos de combate à desinformação. O que os números de desertos de notícias revelam sobre a relação entre esses aspectos?

Não temos pesquisas específicas sobre a desinformação nos territórios que são desertos de notícias, mas se entendermos que a informação apurada com rigor jornalístico e que serve aos interesses de uma comunidade pode ser uma vacina contra a desinformação, os cidadãos que vivem nos desertos não estão na fila do imunizante. 

Mas eles seguem recebendo e compartilhando conteúdos cuja origem nem sempre é conhecida pelas redes sociais e por aplicativos de mensagens. Quem não tem um veículo jornalístico ao qual possa recorrer está em área de risco.

Que conselhos podemos apontar para produtores de veículos jornalísticos locais, para o mercado e a sociedade civil em busca de colaboração para fortalecer as comunidades e tentar acabar com os desertos de notícias?

Para quem quer criar um veículo, sugiro tomar algumas precauções antes de se aventurar e gastar seus poucos recursos no empreendimento, ainda que o seu “capital social” nas plataformas seja consistente. Fazer uma boa análise dos cenários possíveis, rascunhar um plano de negócios e se associar a alguém com experiência e foco em gestão é muito importante.

Aos que já estão neste mercado, eu sugiro gastar um tempo para conhecer melhor sua audiência e pensar em como ser absolutamente relevante para essas comunidades de leitores. Dessa relevância percebida pela audiência e do conhecimento que se tem do público podem surgir novas ideias para testar diferentes fontes de financiamento. A publicidade provavelmente vá se manter sendo a principal fonte, mas até ela gera mais valor quando essa relevância é reconhecida. 


Design em sintonia com o tempo: redescobrindo a identidade visual da sua marca

No frenético mundo dos negócios, as tendências mudam rapidamente e a concorrência é acirrada. Saber quando repaginar o design de um produto ou marca é crucial para manter relevância e conquistar consumidores. Mas como identificar esse instante decisivo, quando a atualização se torna uma necessidade e não apenas uma mera mudança estética?

Sinais que clamam por uma mudança

Um primeiro indicativo de que o design precisa ser reformulado é a desconexão com o público-alvo. Se sua marca ou produto parece antiquada, desalinhada com as preferências e valores atuais, ou se não consegue se comunicar de forma eficiente com os consumidores, é momento de reconsiderar sua identidade visual.

Outro indício importante é a estagnação nas vendas. Se o seu produto não está vendendo como antes, ou se a marca não atrai novos clientes, o design pode estar contribuindo para esse problema. Um visual desatualizado ou pouco atraente tem o potencial de afastar potenciais compradores, enquanto um design moderno e cativante é capaz de despertar o interesse e impulsionar as vendas.

Pesquisa da Adobe revela as tendências de design em 2024

Para auxiliar na tomada de decisão sobre a hora certa de repaginar o design, a Adobe, empresa líder em software de design, realizou um estudo aprofundado sobre as tendências que moldarão o mercado em 2024. O estudo, intitulado “Design Trends 2024”, revela que as principais tendências para o ano são:

  • Design autêntico e humano: Os consumidores buscam por marcas e produtos que transmitam autenticidade e conexão humana, valorizando a empatia e a responsabilidade social.
  • Design inclusivo e acessível: O design precisa ser acessível a todos, independentemente de suas habilidades ou necessidades. Isso significa criar interfaces intuitivas, usar cores e contrastes adequados e considerar a diversidade de usuários.
  • Design sustentável: A sustentabilidade se torna importante para os consumidores, que buscam por produtos e marcas que causem o mínimo impacto ambiental possível. O design pode contribuir para essa causa utilizando materiais reciclados, otimizando a eficiência energética e promovendo práticas sustentáveis.
  • Design imersivo e interativo: As experiências imersivas e interativas ganham espaço, proporcionando aos consumidores uma imersão total no produto ou marca. Isso pode ser feito através de realidade virtual, realidade aumentada e outras tecnologias inovadoras.
  • Design minimalista e funcional: O minimalismo continua em alta, com foco na simplicidade, funcionalidade e clareza. O design minimalista deve ser elegante e prático, sem elementos desnecessários que possam distrair o usuário.

A importância do design como estratégia

É importante lembrar que o design vai além da estética. Uma boa reformulação deve estar alinhada com os objetivos estratégicos da marca, reforçando seus valores, missão e posicionamento no mercado. O novo design deve ser funcional, memorável e transmitir a mensagem desejada de forma clara e concisa.

Um processo colaborativo e multidisciplinar

Repensar o design de um produto ou marca não é tarefa para um único indivíduo ou departamento. É um processo colaborativo que deve envolver diferentes áreas da empresa como marketing, vendas, design e pesquisa. A visão holística e as diversas perspectivas garantem um resultado mais rico e abrangente.

Profissionais experientes: a chave para o sucesso

Contar com a ajuda de profissionais experientes em design e branding é fundamental para garantir um processo tranquilo e um resultado de alta qualidade. Eles possuem o conhecimento e as ferramentas necessárias para traduzir os objetivos da marca em um design estratégico e eficaz.

Saber a hora certa de repaginar o design de um produto ou marca é uma decisão estratégica que requer pesquisa, análise, planejamento e a expertise de profissionais qualificados. Ao investir em uma estética moderna, funcional e alinhada com os valores da grife, as empresas aumentam suas chances de atrair novos clientes, reter os antigos e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Afinal, o design é a voz visual da sua marca, e sua voz precisa ser clara, autêntica e ressoar com seu público.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. A tendência de veículos de comunicação fundados e gerenciados pelos próprios jornalistas. Entenda aqui.
  2. Meta anuncia IA integrada ao Instagram e WhatsApp. Clique aqui para mais detalhes.
  3. As redes sociais estão cada vez mais lotadas de conteúdo gerado por IA e isso tem reforçado a teoria conspiratória da “internet morta”. Entenda aqui.


Rodrigo Bravo, do Google, em conteúdo exclusivo para Alright e Coletiva.net

Destacando o lançamento do guia “Como transformar tendências em ações” e uma série de lives, a Alright contou com a presença de Rodrigo Bravo, gerente de Parceria Estratégica no Google, discutindo a transição para um mundo digital com mais privacidade após a desativação dos cookies de terceiros, um mecanismo utilizado para personalizar anúncios. 

Nesta semana, o Coletiva.net veiculou conteúdo exclusivo dessa parceria onde Bravo destacou  as diferenças entre os cookies primários e os de terceiros, bem como seu impacto na receita publicitária dos veículos e as tendências legislativas relacionadas ao consentimento do usuário.

O texto também aborda o envolvimento do Google com o ecossistema de notícias por meio do Google News Initiative (GNI), que apoia o Jornalismo Local e profissional com recursos, produtos, conhecimento digital e soluções colaborativas para tornar o setor mais sustentável. O objetivo é que todos os usuários, em qualquer lugar, tenham acesso a informações confiáveis. Não deixe de conferir!

Conteúdo exclusivo neste link


Anunciadas políticas inéditas na live sobre Jornalismo local e Combate à Desinformação

Alright, em parceria com a Agência Lupa, realizou no dia 18 de abril uma live que apresentou diferentes perspectivas sobre o debate crucial do combate à desinformação.

Os convidados falaram sobre os desafios enfrentados pelo jornalismo no combate à disseminação de fake news, especialmente em um contexto eleitoral, estratégias e soluções para promoção da educação midiática, importância do jornalismo local como ferramenta de serviço para as comunidades, além de particularidades do trabalho de verificação e checagem de fatos.

O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo Federal, adiantou ações que estão sendo preparadas para formação na área de Educação Midiática, além de diretrizes e editais para incentivo a outras iniciativas educacionais.

A reprise pode ser acessada no YouTube da Alright. Um bate-papo com riqueza de informações com os convidados: Natália Leal, jornalista e diretora executiva da Lupa; Marta Alencar, jornalista, professora e fundadora da COAR; Marco Aurélio Jacob, publicitário, jornalista e cofundador da Gazeta do Cerrado; e Marlise Brenol, jornalista, pesquisadora e mediadora do evento.


Descubra como potencializar o seu Oásis de Notícias

Prepare-se para um evento transformador! 

A Alright irá revelar sua nova proposta de valor, prometendo revolucionar os veículos de notícia local, transformando-os em poderosos Oásis de Notícias

Este evento online e gratuito é uma oportunidade imperdível para todos que desejam elevar seus meios de comunicação a um novo patamar de impacto e inovação. 

Junte-se a nós no dia 30/04, às 10h.

Inscrições neste link.

Por que Jornalismo e Publicidade dependem um do outro. E isso é bom

Deveria ser óbvio, mas nem sempre é.

A publicidade paga a conta para o jornalismo existir. Ponto. 

Há duas exceções: assinaturas doações. Feliz ou infelizmente, são exceções.

A esmagadora maioria das empresas editoriais jornalísticas depende mesmo é da publicidade para pagar suas contas. É assim hoje, foi assim desde os primeiros veículos de comunicação pública da iniciativa privada. É parte da história da livre imprensa e do capitalismo.

Mas não há nenhum mal intrínseco nisso. O problema nasce na promiscuidade. É quando o editorial se vende pela verba publicitária.

Aí o jornalismo deixa de ser jornalismo e vira publicidade. Neste caso, nem jornalismo é jornalismo, nem publicidade é mais publicidade.

Essa promiscuidade não é regra, mas não podemos dizer também que é uma rara exceção. Acontece em todo lado, em todos os mercados e em todos os países.

Mas é nos mais frágeis mercados locais e regionais onde ela mais ocorre, porque os veículos de comunicação aí acabam por depender, às vezes umbilicalmente, das verbas dos governos sob os quais operam e onde operam.

No caso dos veículos de comunicação que trocam publicidade por parcialidade política comercial, onde o editorial tem preço e onde ele é vendido como mercadoria, acontece o que eu já disse aqui: publicidade deixa de ser publicidade e o jornalismo deixa de ter a idoneidade, que é sua alma, para se chamar outra coisa que bem sei o nome.

Não há mal algum em editorialmente falar bem ou mal da administração pública e do poder. Ou da política. Aliás, muito pelo contrário: essa é exatamente uma das mais relevantes e livres funções do jornalismo.

O jornalismo só não pode fazer isso comercializando sua autoridade seu nome.

Entendo e me solidarizo com a fragilidade empresarial, financeira e comercial das empresas de jornalismo local e regional. Entendo que têm que pagar suas contas. Entendo que têm que pagar seus funcionários. Entendo que, por vezes, sem as verbas oficiais, muitas dessas organizações, empresas e origens editoriais nem existiriam.

Esse é o preço a pagar? Muitas vezes a dura realidade é que sim.

Mas saiba enfaticamente quem me lê que esse não é, de forma alguma, um beco sem saída, uma solução imperiosa ou uma inevitável decisão do destino e da vida profissional e empresarial do jornalismo governo-dependente. Não é absolutamente nada disso.

E aqui vou dividir em dois: quem vive muito bem obrigado assim e quem se indigna com isso e quer mudar.

Quem vive muito bem assim, pode saltar já deste texto para outros bem interessantes aqui da AuroraNews. Não vai haver mais nada de interessante para você desta linha em diante.

Para quem quer sair dessa enrascada, seguem algumas orientações que, longe de milagrosas, podem ser úteis:

força das entidades que apoiam o jornalismo independente – há várias Brasil afora. Aqui na AuroraNews já publicamos conteúdos sobre inúmeras delas. Elas fomentam práticas e muitas têm acesso a recursos que ajudam, somam e dão o respaldo necessário e, muitas vezes, suficiente para garantir a independência editorial da sua empresa, do seu blog ou da sua coluna.

diversificação das suas fontes de receita… vamos a algumas delas:

  • Redes sociais podem ser fonte de receita
  • Eventos comercialmente apoiados pelo varejo local em datas e efemérides regionais podem ser fonte de receita
  • E-commerce em parceria com plataformas prontas de varejo online podem ser uma forma alternativa de receita
  • Uma área comercial melhor treinada (entidades ajudam nisso) pode buscar outras e diversificadas fontes de receita
  • Buscar a cooperação comercial conjunta com outros círculos editoriais regionais com o mesmo problema pode ser uma nova forma de receita incremental
  • Mídia programática é também uma fonte adicional de receita, se você ainda não usa
  • Buscar tecnologias gratuitas na internet que otimizem ou até reduzam seu custo de produção (a Inteligência Artificial ajuda hoje muito nisso) é uma forma de rentabilizar o seu negócio.

Mas, de todas, a mais importante é sua determinação editorial e política de sair desse ciclo vicioso. 

Não posso garantir que só isso baste. Mas garanto que, sem isso, nunca.


Iniciativas de checagem de fatos fortalecem o Jornalismo brasileiro e global

Por que Jornalismo e Publicidade dependem um do outro

No contexto brasileiro, as iniciativas de checagem têm ganhado cada vez mais relevância. Jornalistas, comunicadores, representantes de veículos e pesquisadores atuam diariamente na criação, fortalecimento e divulgação de ações que são fundamentais no enfrentamento à disseminação de desinformação. Assim como no período pandêmico e nas mais recentes eleições gerais, os contextos de crise e de grande engajamento social são terreno fértil para a observação do fenômeno.

Isso não é diferente a nível internacional, considerando os projetos que atuam em redes de colaboração, estabelecem parâmetros e mapeiam organizações jornalísticas que defendem a qualidade da informação como valor inegociável.

As iniciativas de checagem existentes no Brasil e no mundo são múltiplas. O serviço chamado também de fact-checking consiste na verificação minuciosa e imparcial de informações divulgadas na mídia, seja em notícias, redes sociais ou quaisquer outros meios de comunicação. Muitas dessas organizações focam no jornalismo local. Para isso, com base em pilares históricos e nas exigências contemporâneas de transformação de processos e práticas, os projetos desempenham uma retomada da força e credibilidade da atividade junto aos públicos, o que também define essas ações como instrumentos de educação midiática.

Um debate importante que levantamos na Aurora News é justamente o enfrentamento à situação de vulnerabilidade de áreas geográficas e comunidades que carecem de cobertura jornalística local, confiável e dedicada a garantir o direito à informação. Características dos chamados desertos de notícias, o que resulta em problemáticas sociais graves como menor participação social, falta de transparência governamental e reverberação da sensação de isolamento.

Essas comprovações aparecem em pesquisas e dados como, por exemplo, no Atlas da Notícia (https://www.atlas.jor.br/). E é exatamente o jornalismo local, o responsável por reduzir em 8,6% os desertos de notícias no país, ainda de acordo com dados do Atlas.

Para colaborar com esse debate, nesta edição da Aurora News trazemos o exemplo de dois projetos e o relato de como eles fazem a diferença na atividade prática: Projeto Comprova, nacional, e o internacional The Trust Project com o Projeto Credibilidade.

Projeto Comprova funciona de forma colaborativa. Nas informações do site (https://projetocomprova.com.br/) constam que são reunidos jornalistas de 41 veículos de comunicação brasileiros “para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos sobre políticas públicas, eleições, saúde e mudanças climáticas que foram compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens”. Sob liderança da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o Comprova não tem fins lucrativos.

“Agências de checagem cumprem esse papel e a gente divide esforços, pois acreditamos que produzir notícias, informações e serviços para nossa audiência é um jeito de combater a desinformação”. É a opinião do cofundador e diretor da Agência Mural, Anderson Meneses. Ele contou para a Aurora News que a participação da agência de notícias em projetos junto ao Comprova, Agência Lupa e outras iniciativas foram fundamentais para ampliar a credibilidade do jornalismo local que ele e a equipe desenvolvem.

A Mural é definida como uma “agência de notícias, de informação e de inteligência sobre as periferias das cidades da grande São Paulo, entendendo esses territórios a partir da área geográfica estendida além do centro do poder político-econômico paulistano e que alcança os 38 outros municípios da região metropolitana”. Entre 2021 e 2022, a equipe esteve envolvida diretamente em projetos de checagem, produzindo relatórios de verificação e levando educação midiática para moradores.

Com o Projeto Comprova, Anderson explica que o aprendizado rendeu experiências para o entendimento do caminho que as fake news fazem até chegarem aos moradores das comunidades e os desafios para conclusão de um processo de verificação, aplicação de técnicas e o combate aos efeitos da desinformação. Eles ainda participaram de uma parceria com a Agência Lupa em um projeto com financiamento da Meta.

“Nós criamos grupos de WhatsApp com moradores e a presença de jornalistas locais. Lá eram enviadas as fake news e os jornalistas entravam em contato com os moradores para dar início ao passo a passo de uma verificação: a pesquisa, as origens do conteúdo, quem procurar para checar e como devolver essa checagem seguindo critérios internacionais”, relata. A Agência Mural apurou, em pesquisa realizada com 300 moradores, que 95% deles afirmaram saber identificar uma desinformação depois do projeto.

Atualmente a Agência Mural integra também o Trust Project – Projeto Credibilidade, parceria que começou em 2021. Mais ligado ao trabalho de produção jornalística, o projeto se apresenta com dois objetivos principais: “refletir sobre a fragmentação da narrativa noticiosa no meio digital e desenvolver ferramentas e técnicas para identificar e promover um jornalismo confiável e de qualidade na internet, distinguindo-o do ruído”.

The Trust Project, como consta no site (https://www.credibilidade.org/), desenvolve padrões de transparência que ajudam as pessoas na avaliação da qualidade e da credibilidade do jornalismo. 

Desde maio de 2021, o Trust Project atua diretamente no Brasil com lideranças dos jornalistas Francisco Rolfsen Belda e Angela Pimenta. “Entre 2016 e abril de 2021, o Projeto foi realizado através do Projeto Credibilidade, também coordenado por Belda e Pimenta e executado através de uma parceria entre o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo  (Projor) e o Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp)”.

Como integrante dessa rede, Anderson Meneses, acredita no jornalismo mais fortalecido para as batalhas em uma missão comum de ter os direitos de todos os cidadãos respeitados e as vozes com espaço de representação.  Para ele, as redes internacionais como o Trust Project têm duas importantes definições: garantir que o jornalismo local siga padrões reconhecidos internacionalmente e a pontuação destas organizações e comunidades junto ao olhar das plataformas e no impulso à manutenção dos negócios digitais. “Com isso, se fortalece o ecossistema e a nossa democracia”.

O Sistema de Indicadores de Credibilidade do Trust Project é apresentado como “uma série de declarações padronizadas sobre os princípios éticos e de conduta seguidos por organizações noticiosas. Eles incluem protocolos de apuração e edição e o histórico profissional de jornalistas que estão por trás das notícias”.

O Manual de Credibilidade pode ser acessado em: https://www.manualdacredibilidade.com.br/indicadores

O dever do jornalismo na produção e difusão de informação de qualidade permanece. Com essa preocupação, a Alright opera para fortalecer comunidades em torno de veículos de comunicação locais e especializados, incentivando também o combate à desinformação e iniciativas de checagem. O jornalismo ganha aliados e o debate público é convocado a se pautar em dados, verificações e compromisso com a qualidade. 


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. A UE aprovou uma legislação para regular a IA. Críticos e empresas discutem os avanços da responsabilidade na utilização da IA. Mais detalhes.
  2. Retirada do Projeto de Lei das fake news da pauta da Câmara dos Deputados BR. Incertezas sobre regulação das plataformas no país. Entenda.
  3. “Arriégua! Ói as fake news: manual de checagem nordestina” e “Ê caroço as fake news: manual de checagem nortista”. Manuais elaborados com linguagem regional (Nordeste e Norte). Acesso aqui.



Prepare-se para uma live especial no dia 18/04 em parceria com a Lupa!

Tema: O PAPEL DO JORNALISMO LOCAL NO COMBATE À DESINFORMAÇÃO.

Quando: 18/04, às 10 horas.

Descubra as melhores práticas e ferramentas para prevenir e combater a disseminação de informações falsas. Faça agora sua pré-inscrição clicando neste link e garanta seu lugar exclusivo.


Organizações de jornalismo local conhecem programa de indicadores de qualidade do Projor de forma exclusiva na Tertúlia da Alright

O lançamento de um novo programa do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), pelo Atlas da Notícia com apoio da Google News Initiative, foi apresentado em primeira mão para produtores de conteúdo de veículos de jornalismo local no dia 11 de abril. O encontro aconteceu na Tertúlia da Alright, um bate-papo com a condução do Fundador, Domingos Secco, e contou com parceiros de todas as regiões do país. 

Apresentado por Sérgio Lüdtke, presidente do Projor, o programa tem objetivo de distinguir veículos de comunicação digital que estão em conformidade com 11 indicadores de compromissos com o público e com o jornalismo de qualidade. Serão orientações que reforcem os elos de confiança no jornalismo e incentivem a produção de conteúdos baseados no rigor, na precisão e no interesse público, adiantou Sérgio.

“O programa tem a visão dessa necessidade de ação múltipla e com vários atores que possam ter indicadores claros e contribuam com a qualidade do jornalismo, com essa responsabilidade de apontar caminhos de sobrevivência aos veículos locais, evitando que estes sejam reféns dessa busca por cliques e audiência”, disse.

Para os negócios locais de jornalismo, Domingos Secco, Fundador da Alright, acredita que as mudanças no mercado de mídia e distribuição de informação devem ser encaradas com alto investimento em tecnologia e segurança informacional. “Precisamos entender de inovação e de como conduzir o relacionamento com os consumidores de conteúdo. Além disso, um caminho importante é essa colaboração entre os veículos locais que seguem princípios dos modelos de negócios que estão dando certo”. 

Nesse sentido, ele destacou que este ano a Alright endereça esforços na distribuição do “Guia Alright 2024: Como Transformar Tendências em Ações”, uma publicação com 12 capítulos que tratam dos desafios de negócio, operacionais e de mercado, voltada ao jornalismo local. Segundo o Atlas da Notícia 2.0, produzido pelo Projor, mais da metade dos municípios brasileiros são desertos de notícia. Dessa forma, o Guia funciona como ferramenta pioneira na indústria de comunicação e marketing do Brasil e deve reforçar ações como as que estão sendo anunciadas pelo Projor. Acesse o guia.


Alright organiza live para apresentar sua nova proposta de valor para acabar com os desertos de notícias

No dia 24/04, quarta-feira, às 10 horas, a Alright vai realizar uma live especial para apresentar a sua nova proposta de valor para o mercado: como transformar os veículos locais em poderosos Oásis de Notícias.

Em nosso país, cerca de 26 milhões de pessoas estão sem acesso a notícias locais, já que 2.712 municípios não têm nenhum meio de comunicação na região. Isso é um problema sério. Estes desertos de notícias prejudicam o desenvolvimento econômico local, ampliam a disseminação de notícias falsas e calam iniciativas sociais. 

Mas você que possui um veículo local pode transformar esse cenário!

Fique ligado em nossas redes para saber mais sobre essa live!

Entenda como funciona a mídia programática

Estratégias e dicas de mídia programática para empresas editoriais locais

Não sei até que ponto você está acompanhando, nem quanto você conhece sobre mídia programática, mas ela vem mudando bastante e continua super importante para empresas como a sua.

Para você entender esse ambiente, que é hoje e será ainda por um bom tempo o lugar onde uma parte importante da sua receita pode vir, você precisa primeiro conhecer alguns termos. Porque esse setor tem muitos termos em inglês e muitos não foram traduzidos para o português. O mercado usa em inglês mesmo.

Vamos lá.

  • Editores: Websites e aplicativos que vendem espaço publicitário.
  • SSPs – Sell Side Platforms (Plataformas de Fornecimento de Inventário): Plataformas que agregam inventário de anúncios de editores e o vendem para anunciantes.
  • DSPs – Demand Side Platforms (Plataformas de Demanda): Plataformas que gerenciam e otimizam campanhas publicitárias para anunciantes.
  • Ad Exchanges (Bolsas de Anúncios): Plataformas que facilitam o processo de oferta em tempo real entre SSPs e DSPs, elas ligam os dois lados.
  • Data Providers (Provedores de Dados): Empresas que fornecem dados sobre usuários e seu comportamento online.
  • Agências: Essas você conhece, são empresas que ajudam editores e anunciantes a gerenciar suas campanhas publicitárias programáticas.

Entenda como funciona a mídia programática

  • O editor (você) inicia o processo colocando uma solicitação de anúncio em seu site ou aplicativo.
  • A SSP recebe a solicitação de anúncio e a encaminha para a bolsa de anúncios.
  • A bolsa de anúncios distribui a solicitação de anúncio para todos os DSPs interessados em leilões em tempo real.
  • As DSPs participam do leilão em tempo real pelo inventário de anúncios.
  • A SSP concede o inventário de anúncios ao DSP com o preço de lance mais alto.
  • A DSP vencedora informa ao servidor de anúncios o lance bem-sucedido.
  • O servidor de anúncios, responsável pela entrega de conteúdo publicitário, envia o anúncio para o navegador do usuário.
  • O usuário visualiza o anúncio exibido.

Se ainda assim ficou meio confuso, não se preocupe. Se você seguir algumas premissas que vou te dar aí abaixo, uma parte das suas dúvidas talvez nem precisem ser respondidas, porque você estará fazendo negócios de compra e venda de mídia, e isso você conhece melhor. O que a programática faz é simplesmente automatizar aquilo que durante anos os editores de conteúdo fizeram meio no boca a boca.

Antes vou te dizer que é crescente a alocação de investimentos em mídia programática nos orçamentos globais Em 2022, a publicidade programática compreendeu 84% do gasto médio com anúncios em todo o mundo. Até 2027, espera-se que essa participação aumente para 87%.

E não se esqueça de uma coisa: você tem sempre o apoio da Alright para fazer tudo isso.

1. Você tem um fluxo constante de tráfego para o site.

É crucial ter uma base sólida de tráfego no site. Isso garantirá que você tenha inventário suficiente para vender aos anunciantes via programática e gerar receita para ele e para você. Busque um volume consistente e saudável de visitantes para o seu site, indicando que seu conteúdo é envolvente e atrai uma audiência.

O site médio precisa de 1.000 visitantes únicos por dia para ser considerado bem-sucedido. No entanto, os números específicos de tráfego de que você precisa dependerão de fatores como seu nicho, público-alvo e conteúdo do site. SSPs e DSPs também podem precisar de um número específico e constante de solicitações para iniciar as operações.

2. Você tem uma compreensão clara do seu público.

Isso é vital: você não pode querer vender para todo mundo. A publicidade programática depende, como expliquei, de leilões em tempo real para combinar anúncios com sites e usuários relevantes. Isso significa que quanto mais você souber sobre seu público, melhor poderá segmentar seus anúncios para as pessoas certas. Isso inclui sua demografia, interesses, comportamento online e preferências. Ao entender seu público, você pode obter maior engajamento e melhor ROI.

3. Escolha o SSP certo

Uma SSP (Plataforma de Fornecimento de Inventário) é o mediador entre editores e anunciantes no ecossistema programático, como falamos aqui. Ele agrega inventário de anúncios de editores e gerencia o processo de licitação, garantindo que os anúncios sejam entregues ao público certo no momento certo.

Existem diversas SSPs disponíveis, então é importante escolher um que seja adequado para suas necessidades objetivos específicos. Considere fatores como o tamanho do seu inventário, os tipos de anúncios que você deseja vender e o nível de suporte que você precisa. As maiores SSPs são AppNexus, Google AdX, OpenX e Criteo. 

4. Conecte Ferramentas Analíticas

Você precisa ter uma boa compreensão da demografia, interesses e comportamento online do seu público. Essas informações podem ser obtidas de várias fontes, como Google Analytics, análises de mídia social e pesquisas de clientes. Quanto mais você souber sobre seu público, melhor poderá adaptar suas campanhas publicitárias às necessidades e interesses deles.

Existem diversas ferramentas analíticas disponíveis, algumas opções populares incluem: Google Analytics, Adobe Analytics, Chartbeat. Essas ferramentas podem fornecer dados sobre tráfego do site, impressões, cliques, etc.

Uma Plataforma de Fornecimento de Inventário (SSP) é o mediador entre editores e anunciantes no ecossistema programático. Ela agrega inventário de anúncios de editores e gerencia o processo de licitação, garantindo que os anúncios sejam entregues ao público certo no momento certo.

A publicidade programática pode ser uma ferramenta poderosa para pequenos editores aumentarem sua audiência e gerarem receita. Seguindo essas estratégias e aproveitando os recursos disponíveis, você pode começar na publicidade programática ontem. E boa sorte.

Leia também – 3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas


Por que uma startup está preocupada com os “desertos de notícias”?

Como filho do interior, de uma terra de empreendedores, aprendi os valores das comunidades. Dediquei também muitos anos de pesquisa e trabalho em minha jornada pessoal a esse tema. Desde o meu TCC na Famecos sobre Comunidades Virtuais no longínquo ano 2000, passando pela experiência marcante do PortoAlegre.cc, que tive a honra de cocriar em 2010/2011.

Hoje sigo nessa luta que já virou o propósito da Alright: impulsionar comunidades a partir do jornalismo local e da mídia.

Obrigado a todes que vem colaborando nesta construção

Cesar Paz, Pyr Marcondes, Luciano Terres, Jean Amann, Everson Klein, Alessandro Jacoby (ele/dele) e todo time Alright.

Confira o artigo completo Por que uma startup está preocupada com os “desertos de notícias”?


Desafios da diversidade na Era da IA: combatendo os estereótipos

Entenda como funciona a mídia programática

A preocupação crescente é sobre como os programas de inteligência artificial para criação de imagens tendem a usar clichês estereótipos limitados. Por exemplo, esses sistemas podem gerar imagens sugerindo que mulheres asiáticas são sensuais, que a vida na África é primitiva, ou que posições de liderança são ocupadas apenas por homens.

Tais representações são não apenas injustas, mas também falham em capturar a verdadeira diversidade e complexidade da sociedade global. Esse padrão de comportamento dessas ferramentas de IA destaca uma preocupação crescente sobre como a tecnologia pode inadvertidamente perpetuar visões estreitas e distorcidas da realidade.

O problema é que esses programas aprendem a criar imagens a partir de uma enorme quantidade de fotos e descrições que são retiradas da internet, um lugar que, vamos combinar, nem sempre tem o melhor conteúdo. Por isso, muitas vezes, esses programas acabam reproduzindo ideias antiquadas e ofensivas sobre aparência, gênero e raça.

Empresas como a Stability AI e a OpenAI, responsáveis por ferramentas populares como o Stable Diffusion e o DALL-E, afirmam estar trabalhando para corrigir esses problemas. No entanto, apesar dos esforços, ainda encontramos muitos exemplos de imagens que reforçam visões estereotipadas do mundo.

Por exemplo, ao solicitar a esses programas imagens de casas em diferentes países, as respostas costumam ser baseadas em concepções ultrapassadas. Residências com telhados curvados são associadas à China, desconsiderando os modernos arranha-céus das metrópoles. Casas simples de argila são vinculadas à Índia, desconsiderando sua rica diversidade arquitetônica.

Especialistas propõem que a resposta seja desenvolver edições desses softwares que representem de maneira precisa os valores e a diversidade de cada nação, utilizando dados fornecidos por governos e organizações locais. Ainda assim, o desafio de eliminar os estereótipos dessas ferramentas é grande e contínuo.

Conforme essas imagens criadas por computador se espalham pela internet, o risco de perpetuar visões antiquadas e ofensivas sobre diferentes aspectos da humanidade aumenta. Por isso, é importante que todos estejam cientes desses problemas, que as empresas por trás dessas tecnologias continuem trabalhando para melhorá-las, garantindo que elas representem o mundo de forma justa e precisa.

Dicas para criar imagens que sejam mais adequadas à realidade e livres de estereótipos:

Utilizar Descrições Detalhadas e Específicas: Ao criar prompts para gerar imagens, use descrições detalhadas e específicas que evitem generalizações. Isso ajuda a guiar o modelo de IA para produzir resultados que sejam mais precisos e menos propensos a clichês.

Promover a Inclusão e Representatividade: Faça um esforço consciente para incluir representações de grupos sub-representados e evitar reforçar estereótipos negativos. Isso pode incluir a criação consciente de imagens que destaquem a positividade e a diversidade das experiências humanas.

Revisão e Refinamento: Após criar uma imagem, avalie para identificar e corrigir possíveis vieses ou estereótipos. Se necessário, ajuste o prompt e gere a imagem novamente até que o resultado seja satisfatório.

Educar-se Sobre Viés e Estereótipos: Investigue e aprenda continuamente sobre as complexidades do viés e dos estereótipos. Compreender a origem e o impacto dessas questões pode ajudar a criar prompts mais conscientes e a interpretar os resultados de forma crítica.

Aplicar Princípios Éticos: Adote uma abordagem ética na geração de imagens, respeitando a dignidade de todas as pessoas e grupos representados. Evite criar imagens que possam ser prejudiciais, desrespeitosas ou que diminuam a experiência de alguém com base em suas características identitárias.

Ao seguir essas dicas, é possível criar imagens que não apenas evitem estereótipos, mas que também celebrem a rica diversidade e complexidade do mundo real, contribuindo para um futuro digital mais inclusivo e representativo.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Digital Favela cria plataforma para formar influenciadores na periferia. Confere mais detalhes aqui.
  2. Uma reflexão interessante sobre o fato de os “fake ads” estarem dominando a indústria publicitária. Isso é bom ou ruim?
  3. Estudantes da Universidade de Iowa, Estados Unidos, uniram forças para combater os desertos de notícias. Confere aqui.

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Um vendedor infalível: a cultura da sua região

O jornalismo local é reflexo da cultura de uma região. Pois a cultura da sua região é uma das mais eficazes, recorrentes, fiéis e eficazes argumentação e força de vendas que você pode ter ao alcance da sua mão.

Negligenciá-la é perder uma oportunidade de vendas tão óbvia quanto andar para frente.

Quer ver as vantagens disso?

  1. A cultura, e notadamente os eventos que celebram a cultura da sua região, estão lá prontos, fazem parte da tradição e do orgulho da população local, da sua audiência, seu público;
  2. Registrá-la e acoplar a ela ações editoriais e comerciais casadas contarão com apoio e reconhecimento da comunidade e dos seus potenciais anunciantes próximos, da região;
  3. Dependendendo da força e representatividade da tradição e da efeméride cultural da sua região, há potencial para que anunciantes de cidades ou regiões vizinhas se interessem também em participar, ampliando o espectro de sua estratégia comercial;
  4. A notoriedade e respeito que sua empresa, marca, veículo de comunicação terá junto à comunidade serão indiscutíveis e renderão frutos de imagem e vendas recorrentemente;
  5. Há sempre, adicionalmente (mas esse nunca deve ser seu objetivo primordial), a possibilidade de você contar com apoio de verbas das prefeituras da região.

Você é um importante e vital elo da cultura regional. Seja porque a reproduz, seja porque a estimula, seja porque é reflexo dela, seja porque pode integrar sua política e suas práticas comerciais nela.

Seja vital. Seja um ativista da sua cultura regional.

Leia também – Porque se conectar em rede pode transformar seu negócio


A cobertura jornalística no Nordeste e a desinformação regional

Texto de Marta Alencar, jornalista, doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, fundadora da COAR Notícias e professora substituta de Jornalismo na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Imperatriz.

Um vendedor infalível: a cultura da sua região

A ausência de notícias locais no Nordeste brasileiro é mapeada pelo censo midiático, Atlas da Notícia. Na sexta edição lançada em agosto de 2023, o Atlas exibe que o Nordeste é a região com maior número de desertos no país, com 56,74% de vazios noticiosos, sendo que os estados do Piauí e Rio Grande do Norte possuem mais de 76% dos municípios classificados como vazios noticiosos. A pesquisa do Atlas da Notícia mapeou 2.728 veículos jornalísticos em atividade no Nordeste e 11 que encerraram suas atividades.

Em seguida, a região Norte aparece em segundo lugar com os maiores desertos de notícias. Mas é importante mencionar que o censo do Atlas da Notícia, realizado desde 2017, exibiu pela primeira vez, a redução dos vazios noticiosos com menos de 50% dos municípios no país, ou seja, 48,7% de cidades contam com ao menos um veículo de comunicação jornalística.

O pesquisador Deolindo identifica que a questão da escassez de produção noticiosa em cidades fora dos grandes centros urbanos demonstra que são regiões desprovidas de riqueza econômica, com carência de políticas públicas. Com a falta de cobertura de acontecimentos locais, milhares de nordestinos ficam mais suscetíveis à desinformação, principalmente em processos eleitorais. Pois em municípios com pouca ou nenhuma cobertura jornalística profissional, a desinformação circula mais rápido e ganha notoriedade no ambiente digital.

Os pesquisadores Alencar e Aquino apontam que o Nordeste tem grande um desafio que é o de combater a desinformação em municípios com pouca ou nenhuma cobertura jornalística. Pois a informação checada quase não chega a esses vazios noticiosos. Diante desse cenário, a COAR Notícias (primeira iniciativa de Fact-checking e Debunking no Nordeste) lançou em fevereiro deste ano, o Primeiro Manual de Checagem Nordestina.

Manual de Checagem Nordestina

O “Arriégua! Ói as fake news: manual de checagem nordestina” é um material que propaga a educação midiática e digital. Com abordagem voltada para o Nordeste, o documento é pioneiro na região e visa apurar a capacidade dos leitores de identificar e combater boatos e desinformações. A publicação, além de apresentar técnicas de verificação, explora as nuances da cultura nordestina, tornando-o mais acessível e relevante para a comunidade local. Baixe aqui.

Elaborado por nordestinos, para nordestinos, o manual é uma colaboração entre jornalistas e doutorandos em Comunicação, Marta Alencar (Unisinos) e Thiago Silva (UFC), juntamente com o pesquisador e mestrando em Comunicação, Jhonnatan Santos (UFMA, campus Imperatriz), responsável pelo projeto gráfico e diagramação, e a jornalista e Mestra em Comunicação, Ohana Luize, encarregada da revisão.


Adobe Firefly Introduz Recurso de Referência Estrutural para Revolucionar a Criação de Imagens com IA

O Adobe Firefly é uma ferramenta revolucionária de geração de imagens alimentada por inteligência artificial, permitindo a criadores de todos os níveis transformar ideias em artes visuais de maneira intuitiva e rápida.

Recentemente, ela ficou ainda mais poderosa com a introdução do Structure Reference, uma funcionalidade projetada para adicionar um novo nível de previsibilidade e controle ao processo criativo com IA.

Esse recurso inovador possibilita aos usuários utilizar a estrutura de uma imagem existente — como a sua composição básica — como base para gerar novas criações, mantendo a essência da imagem original. Imagine transformar um simples desenho infantil em uma vibrante obra de arte neon ou fazer com que uma pintura adquira a aparência de uma fotografia realista, tudo isso preservando a composição inicial.

A Adobe exibiu o potencial do Structure Reference: com ele, pode-se redesenhar um espaço ou colorir desenhos em preto e branco ao fazer upload de uma imagem e selecionar “gerar”. Esse recurso abre um leque de possibilidades para revitalizar imagens antigas ou conceitos iniciais sem o esforço de descrever meticulosamente o que você deseja.

Além disso, o Structure Reference pode ser combinado com o Style Reference, ampliando as opções de consistência tanto na estrutura quanto no estilo. Este é o ideal para artistas que querem aprimorar seus trabalhos. 

Profissionais de marketing buscam imagens que correspondam à identidade visual da marca. Designers precisam de um layout de imagem exato, sem a complexidade de criar o prompt perfeito. 

Este avanço reforça o compromisso da Adobe em tornar a geração de imagens por IA mais acessível, eliminando a tradicional tentativa e erro para alcançar o resultado esperado. 

O novo recurso já está disponível no aplicativo web do Adobe Firefly para todos os usuários, assinantes gratuitos ou pagos, marcando mais um passo adiante após a recente adição de ferramentas de IA no Adobe Substance 3D, enriquecendo o espectro criativo.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. A propagação de desinformação durante o período eleitoral é uma das preocupações das autoridades em todo o mundo, incluindo o Brasil. Nota diretamente do Senado Federal.
  2. Segundo o levantamento, oito em cada dez brasileiros já deu credibilidade a fake news. Mais detalhes aqui.
  3. A agência Lupa testou quatro dessas tecnologias criadas para identificar se fotografias são reais ou foram feitas por meio de computação. O resultado você confere aqui.

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Live Estratégia Pós-Cookies de Terceiros

A live Estratégias pós-cookies de terceiros foi realizada pela Alright, no dia 21 de março, às 10h e teve transmissão ao vivo pelo canal da Alright no YouTube. 

Entre os principais assuntos abordados estiveram: o que são cookies, quais serão as mudanças a serem enfrentadas com a desativação dos cookies de terceiros, o que deve ser feito para estar de acordo com a LGPD e a importância de refazer a rota.

Assista a reprise aqui!


Live exclusiva para parceiros da Rede Alright

Para contemplar os veículos que fazem parte da Comunidade Alright, preparamos uma live exclusiva para esses parceiros, realizada no dia 28/03. 

Nessa conversa, discutimos na prática, ainda dentro do contexto pós-cookies, como conquistar dados dos usuários e aumentar seu tráfego. 

Essa aula especial foi conduzida por Luciano Terres, CIO da Alright.Se você faz parte da Rede Alright, entre em contato conosco para receber o link da reprise!

O livre direito do jornalismo

O tema deveria ser simples assim: vivemos numa democracia que reconhece o estado de direito da livre expressão e da imprensa, portanto do livre direito do jornalismo.

Só que não.

Os poderes econômico, político, da Polícia, do Estado, de grupos ligados ao crime e outros de naturezas diversas, que não estão lá muito de acordo com os princípios aí acima, tornam esse um tema bastante complexo. Com reflexos e resultados violentamente desastrosos e aviltantes para os que praticam a livre (ou nem tanto) imprensa e o livre direito do jornalismo.

Originalmente, para preservar a obra e honrar a memória do pensador, professor, pesquisador social, mas principalmente, jornalista, Vladimir Herzog (o Vlado), nasceu o Instituto Vladimir Herzog (IVH). A sua primeira missão foi resgatar a representatividade e prestígio do Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo, que nasceu com o objetivo de “prestar homenagem a jornalistas, repórteres fotográficos e artistas do traço que, por meio de seus trabalhos cotidianos, defendem a Democracia, a Paz a Justiça e os Direitos Humanos”. Ou seja, homenagear e reconhecer a prática do tema bem simples aí acima.

Ocorre que a vulnerabilidade de profissionais e empresas, notadamente as de pequeno e médio portes, que tem como atividade precípua a comunicação editorial e da imprensa, é imensa. A força que as contradiz é desproporcional e injustamente maior.

Daí o IVH ter criado uma vertical só para olhar, analisar e dar suporte aos fragilizados e apontar as autoridades os “desmandados”. Os desgarrados da Democracia.

Pois dar apoio ao pequeno e médio produtor de comunicação editorial do País é igualmente o objetivo da Alright e a espinha dorsal aqui da AuroraNews.

Nada mais óbvia do que uma aliança entre as duas. Pois é o que começa a acontecer.

Na real, as partes que de agora em diante deverão seguir, de alguma forma, alinhadas, não têm ainda a menor ideia de onde isso vai dar. Sabem apenas que vai dar bom. Bom para o profissional e as empresas do setor. Bom para o direito do jornalismo.

Indubitavelmente, bom para a Democracia.


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Quando: 18/04, às 10 horas.

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Empreendedores com Foco na Comunidade à Frente na Resolução da Crise de Notícias Locais

Texto de autoria de Dan Kennedy, para o site State of Digital Publishing, originalmente publicado em 06 de março de 2024.

A crise das notícias locais levou a uma série de propostas de políticas, iniciativas de financiamento e veementes denúncias para o dano causado ao jornalismo por entidades como Craigslist, Google e Facebook.

As ideias para responder à crise incluem o pagamento de recém-formados em jornalismo com receitas de impostos estaduais para cobrir comunidades carentes, como na Califórnia; a exigência de que agências estaduais direcionem metade de seus gastos com publicidade para a mídia comunitária, como foi proposto em Illinois; e a criação de créditos fiscais que beneficiariam assinantes, anunciantes e editores, tema de várias iniciativas federais e estaduais.

E esses são apenas alguns exemplos.

Embora todos eles tenham algum mérito, compartilham um defeito fundamental: são soluções de cima para baixo para problemas que variam de uma comunidade para outra.

Há um ditado antigo que remonta ao período dos primeiros dias das notícias digitais locais: o que é local não escala. Na verdade, eu argumentaria, a verdadeira solução para a crise das notícias locais precisa vir de baixo para cima – de pessoas no nível da comunidade que decidem tomar as necessidades de notícias e informações em suas próprias mãos.

Os exemplos variam desde operações relativamente grandes, como o The Colorado Sun, um startup digital fundado por 10 jornalistas do Denver Post frustrados com as depredações do proprietário do Denver Post, o fundo de hedge Alden Global Capital, até pequenas organizações como o Sahan Journal, um projeto baseado em Minnesota que cobre a crescente diáspora africana do estado.

Reinventar o jornalismo comunitário na base é o tema de “What Works in Community News: Media Startups, News Deserts, and the Future of the Fourth Estate” (“O Que Funciona em Notícias Comunitárias: Startups de Mídia, Desertos de Notícias e o Futuro do Quarto Poder” em tradução livre), escrito por Ellen Clegg e por mim. Clegg, aposentada de posições de edição sênior no The Boston Globe, é cofundadora do digital sem fins lucrativos Brookline.News e leciona jornalismo na Universidade Northeastern e na Universidade Brandeis. Eu sou professor de jornalismo na Northeastern e autor de dois livros anteriores sobre o futuro das notícias.

Essa iniciativa examina cerca de uma dúzia de projetos em nove partes do país. O que eles têm em comum é uma liderança dedicada no nível local – jornalistas empreendedores que estão desenvolvendo novos modelos de negócios em tempo real.

Uma crise crescente

Não há dúvida de que a crise das notícias locais é real e está crescendo. Segundo o relatório mais recente do Local News Initiative, sediada na Escola Medill da Universidade Northwestern, quase 2.900 jornais, na maioria semanais, fecharam desde 2005. Isso representa cerca de um terço do total.

Os noticiários semanais tradicionalmente serviram como o coração pulsante do jornalismo comunitário, cobrindo o governo local, escolas e questões de bairro – sem mencionar assuntos mais cotidianos, como casamentos, nascimentos, mortes e atividades juvenis que podem ajudar a unir os vizinhos.

Uma infinidade de pesquisas sugere que as comunidades que perdem sua fonte de notícias local sofrem de uma variedade de males. A participação eleitoral diminui. Menos pessoas se candidatam a cargos políticos. Há até o que poderíamos chamar de um imposto de corrupção, já que os políticos locais que tomam dinheiro emprestado para construir, digamos, uma nova estação de bombeiros ou uma escola secundária, têm que pagar uma taxa de juros mais alta em lugares sem jornalismo comunitário confiável.

Talvez o mais perturbador seja que os consumidores de notícias agora alimentam seu hábito com comentários indignados de veículos nacionais divisivos, especialmente a TV a cabo, o que, por sua vez, ajuda a piorar o problema da polarização partidária que está nos destruindo.

Pessoas que frequentam reuniões do conselho escolar deveriam estar discutindo sobre notas e salários de professores. Em vez disso, estão frequentemente gritando com seus amigos e vizinhos sobre controvérsias impulsionadas pela Fox News, como restrições da COVID-19, teoria racial crítica e livros que querem banir.

Então, como uma comunidade sem um veículo de notícias adequado poderia atender às necessidades de seus residentes?

Empreendedores tomam a iniciativa

O que aconteceu em Bedford, Massachusetts, é instrutivo. Um subúrbio com cerca de 14.000 pessoas localizado a noroeste de Boston, a cidade já foi lar de um jornal semanal chamado Bedford Minuteman. Esse semanal, outrora robusto, havia sido reduzido até 2012 pelo seu proprietário corporativo, GateHouse Media, que mais tarde se fundiu à Gannett, a maior cadeia de jornais dos EUA.

Três membros da League of Women Voters que vinham monitorando o governo local e relatando aos membros perguntaram a si mesmos: Por que não escrever isso para o benefício do público?

Assim nasceu The Bedford Citizen, um dos projetos que destacamos em nosso livro. Ao longo dos anos, o site sem fins lucrativos cresceu de uma operação totalmente voluntária para uma organização de notícias profissional, financiada por iniciativas que vão desde taxas de adesão voluntária até um guia anual brilhante repleto de publicidade e enviado pelo correio para cada domicílio na cidade.

Hoje, o Citizen tem um editor em tempo integral, um repórter em meio período e freelancers pagos, além de um contingente de colaboradores não remunerados. O Minuteman, por sua vez, desapareceu e foi fechado em 2022 sob a propriedade da Gannett.

Nos últimos anos, centenas desses projetos surgiram, tanto sem fins lucrativos quanto lucrativos. Há o suficiente para compensar os vários milhares de jornais que fecharam e continuam a fechar? Não. Mas Clegg e eu estamos otimistas quanto ao crescimento contínuo das notícias locais independentes.

Membros da redação do The Denver Post protestaram em 2016 por contratos justos e contra demissões contínuas de vários funcionários que deixaram o jornal para iniciar o The Colorado Sun sem fins lucrativos em 2018. Joe Amon/The Denver Post via Getty Images.

Ajudando comunidades carentes

Um problema que não é facilmente resolvido é o que fazer com as populações carentes, especialmente nas partes rurais do país e nas comunidades urbanas de cor.

Visitamos vários projetos em tais áreas, e o que encontramos foi que as pessoas que os estão gerindo estão lutando duro.

No Storm Lake Times Pilot, o editor e editor-chefe Art Cullen, vencedor do Prêmio Pulitzer, nos disse em nosso podcast que ele e seu irmão, John, presidente do jornal, não pagam o próprio salário e que estão recebendo do Seguro Social.

Wendi C. Thomas, fundadora do premiado MLK50: Justice Through Journalism, em Memphis, Tennessee, começou acumulando dívidas no cartão de crédito, embora eventualmente tenha conseguido atrair dinheiro de doações.

Em última análise, é nessas comunidades de baixa renda onde alguma atenção de cima para baixo é necessária.

A iniciativa mais ambiciosa para apoiar notícias locais por meio da filantropia é o Press Forward, um consórcio de mais de 20 fundações que fornecerá $500 milhões a veículos de notícias comunitários independentes nos próximos cinco anos. Isso mal arranha a superfície do que é necessário, no entanto, e as fundações estão agora tentando alavancar esse dinheiro arrecadando outros $500 milhões no nível local.

Na nossa visão, tais esforços devem ser vistos como um complemento, e não como uma solução abrangente.

Considere, por exemplo, o programa NewsMatch administrado pelo Institute for Nonprofit News. O NewsMatch fornece fundos a veículos locais baseados em quanto eles conseguem arrecadar por conta própria. Líderes de jornalismo sem fins lucrativos precisam educar os filantropos em suas próprias comunidades de que notícias valem tanto apoio quanto programas para jovens ou artes e cultura. Jornais lucrativos precisam demonstrar seu valor para potenciais assinantes e anunciantes.

O que Clegg e eu observamos em nossa reportagem pelo país é que não há uma solução única para todos. Qualquer coisa pode funcionar; qualquer coisa pode falhar.

Acima de tudo, a crise das notícias locais não será resolvida por oficiais eleitos ou fundações nacionais, embora certamente possam ajudar. Em vez disso, será resolvida – e está sendo resolvida – por empreendedores visionários na base em que ouvem as necessidades de suas comunidades.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Qual é o impacto da LGPD na Mídia Programática? Conteúdo valioso que vale o PLAY.
  2. Agora o YouTube passa a exigir que os criadores que usam a plataforma identifiquem quando um conteúdo realista é criado com ajuda de Inteligência Artificial. Mais detalhes aqui no artigo do TechCrunch.
  3. Cobertura da Coletiva.net sobre a live da Alright que discutiu estratégias pós-cookies de terceirosConfere aqui.

Leia também – Você de fato sabe o que sua audiência quer editorialmente de você?


Como detectar deepfakes e proteger-se de desinformação online

A crescente preocupação com as falsificações digitais, conhecidas como deepfakes, geradas por ferramentas de inteligência artificial está se tornando um desafio significativo na era digital.

Plataformas como DALL-E, Midjourney e Sora da OpenAI facilitaram criar representações falsas de personalidades conhecidas. Agora, até mesmo sem expertise técnica, é possível criar imagens como o Papa Francisco vestindo Balenciaga. Essas criações podem parecer inofensivas, mas há potencial para uso em fraudes, roubo de identidade, e manipulação política.

Detectar deepfakes está se tornando mais complicado devido ao avanço na qualidade das ferramentas de IA, que agora podem esconder sinais anteriormente detectáveis de manipulação. No entanto, existem algumas estratégias recomendadas para identificar potenciais falsificações:

Observação Visual: Preste atenção a sinais de suavização exagerada na pele, que pode parecer artificialmente lisa, e verifique a consistência das sombras e da iluminação no ambiente retratado.

Foco nas Fisionomias: As técnicas de substituição de semblante são comuns em deepfakes. É útil analisar as bordas do rosto, a correspondência do tom da pele, e se os movimentos da boca sincronizam corretamente com o áudio. Um detalhe específico como a aparência dos dentes pode também revelar inconsistências.

Contexto e Plausibilidade: Avalie se o cenário apresentado é verossímil, especialmente quando figuras públicas são retratadas de maneira incoerente com seu comportamento conhecido.

Para combater as falsificações, algumas iniciativas usam a própria IA. A Microsoft e a Intel, por exemplo, desenvolveram ferramentas capazes de analisar e pontuar a probabilidade de manipulação em fotos e vídeos. Contudo, o acesso a essas tecnologias pode ser limitado, para evitar que malfeitores aprimorem suas técnicas.

Embora existam esforços tecnológicos para detectar deepfakes, a rápida evolução da IA sugere que essas dicas podem se tornar obsoletas em breve. Atribuir ao público a responsabilidade de identificar falsificações pode ser complicado, visto que até mesmo observadores versados podem enfrentar desafios. Portanto, além de se valer de dicas técnicas, é crucial manter uma postura crítica e questionadora em relação ao conteúdo digital.

Ferramentas para ajudar na detecção:


AuroraNews na sua Caixa de Entrada em um novo dia

Temos uma atualização importante a compartilhar com você sobre a AuroraNews, a newsletter que tem iluminado suas manhãs com insights, notícias e inspirações. Visando continuamente melhorar a qualidade do conteúdo que entregamos e adaptar-nos às dinâmicas do nosso público, decidimos fazer uma pequena, mas significativa mudança.

A partir da próxima semana, a AuroraNews será enviada às quartas-feiras, às 06:06 da manhã. Essa mudança, do dia de envio de terça-feira para quarta-feira, é parte do nosso compromisso em oferecer o melhor para nossos leitores, permitindo-nos capturar ainda mais notícias relevantes e insights para enriquecer sua leitura semanal.

Sua fidelidade é o que torna a AuroraNews possível, e estamos ansiosos para continuar essa jornada juntos, agora às quartas-feiras.

Os erros editoriais da Burrência Artificial

Não se engane, a Inteligência Artificial é burra. Bem burra. Descubra como se cria a Burrência Artificial

Ela funciona compondo pedaços de informações e códigos. Ela os une e gera coisas a partir desse processo, mas não tem a menor consciência do que de fato está fazendo.

No caso do mundo editorial, vamos a um exemplo bem simples: inflação. 

Se você perguntar a uma máquina de Inteligência Artificial o que é inflação (eu fiz o teste), ela vai responder assim: “Inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Isso resulta na perda do poder de compra da moeda, o que significa que a mesma quantidade de dinheiro comprará menos bens e serviços do que antes. A inflação é medida principalmente por índices de preços, como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que rastreiam os preços de uma cesta de bens e serviços representativa.”

A resposta segue: “A inflação pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo aumento da demanda, custos de produção mais altos, política monetária expansionista, choques de oferta, entre outros. Altas taxas de inflação podem ter consequências econômicas negativas, como redução do poder de compra, incerteza econômica e distorções nos mercados. Por outro lado, uma inflação moderada pode ser considerada saudável para estimular o crescimento econômico e evitar a deflação, que é uma queda geral de preços.”

Está tudo absolutamente certo. Só que ela não faz a menor ideia do que isso implica para você e para mim, na economia brasileira hoje, porque não tem consciência do que de fato seja inflação. Ela organiza códigos. E deu.

Empresas editoriais de todo o mundo estão experimentando Inteligência Artificial na geração de artigos para publicação. Os adeptos mais fervorosos dizem que as notícias geradas pela IA podem ser mais precisas do que os artigos escritos por humanos. Isso ocorre porque os algoritmos de IA podem analisar grandes quantidades de dados de múltiplas fontes e identificar padrões e tendências com uma capacidade de processamento que nós humanos nunca chegaremos nem perto de ter nunca.

Ocorre que, quando utilizamos esse poder de aglutinação e síntese – que de fato é sensacional quando bem usado e usado para o bem – para o jornalismo cotidiano, o lado máquina sem consciência da realidade pode aflorar e muitos desastres podem acontecer. Sérios desastres. É aí que nasce a Burrência Artificial. 

Pois prepare-se para conviver com ela e a aprender como evitá-la, em nome do melhor jornalismo e trabalho editorial.

Os exemplos da Burrência Artificial

CNET é um conhecido e respeitado editor de informações e notícias sobre tecnologia dos Estados Unidos. 

Em um artigo editado por suas máquinas de Inteligência Artificial sobre juros compostos, o texto dizia que um depósito de US$ 10.000 com juros de 3% renderia US$ 10.300 após o primeiro ano. Na verdade, esse depósito renderia apenas US$ 300.

A máquina não sabe fazer cálculos? Claro que sabe. Melhor e muito mais rápido do que qualquer ser humano. Isso vale desde as maquininhas eletrônicas de calcular que começaram a aparecer nos anos 1970.

Ocorre que, como acabo de dizer, para a máquina, não há nenhuma diferença de contexto entre os dois números. Ela não sabe. Ela cola deduções algorítmicas e isso é bem diferente de saber.

Descobriu-se então que a CNET vinha usando sistematicamente a Inteligência Artificial para escrever inúmeros artigos. Um desastre jornalístico, como chamou a publicação The Washington Post, um importante e respeitado editor da cidade de Washington, nos Estados Unidos.

Pois atentem para o seguinte: certamente o próprio The Washington Post também usa hoje a Inteligência Artificial para produzir parte de seus textos. No entanto, processos de verificação exaustivos, feitos por humanos e não necessariamente por máquinas, garantem hoje que aquilo que o Washington Post publica não seja fruto da Burrência Artificial.

A Sports Illustrated, publicação esportiva conceituada dos Estados Unidos, foi outra empresa de mídia a ver sua reputação prejudicada por ser pouco aberta sobre quem ou o que está escrevendo suas histórias com inteligência Artificial. 

Depois de vários erros cometidos e constatados em seu conteúdo editorial, a empresa demitiu um prestador de serviços que fazia a produção de notícias para ela, inclusive sendo assinadas por jornalistas que nunca existiram na vida real. Nomes falsos, para jornalistas falsos. Máquinas, na realidade.

Outro exemplo. Uma lista cronológica de filmes e programas de TV de Star Wars foi publicada pelo site também de tecnologia Gizmodo, dos Estados Unidos, e apresentava erros factuais significativos, deixando de fora clássicos absolutamente conhecidos de todos nós, o grande público.

A Inteligência Artificial não está nem aí com isso. Dormiu em paz aquela noite, porque não tem a menor ideia do que seja Star Wars e do que seja grande público. Ou outro público qualquer. 

Muitas empresas jornalísticas estão testando a nova tecnologia, assim como várias outras indústrias também estão. E tudo isso vai continuar a acontecer daqui para a frente.

Ocorre que o jornalismo tem lá sua especificidade, pois constrói e comercializa os seus produtos baseados em valores e em torno das noções de verdade e transparência. De conceitos que estão ligados à correção da informação a todo custo e a responsabilidade que tem diante das suas audiências. Não há espaço para a burrência.

Humanos cometem erros também? Claro. Direto e reto. Aliás, muito mais do que as máquinas.

Ocorre que a Inteligência Artificial tem como sua premissa maior de existir o fato de que, em muitas tarefas, é mais veloz e mais eficiente que os seres humanos. Quando ela erra, seu erro deve ser analisado com atenção ainda maior, porque estamos cada vez mais delegando tarefas humanas às máquinas e se elas não são tão eficientes como se pressupõe, qual é o ponto, então? Porque confiar nelas?

A primeira e grande lição aqui é: nunca confie em máquina nenhuma. Nem em Inteligência Artificial nenhuma. 

No mundo editorial, cheque o que a máquina fez. Ela vai ter feito o trabalho original de reunir dados e informações e redigir um texto básico milhares de vezes mais rápido do que faríamos, mas ela ainda exige hoje a checagem homem-máquina. 

Sabendo desses evidentes e muitas vezes clamorosos erros, que no mundo da Inteligência Artificial passaram a ser chamados de “alucinações” ( nada mais que as burrices da Inteligência Artificial), muitos sistemas feitos em cima da própria Inteligência Artificial começam a trazer embutidos os chamados checadores de fatos (reality checks). São programas que varrem a internet em busca da confirmação ou desconfirmação do que acabou-se de produzir com IA. São ferramentas contra as “fake news”, notícias falsas, produzidas ou não intencionalmente.

Isso é ótimo para o jornalismo e você precisa tanto começar a usar a Inteligência Artificial, assim como, ao mesmo tempo e agora, saber que a Burrência Artificial está ali bem sentadinha na mesa da redação ou dentro do seu pròiprio computador pessoal, prontinha para ser bem burra. E derrubar, sem a menor dor de consciência, toda a sua credibilidade jornalística e editorial.



Publishers, como minimizar o impacto na receita de publicidade pós-cookies

A Burrência Artificial

Por Gabriel Mazzutti, Head of Connectivity & Ecosystem LiveRamp Brasil

Não se pode negar que as regulamentações de privacidade afetaram profundamente a forma como os profissionais dos departamentos de marketing, jurídico e de conformidade trabalham. A LGPD foi nosso primeiro obstáculo, agora, chegamos ao fim da era dos cookies de terceiros.

Uma infraestrutura de identidade independente e autenticada em todo o ecossistema da publicidade programática pode manter estratégias orientadas por dados. Isso significa que, ao se preparar para o futuro cookieless, os publishers têm a oportunidade de oferecer às marcas uma maior capacidade de endereçamento, permitindo um incremento significativo e imediato em suas receitas.

Nesse contexto, é fundamental aumentar o número de usuários autenticados. A autenticação é simplesmente qualquer momento que um usuário fornece as Informações de identificação pessoal (PII) a um proprietário ou publisher de mídia. Isso poderia ser na forma de um endereço de e-mail, um número de telefone ou mesmo um login social. Normalmente, essas informações são fornecidas como parte de um processo de inscrição ou registro para uma newsletter ou conta.

Existe uma variedade de estratégias para obter novas autenticações, assim como algumas táticas que podem respaldá-las. Listei abaixo quatro possibilidades que considero serem as mais relevantes.

Assinaturas por e-mail e newsletters

As newsletters com assinatura por e-mail representam um baixo investimento, com pouco esforço para os visitantes, e oferecem um canal direto para criar envolvimento com eles. Configurar uma newsletter por assinatura é uma maneira objetiva de começar a construir sua estratégia de autenticação.

As newsletters ajudam a fornecer conteúdo relevante para o seu público e permitem uma ampla gama de estratégias. Oferecer uma variedade de opções quando apropriado pode ajudar a fazer incursões com seu público diversificado. Por exemplo, alguns visitantes podem preferir uma newsletter ampla, com uma variedade de notícias; outros podem estar interessados em um único tópico; e há aqueles que preferem ser informados apenas quando há anúncio de um novo produto.

Logins sociais

Os logins sociais, nos quais um visitante usa suas credenciais das redes sociais para fazer login, em vez de configurar uma nova conta especificamente com um publisher, têm aumentado ultimamente. Em geral, eles são mais convenientes para os visitantes que não querem criar mais um login ou lembrar de mais uma senha. Em vez disso, eles podem simplesmente usar seus perfis já existentes em plataformas como Google, Facebook e Apple.

Adicionar opções de login social, em conjunto com seu procedimento de registro padrão, é uma maneira fácil de simplificar o processo de registro e aumentar as taxas de autenticação. Dito isso, vale a pena mencionar que os logins sociais não devem ser confundidos com widgets de compartilhamento social, que permitem que os visitantes repostem conteúdo em seus feeds nas redes sociais.

Assinaturas ou ofertas premium

As estratégias baseadas em assinaturas ou ofertas premium têm algumas das maiores barreiras à entrada, em termos de aquisição de assinantes, mas representam uma das melhores maneiras de equilibrar monetização e addressability. O New York Times é um dos exemplos mais conhecidos de um publisher que construiu com sucesso um negócio substancial baseado em assinaturas, enquanto simultaneamente monetizava com base em anúncios.

Conteúdos/Serviços liberados mediante cadastro (gated) e premium

Serviços liberados mediante cadastro (gated) e premium são uma das principais maneiras pelas quais um publisher pode implementar uma troca de valor com seus visitantes. As abordagens de implementação podem ser muito básicas. Por exemplo, algo tão simples como autenticar antes de ter permissão para comentar, ou adaptados a uma vertical específica, como permitir que os assinantes sigam seus times favoritos.

Observe que nenhuma das estratégias ou táticas se excluem mutuamente. Na verdade, à medida que os recursos permitirem, recomendamos que os nossos parceiros usufruam de todas as estratégias e táticas aplicáveis aos seus negócios, priorizando as que geram maior tração no menor espaço de tempo, com o menor esforço.



3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Fim dos Cookies para o Chrome é uma novela sem fimVeja aqui.
  2. Alright é destaque na ExameConfira.
  3. Os anunciantes estão preparados para a era pós-Cookies de terceirosEntenda.

Leia também – Onde cabe a verdade no jornalismo da Inteligência Artificial

Onde cabe a verdade no jornalismo da Inteligência Artificial?

Onde cabe a verdade no jornalismo da Inteligência Artificial?

Escrevo este texto de Austin, Texas, onde participo de um evento que se chama SXSW, e que eu considero o evento onde ocorrem as coisas mais importantes para o nosso futuro, não só nos negócios, mas para nossa vida, mais amplamente falando.

Este ano, um dos temas quentes dentre as centenas e centenas de palestras do evento, foi exatamente discutir o lugar da verdade, num mundo em que muita coisa pode ser gerada por Inteligência Artificial, deixando a nós, pobres mortais, a difícil e, às vezes, impossível, tarefa e desafio de conseguir distinguir entre o que é ou não verdadeiro. E isso, obviamente, inclui o jornalismo.

Não se trata apenas das chamadas fake news (para quem não sabe, essa expressão em inglês significa notícia falsa, no sentido de algo propositalmente forjado e, na maior parte dos casos, com má fé). 

Elas sem dúvida são o prato cheio mais óbvio quando é essa a discussão. Mas tem outra, que é um pouco mais filosófica, mas também importante, que é o papel dos editores e jornalistas em busca daquilo que de fato é verdade, no meio de tanta coisa que pode, simplesmente, não ter nada a ver com a verdade. 

Ou seja, se nosso trabalho de editores e jornalistas sempre foi, historicamente, apurar a verdade (o que sempre é desafiador por definição), num mundo em que as máquinas e a Inteligência Artificial facilitam demais a produção de mentiras indecifráveis como mentira, nosso trabalho ficou, obviamente, muito mais complicado.

Enfrentando as fake news na era da Inteligência Artificial

Há duas maneiras principais de enfrentarmos isso. Uma você conhece. A outra, talvez tenha que vir a conhecer. Gostando ou não.

Vou falar brevemente das duas aqui.

  1. Múltipla Verificação – antes, usávamos  dupla ou até tripla verificação para comparar informações e ver, diante de fontes diferentes, o que parava de pé e se confirmava, checando origens diferentes, com visões e interesses também diferentes. Isso é jornalismo como sempre foi. Agora, temos que amplificar ainda mais esse raio de ação, buscando verificações e mais verificações subsequentes. Não tem jeito. Juro que não fui eu que complicou as coisas. Mas agora só assim, se quisermos manter nossa idoneidade e fazer um trabalho bem feito.
  2. Verificação de Máquina – existem máquinas que verificam máquinas. Isso mesmo. São na verdade programas usando Inteligência Artificial que verificam a veracidade dos fatos. Aplicativos de tecnologia baseada na mesma Inteligência Atificial que cria as mentiras de computador, as verdades inventadas. Você tem que começar a pesquisar sobre isso e ver se acha alguma ferramenta que possa ajudá-lo nessa verificação.

A Aurora News vai ajudar você um pouco nessa tarefa.

Neste link aqui, você vai encontrar 12 ferramentas de checagem de fatos. São todas em inglês. Não conheço nenhuma em português ainda (aliás, se você conhecer, me escreva no [email protected], que eu posso publicar nas próximas edições aqui da Aurora News).

Na verdade, a verdade ficou mais difícil. Não tem jeito.

Da nossa parte, também não tem. Como não vamos abrir mão dela de forma alguma, só entendendo que o mundo está cada vez mais complicado e que muitas soluções agora, só mesmo através de novas tecnologias.

A mídia programática hoje em 5 slides

Onde cabe a verdade no jornalismo da Inteligência Artificial?
Onde cabe a verdade no jornalismo da Inteligência Artificial?

Não precisamos dizer isso a você, mas a mídia programática é importante porque oferece uma maneira mais eficiente, automatizada e baseada em dados de vender e gerenciar inventário de publicidade. Os serviços programáticos permitem que os editores segmentem efetivamente seu público diversificado por meio da automação oferecida pelas plataformas.

Espera-se que a mídia programática represente mais de 80% de todos os gastos com publicidade digital nos Estados Unidos até 2024. No mundo, esse dado é menor, mas a tendência é que no Brasil essa representatividade cresça igualmente.

De acordo com um relatório da Statista, os gastos com publicidade programática em display digital chegarão a quase 142 bilhões de dólares em 2023.

Neste link você pode encontrar, em 5 slides, como está a mídia programática hoje e como ela deverá se comportar daqui em diante.


3 É DEMAIS

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Cobertura do Meio & Mensagem do evento SXSW que ocrre em Austin, no Texas. Veja aqui.
  2. Veja quanto foi a receita do Globo em 2023Nesta matéria do Propmark.
  3. Crescimento do ecommerce no Brasil. Importante para o seu negócio. Veja nesta análise do Mundo do Marketing.

Leia também – Você de fato sabe o que sua audiência quer editorialmente de você?


As habilidades das atuais aplicações de edição de fotos são notáveis, mudando a maneira como tiramos e aprimoramos nossas imagens. Algoritmos avançados e Inteligência Artificial (IA) transformaram a edição de fotos. Agora, fotógrafos amadores e profissionais alcançam resultados antes limitados a artistas e editores qualificados.

Esses aplicativos oferecem ferramentas e recursos para atender a todas as necessidades de edição imagináveis, desde a remoção automática de objetos indesejados até a transformação de fotos comuns em obras de arte. A integração da IA simplifica tarefas complexas de edição, como ajustes de iluminação, retoque de pele e até composição de elementos em uma cena, tornando a fotografia de nível profissional mais acessível do que nunca.

Aqui estão os aplicativos móveis mais populares para captura e edição de fotos:

  • Adobe Lightroom (Android, iOS): Parte do fluxo de trabalho baseado na nuvem da Adobe, este aplicativo oferece um conjunto abrangente de ferramentas de edição para fotógrafos profissionais e amadores. Ele sincroniza em todos os dispositivos e disponibiliza tutoriais interativos para aprimorar as habilidades de edição de fotos. O aplicativo é gratuito, com a opção de uma assinatura premium que oferece recursos adicionais e armazenamento na nuvem.
  • Adobe Photoshop Camera (Android, iOS): Este aplicativo utiliza IA para aplicar efeitos especiais e correções de fotos antes ou depois de tirar fotos com a câmera do telefone. Ele apresenta filtros, ou “lentes”, que oferecem uma variedade de efeitos especiais e ajustes. O aplicativo é gratuito e projetado para fotógrafos amantes da diversão, em vez de profissionais.
  • Afterlight (Android, iOS): Projetado para edição de fotos em profundidade, oferecendo ferramentas para cor, exposição, composição e estrutura. Inclui várias opções de adesivos e texto e permite ajustes detalhados. É necessário ser membro para desbloquear ferramentas e filtros adicionais.
  • Facetune (Android, iOS): Este aplicativo retoca retratos e selfies com ferramentas avançadas para suavização de pele, ajustes faciais e efeitos de maquiagem. A versão gratuita oferece recursos básicos, enquanto a versão premium desbloqueia todas as capacidades.
  • PicsArt (Android, iOS): Este aplicativo fornece uma ampla gama de ferramentas de edição, controles criativos e uma plataforma para edição colaborativa e compartilhamento. Inclui recursos como adesivos, colagens e texto artístico. O aplicativo é gratuito, mas uma assinatura premium está disponível para remover anúncios e desbloquear recursos adicionais.
  • Pixlr (Android, iOS): Este aplicativo é adequado para fotógrafos casuais. Oferece uma interface fácil de usar e uma variedade de ferramentas de edição, efeitos e sobreposições. A versão premium oferece conteúdo adicional e uma experiência sem anúncios.
  • Prisma (Android, iOS): Conhecido por transformar fotos em obras de arte usando filtros inspirados em artistas famosos. O aplicativo usa IA para seus efeitos únicos, com alguns recursos disponíveis gratuitamente e outros desbloqueados por meio de assinatura.
  • TouchRetouch (Android, iOS): Especializa-se na remoção de elementos indesejados de fotos com gestos de toque simples. É projetado para edições rápidas para limpar imagens e está disponível para compra única.
  • VSCO (Android, iOS): Este aplicativo atende a entusiastas da fotografia, oferecendo uma coleção de filtros de emulação de filme e ferramentas de edição avançadas. A versão gratuita fornece ferramentas e filtros básicos, enquanto uma assinatura desbloqueia recursos e conteúdo adicionais.

Se você é um fotógrafo profissional, jornalista ou usuário casual, as ferramentas de edição de fotos atuais são ideais. Elas estão equipadas para atender e até superar suas expectativas. 

Eleições 2024: Outubro começa já

Eleições 2024: Outubro começa já, e é sua data do ano

As eleições 2024 (e todas as eleições municipais sempre) são a data do ano a cada 4 anos para o seu negócio. É o seu Natal quadrienal, social e comercialmente falando.

Isso porque é quando sua comunidade institucionaliza-se politicamente como comunidade em seus líderes. Indica quem dos seus próximos as vai conduzir nos próximos 4 anos como prefeito e vereadores na sua cidade e nas cidades onde você e sua empresa atuam como comunicação e negócio.

5 dicas de como aproveitar melhor as eleições 2024:

  1. Promova debates com os candidatos (podcasts é o jeito mais fácil, barato e eficaz);
  2. Realize eventos com sua comunidade, convidando-a a discutir os principais temas locais (aliás, dar voz a sua comunidade é a forma mais envolvente e duradoura de atrair e engajar sua audiência);
  3. Faça recorrentemente de agora até lá pesquisas sobre esses temas no seu site e redes sociais;
  4. Crie um esquadrão especial de cobertura para o primeiro e segundo turnos;
  5. Venda já pacotes comerciais para o varejo local que incluam boletins recorrentes sobre as eleições municipais na sua localidade.

Seja seu próprio Papai Noel e dê de presente a você mesmo o melhor desempenho comercial que seu negócio pode vir a ter este ano.

Dicas de como monetizar vídeo

Eleições 2024: Outubro começa já
  1. No Snapchat, Instagram e TikTok – criar conteúdos curtos, impactantes, surpreendentes e cativantes, que façam sua audiência ficar voltando e voltando, e se engajando pelo maior tempo possível. É simples: quanto mais tempo de audiência recorrente você tiver, maior seu inventário monetizável; a equação é simples: mais tempo do usuário = mais anúncios = mais receita;
  2. As plataformas priorizam o tempo de visualização acima de tudo. Ao alcançar uma alta retenção, elas exibem mais anúncios e recebem mais por segundo visto. Consequentemente, os editores precisam priorizar os tempos de visualização e a forma como provocam engajamento recorrente;
  3. Um truque: os 3 primeiros segundos são a chave de você capturar o interessar de sua audiência; não é uma historinha, é o raciocínio dos antigos cartoons: numa imagem (ou duas, no máximo três), você gerou entretenimento… aí a audiência engaja. Se não for assim, a grande chance é ela ir embora;
  4. Agora, algo importante: o Funil de Conteúdo… o conteúdo de curta duração é a boca do funil e deve ser usado pelos editores para atrair uma base de público maior e, em seguida, incentivá-la ainda mais, agora com conteúdos mais profundos e consistentes. O objetivo na real não é puramente gerar audiência, mas criar comunidades. A monetização realmente se incrementa e se torna mais sustentável com conteúdos de longa duração. O grande objetivo é criar no seu público o senso de pertencimento a uma comunidade, no seu caso, a sua comunidade local;
  5. Dica: uma das formas de conseguir isso é fazer acordo com pequenos e micro influencers, que tem já suas audiências de vídeo cativas.

Quatro gringos que tem uma história igualzinha a sua

Niemanlab é um site norte-americano sobre jornalismo para jornalistas. Você precisa conhecer. Link lá embaixo.

O site deu espaço semana passada para quatro proprietários de mídia independente dos EUA, falaram sobre as mesmas questões que preocupam você todo dia.

Abaixo, a abertura da matéria do Niemlab. No final, link para o bate-papo na íntegra.

“Foi um começo difícil para o novo ano para a indústria de notícias, com demissões, fechamentos, vendas e greves em organizações de notícias em todo os Estados Unidos. Mas mesmo nos momentos mais caóticos, há pontos positivos surgindo que informam comunidades e celebram a arte da escrita e da narrativa. Um novo podcast, Never Post, lançado no final do mês passado, tem como objetivo fazer isso contando histórias sobre a cultura da internet. O podcast é produzido por uma equipe de seis pessoas e é de propriedade das pessoas que o produzem. Para o primeiro episódio, o apresentador Mike Rugnetta extraiu conselhos para a nova empreitada de uma mesa redonda de proprietários de mídia independentes: Gita Jackson, co-fundadora e escritora da publicação de jogos de vídeo cooperativa Aftermath; Alex Sujong Laughlin, co-proprietária e produtora de podcast da Defector Media; e Rusty Foster, proprietário e escritor da newsletter Today in Tabs. Os quatro discutiram por que optaram pelo independente, os traumas de trabalhar na mídia tradicional, os prós e os contras de trabalhar por conta própria e em coletivo, dinheiro e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Sua conversa é engraçada, sincera e esperançosa por uma nova era no jornalismo. O texto editado para concisão e clareza da discussão deles está abaixo.

Aqui link para a entrevista completa.
Aqui link para Niemanlab.

3 É DEMAIS


Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Esta semana começa no dia 06 próximo, em Austin, o maior e mais importante evento sobre tecnologia, sociedade e em disrupção e transformação digital do mundo, o SXSW. Todos os veículos do trade estarão lá fazendo cobertura. Acompanhe todas. Seu futuro e o do seus negócios estarão sendo discutidos lá.
  2. Setores que vão acelerar seus investimentos em mídiaMatéria do Meio & Mensagem aqui.
  3. Brasileiros acreditam que o país vai melhorar em 2024, mostra pesquisa Qualibest. Consulte aqui na reportagem do Mundo do Marketing.

Leia também – Porque se conectar em rede pode transformar o seu negócio


Foco nos publishers: a virada que mudou o propósito de uma adtech

Nesta semana, estou envolvido, junto com todo o time da Alright, no lançamento de um novo produto de conteúdo: um guia de tendências e dicas práticas voltado a publishers. Será um divisor de águas para a nossa rede de publishers. Não será um conteúdo de leitura única, mas um norteador de ações ao longo de todo o ano. Queremos que ele seja como um livro de mesa no escritório, sempre pronto para consulta.

Essa é mais uma iniciativa – ao lado da AuroraNews, de nossas lives, blog e redes sociais -, para impulsionar comunidades, por meio de seus veículos locais ou especializados. Um propósito que acreditamos e abraçamos com toda energia, mas que não estava em mente quando fundamos a Alright.

Ao criar a adtech, em 2015, nosso foco estava nos anunciantes e nas agências. Um dos primeiros modelos de negócios foi representar empresas de mídia programática e aculturar um mercado em crise com a acelerada digitalização; que engatinhava com relação às novas possibilidades da mídia digital, guiada por dados para decisões – da escolha dos públicos à mensuração de resultados. Tínhamos conhecimento e contatos no mercado de publicidade, expertise para auxiliar os anunciantes e agências com estratégia e conexão com as plataformas de programática. Quando foi que demos a virada – ou, na linguagem das startups, a pivotada em direção aos publishers?

Na verdade, a primeira visão que tive da oportunidade foi ainda em 2016. Fui apresentado por um amigo ao Marcos Piccoli, dono de um grupo de veículos regionais na Serra Gaúcha, o RSCom. Como todos os publishers, não apenas os regionais, ele enxergava a crise do modelo tradicional de monetização do jornalismo se aproximar e precisava se digitalizar, para gerar receitas no digital. Naquele momento, só pude responder: ‘infelizmente, a Alright não tem como te ajudar hoje’. Mas uma coisa estava clara: todas as adtechs e novas iniciativas de mídia digital focavam no anunciante, porque é a fonte do dinheiro. Logo, a concorrência se avolumava. Ao mesmo tempo, ninguém tinha solução para o outro lado, o produtor de conteúdo, os portais regionais que podiam exibir a publicidade digital.

Do primeiro papo com o Piccoli, até atendê-lo, passando pelo desenvolvimento de tecnologia própria, passou cerca de um ano. Até que o portal Leouve, do grupo RSCom, se tornou o primeiro veículo a ser conectado pela Alright às mais rentáveis oportunidades de anúncio digital. Hoje já temos centenas de veículos regionais brasileiros conectados, por meio da nossa tecnologia, às SSPs e ad networks (inclusive Google Ad Exchange), além de marcas nacionais e regionais que compram inventário de mídia diretamente, potencializando a monetização de anúncios. Hoje, os veículos locais brasileiros têm cerca de 1,5 bilhão de páginas vistas mensalmente, e a cada 10 páginas de notícias acessadas, pelo menos uma tem anúncio gerenciado pela Alright.

A virada não foi abrupta, temos trabalhado há cerca de quatro anos nela. Não deixamos de atender agências e anunciantes, eles continuam fazendo parte do nosso negócio e do ecossistema de mídia digital. Mas a participação dos veículos na receita da Alright passou de 4%, no primeiro ano, para mais de  90% hoje.

Por isso, nosso objetivo é evoluir junto com os publishers, ou seja, ver a nossa rede se transformar, inovar e crescer. Nesta semana teremos um marco nesta direção: vamos entregar ao mercado o Guia Alright 2024: como transformar tendências em ações. Com ele, vamos consolidar nosso propósito, de impulsionar as comunidades locais, por meio do jornalismo e conteúdo original. Quer saber as tendências a serem observadas por especialistas de excelência na comunicação e quais são as melhores práticas para veículos regionais? Fique de olho no site www.alright.com.br, nossas redes sociais, se inscreva na LIVE de lançamento e acesse o guia a partir desta quinta-feira!


O impacto da tipografia na percepção de valor

Em um estudo realizado pela Adobe com 1.000 consumidores dos EUA e Reino Unido, apontou que 63% dos consumidores reconhecem a importância da tipografia na identidade da marca. Outros 59% dizem que a tipografia pode influenciar na percepção da qualidade de um produto.

A escolha da tipografia certa para o seu site é uma das decisões mais cruciais que você pode tomar ao construir sua identidade de marca. Tipografias, essencialmente, são as roupas que suas palavras vestem; elas influenciam como sua mensagem é recebida e percebida pelo seu público. Em um mundo onde a primeira impressão pode ser a última, selecionar o estilo de tipografia adequado é o diferencial entre se destacar ou se misturar.

Para donos de sites, que frequentemente assumem o papel de jardineiros de suas próprias marcas, entender os principais estilos de tipografia e a importância de sua escolha é fundamental. Vamos explorar os estilos mais influentes e como eles podem moldar a comunicação do seu negócio.

Serifas

Caracterizada por pequenos traços ou extensões nas extremidades das letras, a tipografia Serif é frequentemente associada à tradição, confiabilidade e respeito. Marcas que desejam transmitir uma imagem de autoridade ou clássica tendem a gravitar em torno desse estilo. Exemplos populares incluem Times New Roman e Georgia. Para negócios locais que buscam estabelecer uma sensação de confiança, como escritórios de advocacia ou contabilidade, a Serif pode ser uma escolha acertada.

Sans Serif

“Sem serifas”, oferece um olhar mais limpo e minimalista. Este estilo é considerado mais moderno e acessível, ideal para marcas que querem transmitir inovação ou simplicidade. Helvetica e Arial são exemplos notáveis. Negócios focados em tecnologia, design ou moda podem se beneficiar enormemente ao escolher uma tipografia Sans Serif para comunicar frescor e modernidade.

Script

Tipografias que imitam a caligrafia manual, variando de elegantes a casuais. Elas adicionam um toque pessoal e humano, sugerindo acessibilidade e criatividade. Contudo, devido à sua natureza ornamentada, podem ser difíceis de ler quando usadas em excesso. Utilizar com parcimônia em logotipos, cabeçalhos ou chamadas especiais tem a capacidade de acrescentar um encanto único sem comprometer a legibilidade. Marcas que desejam uma conexão mais pessoal, como cafeterias ou boutiques, podem achar o Script particularmente atraente.

Display

Criadas para chamar atenção, as tipografias Display são variadas e muitas vezes únicas. Elas são projetadas para serem usadas em títulos grandes e não são adequadas para texto corrido devido à sua complexidade e singularidade. Este estilo é perfeito para gerar um impacto memorável, ideal para campanhas publicitárias ou sinais. Negócios que querem se destacar ou criar uma experiência de marca vibrante e inesquecível podem explorar as possibilidades dentro do estilo Display.

Mono Space

Com um legado nas máquinas de escrever, as tipografias Monoespaçadas atribuem o mesmo espaço a cada letra, resultando em um visual uniforme e alinhado. Este estilo comunica precisão e eficiência, muitas vezes adotado por marcas relacionadas a código ou conteúdo técnico. Para negócios que valorizam a clareza e a funcionalidade, como startups de tecnologia ou plataformas educacionais, o Monoespaçado pode ser um ajuste perfeito.

Conclusão

Escolher a tipografia certa não se trata apenas de estética, mas também de alinhar a identidade da sua marca com as expectativas do público. Cada estilo carrega seu próprio peso emocional e psicológico, capaz de influenciar subconscientemente como sua mensagem é percebida.

Para donos de sites locais, a experimentação e a personalização são chaves. Não tenha medo de misturar estilos para encontrar a combinação perfeita que conta a história da sua marca de forma autêntica e atraente. Lembre-se, a tipografia é a voz visual do seu negócio; escolher sabiamente pode transformar a maneira como você se comunica com o mundo.

Links úteis:

Google Fonts

Centenas de fontes gratuitas para seus projetos.

Abstract: The Art of Design

Série sobre design na Netflix. Procurar o episódio 08 da segunda temporada.

Porque se conectar em rede pode transformar o seu negócio

Porque se conectar em rede pode transformar o seu negócio

Lá a muitos anos atrás, quando queríamos saber algo, consultávamos o dicionário. Depois, veio o Google. Hoje, a gente consulta o ChatGPT.

Foi o que fiz pedindo a ele para me explicar porquê uma estrutura em rede pode ser mais rentável para os negócios.

Ele respondeu isto: “Uma estrutura de rede que conecta negócios pode gerar resultados mais rentáveis e escaláveis porque permite a colaboração, o compartilhamento de recursos e conhecimentos, a ampliação do alcance de mercado e a redução de custos operacionais por meio de economias de escala. Além disso, ao conectar diversos atores do mercado, cria-se um ecossistema que promove inovação e adaptação às mudanças do mercado de forma mais eficiente”.

Muitos grupos de comunicação do Brasil vivem o desafio de sua própria  sobrevivência de forma absoluta e desnecessariamente isolada, enfrentando as condicionantes de mercado como se elas lhes fossem únicas.

Feliz ou infelizmente, não é assim que funciona. É somente na economia de rede, onde empresas se conectam em busca da otimização comum e integrada de resultados, que haverá saída para todos.

A força comercial dos publishers conectados em rede

  1. Acesso a oportunidades de vendas ampliadas: Ao fazer parte de uma rede, os pequenos publishers podem ter acesso a uma base de clientes maior do que conseguiriam individualmente, aumentando assim suas oportunidades de vendas.
  2. Economia de escala: Ao unirem forças, os publishers podem aproveitar economias de escala em áreas como marketing, distribuição e operações, reduzindo os custos unitários e aumentando a rentabilidade.
  3. Troca de conhecimentos e recursos: A rede permite o compartilhamento de conhecimentos, melhores práticas e recursos entre os participantes, aumentando a eficiência operacional e a qualidade do produto ou serviço oferecido.
  4. Negociação de melhores termos com fornecedores: Ao agirem em conjunto, os participantes da rede podem negociar melhores termos com fornecedores, obtendo preços mais competitivos e condições favoráveis de pagamento.
  5. Aumento da visibilidade e credibilidade: Fazer parte de uma rede pode aumentar a visibilidade e a credibilidade dos pequenos publishers, tornando-os mais atraentes para clientes em potencial e parceiros comerciais.

Pense e atue em rede. Isolado, você dificilmente sobreviverá.

Venda produtos digitais e vá além da receita de publicidade.

Porque se conectar em rede pode transformar o seu negócio
Reportagem da Forbes responde essa pergunta.

Abaixo, uma lista em inglês (coloque no ChatGPT ou Google para traduzir, caso você não domine o idioma) dos 10 mais rentáveis produtos digitais que você pode vender em sua empresa para não depender exclusivamente de publicidade como finte de receita.

Dou uma primeira traduzida: cursos online, serviços online, templates, softwares e aplicativos, conteúdos educacionais para download, arte digital, imagens, ebooks, ativos online, áudios digitais e assinaturas.

Cada um desses itens abaixo é clicável e o levará para explicações pormenorizadas de como lançar mão dessa estratégia para a geração de fontes diferenciadas de resultados.

The top 10 most profitable digital products  



Porque os dados primários (first party) são vitais para a publicidade?

Estamos diante da maior mudança na relevância do papel que os dados primários desempenham.

Precisão pontual: Os dados primários são inerentemente mais precisos e confiáveis porque vêm diretamente de suas próprias interações com os clientes. Isso ajuda a evitar anúncios de segmentação para consumidores que provavelmente não estão interessados no anúncio.

Confiança: À medida que os usuários se tornam mais preocupados com a privacidade dos dados, alavancar dados primários demonstra transparência e cria confiança. Ao coletar dados com consentimento explícito, as marcas podem garantir uma troca de dados mutuamente benéfica.

Personalização e Diferenciação: Os dados coletados capacitam os profissionais de marketing a adaptar suas mensagens para clientes individuais. Esse nível de personalização ajuda a diferenciar a marca dos concorrentes, levando à publicidade que gera resultados.

Adotando a ativação de dados primários permite que as marcas permaneçam relevantes, conduzam conexões significativas e alcancem sucesso a longo prazo em seus esforços publicitários.



Remoto ou presencial: o que é melhor para uma redação?

(Este artigo foi editado e traduzido do original em inglês, publicado no site Local News Initiative).

A clássica redação de jornal mantém um poderoso mistério entre jornalistas e não jornalistas. Você não precisa ter colocado os pés em uma para evocar imagens vívidas de repórteres atendendo telefones, batendo em máquinas de escrever ou teclados de computador, fumando cigarros (nos velhos tempos) ou tomando café e gritando com colegas enquanto tentam fechar A História.

A determinação, o trabalho árduo e o glamour manchado de tinta são tangíveis em filmes como “A Primeira Página” (originalmente uma peça), “Jejum de Amor” (originalmente “A Primeira Página”) e “Chamada para o Norte 777” até “Todos os Homens do Presidente”, “Spotlight” e “Ela Disse”, bem como a série de curta duração de Aaron Sorkin sobre uma rede de notícias a cabo intitulada, sim, “A Sala de Redação”.

Mesmo que as redações da vida real não sejam tão cheias de drama quanto suas contrapartes na tela, esses locais de trabalho permanecem distintos na maneira como reúnem repórteres, editores, fotógrafos, designers e mais para produzir as notícias em prazos apertados. Este é um trabalho pressurizado feito coletivamente (múltiplos departamentos devem colaborar para criar relatórios oportunos) e individualmente (não há nada entre você e aquela página ou tela em branco quando a história precisa ser escrita). A redação é onde acontece.

Ou acontecia.

Através de uma combinação de avanços tecnológicos, condições econômicas, reduções de força de trabalho e uma pandemia que condicionou muitas pessoas a trabalhar em casa, a redação é um ambiente mudado, muitas vezes diminuído. Algumas empresas venderam seus prédios e se mudaram, reduziram e/ou eliminaram suas redações. Algumas estabeleceram locais de trabalho híbridos onde os funcionários às vezes vêm e às vezes trabalham remotamente, com reuniões rotineiramente conduzidas pelo Slack, Zoom ou algum outro anfitrião virtual. Algumas redações existem como espaços de coworking onde os repórteres não têm mais mesas atribuídas. Algumas publicações não têm mais redações.

Muitos jornalistas lamentam a perda da redação tradicional de maneiras que podem ser tão sentimentais quanto práticas. A questão mais urgente é se e como essas mudanças nas redações estão afetando o próprio jornalismo. A perda ou diminuição de uma redação se traduz em uma perda ou diminuição na reportagem e edição?

“Eu acho que as pessoas tendem a não entender o quão valioso pode ser,” diz Marty Baron, ex-editor executivo do Washington Post, sobre a redação física. “Isso cria um senso de trabalho em equipe. As pessoas se conhecem. Os jovens desenvolvem redes profissionais dessa maneira que serão enormemente valiosas para eles ao longo de suas carreiras. Se alguém quer ser promovido, é realmente importante que seus superiores dentro de uma redação os conheçam como seres humanos, não apenas como rostos em uma tela – que vejam como eles interagem com outras pessoas, como se comportam em reuniões. E as reuniões no Zoom não são do mesmo tipo.”

Nikki Usher, professora associada de estudos de comunicação da Universidade de San Diego e autora do livro de 2021 “Notícias para os Ricos, Brancos e Azuis: O que o Declínio do Jornalismo Significa para a América”, diz que, em teoria, a redação não deve desempenhar um papel importante na busca do jornalismo.

“Em um nível, repórteres e fotógrafos não deveriam estar em redações porque deveriam estar reportando, certo?” Usher diz, observando que alguns repórteres tradicionalmente trabalham na prefeitura, na casa do estado ou na sede da polícia. “Alguns beats nunca estiveram realmente localizados em redações, e eles continuaram bem. Bons jornalistas não devem necessariamente precisar de redações para fazer seu jornalismo.”

Mas ao mesmo tempo, acrescenta Usher, o jornalismo muitas vezes é melhor em meio à colaboração. “Coisas acontecem pessoalmente que não acontecem para a maioria das pessoas quando estão conversando no Slack”, eles dizem. “Você fala sobre histórias, ângulos e fontes. As conversas regulares que você pode ter, você não está tendo.”

Quando as pessoas não estão saindo de seus bairros, isso cria uma miopia sobre as questões que importam para as cidades e condados em geral.

Nikki Usher, autora de “Notícias para os Ricos, Brancos e Azuis: O que o Declínio do Jornalismo Significa para a América”

A localização da redação – e o deslocamento para chegar lá – pode ser tão significativa quanto a própria redação, diz Usher. Alguns jornalistas podem morar em bairros de luxo e teriam uma visão ampla da cidade ao passar por outros bairros para chegar a uma redação muitas vezes localizada no centro urbano – embora, à medida que as empresas lucraram com seus imóveis, algumas redações tenham se afastado da ação.

“Quando as pessoas não saem de seus bairros, isso cria uma miopia sobre as questões que importam para as cidades e condados em geral. O Washington Post sempre publica essas histórias de sopradores de folhas no outono… “Se você é um jornalista em um bairro de sopradores de folhas, você deve se certificar de passar algum tempo em um bairro onde não tenham sopradores de folhas.”


3 É DEMAIS


Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. O que está por trás da Inteligência Artificial na publicidade? Entenda nesta matéria do Meio & Mensagem.
  2. As tendências mais críticas do consumo em 2024. Veja neste estudo publicado pela Adweek.
  3. A Inteligência Artificial é o fim dos influencers? Veja nesta reportagem do Inglês The Drum.

Leia também – Você de fato sabe o que sua audiência quer editorialmente de você?



Transforme tendências em ações

Deixa eu contar uma novidade em primeira mão para você, nos últimos meses, nossa equipe trabalhou muito para criar um material único. Esse esforço tem um propósito claro – transformar significativamente o dia a dia de publishers em todo o Brasil.

Agora, estamos oficialmente lançando o Guia “Como Transformar Tendências em Ação“, que foi escrito em colaboração com mais de 20 profissionais e abrange estratégias fundamentais para superar os desafios e capitalizar as oportunidades dentro do dinâmico âmbito do jornalismo digital.

Para marcar o lançamento oficial, queremos te convidar para uma live super especial dedicada ao nosso guia. Vai ser no dia 07/03, às 20h (horário de Brasília), e tenho certeza que você vai querer fazer parte deste momento! Vai ser a oportunidade perfeita para conhecer dicas que podem transformar seu veículo de notícias local. Vamos juntos nessa?


Como criar novas linhas de receita com a criação de NFTs

NFTs são a ponta do iceberg na revolucionária Web3, a próxima fase da internet. Web3 representa a evolução da web como a conhecemos, promovendo uma internet mais descentralizada, segura e que coloca o poder nas mãos dos usuários, em vez de grandes corporações (assista este TED). Ela se apoia em tecnologias como blockchain, criptomoedas e, claro, NFTs, para garantir propriedade, autenticidade e transações transparentes.

Dentro desse universo da Web3, os NFTs, ou Tokens Não Fungíveis, brilham como uma das inovações mais empolgantes. Ao contrário das criptomoedas, que são fungíveis, ou seja, um bitcoin tem o mesmo valor que outro bitcoin, cada NFT é único. Eles funcionam como certificados de propriedade digital para qualquer coisa, desde arte e música até textos e tweets. Essa unicidade e prova de propriedade são garantidas pela blockchain, tornando os NFTs perfeitos para autenticar, possuir e comercializar bens digitais exclusivos.

Agora, vamos explorar 5 maneiras criativas de como um blog de notícias local pode utilizar NFTs para inovar, engajar sua comunidade e gerar receita:

  1. Reportagens Exclusivas como NFTs: Transforme reportagens especiais, entrevistas exclusivas ou séries de artigos em NFTs. Isso não só valoriza o conteúdo jornalístico, oferecendo aos leitores uma forma de possuir uma peça única da história local, mas também abre uma nova fonte de receita para o blog.
  2. Fotografia e Arte Local em NFT: Colabore com artistas e fotógrafos locais para criar obras de arte digitais ou fotografias como NFTs. Além de promover talentos da região, isso cria uma nova linha de receita e engaja a comunidade em torno da cultura local.
  3. Eventos Comunitários Virtuais: Organize eventos virtuais exclusivos, como workshops, palestras ou encontros com personalidades locais, e ofereça ingressos em forma de NFT. Isso garante uma experiência única para o portador do NFT e uma nova forma de monetizar eventos.
  4. Arquivos Históricos Digitais: Digitalize e transforme arquivos históricos, documentos e fotos antigas da comunidade em NFTs. Isso não só preserva a história local de uma forma moderna, mas também permite que membros da comunidade possuam e contribuam para a conservação da história local.
  5. Campanhas de Crowdfunding com Recompensas em NFT: Inicie campanhas de financiamento coletivo para projetos especiais do blog, oferecendo NFTs exclusivos como recompensa por contribuições. Isso pode incluir desde edições limitadas de conteúdo até experiências exclusivas com a equipe do blog ou personalidades locais.


Essas ideias representam apenas o começo do que é possível fazer com NFTs em um contexto de notícias locais. Ao adotar essa tecnologia, blogs podem não só encontrar novas formas de gerar receita, mas também fortalecer a conexão com sua comunidade, promovendo uma maior interação e engajamento.

Texto x Vídeo: confronto que não existe

O texto é uma ferramenta simples e poderosa. A escrita é uma técnica muito democrática e acessível a todos. Precisa-se de quase nada, além de inspiração e treino para você produzir uma boa obra textual.

Já o vídeo é elitista. Ele demanda equipamentos e habilidades especiais para a criação de um bom trabalho.

O vídeo é um upgrade do texto, pois sem um bom texto (roteiro) dificilmente nascerá um bom vídeo.

Nesta semana, a revolucionária tecnologia da inteligência artificial generativa, deu mais um salto com o lançamento da SORA – a solução text-to-video da OpenAI.

Um salto gigante que pode acelerar a transformação de veículos de notícias locais. Tradicionalmente, a grande maioria dos portais de notícias não tem capacidade para produção massiva de conteúdos em vídeo.

Tudo isso pode mudar agora, com custo baixíssimo. E o melhor, feito a partir de texto. Aquela técnica que certamente você domina.

Se eu fosse você, já iniciaria treinamentos e políticas editoriais para implementar a novidade o mais rápido possível.

O que um dia foi privilégio de poucos estará disponível para você. E para seus concorrentes, é claro.



Programática com inteligência artificial: que samba que dá?

Reportagem da Forbes responde essa pergunta.

A publicidade programática foi abalada pela revolução da IA. Dadas as transformações que ocorrem em todos os setores devido à proliferação de ferramentas e fluxos de trabalho orientados por IA, isto não deve ser surpresa. Na indústria de marketing como um todo, as ferramentas de IA são usadas para tudo, desde a geração de conteúdo até a segmentação e análise.

Espera-se que as receitas globais das ferramentas de IA utilizadas em marketing cresçam cerca de 80 milhões de dólares entre 2023 e 2027, prevendo-se especificamente que os gastos com publicidade viabilizada pela IA atinjam 1,3 biliões de dólares na próxima década. Estas somas astronômicas demonstram a implementação omnipresente destas ferramentas em quase todas as plataformas de publicidade programática e o profundo impacto da IA na indústria como um todo.

Então, para onde vai todo esse dinheiro? Aqui estão alguns dos novos recursos que a IA injeta no espaço publicitário programático, a serviço dos mesmos velhos objetivos que a publicidade sempre teve: envolvimento, conversão e fidelização do cliente.

Você – Como uso Inteligência Artificial?

Quando um anúncio programático é direcionado a uma região específica do mundo, é importante garantir que o idioma seja traduzido – não apenas 1:1 literalmente, mas também que as frases-chave ou expressões idiomáticas corretas sejam usadas para tornar um anúncio compreensível e envolvente para seu público-alvo.

As ferramentas GenAI podem ajudar nisso, com alguns modelos (principalmente o BARD do Google) oferecendo uma ampla variedade de linguagens para trabalhar. Isso permite que as marcas dos anunciantes criem estratégias para diferentes regiões, usando frases específicas no idioma local que irão capturar e manter a atenção do público-alvo.

Isso é especialmente útil em anúncios nativos, gráficos e em vídeo, onde você poderá usar apenas algumas palavras para chamar a atenção do usuário. Garantir que sejam as palavras “certas” para gerar conversa depende tanto do conteúdo quanto do idioma.

Local de destino programático

Imagine um cenário em que, digamos, o modelo mais recente do iPhone acaba de ser lançado. Ao mesmo tempo, você está pensando em comprar um novo telefone, talvez navegar online – e agora, por acaso, você está sentado em uma cafeteria a alguns quarteirões da loja da Apple.

À medida que você percorre as manchetes sem pensar, um anúncio direcionado programaticamente para você deve aparecer, lembrando que este novo iPhone acabou de ser lançado e, potencialmente, está à venda. Este anúncio deve ser curto, conciso e não perturbador – mas deve motivá-lo a se levantar, entrar naquela loja da Apple e conferir aquele novo telefone.

O momento do seu interesse e sua localização específica ao receber este anúncio podem ser aproveitados por ferramentas de IA, permitindo que os anunciantes o direcionem quando houver maior probabilidade de fazer uma compra.

Contabilização das diferenças culturais

Digamos que o PlayStation ou o Xbox e outras plataformas CTV estejam tentando anunciar os produtos mais recentes e, devido a alguns dados demográficos cruzados, estejam tentando sincronizar seus anúncios programáticos com eventos esportivos populares.

Estes anúncios terão, por definição, uma aparência diferente nos Estados Unidos, onde o termo “futebol” se refere a um desporto, versus no Reino Unido, onde se refere a outro.

Como resultado, palavras-chave diferentes terão de ser usadas nos anúncios desses respectivos países, mesmo que (em ambos os casos) o videogame esteja sendo anunciado em conexão com algum “grande jogo”. Caso contrário, as taxas de conversão serão muito mais baixas, mesmo em anúncios tematicamente semelhantes.

Criação de recursos visuais espetaculares

Nem é preciso dizer que o conteúdo visual gerado por IA avançou para um nível verdadeiramente superlativo.

E mesmo que o AIGC não esteja a ultrapassar a capacidade artística ou criativa humana, fornece certamente conteúdo visual de alta qualidade de forma mais rápida e expansiva do que os humanos seriam capazes de fazer sozinhos.

Considere um anúncio recente da Coca-Cola, intitulado “Obra-prima”, que está sendo aclamado como “impressionante” – e citado como um excelente exemplo de artistas humanos e ferramentas de IA trabalhando juntos para produzir um produto transformador (em oposição a um produto que substitui o outro).

Anúncios como esse elevam o nível de recursos visuais, construção de mundo e narrativa em publicidade programática e são um exemplo inspirador do que é possível alcançar.

Aprimoramento de DSP, SSP e Ad Exchange (RTB)

A um nível técnico amplo, a IA teve um impacto significativo num ecossistema programático que contém DSP (plataforma do lado da procura), SSP (plataforma do lado da oferta) e bolsas de anúncios que utilizam processos RTB (licitação em tempo real).

As ferramentas de IA mais recentes utilizam algoritmos de aprendizado de máquina para analisar grandes quantidades de dados e tomar decisões de licitação em tempo real.

Como resultado, as empresas podem direcionar os anúncios com mais precisão, otimizando o posicionamento dos anúncios e prevendo melhor o comportamento do usuário. O retorno são taxas de conversão mais altas (e, claro, menos dinheiro desperdiçado em anúncios que não geram conversão).

A IA também ajuda no combate à fraude publicitária (como falsas representações do envolvimento do utilizador através da utilização de bots de clique), detectando e bloqueando impressões fraudulentas ou não visíveis, bem como permitindo uma monitorização adicional da qualidade geral das trocas de anúncios. 


Hackeie sua própria cultura

A sua volta existe um mar recorrente de matéria bruta que rende matéria apurada para você, editor: a cultura da sua região.

Um editor/publisher local pode aproveitar a riqueza das festas e cultura da região de diversas maneiras. Abaixo algumas ideias bem simples.

  1. Cobertura ampla e detalhada dos eventos locais, destacando a história, significado cultural e participantes envolvidos.
  2. Criação de conteúdo multimídia, como vídeos e podcasts, para oferecer uma experiência mais imersiva aos leitores.
  3. Colaboração com artistas locais, músicos e escritores para produzir conteúdo exclusivo relacionado às festas e cultura da região.
  4. Organização de concursos ou enquetes sobre os eventos locais, incentivando a participação da comunidade.
  5. Realização de entrevistas com líderes comunitários e organizadores de eventos para oferecer insights e perspectivas únicas sobre a cultura local.
  6. Promoção de guias e roteiros turísticos que destaquem as festas e pontos culturais da região, incentivando o turismo local.
  7. Utilização das redes sociais e plataformas digitais para compartilhar conteúdo em tempo real e interagir com a audiência durante os eventos.



3 É DEMAIS

(Este artigo é a reunião de artigos internacionais sobre o tema).

Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. A morte de Abílio Diniz, no Meio & MensagemConsulte aqui.
  2. Gama, a plataforma programática da Globo, completa um ano. Na reportagem do Propmark. Aqui.
  3. O BBB é bom ou pode ser ruim para as marcas? Resposta na reportagem do adnews. Clique e leia.



Pinterest destaca as principais tendências de cores para 2024

O Pinterest destacou as principais tendências de cores para 2024, com base em uma análise detalhada de seu relatório Pinterest Predicts.

A equipe do Pinterest’s House of Creative selecionou termos de busca relacionados a cores e identificou cinco paletas principais que ressoarão com o público este ano: Gummy Pink, Desert Orange, Aqua Blue, Moss Green e Mocha Brown.

Essas cores foram escolhidas após uma investigação profunda nas tendências culturais e de design, incluindo moda e design de interiores. O objetivo é ajudar os profissionais de marketing a entender essas tendências para orientar suas abordagens criativas.

Para acessar o relatório completo clique aqui.

3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.

3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.


Você – A Mídia vai acabar?

Aurora News – Se você faz essa pergunta porque tem dúvida da resposta, cuidado. Você não deveria ter essa dúvida, embora o cenário não esteja para peixe. Talvez só para tubarões.

Não, a mídia não vai acabar. Mas ela já mudou muito e vai continuar mudando. Sua única chance nesse cenário é mudar junto. Algumas dicas:

Entenda as plataformas tech como frenemies, uma expressão em inglês muito legal, que junta “friends” (amigos), com “enemies” (inimigos). Assim, frenemies são as duas coisas. Sem as plataformas tech, seu negócio ficará sempre no rame rame de um alcance pequeno, que não vai ser sustentável para o seu negócio.

Algo que tem a ver com essa primeira dica: crie sua própria comunidade com base em dados proprietários seus. As plataformas tech pegam dados de sua audiência, usam seu conteúdo e monetizam tudo isso. Para depender menos dessa relação, você tem que fazer o mesmo: pegar seus próprios dados e monetiza-los, vendendo-os na forma de performance para seus anunciantes (explico melhor isso adiante).

A mídia não vai acabar porque mesmo com as mais avançadas transformações, mídia é aquilo que fica entre o anunciante e o público consumidor.

Nesse meio está você, tudo que é conteúdo (mesmo aquele produzido pelos próprios anunciantes), estão as plataformas de tecnologia, as redes sociais, enfim, todos os conteúdos, mensagens, canais e meios para se comunicar com os públicos e audiências em geral.

A mídia não vai acabar, mas se você não se adaptar, você vai.

Você – Como aumento minha receita?

Aurora News – Deixando de se entender como uma empresa exclusivamente de mídia e se entendendo como uma máquina geradora de oportunidades, negócios e conversão para seus parceiros comerciais (com ênfase neste último item).

“Parceiros comerciais” significa dizer que você deixa de olhar quem investe no seu negócio exclusivamente como “anunciante”.

Os anunciantes só fazem anúncios nas suas propriedades de comunicação, porque você só oferece mídia para eles. E se você oferecer um público que compra os produtos dele e ajudar na conversão de vendas?

Aí, eles deixam de ser anunciantes e você deixa de ser “veículo”, para se tornar um sócio dessas empresas.

Tem outras formas de aumentar a receita:

  • Fazer eventos;
  • Promover e vender cursos;
  • Unir-se a outros iguais a você e fazer pacotes comerciais comuns.


Você – Como uso Inteligência Artificial?

Aurora News – Existem inúmeras formas de você usar Inteligência Artificial hoje no seu negócio.

Na redação – existem vários programas editoriais a disposição.
Em imagens – idem.
Na área comercial – dados, como falamos acima… a IA ajuda a que eles sejam mais acessíveis e mais precisos.
Na gestão do negócio – hoje você pode usar IA para fazer planilha, para fazer relatórios internos de reunião, para controlar atividades cotidianas na agenda, enfim, ferramentas de gestão.

Nunca tanta informação esteve ao alcance de tanta gente de graça como hoje na internet. Busque as respostas para essas perguntas e aproveite para criar outras perguntas mais você mesmo, sem nunca ficar satisfeito se não tiver resposta para todas elas.

Não durma no ponto. Não se acomode. Se mexa. Pare de reclamar, pesquise. Leia. Aprenda. Entenda. E aja. Já.


“Está todo mundo pirando”: grandes publishers malucos (como você) com a Inteligência Artificial.

3 perguntas que é melhor o jornalista saber as respostas.

A boa notícia é que você não está sozinho. Os maiores grupos de comunicação editorial do mundo estão bem doidinhos também em como usar as novas ferramentas de Generative AI.

Em excelente matéria sobre o tema, com o título The New York Times Has Had a Summer of AI Anxiety: “They’re Freaking Out”, a Vanity Fair faz uma matéria sobre o New York Times, mas fala de outros também.

Vou traduzir o início do texto, para facilitar sua vida, mas vale ler a matéria inteira.

“A organização de notícias mais influente do país passou o verão angustiada com relação à inteligência artificial. “Não coloque nenhuma informação proprietária, incluindo artigos do Times publicados ou não publicados, em ferramentas de IA generativa, como ChatGPT, Bing Chat, Bard ou outras”, escreveram em um e-mail aos funcionários da redação e de opinião o editor-gerente adjunto do New York Times, Sam Dolnick, o editor-gerente adjunto Steve Duenes e a diretora de fotografia Meaghan Looram, em 27 de junho. Isso inclui “notas de suas reportagens… dados financeiros ou de audiência internos, ou código de nossos produtos ou histórias”, disse a equipe de gestão. “Não use ferramentas de IA generativa em nenhum aspecto de nosso jornalismo sem obter aprovação, até explorarmos mais as oportunidades e os riscos que elas trazem”, continuou o memorando, que observou que “os termos de uso público para quase todas essas ferramentas também trazem riscos legais significativos para proteger nossa propriedade intelectual e outros direitos.” Mesmo antes de o e-mail ser enviado, fui informado, a administração começou a reprimir internamente, alertando alguns chefes de departamento diretamente sobre colocar quaisquer artigos ou reportagens em modelos de IA. “Eles estão pirando”, disse um funcionário do Times.”

Para entender onde isso pode dar, leia a Matéria inteira aqui.


O Futuro da Publicidade Programática: 5 Previsões para 2024

(Este artigo é a reunião de artigos internacionais sobre o tema).

Tecnologia de IA, Publicidade sem Cookies e Contextual, e mais desenvolvimentos empolgantes delineiam o futuro da publicidade programática em 2024.

Previsões sugerem que a publicidade programática comandará 87% dos investimentos globais com anúncios digitais até 2026, impulsionada por tecnologias em evolução e regulamentações em mudança, como o fim dos cookies de terceiros, o que elevou a importância dos dados de primeira parte (first party date).

Enquanto isso, a IA e o aprendizado de máquina estão revolucionando o direcionamento de anúncios e a eficiência. À medida que a publicidade programática continua a evoluir rapidamente, ficar atualizado é crucial para os profissionais de marketing que desejam se manter à frente.

1.Tecnologia de IA Continua a Aprimorar a Publicidade Programática

Em 2024, podemos esperar que a IA e o aprendizado de máquina aprimorem ainda mais as habilidades da publicidade programática. A promessa da IA reside em sua capacidade de transformar o direcionamento em algo próximo a uma forma de arte, criando modelos sofisticados que aproveitam um amplo espectro de pontos de dados. Os anunciantes utilizarão a IA para filtrar pistas contextuais, padrões de comportamento e dados de primeira parte inestimáveis para alcançar seu público com uma precisão sem precedentes.

A personalização em escala se tornará cada vez mais fácil de alcançar à medida que a IA amplia a personalização dos anúncios de acordo com as preferências e interesses individuais, tornando os anúncios genéricos coisa do passado.

Ao mesmo tempo, a capacidade da IA de otimizar a entrega de anúncios será aprimorada, garantindo que o momento da entrega do anúncio se alinhe perfeitamente com o envolvimento do usuário, o que limitará o desperdício de anúncios e aprimorará a eficácia da campanha.

Além disso, a IA trará um novo nível de clareza para a análise de campanhas. O desenvolvimento de ferramentas de medição transparentes e precisas, alimentadas por IA, oferecerá aos anunciantes insights cristalinos sobre o desempenho da campanha. Essa visibilidade capacitará os anunciantes a tomar decisões bem fundamentadas, otimizando os gastos com anúncios para obter o máximo impacto e eficiência.

2.O Surgimento de Mais Soluções de Identidade sem Cookies

A indústria da publicidade programática está se reorientando rapidamente para soluções de identidade centradas na privacidade e sem cookies. Com a mudança da indústria para longe dos cookies de terceiros, os anunciantes estão adotando métodos alternativos que prometem um equilíbrio entre a privacidade do usuário e a eficiência direcionada.

Essas inovações marcam um salto significativo em direção a um ecossistema publicitário mais sustentável e consciente da privacidade, prometendo um renascimento na forma como entendemos e alcançamos públicos.

Por exemplo, os anunciantes estão recorrendo cada vez mais a dados de primeira parte (first party data), coletados diretamente e com consentimento, para informar suas campanhas. Isso não apenas está alinhado com regulamentações de privacidade mais rigorosas, mas também garante relevância e precisão dos dados.

Além disso, a mudança amplifica o papel do direcionamento contextual, permitindo que os anúncios se alinhem ao conteúdo em vez do histórico do usuário, preservando assim a privacidade do usuário – uma grande preocupação no cenário publicitário atual.

Ao mesmo tempo, estão surgindo modelos sofisticados orientados por IA, possibilitando a previsão dos interesses do usuário por meio da análise de pontos de dados não intrusivos, como comportamento de pesquisa e histórico de navegação, sem comprometer identidades individuais. Essa abordagem sutil promete manter a eficácia da publicidade direcionada em um mundo pós-cookie.

A eficiência na entrega de anúncios também tem potencial para se beneficiar, já que soluções sem cookies significam menos dados sendo transferidos entre as partes, otimizando todo o processo. 

3.O Renascimento do Contextual

Embora intimamente ligado ao surgimento de novas soluções sem cookies, o direcionamento contextual merece sua própria menção. O crepúsculo iminente dos cookies de terceiros está anunciando um ressurgimento da mídia contextual, que está se configurando como uma tendência predominante dentro da publicidade programática.

Neste cenário emergente, o foco passa dos dados individuais do usuário para a relevância do conteúdo onde os anúncios são colocados.

À medida que os anunciantes navegam em um ambiente mais centrado na privacidade, alinhar os anúncios com o conteúdo das páginas da web ou vídeos apresenta uma estratégia não intrusiva, mas eficaz para alcançar o público-alvo.

4.Mais Ofertas Programáticas

O cenário da publicidade programática está testemunhando uma expansão significativa à medida que mais empresas se aventuram no espaço da adtech, fortalecendo suas fontes de receita ao oferecer seus dados e inventário de anúncios para parcerias programáticas.

Essa mudança indica um reconhecimento crescente do valor que a publicidade programática traz à mesa em termos de direcionamento preciso e maximização da receita publicitária.

Considere o gigante da entrega de supermercado Instacart, que colaborou com The Trade Desk uma oportunidade única para marcas de Produtos de Consumo Embalados (CPG) alavancarem as forças de ambas as empresas em dados e tecnologia publicitária e oferecer soluções publicitárias mais personalizadas e eficazes.

No mundo do streaming, a Disney Plus está pavimentando o caminho com sua camada com suporte de anúncios, que, segundo o Marketing Dive, não apenas amplia a escolha do espectador, mas também abre novas oportunidades para publicidade direcionada e recursos de medição abrangentes, trazendo uma vantagem sofisticada para as ofertas programáticas dentro da indústria de streaming.

Além disso, editoras tradicionais como The New York Times estão reentrando na arena programática, com seu aplicativo reintroduzindo anúncios programáticos. É um jogo estratégico para otimizar a receita publicitária, enquanto ainda mantém controle sobre a experiência do usuário e a qualidade dos anúncios veiculados.

5.A Expansão de Canais Existentes

Alavancar oportunidades multicanais para criar campanhas coesas será uma estratégia vencedora para anunciantes em 2024.

A publicidade em vídeo programático está transcendendo seus limites originais, movendo-se dos reinos de TV Conectada (CTV) e plataformas Over-The-Top (OTT) para a televisão linear. Um exemplo dessa expansão é a incursão da AMC Networks na compra de anúncios programáticos para TV linear, uma iniciativa pioneira facilitada por parcerias com The Trade Desk e FreeWheel.

No entanto, prevê-se que a CTV continue sua busca pela dominação mundial, e os anunciantes continuarão encontrando maneiras inovadoras de aproveitar seu alcance e capacidades de personalização incomparáveis.

Os gastos com anúncios em CTV atingiram a marca recorde de US$ 1 bilhão em 2023, uma tendência que continuará à medida que avançamos para 2024. Até 2028, espera-se que os anúncios em CTV gerem US$ 42,5 bilhões para os anunciantes.




3 É DEMAIS


Três notícias ou conteúdos importantes, que você pode não ter lido. 

  1. Em destaque do Meio & Mensagem, acordo do Google com SBT, Bandeirantes, CNN e Record. Leia aqui.
  2. Investimentos globais em transmissões esportivas serão de US$ 6 Bi. Veja em matéria do Propmark.
  3. IstoÉ lança formato diferenciado de vídeo contando a história de líderes. Veja aqui.

Leia também – Porque se conectar em rede pode transformar o seu negócio



Além das telas: o impacto dos computadores espaciais na produção e consumo de mídia.

Nos últimos anos, a indústria da tecnologia tem testemunhado uma revolução silenciosa, mas profunda e significativa, com o surgimento dos chamados “computadores espaciais”, exemplificados pelo inovador Apple Vision. Este avanço não é apenas uma evolução no hardware ou software que usamos todos os dias; é uma redefinição completa da maneira como interagimos com o mundo digital.

À medida que entramos nesta nova era, é essencial entender como esses dispositivos vão alterar o consumo de conteúdo, transformando radicalmente a paisagem para usuários, jornalistas e produtores de conteúdo.


O conceito de computadores espaciais transcende a noção tradicional de dispositivos confinados a telas físicas. Em vez disso, eles integram a computação no ambiente ao nosso redor, permitindo interações que parecem retiradas de um filme de ficção científica. O

Apple Vision, por exemplo, é um pioneiro nesta frente, oferecendo uma experiência imersiva que projeta informações, entretenimento e ferramentas de trabalho no espaço real do usuário. Essa tecnologia não só promete tornar as interfaces mais intuitivas e naturais, mas também prevê uma era onde as barreiras entre o digital e o material são tênues.


A principal mudança trazida pelos computadores espaciais está na forma como consumimos conteúdo. Tradicionalmente, a experiência digital é limitada pela necessidade de focar em telas pequenas ou monitores. Com a computação espacial, o conteúdo pode ser exibido em qualquer superfície ou espaço ao redor do usuário. Imagine assistir a um tutorial de culinária projetado na sua bancada de cozinha ou participar de uma conferência virtual onde os palestrantes parecem estar na mesma sala que você. Esta tecnologia está redefinindo o que significa “navegar na internet” ou “assistir a um vídeo”, tornando o consumo de conteúdo uma experiência mais envolvente e interativa.


Para jornalistas e produtores de conteúdo, esta nova era representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. A capacidade de apresentar informações e entretenimento de maneiras radicalmente novas exige uma reimaginação da criação de conteúdo. Não se trata mais apenas de escrever textos ou produzir vídeos para serem visualizados numa tela plana. Agora, é possível criar experiências tridimensionais que envolvem o usuário de maneira completa. Seja por meio de tours virtuais imersivos, demonstrações interativas de produtos ou narrativas que utilizam o espaço ao redor do consumidor para contar uma história.

Dicas práticas para jornalistas e produtores de conteúdo na era dos computadores espaciais incluem:

Pense em 3D: Ao criar conteúdo, considere como os elementos podem ser distribuídos e interagir no espaço tridimensional. Isso pode significar repensar como as histórias são contadas ou como as informações são apresentadas, para aproveitar ao máximo o ambiente espacial.

Interatividade é chave: Explore maneiras de tornar o conteúdo não apenas visualmente imersivo, mas também interativo. Permita que os usuários interajam com elementos do conteúdo de maneira intuitiva, aumentando o engajamento e a retenção de informações.


Personalização e contextualização: Use a tecnologia para oferecer experiências personalizadas e contextualizadas. Os computadores espaciais têm o potencial de ajustar o conteúdo com base na localização do usuário, no horário do dia e até mesmo em preferências pessoais, criando uma experiência altamente relevante e envolvente.


Capacitação técnica: Para os criadores de conteúdo, é fundamental estar à frente no entendimento e na implementação das novas ferramentas e plataformas de desenvolvimento que surgem com os computadores espaciais. Investir em formação técnica e parcerias pode ser um diferencial.


A nova era dos computadores espaciais, simbolizada pelo Apple Vision, está remodelando o panorama digital de maneiras que apenas começamos a entender. À medida que essa tecnologia avança, ela promete não apenas mudar como interagimos com o mundo digital, mas também como vivenciamos e compreendemos o próprio conceito de realidade. Para jornalistas e produtores de conteúdo, adaptar-se e inovar nesse ambiente emergente.

Você de fato sabe o que sua audiência quer editorialmente de você?

Você de fato sabe o que sua audiência quer editorialmente de você?

Não duvido de sua capacidade de entender a sua audiência. Mas é frequente acontecer que os produtores de conteúdo acreditarem que sabem o que cai de fato no gosto de quem o acompanha, mas estarem equivocados. Sei na prática, já aconteceu comigo. Várias vezes. 

Somos editores, não donos da verdade. E definitivamente não sobre o que nossa audiência pensa ou prefere. 

Por isso vai aqui uma palavrinha mágica: pesquisa. 

E minha provocação é: seu modelo de negócios editorial está de fato funcionando? 

Outra perguntinha incômoda: está movendo sua empresa em direção ao lucro ou ao prejuízo?  

E aqui uma verdade absoluta: editores precisam fazer pesquisas para sobreviver.  

Simples: sua pesquisa de público mostra o conteúdo que você precisa criar e você será capaz de criar exatamente (não aproximadamente) o tipo de conteúdo necessário para otimizar sua receita. 

A métrica básica do seu sucesso é uma só: retenção da audiência.   

Isso não quer dizer que a conversão não seja essencial, simplesmente não é a métrica decisiva que gera receita para os editores ao longo do tempo. 

Leia este artigo sobre a relevância da pesquisa, como fazê-la e como aplicar na prática seus resultados. 


A maior parte do conteúdo da internet será sintético em dois anos

Como jornalistas podem ser empresários autônomos

O poder disruptivo da inteligência artificial (IA) irá varrer o espaço da informação este ano, num momento de intensa volatilidade política e econômica em todo o mundo. As implicações para a confiabilidade da informação e a sustentabilidade dos principais meios de comunicação serão provavelmente profundas num ano em que serão marcadas eleições críticas em mais de 40 democracias, com guerras que continuam a ocorrer na Europa e no Médio Oriente.  

Neste contexto – e com uma previsão que sugere que a grande maioria de todo o conteúdo da Internet será produzido sinteticamente até 2026 – os profissionais e as organizações noticiosas terão de repensar o seu papel e propósito com alguma urgência. 

Mas não é apenas o conteúdo que será turbinado, a distribuição também está preparada para uma grande reviravolta. Este será o ano em que as Search Generative Experiences (SGE) começarão a ser implementadas na Internet, juntamente com uma série de chatbots baseados em IA que oferecerão uma forma mais rápida e intuitiva de chegar à informação.  

Após declínios acentuados no tráfego de referência do Facebook e do X (antigo Twitter), é provável que estas mudanças, ao longo do tempo, reduzam ainda mais os fluxos de audiência para sites de notícias estabelecidos e coloquem ainda mais pressão sobre os resultados financeiros.  

Isso se complica um pouco mais se entendermos que as novas gerações têm baixa relação de engajamento e até respeito pelo que chamamos de mídia editorial tradicional. Marcas seguirão sendo importantes nesse contexto, porque serão elas que garantirão maior segurança e confiabilidade num ambiente de conteúdo prioritariamente sintético.  

Porém, para os jovens, os conteúdos sintéticos são OK.  

Quanto mais você entender o que de fato seu público deseja e produzir (sinteticamente que seja, já que você pode usar esse recurso também) o que ele de verdade prefere, mais você terá chance de encantá-lo. 

Daí o artigo aí de cima ganha ainda mais relevância. 

O que fará a diferença não será mais como você produz seu conteúdo e gera sua informação, mas como a organiza e edita a partir das reais preferências do seu público e audiência.  

As máquinas serão insuperáveis no volume e na velocidade. Você precisa ser melhor que elas no entendimento, acurácia e conhecimento de como conversar e engajar seu público. 


 
A Inteligência Artificial vai mudar seu negócio para sempre. Veja como.

Estudo da Deloitte aí abaixo faz uma análise do impacto e como você pode se preparara para ele. 

Como diz o próprio estudo, espera-se que a IA generativa transforme a indústria editorial em várias frentes e a sobrevivência provavelmente exigirá que os executivos se adaptem com uma mentalidade transformacional. Como a IA generativa pode criar conteúdos únicos com a velocidade do computador, está preparada para impulsionar uma mudança tectónica nas forças de mercado subjacentes ao ecossistema editorial tradicional de anunciantes, parceiros estratégicos e funções empresariais essenciais. 

Onde o jornalista deve focar

Os editores devem reconsiderar questões fundamentais relacionadas aos seus negócios, incluindo: 

  1. Como está mudando a economia da propriedade intelectual e do conteúdo arquivístico?
  2. Quais são as perspectivas para o tráfego da Web e para as receitas publicitárias quando a informação é cada vez mais proveniente do próprio motor de pesquisa?
  3. Como um editor pode manter sua marca e seus diferenciais de valor à medida que o conteúdo gerado por IA inunda o mercado com qualidade, profundidade e amplitude crescentes?

Embora a IA generativa esteja apenas a emergir, é claro que provavelmente terá impacto no mundo do publishing editorial nestas três áreas principais, e as empresas devem agir agora para aproveitar as oportunidades e estarem preparadas para os riscos. 

Veja o estudo aqui. 



3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

  1. Como NÓS, operaçao de out of door e mídia, criou plataforma para envolver periferiaLeia nesta reportagem do Meio & Mensagem. 
  2. A briga entre a Universal e o TikTok. Veja nesta matyéria do Adnews. 
  3. Como 14 categorias do marketing serão afetadas pela IA em 2024Descubra deste estudo do Mundo do Marketing. 

    Leia também – As grandes tendências para os jornalistas em 2024



Melhore seus prompts na criação de imagens com AI

Em um ambiente onde a inteligência artificial expande continuamente os limites da expressão criativa, DALL-E se destaca como um avanço revolucionário. Desenvolvido e lançado no mercado pela Open-AI, este modelo de IA tem redefinido a maneira como as pessoas percebem e criam conteúdo visual.

É exatamente por isso que é essencial aprender a elaborar prompts de maneira eficaz! Dominar essa habilidade irá impulsionar sua imaginação e inovação. Se você está se perguntando como dominar essa técnica, não se preocupe! Vou te mostrar tudo relacionado a prompts, permitindo que você aproveite ao máximo o potencial dessa ferramenta de IA e crie designs incríveis.

O que são prompts do DALL-E?

Os prompts do DALL-E são descrições textuais precisas das imagens que você deseja gerar. Esses prompts podem ser descrições simples ou cenários mais complexos e criativos. O DALL-E interpreta os prompts e gera imagens o mais próximo possível da narrativa fornecida.

Ele utiliza seu treinamento em um vasto conjunto de dados de imagens e suas narrativas textuais para representar visualmente a cena ou objeto que você indicou.

Como escrever prompts para o DALL-E?

Escrever prompts para o DALL-E é simples, mas alcançar os resultados desejados pode ser um desafio. Se você deseja aproveitar ao máximo os benefícios da inteligência artificial para gerar uma imagem, deve escrever um ótimo prompt.

Aqui estão cinco dicas para ajudá-lo a criar prompts eficazes:

1. Mantenha simples

Ao escrever prompts, a IA só será tão boa quanto as informações que você fornecer. Se está começando, use instruções simples e claras que o DALL-E possa entender facilmente.

Usar prompts simples ajuda a entender como a ferramenta funciona. Você verá como ela responde a diferentes instruções e que tipos de imagens pode criar. Isso também ajudará a melhorar, aprendendo o que funciona melhor ao pedir imagens.


2. Seja descritivo

A precisão é fundamental ao interagir com o sistema. Especificidade nos prompts garante a geração de imagens alinhadas com sua visão. Lembre de quando você está lendo um bom livro e o autor fornece detalhes da história, de uma cena, você consegue imaginar ela. É a mesma lógica aqui. Inclua também atributos específicos como tamanho, cor e forma para refinar as imagens geradas.


3. Experimente combinações de prompts diferentes

Experimentar é crucial. O ideal é testar várias combinações de palavras, frases ou conceitos para explorar diferentes interpretações. A versatilidade da AI permite que ele produza saídas diversas a partir de entradas variadas.


4. Mencione a perspectiva

Adicionar perspectiva aos seus prompts pode impactar significativamente as visuais. Considere informar à IA de qual ponto de vista você deseja a visualização. Por exemplo, mencione se deseja a imagem do ponto de vista de um pássaro ou de uma pessoa no topo de um prédio de 50 andares. Considere também incluir elementos de tamanho, cores e perspectivas nos seus prompts. Especifique dimensões, cores, orientações e quaisquer atributos únicos que deseja na imagem gerada.


5. Teste e Refine

Experimente com diferentes frases e detalhes em seus prompts. Teste qual narrativa lhe dá os melhores resultados. Você pode continuar refinando seus prompts com base nos resultados obtidos.

Lembre-se que o DALL-E, assim como outros sistemas de AI, possuem suas limitações. Então tenha paciência e vá descobrindo o que melhor funciona para o seu caso. As imagens incríveis que vemos por aí nem sempre são produzidas na primeira tentativa. Bora criar!

Quero que você entenda que, quando falo de design, não é apenas do visual. Estamos falando muito além disso, pois design pode e deve estar em tudo o que o negócio faz. Do modelo de negócio aos fluxos de atendimento.  

É sobre o pensamento de design. 

Se você nunca refletiu por este angulo, deixa eu te listar alguns pontos para ficar mais claro:

  • Design é metodologia, ou seja, uma maneira organizada de executar um projeto. Você pode usar vários tipos de metodologias, e servem tanto para construir um foguete ou criar uma lista de compras para o mercado, os princípios são os mesmos.
  • Fatiar grandes problemas em pequenos pontos, para que você tenha mais controle e consiga enxergar mais facilmente soluções.
  • Fazer pesquisas regularmente, e solucionar problemas que sua audiência tenha. Designers são grandes solucionadores de problemas, e antes de acatar algum, precisamos entender quais são eles.
  • Pesquise, analise, crie protótipos, teste e repita. Esse é o círculo mágico do design. E como você já entendeu, podem ser suas peças gráficas ou até mesmo o fluxo de um e-mail marketing. Design está em tudo.

Trouxe essa reflexão para podermos expandir o nosso repertório de conteúdos e trazer mais informações úteis para o seu negócio relacionadas a design, e quando você ler esta palavra, vai conseguir sacar a dimensão que queremos dar.

Para fechar nosso tempo juntos hoje, quero te indicar um TED incrível com a Margaret Gould Stewart sobre o poder da decisão de design em grandes portais. Vale muito. 

Até semana que vem.



NOTAS DO FUNDADOR

A Publicidade governamental e os portais de notícias locais

As Secretarias de Comunicação (SECOM) de importantes Estados como São Paulo e Minas Gerais estão revendo seus critérios de compra e veiculação de mídia em portais.

Esse movimento certamente irá desencadear alterações em todas as regiões do Brasil.

O objetivo de tais mudanças visa o maior controle, transparência e parametrização dos custos e da entrega das campanhas.

É bastante comum que grandes anunciantes contratem ferramentas de auditoria para garantir alta qualidade e desempenho, além de facilitar o acompanhamento. Portanto, é natural que as SECOMs busquem meios de aprimorar a mensuração.

No fim do dia, teremos campanhas com maior efetividade e como resultado uma sociedade melhor informada sobre os projetos de seus governos.

Adaptação necessária com um cuidado importante

Uma das mudanças que mais impactam pequenos veículos de notícias locais é a mudança da compra por período (por diária, semana ou mês) para o modelo por volume de entrega – o famoso CPM.

Sabemos que a compra por volume é a mais usada no mercado e regula toda transação via mídia programática. No entanto, ela valoriza os veículos que tem volume de entrega.

Grandes receitas somente aparecem com grandes anunciantes. Parece justo, e é. O fim da lógica da mídia é impactar pessoas, levando a mensagem certa no momento certo.

Ocorre que quando você tem uma realidade composta por milhares de municípios abaixo de 5 mil habitantes, essa regra poderá ser muito danosa para os veículos locais.

Essa medida poderá AUMENTAR os Desertos de notícias.

Eu sou um defensor do modelo de CPM mas sou defensor também de valores ALTOS para contextos de população reduzida.

Enquanto se vê negociações de meros 5 reais, chegando muitas marcas pagarem pífio 1 real por mil impactos no programático, as SECOMs precisam pagar valores próximos a 100 reais o CPM para pequenos veículos locais e buscar melhores valores em veículos maiores.

Entre o 8 e o 80, melhor preservar as escassas iniciativas de jornalismo local que ainda temos no interior do País, pagando-se bem.

Caso o objetivo com essas medidas for praticar valores de mídia programática, teremos uma verdadeira devastação de sites de notícias locais no Brasil.

Estamos de olho.

As grandes tendências para o jornalista em 2024

O Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, ligado à Universidade de Oxford, publicou um relatório anual sobre tendências para o jornalismo.

Abaixo, um resumo dos principais achados do estudo, para o jornalista.

  • O poder disruptivo da inteligência artificial (IA) varrerá o espaço da informação este ano, em um momento de intensa volatilidade política e econômica em todo o mundo. As implicações para a confiabilidade da informação e a sustentabilidade da mídia mainstream provavelmente serão profundas em um ano que verá eleições críticas em mais de 40 democracias, com guerras continuando na Europa e no Oriente Médio. Diante desse cenário – e com uma previsão sugerindo que a grande maioria de todo o conteúdo da internet será produzido sinteticamente até 2026 – jornalistas e organizações de notícias precisarão repensar seu papel e propósito com alguma urgência.

  • Mas não é apenas o conteúdo que será turbinado, a distribuição também passará por uma grande reviravolta. Este será o ano em que as Experiências Generativas de Busca (EGB) começarão a ser implementadas na internet, juntamente com uma série de chatbots impulsionados por IA que oferecerão uma maneira mais rápida e intuitiva de acessar informações. 

  • Após acentuadas quedas no tráfego de referência do Facebook e do X (anteriormente Twitter), essas mudanças provavelmente, ao longo do tempo, reduzirão ainda mais os fluxos de audiência para sites de notícias estabelecidos e aumentarão ainda mais a pressão sobre o resultado final. 

  • Em seus momentos otimistas, os editores antecipam uma era em que podem quebrar sua dependência de algumas plataformas de tecnologia gigantes e construir relacionamentos diretos mais próximos com clientes fiéis. Para isso, podemos esperar que os proprietários de mídia criem mais barreiras para o conteúdo este ano, além de envolver advogados caros para proteger sua propriedade intelectual (PI). 

  • Ao mesmo tempo, eles estão cientes de que essas estratégias correm o risco de deixar suas marcas expostas, tornando ainda mais desafiador alcançar audiências mais jovens – muitas das quais já se sentem confortáveis com notícias geradas algoritmicamente e têm laços mais fracos com a mídia e o jornalismo tradicional.

  • Abraçar a IA, enquanto se gerencia todos esses desafios e riscos, será a tônica do ano que se inicia.

  • Além disso, as organizações consultadas afirmaram que apostarão cada vez mais na construção de canais diretos com os consumidores por meio de sites, aplicativos de mensagem, newsletters e podcasts – nos quais podem ter mais controle sobre sua própria audiência e dados.


O que é blockchain e para que serve?

As grandes tendências para o jornalista em 2024

Blockchain Para Leigos: Uma Explicação Simples

Uma blockchain é basicamente uma cadeia de blocos. Os blocos contêm informações digitais – imagine-os como pacotes de dados todos amarrados, como um presente de Natal.

No caso da blockchain do Bitcoin:

  • Dentro de cada bloco, há uma série de transações de Bitcoin que ocorreram dentro de um determinado período.
  • Todos os blocos juntos constituem a blockchain do Bitcoin e testemunham todas as transações que ocorreram desde a sua criação.

Qual foi a Primeira Plataforma que Utilizou uma Blockchain?

O Bitcoin, o primeiro exemplo funcional da tecnologia blockchain, foi inventado como resposta às ineficiências das instituições bancárias centralizadas.

Seu lançamento em 2009 imediatamente após o colapso financeiro de 2007/2008 não é uma coincidência.

O(s) criador(es) do Bitcoin foram inspirados pelo idealismo democrático que incentiva a autonomia individual dentro do sistema monetário.

Onde está localizada uma blockchain?

Por essência, uma blockchain é uma rede de computadores que pode estar espalhada pelo mundo todo.

Os computadores que contribuem para uma determinada blockchain possuem os dados ou transações que já foram registrados nela.

Essa característica específica é o que torna as blockchains descentralizadas e incrivelmente robustas, pois são capazes de sobreviver a quedas de energia e tumultos políticos.

Quanto mais computadores, mais forte é a blockchain. É assim que as blockchains funcionam de maneira descentralizada.

Existem mais de Um Tipo de Blockchain?

Provavelmente existem mais de 10.000 blockchains em existência hoje. A maioria das blockchains é pública ou privada.

Blockchains Públicas. 

Neste exemplo, um software de código aberto é usado por todos que participam da rede. Qualquer pessoa pode participar e a rede tem uma base global. Por exemplo, muitas criptomoedas são construídas em blockchains existentes, sendo os tokens ERC20 o exemplo mais conhecido construído no Ethereum.

Blockchains Privadas. 

Elas usam os mesmos princípios das públicas, exceto que o software é proprietário e hospedado em servidores privados. Empresas como a Walmart estão desenvolvendo suas próprias blockchains para rastrear a logística da cadeia de suprimentos.

Benefícios Técnicos da Blockchain: Uma Visão Geral

A tecnologia blockchain é uma das tecnologias mais promissoras para o futuro de qualquer transação no âmbito dos negócios.

Ela fornece um método de registrar e transferir dados de maneira transparente, confiável e comprovável.

Permite que indivíduos e empresas participem de um sistema de transferência totalmente transparente, democrático e seguro.

Mais importante ainda a eliminação de intermediários, otimizando a produtividade de qualquer cadeia de transações.

 



3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

Esta seção fixa da Aurora News traz sempre 3 notícias e informações que foram publicadas na semana anterior e que você não deveria ter perdido.  

Leia também – Você de fato sabe o que a sua audiência quere editorialmente de você?




Um bom design é bom para os negócios

O design é um fator-chave para o sucesso empresarial e é “a única forma de as empresas se poderem destacar na multidão”, alardeou a McKinsey & Company em um relatório de 2018. 

Se há 6 anos isso já era uma verdade, imaginem no mundo frenético e hiper conectado que estamos vivendo em 2024.

Para nós designers, as conclusões apontadas no estudo não é nenhuma novidade, mas agora temos base cientifica e de longo prazo para nos inspirar.

O famoso relatório mostra diversos dados interessantes, mas o que mais nos chama a atenção é o fato que empresas que investem em design de uma forma ativa cresceram 2x mais em comparação as que não investem. Ou seja, design é bom para os negócios.

Quero que você entenda que, quando falo de design, não é apenas do visual. Estamos falando muito além disso, pois design pode e deve estar em tudo o que o negócio faz. Do modelo de negócio aos fluxos de atendimento.  

É sobre o pensamento de design. 

Se você nunca refletiu por este angulo, deixa eu te listar alguns pontos para ficar mais claro:

  • Design é metodologia, ou seja, uma maneira organizada de executar um projeto. Você pode usar vários tipos de metodologias, e servem tanto para construir um foguete ou criar uma lista de compras para o mercado, os princípios são os mesmos.
  • Fatiar grandes problemas em pequenos pontos, para que você tenha mais controle e consiga enxergar mais facilmente soluções.
  • Fazer pesquisas regularmente, e solucionar problemas que sua audiência tenha. Designers são grandes solucionadores de problemas, e antes de acatar algum, precisamos entender quais são eles.
  • Pesquise, analise, crie protótipos, teste e repita. Esse é o círculo mágico do design. E como você já entendeu, podem ser suas peças gráficas ou até mesmo o fluxo de um e-mail marketing. Design está em tudo.

Trouxe essa reflexão para podermos expandir o nosso repertório de conteúdos e trazer mais informações úteis para o seu negócio relacionadas a design, e quando você ler esta palavra, vai conseguir sacar a dimensão que queremos dar.

Para fechar nosso tempo juntos hoje, quero te indicar um TED incrível com a Margaret Gould Stewart sobre o poder da decisão de design em grandes portais. Vale muito. 

Até semana que vem.



NOTAS DO FUNDADOR

As mudanças no Facebook Ads e Instagram Ads, e o que você tem a ver com isso

Durante os últimos 10 anos, a Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – possibilitou para seus clientes anunciantes a ferramenta mais precisa e completa para gestão de campanhas de mídia digital. Milhões de pequenas empresas e profissionais liberais puderam atrair tráfego e converter em oportunidades e vendas suas iniciativas de marketing.

E como sabemos, isso foi possível por dois fatores principais: alcance e uso de dados. Uma coisa está diretamente ligada à outra. Ao passo que você tem milhões e milhões de pessoas usando, o tempo todo, sua ferramenta e ela tem capacidades quase ilimitadas de coleta e processamento de dados, você tem OURO nas mãos.

Mas tudo isso está mudando graças às iniciativas de garantir às pessoas maior privacidade e controle sobre seus dados pessoais.

A farra dos dados acabou.

A Apple e os principais navegadores (Safari, Mozilla e Brave) restringem a coleta de dados e, como você deve estar sabendo, o Google – último a tomar essa providência – vai eliminar os cookies em meados deste ano.

Bem, já deu para entender que as coisas estão mudando, né? Neste janeiro de 2024, a Meta encerra o uso de segmentações por interesse, cargos e outras técnicas amplamente utilizadas em sua plataforma de anúncios.

Isso fará com o que os anúncios de redes sociais se pareçam muito mais com as opções disponíveis em sites de notícias locais.

A localização e o contexto a partir de conteúdos editoriais específicos, aliada à forte credibilidade são os grandes diferenciais dos portais para anunciantes locais e regionais.

A mudança no maior parceiro (Meta) dos pequenos negócios valoriza seu portal, caro leitor.

No entanto, a necessidade de criar forte engajamento e mecanismos para conhecer cada vez mais suas audiências é absolutamente urgente.

Aproveite essa lacuna e construa modelos inovadores para buscar novos caminhos de monetização.

O relógio não parou, mas essa janela que se abriu pode ser uma rara oportunidade de crescimento no curtíssimo prazo.

Como jornalistas podem ser empresários autônomos

Como jornalistas podem ser empresários autônomos

Há algumas alternativas para o futuro da carreira dos jornalistas, mas não são muitas.

Tenha em mente que a maior parte do conteúdo que estiver circulando na internet já em 2026 será sintético, ou seja, produzido por máquinas e AI.

Isso só será o fim da sua carreira se você não fizer nenhuma das atividades/procedimentos/projetos/iniciativas abaixo.

Uma honrosa e, quem sabe produtiva e rentável saída para esse desafio é você, jornalista, deixar de ser corporativista do século passado e se tornar empresário de si mesmo no século XXI (que já começou faz 24 anos, não sei se você se deu conta).

Dicas para os jornalistas (são dicas, não é um manual extensivo):

  1. Entenda e Estude AI – se você não entender como e porque a AI está ameaçando seu emprego e toda a existência futura da sua profissão, você está bem lascado. Depois de entender o que está acontecendo, trate de aprender como lidar com todas as maravilhosas ferramentas que AI já disponibiliza para você exercer sua atividade de forma mais dinâmica, rápida, fácil e inteligente. E mais produtiva.
  2. Mude a cabeça – a briga contra o pessoal do comercial, os conflitos ideológicos contra as corporações, a inflexibilidade diante do tratamento da sua forma de linguagem e formatos de expressão, a aversão a ter que pensar como empresário, tudo isso precisa mudar na sua cabeça. Ou você será atropelado sem perdão pelas máquinas.
  3. Assine newsletters especializadas – se você não for atrás da sua própria atualização e especialização, ninguém fará isso por você. E existe um conteúdo sem fim exatamente para o momento que você (e toda a torcida do Corinthians e Flamengo juntas) está vivendo. Ou vai viver.
  4. Fale com quem já fez – muitos jornalistas já fizeram essa passagem. Vá atrás e aprenda como eles fizeram.
  5. A questão do editorial versus comercial – você pode perfeitamente manter seus princípios éticos editoriais e comercializar seu próprio trabalho. Pratique e constate que isso é totalmente possível e viável.
  6. Entenda marketing – jornalista não gosta ou não liga para marketing. Sem conhecer as bases do marketing editorial contemporâneo, seu projeto tenderá ao fracasso. Estude um pouco isso.
  7. Conheça em detalhes todas redes sociais e o Google – faz parte do aprendizado acima, mas faz parte também da sua amplificação de conhecimento de um mundo que se tornou absolutamente complexo e que tem hoje um sem número de novos canais de distribuição. As redes sociais são o mais importante deles. O Google é a mais eficaz ferramenta de publicidade.
  8. Aprenda um mínimo de finanças – e tome mais aprendizado: um pouco de finanças. Um amigo craque pode te ajudar. Cursos online também. Mas faça.

  9. Cerque-se de colaboradores – fazer sozinho é muito mais difícil do que fazer acompanhado. Há muitos profissionais enfrentando o mesmo problema que você. Encontre-os, troque experiências, colabore em grupo e as coisas ficarão mais fáceis. Ou menos difíceis.
  10. Prepare-se para se frustrar – muita coisa pode dar errado. Ou pelo menos alguma coisa vai dar errado. O desafio é grande e complexo. Prepare-se para errar e tentar novamente. Várias vezes. O espírito é o mesmo de montar uma startup. Pense como empreendedor.


Estas são apenas 10 dicas. Haveria muito mais a dizer, mas se você fizer 4 ou 5 delas, você tem já chances de sobreviver à revolução das máquinas. Ah… é sim uma revolução das máquinas e sua profissão é uma das mais facinhas de ser disrompida. Se liga.

Quer aprender como ganhar dinheiro vendendo na Internet?

Vamos às básicas.

Seja você um publisher, um dono de empresas de conteúdo editorial, um profissional do jornalismo ou do ambiente comercial e de marketing desse setor, vender na internet é algo que você precisa aprender a fazer.

Tem como você montar um ecommerce. Existem várias plataformas bem fáceis de lidar e operar para isso.

Mas aqui vai um exemplo inspirador de alguém que está se dando bem fazendo apenas o feijão com arroz bem feito. E disposto a ensinar como chegou lá.

Thiago Augusto dá dicas de como comprou uma casa e fatura um milhão por ano vendendo produtos simples pela internet.

Veja o video dele aqui.

 



3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

Esta seção fixa da Aurora News traz sempre 3 notícias e informações que foram publicadas na semana anterior e que você não deveria ter perdido.  

  1. Meio & Mensagem destaca as tendências da mídia apra 2024. Leia aqui.
  2. Coletiva.net destaca premiados da imprensa em 2023. Confira aqui.
  3. Discussão no podcast Café da Manhã da Folha: As redes sociais estão menos sociais? Ouça aqui.



Todos somos designers

Você deve enfrentar este dilema todos os dias: terminou de escrever sua matéria e chegou a hora de encontrar uma imagem para ilustrar-lá. Mas na maioria das vezes, o assunto em questão é amplo e de difícil representação visual, tendo que recorrer a fotos genéricas e encontradas em bancos de imagens. Acertei?

Mas e se eu te disser que você tem a capacidade de produzir belas imagens, utilizando algumas técnicas conhecidas pelos melhores designers gráficos? Sim, é possível. Se você conhecer estas regras básicas, seu trabalho na produção de imagens de qualidade ganhará qualidade e velocidade, tornando essa etapa do seu trabalho menos stressante e muito mais fácil.

Aqui estão algumas estratégias essenciais:

Crie um Manual de Identidade Visual: Estabeleça diretrizes claras para sua marca, incluindo cores, tipografias, texturas e o estilo visual geral. Isso não apenas fortalece sua marca, mas também agiliza o processo criativo, evitando a necessidade de começar do zero a cada projeto.

Aplique o Princípio da Pregnância: Suas imagens devem focar em um único aspecto principal da sua ideia, garantindo clareza e facilidade de compreensão. Evite sobrecarregar a imagem com informações múltiplas; em vez disso, escolha um ponto de vista claro e desenvolva a partir dele.

Utilize Recursos de Alta Qualidade: Assim como os ingredientes de um bolo afetam seu sabor, os elementos que você escolhe (fotos, fontes, vetores) impactam diretamente a qualidade do seu design. Utilize bancos de imagens de confiança para acessar materiais que elevarão o nível dos seus projetos. Ao final deste texto, você encontrará uma lista de recursos gratuitos.

Domine a Composição Visual: A composição visual é crucial, pois organiza a informação de forma atraente e direciona o olhar do espectador para os elementos mais importantes. Uma combinação harmoniosa de cores, formas e espaços pode criar uma experiência visualmente intuitiva e emocionalmente envolvente. Para aprofundar seus conhecimentos, confira a aula que disponibilizei em meu canal do YouTube.

Pratique Regularmente: A excelência no design gráfico vem com a prática. Lembre-se: todos nós nascemos criativos e podemos desenvolver habilidades de design ao estudar e aplicar as regras do campo. Além disso, uma variedade de ferramentas está disponível para ampliar nossa capacidade criativa e simplificar as tarefas mais complexas.
Estou aqui para encorajá-lo a mergulhar no mundo do design comigo, elevando o padrão do seu veículo de notícias e tornando seu trabalho mais fácil e prazeroso.

Já estava quase esquecendo, permita-me apresentar: me chamo Leo Becker, sou designer há mais de duas décadas, fundei a Aiko, uma escola de design, produzo também conteúdos nas minhas redes sociais para mais de 100 mil criativos.

E como prometi, segue alguns recursos gratuitos para te ajudar.

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Até semana que vem!



NOTAS DO FUNDADOR


A Desinformação como Ameaça Global

Como jornalistas podem ser empresários autônomos

Mais de 3 bilhões de pessoas irão às urnas em 2024 w 2025. O que poderia ser uma grande festa democrática pode se tornar uma imensa oportunidade de destruição da credibilidade no mundo. Por esse motivo, o Fórum Econômico Mundial elegeu a Desinformação como um dos Riscos Globais Emergentes.

Aqui no Brasil vivemos um ambiente propício para a Desinformação e Fake News se tornarem uma verdadeira pandemia nos meses vizinhos a mais uma eleição municipal.

Potencializados por Inteligência Artificial, disseminadores de conteúdos bélicos e criminosos atingirão o ápice de suas artimanhas para desestabilizar figuras públicas no pleito deste ano.

Você, veículo de notícia local, tem um papel FUNDAMENTAL no combate a esses crimes e no Reestabelecimento da Confiança na comunidade que atua.

A pauta é Urgente e Global, mas é em cada pequena comunidade que ela se torna mais devastadora.

Priorize iniciativas de checagem de fatos e amplie a transparência e a seriedade com que conduz a redação de seu site, blog, jornal e rádio, especialmente usando as redes sociais e o Whatsapp como ferramentas aliadas para uma rápida e eficiente comunicação comunitária.

O mundo cada vez mais precisa de você e seu veículo local.

Sugiro a leitura do Global Risk Report 2024.


Fim de uma Era

Na última sexta-feira, diversos veículos de imprensa estadunidenses noticiaram a demissão em massa dos colaboradores da icônica Sports Illustrated.

A notícia ainda não foi confirmada pela direção da empresa.

Caso se confirme, um veículo especializado com mais de 70 anos de história pode estar fechando.

Na torcida que seja apenas uma informação equivocada.

Leia também – A desinformação como instrumento de dominação

O que todo jornalista deveria saber

O que todo jornalista deveria saber

A profissão de jornalista é igual a todas as outras: diferente das demais.

Vou fazer uma analogia injusta, de médicos com jornalistas (injusta com os médicos, obviamente).

Médicos lidam com a vida. Jornalistas com Informação.

Vida é tudo que somos. Informação é o que sabemos.

Vida e informação são ambas como o ar que respiramos: impalpáveis e voláteis.

Informação é o sangue do corpo social.

Paro por aqui. Quis apenas fazer você refletir um pouco sobre o fato – coração do jornalismo – de como, guardadas as óbvias proporções, para quem como nós convive em grupo, essa atividade pode também ser vital, no sentido de lidar com a vida, para todos nós.

Isso é a primeira coisa que todo jornalista deveria saber. Sua relevância.

Outra coisa que todo jornalista deveria saber é que ele é poderoso. Jornalistas têm um poder que nenhuma outra atividade profissional tem: o de descobrir, investigar, analisar e distribuir tudo o que ocorre nas sociedades. É um poder gigante e único. Do qual todo jornalista deveria abrir mão se a seu serviço e interesse.

Opinar e defender causas não são crime no jornalismo. Fazem parte dele o tempo todo, aliás. Dizia Roland Barthes que o simples ato de escrever uma palavra num papel em branco é já um gesto político. Não é semântica. É porque vivemos em sociedade. Concordo e acredito integralmente nisso. Portanto, jornalismo não permite descompromisso.

Mas exercer poder em benefício próprio é crime inafiançável na ética jornalística.

Outro crime: saber e não informar.

Sim, há, como em toda profissão, um código que regula isso, o código de respeito ao sigilo da fonte. É uma proteção não ao jornalismo, mas à integridade humana. A sua individualidade e direito à privacidade.

No entanto, salvaguardado esse compromisso de base da prática da profissão, ter acesso à informação é igualmente um direito humano. E o jornalista é o maior agente cotidiano e prático desse direito.

Não vou perder meu tempo com fake news. Até as mais frágeis vítimas da muitas vezes endêmica doença da imbecilidade (para voltar à analogia médica), conhecem seus efeitos colaterais. Aliás, exatamente por isso, são seus mais notórios inoculadores.

Descendo desse âmbito das premissas morais e das atitudes processuais da atividade, para o jornalismo vivo nesta nossa caótica realidade contemporânea, tenho uma bala de prata aqui para meus parceiros de profissão.

Vivemos numa sociotech. Uma sociedade funcionalmente tecnológica. Entenda e aprenda cada vez mais sobre como e porque isso acontece. Como e porque é e será assim. E como esse fato inevitável vai impactar as informações e as análises que você faz e fará. Sem saber disso, desculpe-me pela dura franqueza, você se isolará numa incompetência funcional que profissionalmente vai matar você muito brevemente.

Jornalistas podem ser jornalistas sem concordar com nada do que escrevi aqui? Claro que sim. Chama-se liberdade de pensamento e expressão. No caso, consubstanciadas nas leis da liberdade de imprensa.

Médicos também podem ignorar o que seja um bisturi.

O jornalista tem ferramentas

Vamos às básicas.

O que todo jornalista deveria saber
  1. Pesquisa – cem por cento do jornalismo depende da pesquisa: de fatos, dados, e da história;
  2. Entrevista – uma disciplina e uma prática básica, que vai bem além de fazer perguntas e anotar respostas, podendo se transformar numa arte, se feita com criatividade, astúcia e bom senso;
  3. Reportagem – in loco, ao vivo, ser água diante do fato e do seu ambiente, ocupando cada espaço de busca da informação de forma profunda e envolvente; pergunte, seja cara de pau, observe criticamente como se fosse escrever um livro de história;
  4. Texto – duas coisas são vitais para você escrever jornalisticamente bem: ler os melhores textos jornalísticos do mundo ( o The Economist é a melhor escola) e praticar, praticar, praticar sem fim; só que hoje você precisa também dominar inúmeras linguagens diferentes das diversificadas entre si plataformas digitais da internet. De um modo geral e que vale para tudo: frases curtas. Cada frase, um punchline, uma informação relevante, uma surpresa. A primeira frase do seu texto é a principal de todas: ou você pega sua audiência ali ou ela pode fugir para sempre;
  5. Vídeo – hoje a mais impactante e engajante ferramenta de todas; de novo, procure os melhores vídeos do jornalismo mundial (CNN é a referência clássica e o brilhante trabalho da Vice, que infelizmente fechou) e das redes sociais; aprenda a usar seu celular para isso, está longe de ser complicado para um bom trabalho cotidiano; aprenda também a editar e postar, sem isso você se torna um profissional pela metade;
  6. AI – aqui a lista seria tão imensa, que fica impossível de enumerar, mas o fato é que a Inteligência Artificial está nos textos, nas imagens e na edição. Pesquise, estude, pratique, faça cursos, vá a eventos e atualize seu conhecimento e suas práticas com AI na disciplina do jornalismo. Abaixo, um pouco de como está se usando já hoje AI para jornalismo.

AI para jornalismo 

O que todo jornalista deveria saber

Introdução

Muitas indústrias utilizam Inteligência Artificial para aumentar a produtividade; as organizações de notícias não são exceção. Essas ferramentas facilitam as tarefas e oferecem oportunidades de envolvimento personalizado do leitor, verificação rigorosa de fatos e criação de conteúdo interativo. Vamos dar uma olhada em como a IA é usada atualmente nas redações e por jornalistas em geral.

1. Gerador de artigos de notícias

A IA generativa pode ser usada para criar textos e reportagens de alta qualidade, reduzindo o tempo gasto pelos jornalistas.

EXPRESS.de introduziu recentemente Klara Indernach (KI), um sistema avançado de inteligência artificial, em sua redação. Klara é uma ferramenta sofisticada que pode estruturar textos, realizar extensas pesquisas de conteúdo e resumir grandes quantidades de informações de forma rápida e eficiente. Esses recursos aumentam muito a velocidade e o escopo da criação de conteúdo no EXPRESS.de, especialmente quando se trata de artigos com conteúdo previsível para escrever, como reportagens esportivas.

Os editores humanos ainda desempenham um papel ativo no processo de publicação e devem revisar cada conteúdo, garantindo a integridade e autenticidade das notícias. Essa colaboração garante que a integridade do jornalismo continue a ser mantida, ao mesmo tempo que se beneficia dos ganhos de produtividade que a IA pode proporcionar.

2. Base de conhecimento com IA

Grandes corporações como Google, Microsoft e OpenAI estão interessadas nos arquivos de organizações de mídia para usar esses dados para treinar seus Grandes Modelos de Linguagem. Embora permitir o acesso aos seus arquivos possa ser benéfico para as organizações de comunicação social, muitas estão tem problema em permitir o acesso gratuito aos seus arquivos.

Há ferramentas explorando possíveis soluções para isso, utilizando técnicas de Retrieval Augmented Generation (RAG) para criar uma base de conhecimento interna por uma fração do custo que o treinamento de um LLM completo exigiria. Esta técnica pode ser particularmente benéfica para se manter a integridade e a precisão do seu conteúdo, ao mesmo tempo em que impulsiona a inovação no jornalismo baseado em IA.

3. Gere questionários de notícias

O 2023 Reuters Digital News Report destaca o apelo dos jogos, incluindo questionários de notícias, com 25% dos assinantes de jornais nos EUA citando-os como um motivo para adquirir uma assinatura. 

Várias organizações de notícias estão tentando acompanhar essa tendência e começaram a desenvolver questionários de notícias gerados automaticamente com base em artigos existentes. 

TIME realizou uma série de experimentos, utilizando o ChatGPT para extrair seu arquivo de 200 milhões de palavras de histórias icônicas para avaliar o conhecimento sobre assuntos atuais para o conteúdo do questionário. Esta integração de IA combina envolvimento e educação, incentivando os leitores a prestar mais atenção ao ler as notícias.

No entanto, esta abordagem não pode ser completamente automatizada, uma vez que a IA ainda está sujeita a um fenômeno conhecido como “alucinação”, em que a IA mistura informações precisas e enganosas de uma forma que é difícil de detectar.

Para obter resultados precisos, é fundamental solicitar informações precisas e ter um humano supervisionando o processo.

4. Geradores de imagens de IA

Os trabalhadores da indústria de mídia podem usar inteligência artificial para criar imagens, ilustrações e infográficos para notícias. Essas ferramentas auxiliam no processo de design, que geralmente requer tempo e conhecimento e podem produzir recursos visuais relevantes inserindo texto ou dados. Isso acelera a produção de conteúdo e economiza recursos humanos. É também uma solução econômica, especialmente para veículos de notícias menores, que não podem pagar uma grande equipe de design ou freelancers caros.

Os recursos visuais gerados por IA podem ser rapidamente produzidos e personalizados em marketing, aumentando a relevância da campanha publicitária e o envolvimento do público. As imagens geradas pela IA oferecem oportunidades para contar histórias criativas, com recursos visuais em tempo real que melhoram as narrativas e o envolvimento do público.

5. Geradores de voz de IA e transcrições de IA

Uma das principais aplicações da IA em uma redação é a transcrição de entrevistas em áudio ou discussões em conteúdo escrito. Esta transformação é crucial porque facilita o arquivamento e a disseminação da informação. 

Por exemplo, os jornalistas envolvem-se frequentemente em discussões verbais ou entrevistas, que são ricas em conteúdo. Aproveitando os serviços de transcrição baseados em IA, essas trocas verbais podem ser rapidamente convertidas em texto. Isso torna o conteúdo prontamente disponível para edição, publicação ou compartilhamento em diferentes plataformas, melhorando a capacidade da redação de redirecionar ou fazer referência a conteúdos anteriores.

Com o advento da IA, a eficiência e a precisão dos processos de transcrição tiveram uma melhoria tremenda, com ferramentas como o Jojo da VG. Ao contrário da transcrição manual, que é demorada e sujeita a erros, os serviços de transcrição habilitados para IA apresentam uma alternativa mais rápida e precisa. Utilizando algoritmos sofisticados, eles podem decifrar a fala com precisão, mesmo em ambientes barulhentos ou com vários alto-falantes. Isso reduz significativamente o tempo entre a gravação e a publicação, acelerando o ciclo de produção de notícias. 

Liberta também jornalistas e editores para se concentrarem em aspectos mais criativos e analíticos da produção de notícias.

Com base nisso, a tecnologia de conversão de texto em fala alimentada por IA fez avanços impressionantes na síntese de fala, permitindo narrações realistas em um período de tempo mínimo. Essa tecnologia também permite traduções precisas que preservam a entonação original, aumentando assim a autenticidade das notícias. 

Todos esses avanços abrem caminho para aplicações inovadoras, como traduções em tempo real e dublagem automatizada. Tornam o conteúdo também mais acessível e envolvente para um público global, ampliando assim o alcance das redações.

Ao integrar tecnologias de transcrição de áudio, fala para texto e texto para fala alimentadas por IA, as redações podem melhorar significativamente sua eficiência, precisão e qualidade de conteúdo. 

Esse conjunto de soluções agiliza o fluxo de trabalho, ajudando as redações a atender às demandas da mídia digital. 

Além disso, a IA auxilia na criação e distribuição de conteúdo multimídia, levando a um público mais informado e engajado. Através destes avanços tecnológicos, as redações estão mais bem equipadas para fornecer conteúdo de alta qualidade em várias plataformas para públicos mais amplos.

6. Notícias personalizadas: JAMES

Um dos usos mais interessantes da IA na redação é a possibilidade de oferecer conteúdo personalizado aos leitores e assinantes. Um ótimo exemplo de personalização de conteúdo é JAMES, um mordomo digital criado por Twipe em colaboração com o The Times para ajudar os editores de notícias a melhorar o envolvimento do leitor por meio de e-mails personalizados para atender às necessidades crescentes dos consumidores de notícias modernos. JAMES personaliza a distribuição de boletins informativos aprendendo com os comportamentos e preferências dos leitores, adaptando o conteúdo aos hábitos individuais dos leitores.

Boletins informativos personalizados estão se tornando cada vez mais populares na indústria de notícias à medida que usam dados e aprendizado de máquina para melhorar o envolvimento e a retenção dos leitores. Com ferramentas como o JAMES e esforços internos de personalização, as organizações de notícias estão mais bem equipadas para atender aos diversos interesses dos seus leitores e, ao mesmo tempo, atingir as suas metas de crescimento digital.

7. Resumos de artigos 

A IA pode ser usada para gerar títulos, meta descrições e resumos de artigos de notícias.

Resumos rápidos: a IA pode gerar resumos que fornecem aos leitores uma visão geral dos pontos principais de um artigo. Este recurso é semelhante ao introduzido pelo aplicativo de notícias Artifact (ver GIF).

Estilos personalizados: a IA pode criar resumos adaptados a diferentes públicos, usando estilos exclusivos como “explicar como se eu tivesse cinco anos” ou emojis para torná-los mais envolventes.

Economia de tempo: ao resumir artigos extensos, a IA pode economizar tempo dos usuários, o que é especialmente útil no acelerado setor de notícias.

Acessibilidade: Tornar as notícias mais acessíveis é crucial e a IA pode desempenhar um papel nesse sentido, fornecendo resumos fáceis de ler e compreender. Isto pode ampliar a base de audiência e tornar a informação mais inclusiva.

IA pode, assim, fornecer resumos fáceis de ler e compreender. Isso pode ampliar a base de audiência e tornar a informação mais inclusiva.

É importante observar que os resumos de IA não fornecem a mesma profundidade e contexto que os artigos completos. Portanto, os leitores são incentivados a ler o artigo inteiro para uma compreensão abrangente.

8. Verificação de fatos 

A verificação de fatos é uma tarefa demorada e cara para ser realizada por humanos. Com a proliferação de desinformação online e notícias falsas, os leitores valorizam cada vez mais a precisão nas suas fontes de notícias. Os algoritmos de IA podem verificar dados rapidamente e validar informações de diferentes fontes, facilitando a detecção de possíveis imprecisões ou mentiras (fake news).

Esses sistemas podem comparar reclamações com vastas bases de dados de informações confiáveis, tornando o processo de verificação de fatos mais rápido e eficiente do que se fosse feito apenas por um ser humano.

No entanto, alcançar a precisão ideal na verificação de fatos requer uma abordagem equilibrada que combine processos automatizados de IA e julgamento humano. 

Embora a IA possa acelerar as avaliações iniciais e sinalizar potenciais problemas, pode não compreender totalmente o contexto ou as implicações de uma declaração. Os verificadores de fatos humanos ainda são necessários para fornecer competências de pensamento crítico, conhecimentos especializados e uma compreensão mais profunda do contexto para garantir a precisão.

Ao trabalharem juntos, a IA e os verificadores de fatos humanos podem fornecer resultados de verificação mais confiáveis e precisos. Essa colaboração permite que a velocidade da tecnologia seja combinada com as capacidades interpretativas dos seres humanos, resultando numa estratégia eficaz de verificação de factos.

9. Moderação de comentários

A IA pode ajudar no monitoramento de discussões online e na identificação de conteúdo impróprio em várias plataformas de mídia. Com a atividade cada vez maior na Internet, tornou-se um desafio para os moderadores humanos acompanhar o grande volume de conteúdo gerado pelo usuário e automaticamente.

Os algoritmos de IA, especialmente aqueles que utilizam Processamento de Linguagem Natural (PLN ou Natural Language Processing, NLP em inglês, que é como você vai encontrar mais na internet), são excelentes na digitalização de texto e na identificação de padrões que podem indicar discurso de ódio, assédio, desinformação ou outro conteúdo impróprio. 

Quando tal conteúdo é detectado, os sistemas de IA podem sinalizá-lo para análise humana ou, em alguns casos, removê-lo automaticamente para manter um ambiente online seguro e respeitoso.

Garantir um diálogo aberto mas respeitoso nas plataformas de comunicação social é um desafio complexo, pois exige um equilíbrio delicado entre a liberdade de expressão e a necessidade de prevenir danos ou comportamentos tóxicos. A IA pode ajudar a alcançar este equilíbrio, servindo como primeira linha de defesa contra conteúdos inadequados.

Uma armadilha a ser observada é que as avaliações de IA podem ser imprecisas, às vezes levando a falsos positivos e negativos. Portanto, a moderação humana continua a ser crucial para avaliações mais diferenciadas, compreensão contextual e abordagem de formas em evolução de conteúdo impróprio. 

As organizações de comunicação social devem mais uma vez encontrar um equilíbrio delicado entre investir em moderadores humanos e confiar em ferramentas de moderação baseadas em IA.

10. Bots de bate-papo

A tecnologia chatbot, embora ofereça eficiência e conveniência, enfrenta desafios notáveis. Primeiro, garantir uma compreensão precisa da linguagem natural continua a ser um obstáculo significativo. Os chatbots devem compreender diversas consultas dos usuários, levando em consideração nuances, expressões idiomáticas e contexto.

A compreensão contextual é igualmente vital para manter conversas coerentes, com os chatbots precisando lembrar e referenciar mensagens anteriores para fornecer respostas relevantes. A personalização apresenta outro desafio, equilibrando o fornecimento de respostas personalizadas com base nos dados do utilizador com preocupações de privacidade e regulamentos de proteção de dados.

Lidar com consultas inesperadas e ambíguas testa ainda mais a adaptabilidade dos chatbots. Eles devem responder a entradas inesperadas do usuário, fazendo perguntas esclarecedoras ou indicando limitações quando necessário. Além disso, devem manter suporte para vários idiomas, que são complexos e exigem traduções precisas e respostas sensíveis ao contexto.

Garantir a integração segura com sistemas backend é importante, evitando vazamento de dados ou vulnerabilidades de segurança. Além disso, a ética e o preconceito são fundamentais; os chatbots devem ser monitorados para evitar preconceitos e respostas ofensivas. A manutenção contínua, a construção da confiança do usuário e o equilíbrio certo entre automação e intervenção humana são essenciais para a implantação bem-sucedida de chatbots de IA.

Conclusão

As ferramentas de IA mudaram o jornalismo ao combinar a narrativa com a análise de dados. Essa colaboração torna o jornalismo mais eficiente e cria uma experiência melhor para o público. Embora a IA possa realizar muitas tarefas cotidianas, as investigações e a narração de histórias que exigem a criatividade humana permanecem no centro do jornalismo. 



3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

Esta seção fixa da Aurora News traz sempre 3 notícias e informações que foram publicadas na semana anterior e que você não deveria ter perdido.  

  1. O crescimento dos marketplaces no âmbito de retail mídia podem ser constatados nesta reportagem do Meio & Mensagem.
  2. O Publicis Group criou uma peça com AI em que cumprimenta com uma mensagem de final de ano 100 mil colaboradores de forma personalizada. Leia nesta reportagem de Adnews.
  3. Meta aumenta restrições para conteúdos impróprios para adolescentes. Leia nesta notícia do Propmark.



NOTAS DO FUNDADOR


2024 começou forte e é muito promissor

No mercado de mídia, toda virada de ano é aquele balde de água fria, especialmente quando a gente olha para o faturamento. Mas não precisa ser assim, certo? E a venda automatizada tem o papel de manter a máquina aquecida sem paradas, sem percalços.

Janeiro de 2024 começou forte aqui na Alright. A queda de CPM em relação à dezembro é inevitável, claro, mas ela está cada vez menos relevante. Portanto, se você viu seu desempenho cair drasticamente, você precisa chamar seu parceiro e avaliar a situação. Pode ser um caso particular, mas não é o padrão. 

Primeira coisa a fazer é comparar Janeiro 23 com Janeiro 24. Dica: nunca esqueça de comparar o tráfego, pois sabemos que receita tem relação direta com volume de pageviews. Vamos comparar laranja com laranja. 

A boa notícia é que a laranja de 2024 está mais suculenta e saborosa.

Com isso, nada mais adequado que desejar um grande 2024 pra gente. Vamos em frente, com muito trabalho sério, construção de valor e inovação.

O que você não pode deixar de fazer em 2024

O que você não pode deixar de fazer em 2024

2024 será melhor que 2023 para a economia, para os negócios e para o seu negócio, especificamente. Só não vai ser, se você não aproveitar essa maré positiva a seu favor e deixar de prestar atenção em coisas vitais para este ano. 

Lista de 5 pontos para contribuir com seu planejamento para 2024:

1) Inteligência Artificial  –  mesmo se você é uma pequena empresa operando num mercado local igualmente pequeno, você tem que descobrir, impreterivelmente em 2024, o que é e como a Inteligência Artificial pode (e vai) contribuir para a sua operação. Aqui na AuroraNews, escrevemos alguns artigos sobre esse tema ano passado. É um bom começo: ler todos. Depois, você entra no Google e digita em inglês (precisa ser em inglês) … AI for editorial content and marketing. Mesmo se você não dominar o inglês, não se preocupe: aperta lá o botão de traduzir do Google, que você, em instantes, vai ler em inglês. Mágica da tecnologia. Mas essa é piada perto da mágica que a Inteligência Artificial pode fazer pelo seu negócio. Believe me

Para ajudar você, adianto que as áreas em que a Inteligência Artificial mais está sendo cotejada em 2024 no nosso setor são:  

  • Compreender as necessidades do público 
  • Automatizando a produção de notícias 
  • Aproveitando o conteúdo de arquivo 
  • Criação e edição de multimídia 
  • Moderando comentários 
  • Otimizando engajamento e assinaturas 
  • Identificando preconceito 


2) Troque audiência por comunidade – você não vende audiência, você vende resultado. Se a primeira não gerar o segundo, você vai acabar não vendendo é nada em 2024. Só que presta atenção: audiência é só um conceito métrico da comunicação. Não é real, é uma estatística de dados. Real é comunidade. É o público composto por pessoas bem de carne, osso e interesses comuns, que gravitam em torno da órbita do seu conteúdo e dos seus serviços. O alerta aqui é que comunidade não são humaninhos andando a esmo, cada um para um lado, sem uma conexão que os una. Essa conexão é você. Aquilo que você cria, produz e distribui. Se você não criar conversas que engajem sua audiência numa comunidade, você estará jogando fora aquilo que só você tem e que o mercado todo paga para ter: uma comunidade que gere resultados. Priorize essa construção este ano. E você certamente entenderá muito claramente, no incremento do seu próprio resultado, a diferença entre audiência e comunidade. 

3) Seja a conexão entre cultura e mídia – numa sequência de raciocínio a partir do item acima, entendamos que empresas de comunicação e mídia estão e estarão sempre inseridas na sociedade a sua volta. E a sociedade a sua volta tem voz, história, ritos, crenças, numa palavra: cultura. Hackeie a cultura da sua comunidade e a incorpore no seu editorial. Faça parte integrante dela e não apenas a “cubra” editorialmente em 2024. Seja um elo ativo dessa cadeia cedendo espaço e convidando para que a sociedade e o mercado em que você se insere se manifestem através de você. Crie um podcast, faça eventos e promova feiras, contrate influencers, chame seu público para opinar em enquetes e pesquisas, promova debates sobre temas que a sua comunidade anda comentando, enfim, você entendeu. Saia da zona de conforto e da distância que o separa do seu público e faça parte dele. 

4)Teste assinaturas e conteúdos patrocinados (branded content) – duas formas consagradas de originação de receitas são a assinatura e o conteúdo de marcas (branded content). Num ambiente de conteúdo cada vez mais digital, o modelo de assinatura vem crescendo. Teste um programa de assinatura em 2024 e veja no que dá. Vale tentar. E assinantes – voltando ao tema – são uma comunidade. Do outro lado da sua cadeia de negócios, exercite modelos criativos de branded content. Aquele que antigamente se chamava publieditorial. Eles seguem sendo altamente eficazes para você e seus clientes. Aliás, uma boa forma de também criar uma outra comunidade: de anunciantes. 

5) Diversifique seus canais de distribuição – esta vale sempre. Se você não está no Instagram, esteja. Se você não está no TikTok, esteja. Por aí vai. Quanto mais você estiver em todas as redes sociais, melhor para o seu negócio. 

 6) Crie vínculos com o e-commerce  – cada vez mais as indústrias de mídia/comunicação e a de varejo serão uma coisa só. 

Início de ano é ótimo para novas decisões, mas prioritariamente para uma nova postura, mais cabeça aberta e mais avançada, em relação a sua postura de sempre nos negócios. E são duas as principais razões para isso: a) a história anda para frente; b) se você não se renovar, ela vai te engolir em 2024. 

Como jornalistas podem usar a tecnologia para aprimorar suas reportagens?

O Linkedin fez um levantamento junto a seu público sobre esse tema e acrescentou algumas contribuições de sua Inteligência Artificial. O resultado é este aí abaixo.

O que você não pode deixar de fazer em 2024

1) Jornalismo de dados 

O jornalismo de dados é a prática de usar dados para encontrar, analisar e visualizar histórias. Os dados podem ajudar os jornalistas a descobrir tendências, padrões e insights que, de outra forma, poderiam ser escondidos ou negligenciados. O jornalismo de dados também pode ajudar os jornalistas a verificar fatos, desafiar suposições e fornecer contexto e evidências para suas alegações. Para fazer jornalismo de dados, é preciso saber coletar, limpar e interpretar dados, além de utilizar ferramentas como planilhas, bancos de dados e softwares de visualização. Você também precisa estar ciente das limitações, vieses e questões éticas envolvidas no trabalho com dados. 

2) Redes Sociais 

As mídias sociais não são apenas uma fonte de notícias e informações, mas também uma plataforma para jornalistas interagirem com seus públicos, construírem suas marcas e distribuírem seu conteúdo. Em 2024, as mídias sociais podem ajudar os jornalistas a encontrar e verificar fontes, monitorar notícias de última hora, crowdsource de ideias e feedback, e amplificar seu alcance e impacto. Para usar as mídias sociais de forma eficaz, você precisa saber escolher as plataformas certas, criar conteúdo envolvente e confiável e medir e avaliar seu desempenho. Também é preciso seguir os padrões éticos e profissionais do jornalismo, como precisão, transparência e prestação de contas. 

3) Jornalismo móvel (mobile) 

O jornalismo móvel é a prática de usar smartphones ou tablets para produzir e publicar matérias. O jornalismo móvel pode ajudar os jornalistas a serem mais ágeis, flexíveis e criativos, pois podem capturar, editar e compartilhar áudio, vídeo e texto de qualquer lugar, a qualquer hora. O jornalismo móvel também pode ajudar os jornalistas a alcançar públicos novos e diversificados em 2024, especialmente aqueles que consomem notícias em dispositivos móveis. Para fazer jornalismo móvel, você precisa saber como usar aplicativos e acessórios que podem aprimorar os recursos do seu dispositivo móvel, como microfones, tripés e lentes. Você também precisa considerar os desafios técnicos e éticos do jornalismo móvel, como qualidade, segurança e privacidade. 


4) Realidade virtual 

A realidade virtual é a tecnologia que cria experiências imersivas e interativas que simulam ambientes reais ou imaginários. Em 2024, a realidade virtual pode ajudar os jornalistas a contar histórias mais envolventes, imersivas e empáticas, pois podem transportar seu público para lugares e situações que, de outra forma, não poderiam experimentar. A realidade virtual também pode ajudar os jornalistas a explorar novas formas e formatos de narrativa, como vídeo em 360 graus, documentários interativos e áudio espacial. Para fazer realidade virtual, você precisa saber como usar câmeras, softwares e fones de ouvido que podem criar e exibir conteúdo de realidade virtual. Você também precisa considerar as implicações éticas e editoriais da realidade virtual, como autenticidade, consentimento e impacto. 

5) Inteligência Artificial 

A inteligência artificial é a tecnologia que permite que as máquinas executem tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como aprendizado, raciocínio e tomada de decisão. A inteligência artificial pode ajudar os jornalistas a automatizar e aumentar algumas de suas tarefas, como encontrar e verificar informações, gerar e resumir conteúdo e personalizar e recomendar notícias. A inteligência artificial também pode ajudar os jornalistas a descobrir histórias novas e inéditas, como correlações ocultas, anomalias e previsões. Para fazer inteligência artificial, é preciso saber usar ferramentas e plataformas que possam fornecer e integrar serviços de inteligência artificial, como processamento de linguagem natural, visão computacional e aprendizado de máquina. Você também precisa considerar as implicações éticas e sociais da inteligência artificial, como preconceito, responsabilidade e confiança. 

Uma dica de vendas: times dedicados  

O que você não pode deixar de fazer em 2024

Estar vinculado a um determinado número de contas de clientes pode não permitir muito tempo para buscar novos negócios. Para combater isso, algumas empresas de mídia dedicam equipes de vendedores responsáveis ​​por buscar novos anunciantes, bem como responder a RFPs para campanhas que exigem tempos de resposta mais rápidos. 

A Forbes, por exemplo, designa seus representantes de vendas mais novos para lidar com solicitações recebidas e campanhas menores que normalmente têm tempos de resposta rápidos. 

A Vox Media tem uma “equipe de crescimento”, encarregada de buscar novos negócios e lidar com ativações de canal único, como um anúncio de podcast ou uma campanha de boletim informativo. A “equipe empresarial”, por outro lado, está focada na “monetização estratégica de todo o portfólio”, de acordo com o CRO Geoff Schiller. 

“Normalmente, no final do ano, haverá migração [de clientes] de um para outro, de modo que a configuração nos permita ter nosso proverbial bolo e comê-lo”, disse Schiller. 


3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

Esta seção fixa da Aurora News traz sempre 3 notícias e informações que foram publicadas na semana anterior e que você não deveria ter perdido.  

  1. Em matéria do Meio & Mensagem, tendências para 2024: veja aqui. 
  2. No AdNews, as campanhas mais criativas de 2023: consulte aqui 
  3. No PropMark, Amazon indica novidades no setor de publicidade para este ano: confira aqui

Acordo entre ChatGPT e Axel Springer

O que significa o acordo entre ChatGPT e Axel Springer para a indústria do conteúdo e mídia? Revolução.

Você leu que o ChatGPT fechou acordo com a alemã Axel Springer, uma das maiores editoras digitais da Europa. O acordo é o seguinte… autoriza globalmente que o ChatGPT use os conteúdos de notícias da editora nos produtos de inteligência artificial da empresa, permitindo que a Open AI, criadora do ChatGPT, treine seus modelos de IA nas reportagens da organização e produção de notícias.  

Nessa permissão de treinamento do algoritmo da OpenAI está a primeira coisa importante que você tem que prestar atenção. 

O que muda para o usuário no uso do ChatGPT

Como parte do acordo, os usuários do ChatGPT receberão resumos de notícias das marcas de Axel Springer, incluindo suas mais destacadas publicações, como Político, Business Insider, Bild e Welt, com atribuição e links para as fontes originais de reportagem. O acordo permitirá que os modelos da OpenAI aproveitem a maior qualidade e as informações mais atuais do editor nas respostas de seus chatbots. 

Somada ao destaque anterior, esta é segunda coisa bem importante que você tem que prestar atenção.  

A terceira coisa que você precisa prestar atenção e que a mídia global nem deu bola é que a Open AI pertence à Microsoft. 

Mas antes de seguir, um pouquinho de contexto para os de memória mais curta. Ou eventualmente desatentos. E ou naives

Os acordos entre os produtores de conteúdo, todos eles, do The New York Times ao mais humilde creator de uma pequena cidade do interior de qualquer país, e as grandes plataformas de tecnologia, sempre foram esquizofrênicos. 

De um lado do cérebro da indústria de conteúdo há a consciência de que não há nenhuma máquina de distribuição planetária hoje tão abrangente e eficiente quanto essas plataformas, ainda mais se entendermos que Google e Facebook são sócios proprietários das maiores redes sociais em operação. Até o TikTok pertence à Byte Dance, que é uma empresa de tecnologia de plataformas web, não é um publisher.  

Do outro lado do cérebro, se instala uma raiva insana, porque em troca as plataformas dão uma bela mordida na monetização desses conteúdos, que elas não produzem. 

Na cabeça dos produtores de conteúdo isso é uma forma de apropriação indébita. Aí se instala a base da esquizofrenia.  

Veja. Quando isso é feito à revelia do publisher, é, sem dúvida, apropriação indébita. Se houver um acordo, não, né? 

Eu sempre disse que tudo isso é uma evolução, boa ou não, mas que se provou inevitável na história: os produtores de conteúdo, num mundo gerido pela internet, não se transformaram em empresas de tecnologia. Entenderam tecnologia como commodity de infraestrutura (o que ela é mesmo, só que essa é a parte mais óbvia e o relevante é o que se constrói em cima dela) e comeram uma bola enorme não criando no momento certo (algo como uns 10 anos atrás …. e olha que avisei bastante sobre isso exatamente dez anos atrás, ou mais …) alternativas tecnológicas para produzirem e distribuírem seus conteúdos digitais, num mundo digital. Dançaram. 

Agora, dependem dessas plataformas para distribuírem o que produzem. Ou, no mínimo, monetizarem parte do seu inventário publicitário, que é uma fatia importante de sua receita. 

Contexto posto, estamos diante agora do mais inovador e revolucionário acordo jamais realizado ente uma plataforma de tecnologia e um produtor de conteúdo. Aliás, bem mais que isso. 

ChatGPT não é apenas uma plataforma de tecnologia distribuidora, ela é, per se, também uma produtora de seus próprios conteúdos. Mais ainda: ela aprende com qualquer tipo de conteúdo a produzir mais e mais outros conteúdos dela mesmo. Machine Learning. (Item que falei para você prestar atenção.) 

Ou seja, aos poucos, vai se transformar em uma outra Axel Springer. Ou The New York Times. Entendeu? 

Sendo que desta vez, não vai dar para os produtores de conteúdo reclamarem, porque o ChatGPT vai produzir conteúdos dele mesmo e não apenas fazer copy and paste dos conteúdos alheios. Ninguém vai conseguir sequer identificar de onde veio a primeira origem da informação ou análise que está contida no texto. (Segundo item que eu falei para você prestar atenção). 

Dando mais um passinho: este acordo coloca a Microsoft no jogo da produção de conteúdo, algo que nunca fez e num mercado em que nunca esteve. Com uma arma que é uma bazuca 4.0 tecnologicamente falando. (Terceiro item que eu falei para você prestar atenção.) 

Mathias Döpfner, CEO e sócio (22%) da Axel Springer, colocou assim publicamente nas declarações da companhia como vê esse acordo: “Queremos explorar as oportunidades do jornalismo potencializado pela AI, para levar a qualidade, a relevância social e o modelo de negócios do jornalismo para o próximo nível”. 

Do outro lado, Brad Lightcap, diretor de operações da Open AI, mandou assim: “Esta parceria ajudará a fornecer às pessoas novas maneiras de acessar conteúdo de notícias de qualidade e em tempo real por meio de nossa ferramenta de AI”. 

Mas aí veio a frase mais importante deste texto que você está lendo. O cara disse isto: “Estamos profundamente comprometidos em trabalhar com editores e criadores de todo o mundo e garantir que eles se beneficiem da tecnologia avançada de AI e de novos modelos de receita.” 

Neste exato instante, por favor, pare de ler. Pare e pense. Pare, pense e imagine aonde isso pode chegar. 

Eu já fiz isso. E é assim. 

  1. Acabou de mudar toda a forma de produção de jornalismo editorial; 
  2. Acabou de mudar toda a distribuição da produção desse conteúdo editorial no mundo; 
  3. Acabou de mudar toda a forma de monetização de conteúdos editoriais no mundo; 
  4. Os produtores de conteúdo ou embarcarão nessa ou morrerão à míngua (mais do que muitos já estão); 
  5. A briga entre as grandes plataformas de tecnologia nesse âmbito vai se acirrar aceleradamente, porque todas elas também têm suas versões de AI. 

Mas vou te ajudar a ir ainda um passinho além: isso vai se expandir para todo tipo de conteúdo, vídeo incluso, e vai transformar toda a indústria do entretenimento … Hollywood, games, TV… vai listando aí. 

Eu poderia me estender aqui um pouco mais, mas deixo o resto para a sua própria imaginação. 

Só que é o seguinte: não pense pequeno. Viaje grandão. Porque esse acordo é o início de uma transformação bem maior do que foi a internet para todas essas indústrias e suas cadeias de negócios. É uma transformação sem fim.  

Blogs como forma de gerar receita adicional para o seu negócio

Blogs engajam. Blogueiros são influencers. Tê-los ao seu lado é, sem dúvida, uma forma de gerar linhas de receita adicionais para empresas de conteúdo. 

Vamos publicar aqui na Aurora News em três capítulos dicas de como monetizar blogs. 

Como Monetizar Blogs – Capítulo 2

Venda de produtos físicos 

Acordo entre ChatGPT e Axel Springer

Vender produtos físicos é outra forma de monetizar seu blog e transformar sua paixão em negócio. Isso pode incluir qualquer coisa, desde artesanato e joias até livros e roupas. Ao vender produtos físicos, você pode entrar no mercado de comércio eletrônico e atingir um público mais amplo. 

Por exemplo, se você tem um blog sobre culinária, pode criar e vender uma linha de produtos relacionados à culinária, como livros de receitas, aventais ou utensílios de cozinha. Se você tiver um blog sobre animais de estimação, poderá vender produtos relacionados a animais de estimação, como brinquedos, camas ou coleiras. 

Para vender produtos físicos, você precisará configurar uma plataforma de e-commerce, como Shopify ou WooCommerce, e cuidar da logística de envio e manuseio. Você também precisará considerar o custo de produção e envio dos produtos, bem como a concorrência no mercado. 

Vender produtos físicos pode ser uma ótima maneira de monetizar seu blog, mas exige mais trabalho e investimento em comparação com outras estratégias de monetização. É importante pesquisar a fundo o mercado, entender seu público-alvo e criar produtos de alta qualidade que atendam às suas necessidades. Ao fazer isso, você poderá expandir seus negócios e gerar um fluxo de renda bem-sucedido. 

Associações e assinaturas 

Acordo entre ChatGPT e Axel Springer

Associações e assinaturas são uma forma de monetizar seu blog, oferecendo conteúdo, recursos ou serviços exclusivos aos seus seguidores mais dedicados. No modelo de adesão ou assinatura, seus leitores pagam uma taxa recorrente, geralmente mensal ou anual, para acessar conteúdos exclusivos ou receber benefícios especiais. 

Por exemplo, se você tem um blog sobre fotografia, pode oferecer uma assinatura premium que dá aos seus leitores acesso a tutoriais, workshops e fóruns exclusivos. Se você tem um blog sobre finanças pessoais, pode oferecer uma assinatura que dê aos seus leitores acesso a serviços personalizados de planejamento financeiro ou ferramentas e recursos exclusivos. 

Associações e assinaturas podem ser uma ótima maneira de monetizar seu blog, pois fornecem um fluxo de receita recorrente e permitem que você construa um relacionamento mais próximo com seus leitores. No entanto, é importante garantir que o conteúdo ou os benefícios exclusivos que você oferece sejam valiosos e valham o custo. Você também precisará considerar como gerenciará a associação ou assinatura, como configurar um sistema de pagamento e criar conteúdo exclusivo. 

Ao oferecer assinaturas e assinaturas, você pode transformar seu blog em um negócio próspero e agregar ainda mais valor aos seus leitores. Apenas certifique-se de abordá-lo estrategicamente e considerar as necessidades e desejos do seu público antes do lançamento. 

Marketing por e-mail e cursos por e-mail 

Acordo entre ChatGPT e Axel Springer

O marketing por e-mail e os cursos por e-mail são uma forma de monetizar seu blog criando e interagindo com sua lista de e-mail. Uma lista de e-mail é um banco de dados de endereços de e-mail que você coletou dos visitantes do seu blog, seja por meio de inscrições ou compras. 

O marketing por e-mail envolve o envio de e-mails promocionais ou informativos para sua lista de e-mails para direcionar tráfego para seu blog, promover seus produtos ou serviços ou construir relacionamentos com seus leitores. Por exemplo, você pode enviar um boletim informativo semanal para sua lista de e-mail com atualizações do seu blog e conteúdo exclusivo. 

Os cursos por e-mail, por outro lado, são uma série de e-mails automatizados que ensinam aos seus leitores uma habilidade específica ou fornecem informações valiosas. Por exemplo, se você tem um blog sobre fotografia, pode criar um curso por e-mail que ensine seus leitores a tirarem fotos melhores. 

O marketing por e-mail e os cursos por e-mail podem ser uma forma poderosa de monetizar seu blog, pois permitem que você construa relacionamentos com seus leitores e forneça-lhes informações valiosas. Ao construir uma lista de e-mail engajada, você pode direcionar tráfego para seu blog, promover seus produtos ou serviços e gerar um fluxo de renda significativo. 

No entanto, é importante abordar estrategicamente o marketing por e-mail e os cursos por e-mail e não enviar spam para sua lista de e-mail com e-mails irrelevantes ou desnecessários. Certifique-se de agregar valor aos seus leitores e sempre respeite sua privacidade, dando-lhes a opção de cancelar a assinatura. Ao fazer isso, você será capaz de construir uma estratégia de marketing por e-mail e curso por e-mail bem-sucedida que beneficiará você e seus leitores. 


3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

Esta seção fixa da Aurora News traz sempre 3 notícias e informações que foram publicadas na semana anterior e que você não deveria ter perdido.  

  • Como a publicidade pode se beneficiar dos projetos de diversidade é a reportagem do Meio & Mensagem. Leia aqui. 
  • Esta aqui está em inglês, mas é uma bela síntese do que a Aurora News vem pregando sempre para os produtores de conteúdo e empresas de mídia. Trata-se de um resumo do que essas empresas devem fazer em 2024 (na verdade, já deveriam ter feito faz tempo, mas antes tarde do que nunca). O conteúdo foi produzido por uma plataforma de tecnologia chamada Digital Content First. Leia aqui. 
  • Mais uma do Meio & Mensagem. Coletivo Papel & Caneta divulga lista anual com 22 iniciativas que transformaram e impactaram a indústria da comunicação em 2023, com destaque para vozes do norte e nordeste. Leia aqui. 



Nota do fundador

Domingos Secco


2023 foi um ano e tanto! 

À medida que nos despedimos de 2023, é impossível não olhar para trás e apreciar a incrível jornada que todos nós trilhamos aqui na Alright. Este foi um ano marcado por desafios que reverberaram por todo o mercado, com mudanças notáveis em algoritmos e a ascensão de tecnologias que redefiniram nossa rotina. No entanto, no epicentro dessas transformações, encontramos espaço para construir conexões valiosas, pavimentando um caminho de evolução que nos uniu como uma comunidade resiliente.

Durante este último ano, testemunhamos o nascimento da Aurora News, agora celebrando sua 43º edição, com a dedicada editoria do Pyr Marcondes. Também lançamos a Comunidade Publisher, um espaço onde publishers podem colaborar e acessar conteúdos exclusivos produzidos pelo talentoso time Alright.

Em nosso canal do YouTube, exploramos temas cruciais, desde estratégias para ampliar a audiência por meio do jornalismo propositivo até o papel fundamental que veículos locais podem desempenhar como influenciadores. Abrimos espaço para discutir os desertos de notícias no Brasil e exploramos o uso de inteligência artificial no jornalismo em nosso último encontro da série Jornalismo em Pauta. Em 2024, vamos trazer novidades tanto em conteúdo quanto no formato deste projeto.

Falando em 2024, conforme projetamos nosso olhar para o próximo ano, percebemos um período repleto de eventos notáveis, desde as eleições municipais até mudanças significativas, como a “morte dos cookies”. Continuaremos a acompanhar de perto o papel da inteligência artificial nas redações e também apoiando na construção de oásis de notícias, promovendo sites locais. 

Para isso acontecer, é necessário reconhecer que a chave para o sucesso de todos reside na colaboração. Juntos, somos capazes de encontrar soluções para os desafios atuais, impulsionados pelo desejo coletivo de transformar as comunidades locais.

Agradecemos a cada um de vocês por fazer parte desta jornada extraordinária. Antecipamos com entusiasmo as oportunidades e desafios que 2024 trará, confiantes de que nossa comunidade continuará a ser um farol de inovação e colaboração.

Até 2024.

A desinformação como instrumento de dominação

Quem não sabe, não teme. Porque não sabe. Quem não sabe, não discerne. Quem não sabe, não apreende. Quem não sabe, não compreende. Quem não sabe, não sabe. 

Três notícias recentes publicadas pela mídia no Brasil tangenciam (sem tocar no tema principal) esse assunto.

Uma delas é um artigo que saiu no UOL, que diz que o Brasil terá que desenvolver seu próprio modelo de remuneração para o jornalismo. 

Como diz a abertura do artigo: “Durante o seminário Caminhos para um Jornalismo Sustentável, promovido pelo Congresso em Foco, especialistas nos Estados Unidos e Canadá que palestraram sobre possíveis soluções para o enfrentamento às dificuldades financeiras enfrentadas por produtores de notícias ao redor do mundo ressaltaram que, se o Brasil pretende estabelecer um modelo de custeio do jornalismo, este deverá conter um desenho próprio, buscando evitar os problemas enfrentados nos demais países”. 

A tese é interessante. Não sei se viável na prática, mas interessante. Defende que o jornalista deve ser remunerado diretamente quando um link com algum material produzido por ele for clicado em qualquer lugar da internet.  

É justo. Mas são pouquíssimos os jornalistas que viveriam disso. No Brasil, dá pra contar nos dedos de duas mãos. É interessante, mas está longe de resolver a questão central da má remuneração da força de trabalho chamada jornalismo. 

E depois, ignorar os publishers, ou seja, imaginar os jornalistas como ilhas na sociedade, é uma bobagem sem tamanho. 

A outra é bem legal e vai na linha do que o Google News vem já fazendo, que é incentivar os focos de jornalismo e combater a desinformação online. Desta vez, num acordo com o Projor e através da criação de um fundo de investimento para isso. Aí senti firmeza. 

Diz assim abertura da reportagem, publicada no site da Associação do Jornalismo Digital: “O Projor (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo), com apoio da Google News Initiative, abriu nesta terça-feira (5) as inscrições para o Codesinfo – Fundo de Inovação Contra a Desinformação Online, programa que tem o objetivo de viabilizar o desenvolvimento de soluções inovadoras, propostas por organizações jornalísticas, e que contribuam para a redução dos efeitos da desinformação online no Brasil”. 

Como resolver a desinformação

Esse, sem dúvida, é um dos caminhos: usar a força do mercado financeiro para resolver a questão da desinformação.  

E a terceira é que o TSE e a ANATEL estão se unindo para combater a desinformação nas eleições, incluindo fake news. Diz assim o resumo da notícia, publicada no G1: “Acordo vai permitir que TSE notifique a Anatel eletronicamente sobre páginas que devam ser retiradas do ar; comunicação hoje é feita por oficial de Justiça. Presidente do TSE defendeu ‘punições severas’ para candidatos que espalharem informações falsas”. 

Muito bem, cada uma da sua forma, as iniciativas vão na direção certa, que é combater a desinformação. 

Mas tem algo, bem mais importante e estrutural, que não se falou em nenhuma das três: desinformação é uma forma de dominação. 

Usar a desinformação e o desinformado a sua própria revelia (já que ele é desinformado) em prol deste ou daquele interesse tem sido uma das maiores formas de dominação de camadas e mais camadas populares do Brasil por décadas, talvez séculos. 

Para muitas zonas de poder, a informação é um risco e a desinfirmação, um benefício. Nesses casos, a informação é um risco intruso. Um convidado bem trapalhão. Um penetra em festas que, muitas vezes, são para poucos. 

Investigar, expor, noticiar, analisar e, portanto, informar, atividades que compõem a alma do jornalismo, deveriam compor o espírito de todos os publishers que produzem informação e análises editoriais de caráter jornalístico no País.  

Temos falado muito aqui na Aurora News dos desertos de notícia. Desinformação é sinônimo disso. 

Fico bem feliz que essas coisas, seja da forma que for, estejam sendo debatidas aberta e mais democraticamente no País. 

Desinformação é, socialmente, uma aberração. 

(*) Abaixo os três links que prometi. 

Aqui o link do UOL 

Aqui o link do site da Associação dos Jornalismo digital 

Aqui o link para o G1. 

Já que estamos perto das eleições, engajamento jovem pode ser um bom assunto 

A desinformação como instrumento de dominação

Nas eleições de 2020 nos Estados Unidos, o papel do jornalismo local foi vital no engajamento dos jovens. Leia aqui reportagem a respeito. 

Os publishers locais, ao longo dos anos, perderam a proximidade com o público jovem. Isso se deu porque a internet não tem fronteiras e porque os temas que de fato interessam aos jovens em qualquer lugar do mundo deixaram de ser discutidos e trabalhados pelo jornalismo regional e local. 

A forma de trazer o jovem de volta é colocar na pauta os temas que os mobilizam nas redes sociais e chamá-los para discuti-los abertamente em suas (suas dos publishers) plataformas de conteúdo. Abrir espaço pra vozes jovens das comunidades do entorno, convidar influencers da região, promover debates e eventos ao vivo sobre esses temas cotidianos do jovem, são algumas das iniciativas que as empresas de comunicação podem fazer em suas comunidades. 

Com a proximidade das eleições, essa oportunidade se renova. Os jovens das novas gerações talvez estejam hoje mais afastados da política do que os das gerações jovens anteriores. Mas jovem vota. E se houver um ambiente em que temas sociais que o interessem e que estejam envolvidos com as plataformas de caráter político dos candidatos, eles certamente se engajarão. 

Chame os candidatos locais para um evento em que se discuta os temas de interesse dos jovens. Faça isso num ginásio de esportes da cidade. No auditório de um cinema. Num clube. E transmita online. 

Certamente os jovens virão. E se engajarão. 

Blogs como forma de gerar receita adicional para o seu negócio

Blogs engajam. Blogueiros são influencers. Tê-los ao seu lado é, sem dúvida, uma forma de gerar linhas de receita adicionais para empresas de conteúdo. 

Vamos publicar aqui na Aurora News em três capítulos dicas de como monetizar blogs. 

Como Monetizar Blogs – Capítulo 1. 

Marketing de afiliação 

A desinformação como instrumento de dominação

Pode parecer complicado, mas não é. É basicamente monetizar a sua audiência gerando leads para terceiros, seus clientes. 

O marketing de afiliados é um tipo de marketing baseado em performance, em que uma empresa recompensa os afiliados por cada cliente gerado pelos próprios esforços de marketing do afiliado. Essencialmente, você, como blogueiro, pode ganhar uma comissão promovendo o produto ou serviço de outra pessoa em seu blog. 

Por exemplo, digamos que você escreve um blog sobre moda e encontra uma empresa de roupas que adora. Você se inscreve no programa de afiliados e recebe um link de afiliado exclusivo. Quando seus leitores clicam nesse link e fazem uma compra na empresa de roupas, você ganha uma comissão pela venda. O valor da comissão pode variar, mas geralmente é uma porcentagem do total da venda. 

É importante promover apenas produtos ou serviços nos quais você realmente acredita e que estejam alinhados com o nicho e público do seu blog. Seus leitores confiam em suas recomendações e você deseja manter essa confiança promovendo apenas produtos que você sabe que agregarão valor a eles. 

O marketing de afiliados pode ser uma ótima maneira de monetizar seu blog, pois não exige que você crie seus próprios produtos ou serviços e pode ser uma fonte de renda passiva. Mas é importante abordar isso estrategicamente e não apenas lançar links afiliados aleatoriamente em todos os lugares. Seja cuidadoso com os produtos e serviços que você promove e considere como eles se enquadram em seu conteúdo. Ao fazer isso, você será capaz de construir a confiança de seu público e maximizar seus ganhos por meio do marketing de afiliados. 

Posts e anúncios patrocinados 

A desinformação como instrumento de dominação

Posts patrocinados são outra forma de monetizar seu blog. Uma postagem patrocinada é uma postagem de blog que você escreve em nome de uma marca ou empresa, geralmente promovendo seus produtos ou serviços.  

Para uma postagem patrocinada, a marca normalmente fornecerá um tópico ou produto sobre o qual escrever e, em troca, você receberá um pagamento ou compensação. O segredo é garantir que a postagem patrocinada esteja claramente marcada como patrocinada e que se encaixe no tom e estilo geral do seu blog. Seus leitores devem saber que se trata de uma postagem patrocinada, mas ainda assim deve parecer que vem de você e não da marca. 

Já os anúncios podem ser colocados no seu blog por meio de uma rede de publicidade, como o Google AdSense, ou por meio de negociações diretas com marcas. O valor que você pode ganhar com anúncios depende do número de cliques ou impressões que eles recebem. Além disso, você pode e deve considerar a Alright como parceira de tecnologia do seu site. Ao diversificar suas opções de receita, você contribui para a construção da maior e mais distribuída rede de produção de conteúdos locais e inteligência de dados no Brasil.

Quando se trata de postagens e anúncios patrocinados, é importante manter a transparência e a autenticidade com o seu público. Certifique-se de divulgar qualquer conteúdo patrocinado e promover apenas produtos ou serviços que estejam alinhados com o nicho e os valores do seu blog. Ao fazer isso, você construirá a confiança de seus leitores e terá uma estratégia de monetização mais bem-sucedida. 

Produtos e serviços digitais 

A desinformação como instrumento de dominação

Produtos e serviços digitais referem-se a produtos e serviços que podem ser entregues e consumidos eletronicamente, como e-books, cursos online, webinars e ferramentas digitais. Ao criar e vender seus próprios produtos e serviços digitais, você pode monetizar seu blog e gerar um fluxo de renda significativo. 

Por exemplo, se você é especialista em uma área específica, pode criar um e-book ou curso online que ensine a outras pessoas o que você sabe. Se você tem um blog popular sobre vida saudável, pode criar uma ferramenta de planejamento de refeições ou um aplicativo que ajude as pessoas a monitorarem suas metas de condicionamento físico. As possibilidades são infinitas! 

A criação de produtos e serviços digitais permite que você aproveite sua experiência, conhecimento e público para gerar um fluxo de renda passivo. Você pode vender seus produtos e serviços por meio de seu blog, lista de e-mail ou até mesmo em plataformas de terceiros, como a Amazon. 

Quando se trata de produtos e serviços digitais, é importante entender as necessidades e desejos do seu público e criar produtos e serviços que atendam a essas necessidades. Também é importante garantir que seus produtos sejam de alta qualidade e agreguem valor aos clientes. Ao fazer isso, você poderá construir um negócio lucrativo e bem-sucedido. 


3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler.

Além das três notícias publicadas acima sobre temas de relevância para você, vão aqui mais três que tradicionalmente publicamos toda semana na Aurora News. 

  • Em reportagem do Meio & Mensagem, o que o TikTok acha que serão as grandes tendências para as marcas em 2024. Leia aqui. 
  • Em matéria do Ad News, Google anuncia Inteligência Artificial que pode finalmente superar a inteligência humana. Leia aqui. 
  • Em notícia do Propmark, estudo internacional revela o que os anunciantes esperam do ano que chega. Leia aqui. 

Dependência das verbas públicas de publicidade

Até onde você deve ir na dependência das verbas públicas de publicidade?

Bom, essa é bem fácil: você não deve depender de verbas públicas para nada. Ponto final. Acabou o artigo aqui. 

Agora vou explicar para você o que você já sabe. Portanto, se quiser mudar para outra leitura, talvez não perca de fato nada de importante ou nenhuma novidade. 

Mas se chegou até esta frase aqui, quem sabe esteja curioso com o que tenho a te dizer. E tenho sim, coisas importantes a te dizer. 

Nenhuma iniciativa privada, em nenhuma economia do mundo, seja no setor que for, deveria depender de verbas públicas para nada. Veja que me referi claramente a …. iniciativas privadas. 

Não estou isentando o Poder Público, nem o Estado, nem Governo algum, de suas funções de suporte, indução e informação social da economia. Muito ao contrário. Em boa parte das vezes, notadamente em países como o nosso, essas instituições são ineficientes, ausentes, corruptas, mal geridas e, muitas vezes, de má fé. 

O assunto aqui é outro: é você e sua dependência das verbas públicas de publicidade na comunicação. 

Governo não é mãe. Nem pai. Não deveria nem ser da família, para você e sua empresa de comunicação. 

E por falar em empresas de comunicação, algo importante sobre elas: algumas dependem de outorga pública para existirem e operarem. É o caso no Brasil para as redes de rádio e TV. Pois nem aí, empresa de comunicação alguma deveria ter dependência nem financeira, nem comercial, muito menos política de poder público algum. 

Empresas de comunicação tem uma característica muito especial que as diferencia das demais empresas da iniciativa privada: elas cumprem o compromisso de informar e analisar fatos e acontecimentos das sociedades. A Coca-Cola não faz isso. Os supermercados não fazem isso. Uma clínica médica não faz isso. O posto de gasolina aí da esquina da sua casa não faz isso. Você e sua empresa fazem isso. Quem mandou. 

Não está na Constituição (pelo menos não diretamente), mas sua empresa é, sim, uma empresa de prestação de serviços de interesse público. E o bem mais relevante de sua companhia não é a sua conta no banco, mas sua independência editorial e sua capacidade de, melhor ou pior, ser idônea e competente na prática editorial de conteúdos jornalísticos, informativos e de serviços a sua audiência. 

Tudo que fugir disso está, ética e empresarialmente, equivocado, fora do trilho. 

Não estou dizendo que você não deva ter verbas públicas de publicidade em seu budget, nem não ter anunciantes ligados a essas instituições governamentais. Você pode tê-las, sem dúvida. Aliás, as verbas públicas de publicidade, comunicação e marketing são um excelente cliente potencial. E se, do lado de lá, elas estão sendo administradas com qualidade técnica, isenção e probidade, elas estão também prestando um serviço público indispensável a todos nós, cidadãos. Governos devem e precisam anunciar. E se quiserem e acharem que seu veículo é pertinente, que anunciem. Muito obrigado. 

O que insisto aqui é que sua empresa não pode, não deve, não tem que depender desse dinheiro para tocar a vida e sobreviver. E ser bem-sucedida. E dar lucro.  

Nem você, nem seu veículo, são apêndices das estruturas de poder que nos regem.  

Se você é dependente das verbas públicas de publicidade para sobreviver, mude. Dê um jeito e mude. Essa dependência é muito mais nociva ao seu negócio do que você imagina. As empresas de comunicação mais bem sucedidas do mundo, basta olhar a sua volta, não são as que dependem de governo algum para sobreviver. São exatamente aquelas que não fazem isso. 

Pense no assunto. Aliás, não perca seu tempo. Nem pense, porque não tem o que pensar: aja! 

Porque a publicidade programática é importante

Dependência das verbas públicas de publicidade

Todo editor regional ou local pode perfeitamente hoje ter a sua disposição as mesmas ferramentas dos grandes veículos de comunicação, quando o assunto é publicidade programática. Em certa medida, as plataformas de mídia programática podem ter até maior uso para as empresas de comunicação regionais e locais, porque essas empresas não têm o porte, nem o poder de vendas dos grandes grupos. Programática tem, entre outras, essa função: torná-las mais eficientes e se tornarem parte efetiva da cadeia digital de publicidade, que hoje, você sabe, não tem necessariamente mais fronteiras geográficas. A não ser que você queira.

A publicidade programática, na real, é uma grande virada de jogo para as empresas de comunicação menores e localizadas em regiões fora dos grandes centros. Ela coloca os principais anunciantes locais e nacionais ao alcance do editor local e é mais fácil de gerenciar do que pegar o telefone ou enviar um e-mail para vender seu inventário.

A publicidade programática combina e coloca à disposição dos players locais e regionais a análise de dados (tão necessária hoje para qualquer anunciante) e a automação imediata da mídia e do marketing. Para anunciantes nacionais, ela permite fazer duas coisas ao mesmo tempo: ser local e atingir grandes massas no Brasil inteiro. Com alta precisão e eficácia.

Ela reduz para eles também grande parte do atrito de compra/venda da publicidade local, adicionando transparência, capacidade de descoberta e transacionalidade. Em suma, as trocas comerciais programáticas agregam valor aos compradores e vendedores de publicidade à medida que o inventário se torna mais líquido e o processo se torna mais inteligente e automatizado.

Se você ainda tem ou tinha dúvidas sobre a importância da programática, passou da hora de ter.

4 dicas básicas de como estruturar uma notícia

Dependência das verbas públicas de publicidade

Quando eu fiz a faculdade de jornalismo odiava essas regras formais de como estruturar notícias. Continuo odiando.

Porém, inegavelmente, elas contêm algo bem importante ao bom jornalismo: não deixam que você se esqueça do básico nessa atividade, que é a ordem lógica na difusão da informação, além da clareza e da objetividade, para que, no final, sua audiência termine o consumo daquele conteúdo informativo de fato informada sobre o que ocorreu. E não o contrário.

Então, lá vão 4 regretas básicas para estruturar uma notícia. Seja ela do que for.

1. Pirâmide Invertida: Comece com os aspectos mais importantes da notícia, o ou os fatos principais, resultado de um jogo, por exemplo. Em seguida, adicione mais detalhes relevantes e informações complementares nos parágrafos (ou imagens) subsequentes, sempre em ordem decrescente de importância.

2. Clareza e Objetividade: Mantenha a notícia concisa e objetiva. Use linguagem simples e direta para transmitir informações relevantes. Evite jargões excessivos, a menos que sejam amplamente compreendidos pelo público-alvo.

3. Contextualização e Análise: Além de relatar os fatos, ofereça contexto e análise para a notícia. Seu público/audiência/leitor não tem obrigação de ser uma enciclopédia ambulante, nem de lembrar ou ter tido acesso ao contexto que envolve aquele fato/notícia. Esse é o seu trabalho: contextualizá-lo permanentemente. Isso pode incluir estatísticas relevantes, antecedentes sobre os fatos em questão, etc.

4. Se você quiser desobedecer a essas regras, desobedeça. Desde que não deixe de trazer ao seu consumidor de informação tudo que está descrito aí acima.


3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler. 

  1. O idiota mais rico e importante do mundo, Elon Musk, falou mais uma bobagem sobre anunciantes do seu X, antes Twitter. Leia aqui, nesta reportagem do Meio & Mensagem.  
  2. Conheça as marcas eleitas este ano como as melhores do mundo aqui nesta notícia do AdNews. 
  3. Veja nesta matéria do Propmark como nosso mercado segue sendo preconceituoso e socialmente injusto, com anunciantes pagando menos a influenciadores das favelas. 
  4. Leia também – Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?

Financiamento para o jornalismo local? Aqui!



Sua empresa quer buscar investimento para seu jornalismo local ainda em estágio inicial de operação? Pois inscreva-se neste link e torça para estar entre os selecionados para um fundo que tem hoje para distribuir US$ 1 milhão para empresas do mundo todo com esse perfil. O prazo de inscrição é 10 de dezembro de 2023.

O fundo se chama MDIF – Media Development Investment e foi fundado em 1995 pelo jornalista sérvio Sasa Vucinic, que administrou a Rádio B92 de seu país durante as primeiras guerras iugoslavas, e pelo correspondente norte-americano Stuart Auerbach, como um Fundo de Empréstimo para Desenvolvimento de Mídia. Eles tiveram a ideia de lançar um “banco de mídia” – uma década antes do termo “investidor de impacto” ser cunhado – para ajudar jornalistas em países com um histórico de opressão a construir empresas de notícias sustentáveis, fortes o suficiente para permanecerem independentes de governos, partidos políticos e oligarcas.

Para estar habilitado a se candidatar, a empresa precisa ser independente, jovem e em crescimento, com impacto social positivo e potencial de expansão. Os candidatos aprovados receberão financiamento de capital e aconselhamento estratégico para ajudá-los a levar seus negócios para o próximo nível.

Após o sucesso da sua primeira ronda de investimentos, a MDIF Ventures está a investir num novo grupo de projetos de comunicação social localizados ou que servem audiências em países onde o acesso a notícias e informações gratuitas e independentes está ameaçado. É o caso do Brasil e seus desertos de notícias.

A MDIF Ventures investe em mídia em qualquer lugar do mundo no espectro de estágio inicial, desde a pré-semente (em linguagem do mundo de investimento “pre-seed”, ou ainda “friends and family”, o estágio em que a iniciativa, uma startup, inicia suas operações baseada no apoio financeiro de amigos e familiares próximos, ou também “rodadas anjo”, cujo financiamento vem de fundos chamados de fundos de capital “anjo”, já que protegem e ajudam as empresas iniciantes). Podem ser empresas até um pouquinho mais avançadas, que estejam levantando rodadas de Série A, ou seja, que estejam já numa fase de faturamento de alguns milhões.

Financiamento para o jornalismo local

Os candidatos aprovados variam de provedores de notícias digitais e criadores de boletins informativos a empresas de produção de podcast e inovadores em ferramentas de visualização de dados. Abaixo uma lista de algumas das empresas que já conseguiram recursos da MDFI: 

A plataforma Current, Pakistan, News: Uma plataforma voltada para a geração Y do Paquistão que cobre notícias, entretenimento e estilo de vida. 

Dataphyte, Nigéria, Análise de dados: Empresa de mídia, pesquisa e análise de dados que construiu uma plataforma líder de jornalismo de dados, vários boletins informativos focados em dados, uma plataforma de mercadorias de dados empresariais e uma plataforma de academia de treinamento de dados. 

Datasketch, Colômbia, Visualização de dados: Uma startup tecnológica que fornece a pequenas organizações e indivíduos acesso a ferramentas de visualização de dados e facilita o compartilhamento de conhecimento para promover o debate informado. 

The Morning Context, Índia, plataforma de notícias: uma empresa de pesquisa e mídia que fornece histórias longas originais, profundamente pesquisadas e analíticas e boletins informativos selecionados com lentes de interesse público específicas da Índia. 

MyNews, Brasil, Vídeo: Canal de mídia com programas no YouTube em diversos formatos, incluindo debates, entrevistas e colunas, principalmente sobre política, economia e finanças. 

Nexo, Brasil, Vídeo: Mídia focada no assinante, fornecendo notícias explicativas e contextualizadas sobre assuntos que vão da política à ciência e à cultura. 

PumaPodcast, Filipinas, Produção de podcast: Líder regional em podcasting e produção de áudio, oferece conteúdo divertido, envolvente e atraente, ancorado na ideia de capacitar as pessoas com informações. 

The Republic, Nigeria, Digital magazine: Revista e plataforma online centrada na Nigéria e África e nas questões sociais, políticas e económicas mais críticas do mundo. 

Zitamar News, Moçambique, Notícias investigativas: Um site e boletim informativo de notícias investigativas em inglês, que também produz boletins de notícias em áudio em várias línguas moçambicanas para levar notícias confiáveis às comunidades carentes. 

No Brasil, ÉNÓIS é também um fundo com desenho parecido, de apoio ao jornalismo local. Veja mais informações aqui

O Google tem um programa de fomento ao jornalismo local. Não é um fundo, mas apoia a busca por receita publicitária nessas empresas. Clique aqui e leia reportagem a respeito e como participar. 

O poder comercial e editorial do podcast para o jornalismo local

Financiamento para o jornalismo local

Você nao deveria ter qualquer dúvida hoje de que o podcast, além de ser uma das formas de conteùdo mais consumidas em todo o mundo na internet, pode ser também uma excelente fonte de monetizaçao editroial para o jornalismo local. 

Seu alcance é ampliado pela própria internet, sua divulgaçao pode ser feita através do Apple, o Spotify, o Google Podcasts, YouTube e das redes sociais, ou até por WhatsApp. E você pode prefeitamente vender cotas de patrocínio dos seus podcasts. 

Para reunir todo esse conhecimento em um livro, a Jourpart, uma entidade francesa, mas com ações de âmbito internacional, está convocando empresas de jornalismo local de todos os cantos do mundo, para contribuírem na criação e produção de um livro sobre podcasts para conteúdo editorial. 

O projeto recebeu apoio da Comissão Europeia em março de 2023 e começopu em setembro passado. Ele se chama WePod – We Produce Podcasts (se quiser mais detalhes, clique neste link).  

Trata-se de uma produçao colaborativa transfronteiriças e trata do apoio a coproduções europeias de podcasts jornalísticos e do estudo dos modelos existentes de parcerias transfronteiriças na indústria de podcast. 

Quer dizer, nós aqui do Brasil nao poderemos colaborar, mas podemos perfeitamente acompanhar, aprender com o livro quando ele estiver pronto e, porque não, nos inspirar para produzir algo bem parecido aqui no Brasil também

Abaixo, um guia dos temas e/ou capìtulos que os europeus vao fazer lá e que poderíamois copiar aqui: 

  • O papel do jornalismo podcast no Brasil 
  • Treinamento de habilidades para se tornar um podcaster na área jornalística 
  • Experiências de jornalismo colaborativo em todo o Brasil: colaborações transnacionais entre jornalistas e criadores de podcasts locais/independentes (coproduções, adaptações, traduções) 
  • Como tratar notícias e jornalismo sonoro: como os ouvintes estão desenvolvendo habilidades de compreensão de áudio, escuta crítica e avaliação de informações? 
  • Como os podcasts de notícias conquistam seu público-alvo?  
  • Como isso muda de acordo com o formato? 
  • Como o jornalismo de podcast impacta o crescimento do consumo de notícias nas gerações Millennials e Geraçao Z? 
  • Quais são os modelos de negócios existentes (ligados a podcasts de notícias)?  
  • Podem os grandes e pequenos publisher (empresas de comunicaçao) cooperar? 
  • Existem modelos de negócios sustentáveis ​​para criadores de podcasts de notícias? 
  • O impacto do jornalismo podcast na luta contra a desinformação; qual é a sua contribuição em comparação com outras mídias? Os podcasts de notícias são mais confiáveis? 
  • Questões de gênero no contexto do jornalismo podcast 
  • Manter padrões éticos e navegar nos quadros regulamentares em podcasts de notícias: questões de precisão e verificação de factos, transparência e divulgação, padrões éticos em entrevistas, privacidade e consentimento, regulação de conteúdos, desinformação, publicidade e patrocínio, propriedade intelectual, licenciamento, plágio 
  • A relação entre o jornalismo baseado em podcast e outras mídias. 



13 ideias de Publicidade Local e por que o seu mercado local é Importante

Financiamento para o jornalismo local

Estas não são ideias para você, veículo de comunicaçao. São argumentos e ideias para você apresentar aos seus anunciantes. 

A publicidade local é importante porque apresenta uma oportunidade de expandir a sua base de clientes e aumentar a fidelidade à marca, o que pode levar a receitas elevadas. Além de fortalecer suas localizações existentes, construir relacionamentos com os clientes por meio da publicidade também pode ajudá-lo a expandir sua empresa, ensinando-lhe como ouvir e responder às necessidades dos clientes. Você pode alcançar mais consumidores no seu mercado local com anúncios baseados em raio, direcionando usuários móveis dentro de uma área geográfica específica que você pode especificar. 

Se você faz parte da equipe de marketing da sua empresa ou está ajudando nos esforços de publicidade, considere estas ideias para anunciar o seu negócio para clientes locais: 

  1. Conteúdo em vídeo

O aspecto visual do conteúdo em vídeo torna-o uma forma envolvente de publicitar o seu negócio localmente. Você pode realizar esquetes ou gravar vídeos informativos sobre seus produtos e serviços para aumentar a conscientização sobre suas ofertas. Tente postar seus vídeos online ou considere comprar um espaço comercial para veiculação junto às notícias locais. 

  1. Anúncios em redes sociais

As redes sociais permitem que as empresas criem campanhas publicitárias a partir de suas contas de mídia social. Usando as configurações de campanha desses produtos, você pode criar anúncios direcionados para usuários de redes sociais dentro de um raio designado a partir do seu negócio. Com os anúncios em redes sociais, é importante escrever um texto convincente ou usar imagens interessantes para convencer os consumidores a clicarem no seu anúncio. 

  1. Anúncios móveis

Usando serviços de publicidade de motores de busca, você pode criar anúncios para o seu negócio aparecer nos dispositivos móveis dos usuários. Os serviços de publicidade com motores de busca mostram anúncios quando os usuários estão próximos a um negócio ou realizando buscas online relacionadas ao seu negócio. Como você pode especificar um raio para esses anúncios, é possível direcionar públicos específicos com anúncios móveis. 

  1. Páginas de destino exclusivas (landing pages)

Uma página de destino é um site para o qual um anúncio online redireciona quando um usuário clica em um anúncio. É útil criar páginas de destino exclusivas para cada anúncio online que você criar, seja com motores de busca ou redes sociais, pois isso permite fazer ofertas exclusivas para clientes com base onde eles veem o seu anúncio. Por exemplo, você pode direcionar um anúncio em redes sociais para estudantes do ensino médio e fazer da página de destino um desconto para alunos com boas notas. Páginas de destino exclusivas também podem ajudar a rastrear a eficácia dos seus anúncios em diferentes plataformas de mídia social. 

  1. Avaliações dos clientes

As avaliações dos clientes são ótimas para publicidade local porque as opiniões podem influenciar outros consumidores a experimentarem os produtos ou serviços de um negócio. Você pode apresentar avaliações nas suas redes sociais, site ou num mural comunitário na sua loja. Usar avaliações de clientes na sua publicidade é uma boa maneira de interagir com os clientes e construir um relacionamento com eles. 

  1. Anúncios em terceira pessoa

Um anúncio em terceira pessoa utiliza texto que fala sobre a sua empresa como se o anúncio fosse de uma terceira parte (outro autor ou emissor). Ao redigir um anúncio em terceira pessoa, você pode usar avaliações de clientes ou falar sobre o seu negócio com a perspectiva de um estranho. Isso funciona de maneira semelhante ao uso de avaliações de clientes e pode ser eficaz com consumidores que talvez confiem mais na opinião de outra pessoa sobre uma empresa do que na própria empresa. 

  1. Anúncios apenas para chamadas telefônicas

Anúncios apenas para chamadas telefônicas convidam os consumidores a ligarem para o seu negócio para receberem uma oferta especial mencionada no anúncio ou para saberem mais sobre o seu serviço. Isso ajuda a desenvolver leads e permite que você interaja diretamente com o consumidor, o que pode aumentar suas chances de fazer uma venda. Os anúncios apenas para chamadas podem ser online, impressos ou em sinais de beira de estrada. 

  1. Concursos para os clientes

Organizar um concurso para interagir com os clientes pode atraí-los para o seu negócio. Seu concurso pode oferecer um produto ou serviço como prêmio para que você possa anunciar os produtos do seu negócio. Considere criar um concurso que interesse ao seu público-alvo. Por exemplo, se você tem uma loja de brinquedos, pode fazer um concurso de desenhos para atrair crianças, levando seus pais a fazer uma compra. 

  1. Hashtags personalizados

Criar um hashtag personalizado para o seu negócio ajuda na publicidade nas redes sociais e aumenta o reconhecimento da marca. Os clientes podem usar seu hashtag para avaliar seus produtos ou negócio e isso ajuda a alcançar outros consumidores. Você também pode rastrear quem está falando sobre o seu negócio com um hashtag e fazer ofertas exclusivas para esses usuários. Por exemplo, um café pode criar um hashtag de negócio como #DesperteComCafé. O café e seus clientes podem usar o hashtag para postar fotos deles com seus pedidos de café, o que pode aumentar a visibilidade online do negócio. 

  1. Postagens em redes sociais

Usar as redes sociais é uma maneira econômica de anunciar o seu negócio, porque você pode ter uma conta de mídia social gratuita. Publicar conteúdo frequentemente pode aumentar o número de visualizações e interações de usuários que você recebe online. As interações podem ajudar a formar relacionamentos com os consumidores e influenciá-los a visitar o seu negócio. 

  1. Influenciadores locais

Influenciadores na sua área podem ajudar a alcançar mais consumidores endossando o seu negócio e contando à sua comunidade de seguidores sobre os seus produtos. Ter uma pessoa familiar falando sobre o seu negócio pode ajudar a ganhar confiança e construir relacionamentos com os clientes locais. Para se associar a um influenciador, é útil encontrá-los através da sua comunidade e fazer uma oferta para compensá-los por promover os seus produtos. Por exemplo, muitas empresas dão produtos gratuitos aos influenciadores e pagam-lhes para criar conteúdo com o seu produto. 

  1. Patrocínios de equipes locais

Patrocinar uma equipe esportiva ou organização local ajuda a divulgar o nome do seu negócio e aumenta o reconhecimento da marca. Você pode mostrar o patrocínio de uma organização comprando suprimentos que eles precisam ou oferecendo um desconto. Por exemplo, um negócio pode comprar os uniformes de uma equipe local para ter o nome do negócio na equipe ou ter o logo na camiseta. 

  1. Patrocínios de eventos locais

Você também pode patrocinar eventos locais para divulgar o seu negócio e contribuir de forma positiva para a imagem da sua marca. Patrocinar eventos relacionados ao seu negócio pode ser uma maneira eficaz de alcançar seu público-alvo. Por exemplo, se você possui uma loja de suprimentos para artesanato, patrocinar uma feira de artesanato aumenta o reconhecimento da marca com pessoas que podem querer os seus produtos. 


3 É DEMAIS

Três dicas ou informações que você precisa ler. 

  1. FSB Holding lança guia de fontes negras e indígenas enquanto a CP+B atualiza o guia de profissionais negros para o mercado publicitário: leia aqui nesta matéria do Meio & Mensagem 
  2. Música do Futuro: Youtube reúne artistas para criar modelo de voz com Inteligência Artificial: Leia aqui nesta matéria do Adnews. 
  3. Guia de como produzir qualquer conteúdo online da Universidade de Harvard: O Guia foi criado pra orientar quem deseja produzir conteúdo para a Biblioteca Harvard online, mas é na verdade um guia extremamente util para qualquer pessoa ou empresa que deseje produzir conteùdos online: clique e aprenda aqui. 

Leia também – Tem como o anunciante nacional anunciar no veículo local? Tem.




NOTAS DO FUNDADOR


O mundo ainda precisa de nós

A cada hora que passa, uma nova ferramenta surge na carona da revolucionária inteligência artificial regenerativa. E quer sabet? Tá tudo bem!

O mundo ainda precisa de mentes e corações inquietos e empreendedores. Mãos, talvez, a gente precisará cada vez menos pois os computadores seguem fazendo artes e peripécias surpreendentes.

Mas e o que será de nós, comunicadores? Produtores, redatores, fotógrafos, repórteres, apresentadores, profissionais de mídia, analistas de dados?

Há cerca de cinco anos tenho dito aos colaboradores da Alright e outras lideranças que nosso papel é a de construção de algoritmos. Agora, atualizando meu discurso, somos construtores de Prompts.

A capacidade da máquina para processar, analisar, fazer pesquisas e saber a resposta certa ou apontar caminhos é infinitamente maior que a de um punhado de esforçados.

Que bom! Vai sobrar mais tempo pra gente desempenhar nosso real valor na sociedade, na empresa ou dentro da nossa casa.

Contrate o robô 🤖 e dê asas aos times. Desafie-se pois se ficar fazendo o mesmo de sempre vai estar muito mais perto de ser substituído.

Tem como o anunciante nacional anunciar no veículo local? Tem.

Bom, talvez o mais bem estruturado seja o anunciante nacional usar a Alright. Mas aí é sacanagem. Não estou aqui para falar o que você já sabe. 

Quero falar coisas que você até talvez saiba, mas não dê valor. Ou de outras que você sabe, mas não sabe como implantar. Ou ainda daquelas que você, por algum motivo, não tinha pensado antes a respeito. E, finalmente, sobre umas que você, de fato, não sabia. 

Anunciante nacional precisa de comunicação local

Ele pode viver de anunciar nas grandes cadeias e nas grandes plataformas? Pode. Por um tempo. Nem sempre. Pode, mas o custo-benefício de atingir determinadas camadas da população e de regiões do País, às vezes, não se paga. Além disso, quando ele precisa de fato atingir determinadas áreas geográficas notadamente num País como Brasil, aí dançou. Dar tiro de canhão pode até matar passarinho, mas o desperdício é enorme. E ninguém está querendo matar passarinho aqui, não é certo? 

A cor regional é única. O veículo de comunicação regional ou local, e só ele, fala do jeito que fala para seu público próximo. E mais: seu público próximo reconhece nele uma intimidade e uma identificação com seus interesses que nenhum veículo nacional jamais terá. Eles, acho, na real, nem tentam. Jogo perdido. 

Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?

Muito bem. Se o lado da demanda existe, por que nem sempre o anunciante local coloca sua verba no seu veículo aí na sua cidade? Por alguns motivos: 

  1. Ele não o conhece; 
  2. Se conhece, não sabe como chegar até você; 
  3. Se até imagina como chegar, acha que é caro e bem complicado; 
  4. E se sabe como chegar, para ele são tantas opções pulverizadas Brasil afora, que ele nem tenta: muito custoso. 

Do seu lado, como você faz então para VOCÊ chegar nele e mostrar seu valor? 

Tem algumas formas: 

  1. Reunir-se em grupos locais e regionais e formar um grande bloco que passe a ter relevância pelo volume do aglomerado e da soma de audiências, sem perder cada qual sua cor local; 
  2. Digitalizar-se: se você ainda nao tem canais regionais digitais, você certamente tenderá a ficar de fora dos orçamentos dos anunciantes; 
  3. Reúna meios e veículos complementares: se você é um jornal, alie-se a uma rádio; ou a um operador de mídia fora de casa (outdoor); 
  4. Diversificar seu editorial: se você só cobre o buraco da esquina, crimes e barbaridades locais, ou ainda a política da sua cidade, você sim pode até conquistar o interesse dos seus vizinhos leitores, mas você precisa entender que nem a vida, nem o jornalismo, vivem apenas dessas coisas. Crie seções de comportamento, entretimento, esportes. Tenha influencer locais que o ajudem a falar uma língua mais próxima a que se fala hoje no País e no mundo. Amplie seu horizonte, poque é do horizonte ampliado que virá a percepção de valor da sua penetração no seu mercado específico. 

Desses todos – e são todos importantes – quero dar um destaque especial a digitalização. 

Não preciso dizer a você que o digital não tem fronteiras e é através dele que você conseguirá seguir sendo o que é, podendo vir a ser e estar em vários outros lugares, falando de temas mais amplos e mais em linha com a sociedade complexa em que vivemos hoje. E é isso que vai ajudar você em sua busca por atrair anunciantes do país todo. Até porque audiência digital pode ser atingida de qualquer local e em qualquer lugar. 

Marketing regional: oportunidades para a publicidade

Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?

Abaixo, transcrevi um artigo da mídia alemã para você. Ele contém várias ideias que você pode aplicar em seu negócio. Algumas eu já citei acima, outras não. E outras talvez não caibam exatamente para o seu negócio. Não importa. Você precisa estar informado e saber o que está acontecendo por aí. E aquilo que não está ao seu alcance hoje, pode estar amanhã. Mais que isso: você pode se mexer e ir atrás do que não tem, o que muitas vezes pode significar salvar seu negócio e fazê-lo prosperar. 

A digitalização mudou fundamentalmente o marketing nos últimos anos. Especialmente a disciplina de mídia “marketing regional” tem se beneficiado disso: hoje em dia, há uma riqueza de dados e possibilidades de grupos-alvo disponíveis que podem ser usados para o planejamento de mídia.

E a regionalidade também está a tornar-se cada vez mais importante para os consumidores. Mas porque é que isto acontece e qual é o verdadeiro potencial do planeamento regional dos meios de comunicação social? 

A razão pela qual a regionalidade está se tornando cada vez mais importante pode ser melhor compreendida no contexto dos últimos anos. Desde o início da pandemia, uma crise seguiu a outra. Quer se trate do Coronavírus, da crise climática ou da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e da resultante crise inflacionária e energética – os consumidores sentem uma grande incerteza e insegurança. Nestes tempos difíceis, as necessidades dos consumidores também mudaram. 

A própria região como âncora na crise

Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?

Uma das necessidades básicas neste momento é a proteção e a estabilidade. As pessoas anseiam por coesão e pertencimento. Querem novamente mais influência e autoeficácia e atualmente falta-lhes uma perspectiva sustentável para o futuro. Como resultado, eles estão cada vez mais se concentrando no que é essencial e significativo para eles. Todas estas necessidades podem ser encontradas na própria região e também explicam o sucesso da regionalidade. Acima de tudo, o anseio de proteção e estabilidade leva as pessoas a retirarem-se para onde se sentem seguras e confortáveis: para a sua própria região, à qual muitos associam as suas origens e que para eles é formadora de identidade.  

Durante a pandemia, foi criado um vínculo regional que levou, entre outras coisas, ao apoio do restaurante local através de take-away. Isto deu aos consumidores a sensação de que estavam fazendo a diferença ao “manter viva a sua região”. Ao mesmo tempo, o sentido de comunidade cresceu através do envolvimento regional. Este sentimento perdura até hoje e a região ainda representa confiança, confiabilidade e proximidade das pessoas. Se as marcas compreenderem as identidades regionais e comunicarem sobre elas de uma forma regional adequada, poderão acima de tudo reforçar a proximidade, o vínculo e a atenção dos seus clientes. 

O regresso das pessoas à sua própria região também significa que a publicidade regional está se tronando novamente mais relevante. A digitalização também mudou as possibilidades das estratégias regionais de comunicação social. Mesmo que, de acordo com os números atuais, as despesas publicitárias de vários atores regionais no mix de meios de comunicação social ainda sejam muito a favor dos meios de comunicação clássicos, estão agora disponíveis configurações semelhantes tanto para campanhas regionais como para campanhas nacionais.

Campanhas regionais na tela grande 

Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?


Enquanto a TV costumava ser viável apenas para campanhas nacionais, hoje formatos como Connected TV (CTV) e Addressable TV (ATV) também permitem campanhas regionais na tela grande, considerada aqui como a TV linear tradicional. No entanto, quase 2/3 dos televisores de vários países (isso vale para o Brasil também: nota do autor) têm acesso à Internet. Isto significa que 70 por cento dos dispositivos podem ser controlados através de CTV e ATV e, portanto, também estão disponíveis para utilização eficiente no marketing regional. 

Extensas possibilidades de rastreamento e segmentação graças à digitalização 

Através da segmentação inteligente via identificação dos IDs da audiência (respeitadas sempre as leis de privacidade de dados: nota do autor) os componentes individuais das campanhas digitais regionais podem ser sincronizados para abordar múltiplos contatos na jornada do cliente. Para permitir uma segmentação diferenciada, os dados próprios estão se tornando cada vez mais relevantes, especialmente quando os dados de terceiros finalmente desaparecerem (isso já está acontecendo e em 2024 deverá desaparecer definitivamente: nota do autor). Isto acontece porque os smartphones estão cruzando as barreiras entre canais online e offline e estão cada vez mais interligados. Portanto, está se tornando cada vez mais importante compreender os diferentes pontos de contato. Os anunciantes podem coletar dados de clientes por meio de plataformas de dados de clientes e processá-los em perfis para que possam ser usados para direcionar campanhas de mídia. 

Alternativamente, os dados recolhidos de cada medida no modelo de marketing mix podem ser utilizados para uma análise abrangente da eficiência de todas as medidas de marketing e meios de comunicação. As correlações podem então ser usadas para determinar a influência das medidas em determinados valores-alvo. 

A propósito, no marketing regional, os meios publicitários hiper locais agora também podem ser controlados através do controle inteligente de motivos, por ex. como mídia publicitária regionalizada com um elemento de navegação para a filial mais próxima em publicidade gráfica on-line. 

O DOOH

A disciplina de mídia fora de casa (OOH) também mudou muito nos últimos anos devido à digitalização e, portanto, oferece novas oportunidades para o marketing regional. Uma análise do desenvolvimento dos canais fora de casa mostra que, entretanto, o nível pré-Corona de gastos com publicidade foi novamente alcançado. No entanto, o driver não é o OOH clássico, mas sim o digital out-of-home (DOOH). O DOOH programático, em particular, registou um forte crescimento.  

O que é particularmente entusiasmante é que o DOOH pode agora também ser utilizado para alcançar áreas e nichos que antes eram difíceis de alcançar, como o varejo local ou a gastronomia, por exemplo. Os espaços digitais oferecem agora inúmeras oportunidades de estar presentes digital e regionalmente. Mesmo as regiões menores podem cada vez mais, também, ser programadas, para que mais regiões rurais e, portanto, as pessoas mais velhas também possam ser mais alcançadas. 

DOOH vs. DOOH programático 

Tem jeito do anunciante nacional anunciar no veículo local?

O Digital Out-of-Home não programático permite um posicionamento baseado exclusivamente no horário e horário do dia. Os dados históricos de movimentação são usados como base para o planejamento de posicionamentos. Os chamados loops podem ser reservados nos espaços, para que um anúncio apareça 10 vezes por hora, por exemplo. 

Já nos espaços programáticos, os contatos podem ser controlados especificamente com base em dados em tempo real. Por exemplo, a publicidade só pode ser reproduzida em determinadas condições meteorológicas ou com a ajuda de dados em tempo real para corresponder aos resultados desportivos atuais. O que parece ser um esforço complexo no planejamento de mídia pode ser facilmente planejado e implementado hoje graças a ferramentas e bancos de dados. Primeiro, os espaços adequados são selecionados no raio desejado e depois complementados com um direcionamento específico (interesses). Os grupos-alvo são selecionados e indexados de acordo com vários critérios. Somente quando um determinado valor está acima do índice é que um anúncio é reproduzido. 

Outra vantagem dos espaços programáticos é que é possível acompanhar se uma pessoa que viu um anúncio visitou posteriormente a loja. Usando as chamadas medições de footfall, um Mobile Ad Id (MAID) é atribuído a uma pessoa com contato publicitário. Assim que essa pessoa entra na loja, é possível rastrear se existe um link para o MAID. Os estudos de brand lift também podem ser usados para examinar como certos uplifts afetaram a intenção de compra de uma campanha, por exemplo. 

Em princípio, as campanhas digitais out-of-home podem ser utilizadas para implementar mecanismos versáteis, como a inicialização ou o retargeting através de espaços programáticos, para que o DOOH possa ser totalmente integrado no mix de meios de comunicação. 

Conclusão 

Acima de tudo, as crises contínuas dos últimos anos levaram as pessoas a retirarem-se novamente para o seu próprio ambiente. Como resultado, a tendência para a regionalidade intensificou-se e continua até hoje. 

 Ao mesmo tempo, a digitalização no planeamento dos meios de comunicação social significou que existem cada vez mais oportunidades para implementar campanhas regionais. Assim, está disponível quase o mesmo número de canais que para campanhas nacionais: a segmentação regional também pode ocorrer na tela grande via CTV e ATV, e o DOOH (programático) não só permite a segmentação de grupos-alvo quase em tempo real, mas também a reação aos eventos em questão de segundos através de controles dinâmicos de mídia publicitária. Ao mesmo tempo, os espaços programáticos podem ser utilizados de forma orçamentalmente eficiente e avaliados com mais precisão. 

Você sabe o que é Marketing Mix Modeling? É importante saber. 

Antes de tudo, saiba que ele é uma técnica de marketing conhecida e praticada a muitos anos. Ocorre que com a diversificação e pulverização dos canais de mídia, a digitalização e, agora, com a velocidade cada vez mais acelerada de tudo, os anunciantes e agências terem um MMM (Marketing Mix Modeling) cada vez mais azeitado passa a ser fundamental. 

E saiba: sem querer ou nem saber, muitas vezes, você e sua empresa estão nisso. Fazem parte disso.  
 
Para te contar essa história, vou roubar um texto da DP6. Eles manjam super bem do tema. Se parecer mais técnico, pule os trechos mais chatos. Mas no final, você precisa entender o jeitão da coisa e para que ela serve.  

Saber isso vai te ajudar a se posicionar diante do MMM e ver como poderá se aproveitar dele para os seus negócios. 

Introdução 

Apesar de ser uma técnica antiga e já muito conhecida do mercado, o Marketing Mix Modeling (MMM) voltou a ocupar espaço no ambiente de Business Intelligence. Isso porque, com as técnicas de Machine Learning (aprendizado de máquinas, máquinas aprendendo sozinhas a fazer coisas, uma das características da inteligência Artificial: nota do autor) se fez possível uma grande melhoria na acurácia destes modelos. Além disso, os métodos de Multi Touch Attribution (MTA) que estavam à frente nas análises de marketing, com o enorme aumento de mídias digitais no share de mídias das empresas, começaram a apresentar algumas limitações, principalmente relacionados à privacidade dos usuários. 

Tendo em vista o retorno do MMM ao vocabulário das análises de marketing, procuramos aqui dar uma explicação geral de como este modelo funciona, e algumas de suas vantagens principalmente em um ambiente cookieless (quando não for mais permitido utilizar indentificadores digitais personalizados no ambiente da navegação da internet, como foi possível durante muitos anos, e que a partir de 2024, como já dissemos aqui nesta newsletter, não vai mais rolar: nota do autor

Funcionamento geral do MMM

Marketing Mix Modeling é uma técnica de análise que utiliza Machine Learning para compreender a relação de uma coleção de eventos (eventos independentes) com um evento específico (evento dependente). Por exemplo, se eu tenho, em um determinado período, investimentos nas mídias Online, Out of Home (OOH) TV, e no mesmo período, um número de vendas, o algoritmo do MMM buscará compreender a relação entre a variação dos valores de investimento de cada uma das mídias com a variação do valor Y.  

Se a mídia Online for uma das principais mídias responsáveis por convencer as pessoas a comprar aquele produto, o modelo de MMM atribuirá a ela um “peso” maior do que para as outras mídias, e assim saberemos que ela tem uma influência maior sobre nossa variável Y

O que o modelo identifica, na verdade, é como as alterações nos dados de investimento na mídia Online, no decorrer do tempo, possui um efeito maior sobre as vendas do que as outras mídias (OOH e TV). Com este resultado, poderíamos chegar à conclusão de que a mídia Online é mais relevante quando pensamos na distribuição de investimentos em mídia.

Especificações do funcionamento do MMM (o pulo do gato) 

Para além desta simples conceitualização, o MMM se destaca por outras três características: 

1.A inclusão de variáveis de contexto 

2.Consideração do efeito atrasado do impacto de eventos 

3.Medição da saturação no efeito de um evento. 

A inclusão de variáveis de contexto

Variáveis de contexto dizem respeito a fatores externos que interferem na nossa variável dependente. Se uma empresa de tecnologia, por exemplo, lança um produto inovador, e o simples fato deste produto ser lançado aumenta muito o interesse de possíveis compradores sobre a marca, então o MMM seria capaz de compreender este impacto, sem atribuí-lo erroneamente ao mix de mídias da empresa.  

Por outro lado, podemos pensar em uma empresa de varejo que é impactada por uma greve de caminhoneiros, dificultando assim as entregas. Este seria um efeito com impacto negativo sobre as vendas que não está relacionado com as mídias. A inclusão de fatores externos em um modelo de MMM nos ajuda, portanto, a compreender o efeito da mídia isoladamente, sem que haja ruídos na atribuição deste efeito. 

Consideração do efeito atrasado do impacto de eventos 

Já a segunda característica diz respeito a uma premissa fundamental: o efeito dos eventos independentes sobre o evento dependente não é, necessariamente, imediato. De maneira prática, podemos pensar em campanhas de awareness (imagem e lembrança da marca: nota do autor) para uma nova marca.

Geralmente tais campanhas não apresentam um impacto imediato nas vendas, porém, à medida que elas tornem a marca mais conhecida, fazendo com que possíveis clientes passem a considerar seu produto como viável para solução de seus problemas, provavelmente haverá um incremento nas vendas.

Este atraso no efeito de uma campanha, chamado de carry-over effect, é levado em consideração pelo modelo de MMM, e ajuda na compreensão de efeitos de mídias de topo de funil (a área e o momento em que um consumidor entra num ciclo de conversão, atraído por algum tipo de comunicação: nota do autor), como campanhas de awareness ou branding. 

Medição da saturação no efeito de um evento.

A terceira característica já é conhecida por muitos operadores de mídia, e ela diz respeito ao fato de que a relação entre investimento em mídia e retorno não é linear. Isso significa que chega um momento em que o aumento de investimento em uma mídia não traz mais um incremento igual no retorno dela. A este efeito damos o nome de saturação de investimentos, que indica o ponto em que o incremento do retorno desta mídia, dado o aumento do investimento, não é mais vantajoso. 

(Veja no gráfico baixo como a eficácia do investimento vai caindo na medida em que o tempo vai passando – e a grana do anunciante – vai sendo despejada na mídia …. quer dizer, a partir de um momento, mais verba, mais desperdício, mais ineficácia: nota do autor

Em resumo, o MMM é um modelo que leva em consideração tanto as campanhas de mídia quanto fatores externos para compreender a influência de cada um destes eventos sobre o evento dependente, que normalmente serão vendas ou receita. Para além disso, o modelo leva em consideração a complexidade dos efeitos de uma campanha ao longo do tempo, incluindo o possível atraso de seu impacto e o seu ponto de saturação. 


Conclusão 

O MMM é uma técnica bastante avançada e robusta. Apesar de possuir alguns requisitos com relação a maturidade de dados e conhecimento técnico para sua aplicação, ela apresenta vantagens relevantes principalmente por ir além do ambiente digital e considerar eventos externos. Além disso, como vimos, existe aqui um esforço para modelagem do efeito de cada mídia, de forma que se leva em consideração as particularidades de cada uma delas no que diz respeito ao seu impacto sobre as vendas. 


3 É DEMAIS

Três fatos que você precisa saber.

  1. Em matéria do Meio & Mensagem, destaque para um estudo da agência Oliver sobre Automação de Marketing. Importante você ler e aprender sobre algo tão importante para os seus negócios. Leia aqui. 
  2. Em reportagem do AdNews, agora o Google disponibiliza conteúdos “achados” pela sua ferramenta de AI nos resultados da busca, o que deve tornar esses conteúdos mais enriquecidos. Leia aqui. 
  3. Citamos aqui, duas vezes, nesta newsletter, a questão do fim dos cookies. Se você não sabe o que é isso, precisa saber. Para não ficar boiando, entre neste link a seguir, preencha o cadastro e receba o estudo especializado do IAB sobre esse tão vital assunto, que está mudando a publicidade da internet de agora em diante. Mega importante. Clique aqui. 

Leia também – Financiamento para o jornalismo local? Aqui!


Vamos ter um ano bom para a publicidade em 2024

Pesquisa da empresa especializada Forrester indica que as expectativas das companhias que investem em mídia e publicidade são otimistas para 2024.

Há um clima de retomada da confiança no ar, que, espera-se, seja concretizado em investimentos efetivos em publicidade em 2024.

Parte dessas esperanças renovadas se fundamentam nos positivos indicadores econômicos que começam a aparecer em todo o mundo, no Brasil também. A outra parte se deve às expectativas otimistas nos avanços que a Inteligência Artificial Generativa pode trazer para o setor.

O que esperar da publicidade em 2024

Como diz parte do relatório da Forrester … “As equipes de marketing B2C estão prontas para “sacudir” os últimos anos, depois de terem sido limitadas por uma pandemia global e mergulhadas em incertezas econômicas. Com a maior parte disso ficando para trás, os CMOs entrarão em 2024 com otimismo em relação aos parceiros de mídia de sempre, prontos para construir, testar e aprender. A Forrester antecipa um ano em que a publicidade investirá em parceiros de mídia comprovados”.

Vamos ter um ano bom para a publicidade em 2024

Do lado da economia, um dos indicadores que mais mexeu e influenciou positivamente o mercado foi a decisão do Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, de manter estável as taxas de juros básicas da economia norte-americana.

Isso significa controle da inflação.

No comunicado do FED, houve uma mudança sutil, mas significativa mudança na descrição do ritmo de crescimento econômico do País, que foi atualizado de “sólido” para “forte”, refletindo os dados econômicos positivos divulgados desde a reunião de setembro.

No Brasil, o COPOM, Comitê de Política Econômica, foi na mesma direção, mas avançando até um pouco mais, ao reduzir, em seu último comunicado, em 50 pontos percentuais, a SELIC, Sistema Especial de Liquidação e Custódia, que orienta a taxa básica de juros no País. Essa taxa continua altíssima, em 12,5%, mas a tendência e o viés de baixa é que revigoram os ânimos dos agentes econômicos. A tendência é que a baixa nesse indicador continue nos próximos meses.

Vamos ter um ano bom para a publicidade em 2024

Já no que diz respeito a Inteligência Artificial Generativa, os responsáveis pelos investimentos em publicidade e mídia estão rapidamente redefinindo os padrões de velocidade, eficiência e qualidade em uma ampla gama de tarefas de marketing. Eles também veem oportunidades para a GenAI ajudar suas empresas a lançar novos produtos e implementar novos modelos de negócios.

O cenário para 2024 é, portanto, animador. Hora de criar produtos e estratégias para aproveitar essa oportunidade. E não se esqueça de tentar aprender e entender mais e mais sobre Inteligência Artificial.

Três dicas para você encontrar influencers que contribuam para o seu editorial na sua região

Vamos ter um ano bom para a publicidade em 2024

  1. Pesquisa em Redes Sociais Locais: Utilize plataformas de redes sociais, como Instagram, Twitter e Facebook, para pesquisar por hashtags e geolocalização relacionadas à sua região. Isso pode ajudá-lo a encontrar influencers locais que estão ativos e engajados na comunidade.
  2. Colaboração com Empresas Locais: Entre em contato com empresas locais que possam estar trabalhando com influencers em sua área. Muitas vezes, as empresas colaboram com influencers para promover seus produtos ou serviços, e essas parcerias podem fornecer informações valiosas para o seu trabalho jornalístico.
  3. Networking e Eventos Locais: Participe de eventos locais, conferências ou grupos de networking relacionados ao seu campo editorial. Isso lhe dará a oportunidade de conhecer pessoalmente influencers locais e estabelecer contatos que podem ser úteis em futuras colaborações jornalísticas.

Lembre-se de verificar a credibilidade e integridade dos influencers antes de colaborar com eles, garantindo que suas fontes sejam confiáveis para o seu trabalho editorial.

ChatGPT ensina como usar o ChatGPT no jornalismo

Vamos ter um ano bom para a publicidade em 2024

O ChatGPT pode ser uma ferramenta útil para jornalistas de várias maneiras:

  1. Pesquisa de informações: Use o ChatGPT para obter informações de contexto, estatísticas, ou respostas a perguntas específicas relacionadas à sua matéria.
  2. Geração de ideias: Peça ao ChatGPT para gerar ideias para tópicos de matérias, manchetes ou ângulos diferentes para suas reportagens.
  3. Entrevistas simuladas: Pratique entrevistas com o ChatGPT para aprimorar suas habilidades de entrevistador ou para obter respostas fictícias que possam ajudar a planejar suas entrevistas reais.
  4. Revisão e edição: Use o ChatGPT para revisar e editar seus rascunhos de matérias, procurando por erros gramaticais, melhorias de estilo e clareza.
  5. Gerar conteúdo rápido: Se você precisa de uma breve notícia de última hora ou uma atualização, o ChatGPT pode ajudar a gerar texto rapidamente.

No entanto, lembre-se de que o ChatGPT não substitui o julgamento humano, a verificação de fontes ou o processo editorial. Sempre verifique as informações fornecidas pelo modelo e confirme a precisão dos dados antes de publicar qualquer matéria jornalística.


3 É DEMAIS

Três fatos que você precisa saber.

  1. Globo aposta no formato podcast mais do que nunca. Veja aqui, em reportagem do Meio & Mensagem. 
  2. 7 em cada 10 anunciantes satisfeitos com investimentos em Retail Mídia (a mídia que usa os próprios ambientes de compra do varejo como comunicação para estimular a venda de produtos na ponta final do consumo). Veja aqui em matéria do Propmark. 
  3.  Inteligência Artificial estimula 73% mais as vendasVeja aqui em reportagem do Adnews. 

NOTAS DO FUNDADOR

Mudanças no Adsense

O Google acaba de anunciar a mudança definitiva no modelo de pagamento aos publishers pela venda de publicidade em sites.

A partir de agora as veiculações não serão mais pagas por clique mas apenas por impressões. Essa mudança vem sendo aplicada desde 2018 (veja matéria da época aqui) quando a Big Tech anunciou aos seus acionistas que o desenvolvimento do programático exigiria adaptações.

Segundo o Google, os publishers não perceberão oscilações em suas receitas. Vamos ver.

Adsense X Adx

O mundo programático opera 100% baseado em Impressões. Isso é necessário para um leilão mais justo e transparente. Se você ainda tem dúvidas sobre as diferenças entre Adsense e AdExchange, leia esse conteúdo aqui.

Fábrica de influenciadores

Já imaginou criar um batalhão de influenciadores (virtuais) usando Inteligência Artificial Generativa? Pois é, essa startup pensou e colocou no mercado uma solução que cria “Entidades”.

“Nossa visão vai além de meras interações com chatbots. Nós estamos desenvolvendo entidades que evoluem com suas comunidades de nicho, adaptando-se rapidamente às mudanças do mundo digital”, disse o co-fundador and CEO da 1337 (pronuncia-se Leet), Jenny Dearing

Ficou interessado, leia mais aqui (em inglês).

Os desertos de notícias e seu enorme potencial de investimentos

A Alrigth Media Tech Company fez uma live sobre o tema “Jornalismo Local: desertos de notícias como oportunidades”, ainda é possível fazer o cadastro e acompanhar a gravação.

Não é um tema novo. Ao contrário… infelizmente, notícia velha num País como o Brasil.

A nova e boa notícia, pessimamente divulgada e miopemente ignorada por grupos de comunicação, anunciantes, plataformas tech e investidores é que esse problema social grave é, em verdade, uma gigantesca oportunidade de investimentos e negócios. Pouco explorada, mas com um potencial enorme. Eu diria: do tamanho deste gigantesco mercado de consumo que é o Brasil.

Desertos de notícias: infos sobre o evento online.

O enorme potencial de investimentos dos desertos de notícias

Das inúmeras informações essenciais trazidas pelo Lüdke, já recentemente divulgadas pela imprensa em função da publicação da mais nova versão do Atlas, o que fica é um quadro em que:

  • Os desertos de notícias seguem sendo um drama no País (apesar de ligeira melhora do ano passado para cá), sendo que 6 entre 10 dos 5570 municípios do País são considerados desertos (não possuem veículos de comunicação locais)
  • Os publishers locais são frágeis, desestruturados, com baixa capacitação para negócios
  • Alta dependência da publicidade e baixa capacidade de geração de novas fontes de receita
O enorme potencial de investimentos dos desertos de notícias

Luis Henrique trouxe a visão do Google, cuja área que comanda enxerga algumas (muito boas) soluções para esses problemas:

  • Prover plataformas digitais de distribuição de conteúdo
  • Fomento a diversificação de modelos de negócios
  • Capacitação dos empreendedores e empresários locais para novas oportunidades de receita
  • Acesso a ferramentas de automação

Destaco aqui ainda duas excelentes colocações de dois dos participantes de audiência:

  • O varejo local, forte fonte de receita de todas essas operações, prefere a ativação via redes sociais e o próprio Google (coloquemos nessa conta … Instagram, TikTok e congêneres) em vez de investir simplesmente na boa e velha mídia
  • Crowdfunding (sistema de captação de investimentos em grupos através de plataformas online, já bastante difundidas no País)
O enorme potencial de investimentos dos desertos de notícias

Bom, fica claro que nos próprios problemas habitam as soluções.

Meus cinco centavos:

  • Só existe uma saída para o jornalismo local: o ambiente digital;
  • O problema da distribuição é totalmente solucionável através de plataformas tech digitais para a maior parte das localidades do País;
  • A formação das já conhecidas e até tradicionais redes de notícias, agora via digital, é uma solução altamente rentável, viável e eficaz;
  • A automação tanto das operações comerciais, quanto editoriais, com ferramentas e plataformas (exemplo, a do próprio Google) e tantas outras, algumas até gratuitas, é fundamental e absolutamente possível;
  • A união de grupos de veículos para comercialização por segmentos de públicos de sua audiência é uma poderosa ferramenta comercial para o anunciante nacional (a Alright tem solução para isso);
  • A integração dessas operações com plataformas de varejo digital já existentes (veja texto abaixo) resolve o problema da evasão de investimentos do varejo local;
  • O crowdfundig é, sem dúvida, um veículo para levantamento de recursos adicionais para fomento dessas operações;
  • Acesso a outras fontes de fomento, como fundos soberanos, é ainda outra possibilidade.
  • Maior tristeza do que os desertos de notícias é perceber que não só as soluções para eles existem, como constatar que todos sairiam lucrando com isso: os veículos locais, os anunciantes nacionais e regionais, investidores, audiências e, no final, mas não menos importante, a democracia do País.
O enorme potencial de investimentos dos desertos de notícias

Conteúdo Comércio (commerce content): você PRECISA saber o que é isso

Commerce content, ou o conteúdo que é criado para atrair e converter vendas de varejo, é a GRANDE saída para a fuga das verbas locais para as mídias sociais e de ativação.

Esse tipo de conteúdo é criado com o objetivo de atrair a atenção do leitor e transformá-lo em consumidor. Dentro e não fora do seu ambiente, dentro do seu site.

Você ganha dinheiro ficando com um pedaço das vendas que gerar a partir da sua audiência. E você faz isso usando plataformas já eixstentes que se tornam suas parceiras.

Nos Estados Unidos, espera-se que essa se torne uma das grandes fontes de receita e lucro de veículos de comunciaçao local nos próximos anos.

A maioria (62%) dos editores dos EUA disse esperar que o comércio eletrônico estará entre as suas três maiores fontes de receitas já a partir deste ano.

Você pode fazer também publicidade que se chama de “afiliada”, que é usar seus espaços publicitários não apenas como mídia de comunicação habitual, mas que tenha uma ligação online com o varejo da sua região

O conteúdo comércio pode atender a essa necessidade crescente dos anunciantes, impulsionando o comportamento de compra à medida que os consumidores se envolvem com esse conteúdo e são orientados à compra.

E é totalmente possível que isso tudo ocorra dentro do seu site, se você desejar e se aparelhar para isso.

Esta aqui é uma ferramenta que faz isso, tem outras, basta pesquisar.

O enorme potencial de investimentos dos desertos de notícias

Algumas soluções adicionais para monetizar seu conteúdo

á que falamos do Google aqui, vamos dar também um espaço para a Meta.

Abaixo, algumas dicas que a unidade Meta for Business dá para os veículos de comunicação monetizarem seus conteúdos.

1. Inclua anúncios nos seus vídeos.

Se você estiver publicando conteúdo de vídeo no Facebook, poderá se qualificar para ganhar dinheiro com os anúncios in-stream. Para usar esse tipo de monetização, você precisa ter 10 mil seguidores da Página.

2. Inclua anúncios nos seus artigos.

Os Instant Articles podem ajudar você a gerar receita por meio de anúncios nos seus artigos. Você pode vender anúncios diretamente ou usar o Facebook para posicionar anúncios automaticamente nos seus Instant Articles.

3. Adicione um atalho para assinaturas.

Coloque as assinaturas no centro das suas histórias. Se você se qualificar para assinaturas de fãs, pode adicionar um botão Apoiar agora a qualquer publicação que criar.

4. Colabore com as marcas.

O conteúdo de marca é qualquer conteúdo produzido por um veículo de comunicaçao ou criador de conteúdo (você) em troca de pagamentos de parceiros de negócios (a marca). Nessa relação, o parceiro influencia o conteúdo ou recebe destaque nele. Ao publicar conteúdo com um parceiro de marca, identifique-o usando as ferramentas para conteúdo de marca. Você e o seu parceiro terão acesso a insights sobre o alcance e o engajamento dessas publicações.

Também será possível usar o Gerenciador de Colaboradores da Marca para conseguir parcerias pagas e aproveitar o seu potencial de ganhos no Facebook.

5. Ganhe dinheiro com seus vídeos ao vivo.

Eleve o nível do seu stream ao vivo. As Estrelas ajudam você a ganhar dinheiro ao se conectar com os seus fãs durante vídeos ao vivo. Os fãs podem comprar e enviar estrelas (um produto virtual) nos comentários de um vídeo ao vivo. Você ganha um centavo para cada estrela que receber. Com as Estrelas, os fãs podem se expressar de um jeito divertido e demonstrar apoio a você nos comentários do vídeo.


3 É DEMAIS

Três dicas legais para você automatizar seu conteúdo 

  1. Leia esta notícia sobre o que a Microsoft está fazendo para apoiar os veículos de comunicação  
  2. Leia este artigo sobre como explorar o ChatGP para seu conteúdo editorial 
  3. Saiba mais aqui sobre o trabalho e as ferramentas do Google para sua empresa, citado aqui nesta edição da Aurora News. 

NOTAS DO FUNDADOR

Como diria o bom gaúcho, “não tá morto quem peleia”.

Por mais que eu esteja ciente da situação quase dramática dos veículos de notícias e sua luta pela sobrevivência digital e sempre ter visto visto o meio copo cheio dessa trajetória, a Live que tratou sobre os Desertos de notícias como Oportunidade mexeu demais comigo.

E vou dizer pra vocês que o ponto alto do encontro que teve duas horas de duração não forma as palavras sábias e certeiras dos convidados Sérgio e Henrique, nem da mediação precisa e qualificadíssima da mediadora Marlise foram as quase 300 interações no chat ao vivo. Raras vezes presenciei tamanha interatividade num encontro virtual.

Foi lindo de ver (e apoiar)!

Isso ratifica nossa visão de que a união de centenas, milhares de veículos, por menores ou desestruturados que sejam, gera um poder infinito. Os caminhos que o Pyr trilhou há pouco no texto dessa edição da Aurora News são apenas uma ponta do iceberg de oportunidades que empreendedores, jornalistas, ativistas e cidadãos poderão descobrir, construir e exibir para toda sociedade.

Estamos muito animados na Alright e com a responsabilidade dobrada.

Muito obrigado

Não posso deixar de agradecer publicamente, em nome de todos da Alright, as contribuições valiosas da Marlise Brenol, do Sérgio Ludtke e do Luiz Henrique Matos. Tenham certeza que vocês tocaram fundo na alma de centenas de pessoas. Palavras são armas que usadas do jeito certo transformam vidas e comunidades. Suas palavras ajudarão na construção de um futuro melhor.

Até a próxima.